Leb Die Sekunde 2 escrita por bi4


Capítulo 1
Alguém se candidata para me tirar desse inferno?


Notas iniciais do capítulo

Nhain gente, eu fui legal com vocês, tô postando um capitulinho aqui antes de sair de férias!
Bom, vou viajar sábado e não vou poder postar por um bom tempo :/
Quando eu começar realmente a postar, quem quiser fala que eu aviso!
bejô ;*



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-Ai... Ai!! Devagar! Devagar! – Eu gemi ofegando, prensada na parede do seu quarto.

Ele diminuiu um pouco o ritmo, mas eu ainda estava sentindo mais dor do que prazer.

-Deixa de ser fresca! – Ele falou com desdém, aumentando o ritmo de novo.

Eu realmente tinha perdido toda a excitação. Bill não era o mesmo, estava ríspido, egoísta e agora, parecia que ele estava me estuprando.

-Para! – Falei tentando empurrar ele de trás de mim. – Eu não quero mais!

-Só que eu quero! – Ele falou alto, com certa autoridade, agora só de pirraça, penetrando em mim com grandes estocadas, me fazendo ir ao inferno, beijar a mão do diabo e voltar de tanta dor.

Como eu não podia fazer nada, fiquei ali sendo machucada, até ele chegar a seu ápice e gosar.

-Agora eu paro. – Ele falou dando um sorriso safado. Eu me virei e caí no chão, sentando-me perto da parede.

-Você tá bem? – Ele me perguntou ainda ofegante, colocando seu boxers preto.

-Você acha que eu estou? – Perguntei com aquela merda de bolo na garganta.

-Bom... Não. – Ele parece que tinha voltado a si quando me olhou pela última vez e sentou-se ao meu lado. – O que posso fazer para você ficar melhor?

-Nada! Você já estragou tudo. Como sempre, tá? – Falei irritada, levantando e colocando minhas roupas. Ele me puxou com arrogância.

- O que eu fiz dessa vez? –Ele me apertou. Seus olhos estavam tão cheios de egoísmo, ignorância... Quanto mais olhava para aquele par de olhos lindos, mais eu queria chorar. – Diz!

Eu não respondi. Soltei-me e peguei minhas coisas, corri para a porta de fora da casa e dei a partida no meu carro preto.

As lágrimas não demoraram muito para chegar. Não era a primeira vez que aquilo acontecia, só que dessa vez foi a gota d’água para mim. Cansei de ser a escrava sexual do Bill.

Cheguei em casa e me tranquei no quarto, como esperado pela minha tia que nem ligou muito, continuou lendo sua revista e comendo sorvete no sofá da sala. Ela sabia que eu tinha brigado com o Bill, e eu precisava ficar sozinha.

Não, daquela vez eu estava irritada, zangada, não triste, eu iria desabafar com alguém. Pensei em minhas amigas, mas, pensando bem... Liguei para a pessoa que mais me entendia no mundo inteiro, e que com certeza iria entender a minha situação.

-Mãe? – Falei com a voz guinchando um pouco.

-E então filha! Como vai? Tanto tempo que não liga para sua mãe! Cadê a Thy? Manda beijo para ela, ok? E o Bill? Oh menino doce! Manda beijo para ele também! – Uma onda de raiva veio quando ela falou do Bill, mas eu a deixei parar de tagarelar e perceber que eu não ia responder. – Tudo bem, Beatriz, o que aconteceu? – Aleluia caiu a ficha, hein, Mãe?

-Eu briguei com o Bill. – Falei fungando para não chorar de raiva.

-Isso acontece, Beatriz, você acha mesmo que vocês não iam brigar nunquinha? – Minha mãe ainda estava estonteante, pensando que aquilo era normal. – Relaxa, fala com algumas amigas, com a Thy... Depois o chama para uma conversa...

-Mãe... – Tentei falar.

-Ele vai te entender tá Beatriz? Ele é seu namorado, e nunca vi namorado mais perfeito na minha vida toda! Seu namorado é de revista, acredite. – Ela ainda estava com seu tom admirado.

-NÃO, NÃO É! ELE É UM MONSTRO! – Gritei deixando as lágrimas saírem. Elas já estavam frenéticas pra se libertarem dos meus olhos castanhos. – Ele agora não está mais carinhoso, ele só pensa em sexo e... E... Ele briga com todo mundo... – Eu falava entre soluços.

Vi minha mãe engoli a língua quando viu meu desespero e meu choro não me deixando acabar cada frase que eu falava.

-Tudo bem, isso é grave. – Aleluia ela voltou a ser mãe! – Beatriz, me ouça bem.

-Tô ouvindo. – Falei uns milhões de oitavas para cima, com uma voz terrível.

-Você tem que o chamar para uma conversa. Uma séria. –Sua voz era horrivelmente séria.

-Eu já chamei várias vezes, mãe, não adianta tá? – Eu parecia uma criançinha chatinha, com aquela voz “fôe”

-Então... - Ela falou com certo mistério. Eu não queria acreditar que ela iria dizer aquilo. – O único jeito é terminar, não é meu amor? Se não tem jeito...

-NÃO! –Gritei apavorada, chorando novamente, só que muito, muito, muito pior.

Ela tinha razão. Se tudo estava indo para baixo, que razão eu tinha para continuar com ele? Para ele me “estuprar” como ele faz? Para eu sofrer mais ainda? Para ter que ouvir suas brigas com o Tom? Ter que ouvi-lo ser machucado pelo próprio irmão? Não, era demais para mim.

Só que eu não era idiota de não saber que seria mais do que demais para mim se eu NÃO ficasse com ele, porque por mais que ele esteja sendo grosseiro comigo, eu ainda amava ele, muito, muito, e meu amor por ele agüentava tudo que ele fazia comigo. Só que eu não sabia até que dia esse amor ia durar, mas parecia que era inesgotável. Incrível e Bizarro.

-Olha, mãe, eu vou tentar me resolver aqui com ele tá? Mas não me fale de terminar... Eu não vou terminar com ele, ok? – Eu falei meio desesperada para desligar o telefone. – Foi bom falar com você novamente.

-Beatriz Abbehusen. – Ela falou meu nome inteiro, ela falava quando ela estava zangada de tanto preocupada que estava comigo. – Se você não se resolver com esse menino, eu mesma vou se resolver com ele.

Eu tremi perigosamente.

-Tá, mãe, agora vou desligar ok? Tenho que... Lