Leb Die Sekunde 2 escrita por bi4


Capítulo 2
Descobrindo metade do bafáfá


Notas iniciais do capítulo

Desculpe a demora, mas eu tava de férias e viajando!
Estou de volta, e espero que vocês não tenham me abandonado T.T'



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-Haam... Eu não sei direito, Bê... – Georg olhava para todos os lugares possíveis, menos para o meu rosto iluminado de curiosidade e irritação. – Quando nós voltamos do Brasil né? Aconteceu uma coisa meio estranha.
-Sim! Eu sabia que tinha alguma coisa Por trás disso! – Falei batendo as mãos e levantando do sofá, ficando sentada ereta, esperando o Georg voltar a falar.
Nessa hora, a porta se abriu. Era Gustav, e quando ele colocou o pé dentro da casa, olhou para meus olhos com certa... Determinação.
-Hi Tavo! – Falei meio irritada por ele ter chegado logo numa hora daquelas. – Sim, Georg, o que você tava falando mesmo?
-Preciso falar com você Bê. – Gustav falou baixo.
Ah meu pai! Porque as pessoas não esperam o momento certo de chegar? Levantei do sofá e esperei, muito bolada, Gustav falar com o Georg e depois entrar no corredor da casa, entrando na sala de instrumentos.
-Não quer conversar no quarto do Bill? – Perguntei com a testa franzida.
-Não, aqui é perfeito.
-Hum, então? – Falei tentando fingir que estava curiosa.
-Já pensou em tocar bateria? – Ele falou fingindo desdém, mas eu sabia que ele estava super curioso com a minha resposta.
-Ah! Então você finalmente resolveu me dar umas aulas de bateria?
-Pois é, você pediu tanto... E eu sempre fiquei com preguiça e eu vi que você não tá nada bem com... Bem, com essa situação aqui dentro dessa casa, mas também percebi que você não consegue ficar muito tempo longe do Bill, então resolvi fazer alguma coisa para você se distrair um pouco. – Ele falou bem rápido, jogando um par de baquetas para mim.
Eu tentei segurar, mas eu deixei uma cair no chão, segurando a outra com o braço, pressionando na barriga. Gustav riu de mim enquanto pegava alguma coisa.
-Não fique rindo tá? Eu sou meio... Assim. – Falei sentando em um banco.
Ele colocou o que parecia uma mesinha de borracha preta na minha frente.
-Bom, você acha mesmo que você ia começar logo pela bateria? – Ele falou sarcástico.
-Vamos abafar. – Falei soltando uma risada e olhando para a bateria vermelha do outro lado da sala.
Ele deu uma gargalhada baixa e começou a me ensinar como segurar as baquetas. Claro que demorou mil anos porque eu sou muito lerda para aprender coisas que não seja assunto de escola, mas eu tinha muita sorte, porque o meu professor era muito paciente. Tenho certeza que se fosse o Tom ali ele já tinha jogado as baquetas junto com a mesa na minha cabeça.
-Bom, to vendo que você é meio...
-Lerda? Ah, eu disse.
-Não tem problema, temos o tempo do mundo para aprender, não? – Ele falou num tom de professor de alfabetização. Eu sorri e assenti com a cabeça.
A tarde passou bem rápido, mais do que o esperado, porque eu estava entretida demais na minha aula de bateria.
Gustav não teve o trabalho de me ensinar teoria musical, eu já sabia, pois o Bill me ensinou contra a minha vontade. Mas naquela hora eu agradeci muito por ele ser muito teimoso.
Para terem idéia, eu não consegui nem passar para o tambor, que é o próximo passo depois da mesa de borracha preta. Eu não conseguia ter a coordenação motora nas duas mãos.
-Tá bom por hoje né? Já são 5h, tenho que voltar para casa.
-Poxa, não! – Reclamei cruzando os braços. – Logo quando eu estava quase conseguindo!
-Acalme-se Bê, temos amanhã, não temos? Estarei aqui, ok?
-Hum... Você é do mal demais. – Falei com um biquinho.
-Parece que fizeram macarrão... O cheiro tá bom.
Eu arregalei os olhos não acreditando, claro. Porque só se fazia macarrão naquela casa quando todos se sentavam à mesa e comiam alegremente, e para isso as pessoas daquela casa tinham que estar felizes, e parecia que não era muito o momento para isso.
-Tem certeza que não é a vizinha? Ela também faz um macarrão tão bom quanto o do T...
Quando cheguei à sala, vi Bill e Tom sentados na mesa, o silêncio estava matando todo mundo ali, mas ainda tava Feliz por eles estarem juntos sem brigar. Dei um beijo de despedida em Gustav e saltitei para a mesa.
-Boa Noite! – Falei a meia voz dando um sorriso de orelha a orelha.
-Haam... Oi. – Tom falou na mesma hora que Bill murmurou: “Boa Noite para você também.”
-Parece que o Tom fez macarrão! Poxa, já tava com saudade... – Falei olhando para o grande pote de macarrão que tinha no centro da mesa com a boca salivando.
-Claro! Parece que o Bill anda ficando magro demais... – Ele deu uma risada para o irmão que olhava para o prato, pensativo. Quando ouviu seu nome, só levantou a cabeça e deu um sorriso irônico para o irmão. Eu soltei confete por dentro. (n/a: roubou meu confete! *bala na Bê*)
-Pois é... – Falei tentando baixar a bola, mas ficou meio que impossível, pois eu estava animada demais, olhando para os dois que se entreolhavam de soslaio.
-Bom... – Tentei começar uma conversa. – Como estão as coisas para o tour?
-Bem, já conversamos com o Jost e está tudo acertado. Em Paris, os ingressos já se esgotaram. – Bill murmurou, sem nenhuma entonação. Poxa, logo ele que sempre ficava emocionado quando falava da banda!
Olhei esperançosa para Tom, que me deu um sorriso retardado, mostrando os dentes sujos de macarrão. Eu dei uma gargalhada da merda dele.
-Eu vou subir... Você vai dormir aqui, Bê? – Bill olhou para mim com os olhos brilhantes.
-Você quer que eu durma? – Falei dando de ombros.
-Eu sempre quero. – Por um momento, ele voltou ao normal, dando aquele sorriso brincalhão e amoroso.
-Tudo bem, eu durmo. – Falei sentando novamente na cadeira. – Deixa eu terminar de comer que eu subo.
Vi Bill hesitar na ponta da escada.
-Tá. – Ele subiu e parou no meio. Olhou para mim. – Não demora não, tá?
Tá! – Falei dando uma risada.
O silêncio voltou à sala, a única coisa que se ouvia era os garfos batendo nos pratos.
-Você tá bem? – Tom indagou do nada. Eu olhei para ele franzindo a testa.
-Eu estou levando... E você? – Eu realmente não queria tocar no assunto das brigas com Tom, nós éramos grandes amigos, mas, ele ainda me intimidava.
-Não. – Ele olhou para baixo e pegou seu prato dirigindo-se até a cozinha. Eu o segui, com meu prato em mãos.
-Olha... – Eu não sabia o que falar. Era a primeira vez que eu e Tom conversávamos sobre coisas... Desse tipo. – Não fica assim, tá?Eu sei que o Bill tá meio estranho...
-Não é por causa disso... – Ele murmurou, lavando nossos pratos. – Uma coisa...
Eu cheguei mais perto dele e toquei seu ombro. Vi ele se assustar e deixar o prato cair dentro da pia.
-Dá próxima vez avisa pelo menos! – Ele falou alto, mudando completamente o humor, dando uma risada.
-Haha! Foi mal! – Falei dando uma gargalhada. – Bom, vou subir tá? Boa Noite pra você.
-Boa Noite, Bê! – Ele falou, sem olhar para mim.
Subi as escadas rapidamente e abri a porta do quarto de Bill, que estava deitado na cama, olhando para o teto. Pulei em cima dele, o empurrando para o lado.
-O que está acontecendo com o meu nêgo? – Falei rindo.
Ele olhou para mim e me de um meio sorriso, passando a mão pelo meu pescoço e colocando a cabeça em meu ombro.
-Eu estou tão sozinho... – Ele murmurou. Senti seu hálito quente demais em meu pescoço.
-Eu e o Tom estamos aqui. Sem falar no Gzão né? E o Tavo? Eles todos os dias estão aqui! O que tá parecendo é que VOCÊ tá fugindo da gente. – Tagarelei.
-Eu estou fugindo de você? –Ele perguntou ignorando todo o resto da minha tagarelice.
Eu não respondi, só passei a mão pelo seu cabelo e puxei seu rosto, puxando para que ele pudesse olhar nos meus olhos.
-O que está acontecendo? – Sussurrei segurando seu rosto com força, pois ele tentava virar para o outro lado. – Poxa, Bill! Não é possível, merda! Cacete!
Ele arregalou os olhos para mim, eu não era de ficar xingando por aí. Ele me apertou e eu o empurrei, ficando sentada na cama.
-Porra, eu to aqui na maior boa vontade, eu quero te ajudar, eu estou aqui sofrendo por causa de VOCÊ e tipo... Você nem quer me contar POR QUE VOCÊ TÁ ASSIM! – Gritei o mais alto que pude, sentindo meu rosto ficar corado de raiva.
Eu não devia ter feito isso, porque eu vi os olhos de Bill marejar e depois ficarem cheios de lágrimas, seus olhos ainda olhava para mim, sua boca se retorceu para baixo, fazendo um bico. Não demorou muito para a água que estava em seus olhos transbordarem pela sua bochecha rosada. Senti-me a pior pessoa do mundo, eu sabia que NÃO podia de JEITO NENHUM gritar com o Bill, principalmente por ele ser superultramegaüber – sensível, chegando ao nível de sensibilidade do meu irmão Enzo, de 7 anos.
-Tá, eu peguei pesado... – Falei não agüentando e começando a chorar também – Desculpa, desculpa...
Enfiei meu rosto em seu peito e o empurrei para que deitasse novamente, manchando sua blusa vermelha de lágrimas.
-Tudo bem, tudo bem... – Ele sussurrava repetidamente, afagando meus cabelos.
Ficamos algum tempo em silêncio, mas parecia que quanto mais ninguém falava, mais eu entrava em pânico.
-Você não vai mesmo me dizer, não é? – Insisti, enrolando com um dedo uma mecha de seu cabelo.
Nessa hora, Bill tossiu, e vi que ele sua tosse estava com secreção. Levantei e coloquei a mão em seu pescoço.
Ah não velho! Era só o que me faltava, né? O Bill doente!
-Você tá pelando! – Falei meio desesperada. – Não prestou atenção?
-Hm, só estou sentindo muito frio... – Ele falou em uma voz rouca. Nombre de dios! Como alguém pode ficar doente do nada? – Eu estava assim desde ontem.
-Porque não falou? – Falei agora tocando sua testa. – Meu deus!
Ele tossiu e começou a tossir sem parar. Olhei para a janela e vi que estava tudo branco, chega a janela estava embaçada. Liguei rapidamente o aquecedor e peguei uma caixinha azul que ficava embaixo, no armário do banheiro com alguns remédios para essas ocasiões. Peguei um benegripe e uma neosalgina. Enchi uma caneca de cachorrinho de Bill com água e levei para ele.
-Vai, toma e trate de dormir. – Falei como minha mãe falava para mim.
Ele deu uma risada, mas tomou o remédio e deitou. Eu deitei ao seu lado, logo caindo no sono também.

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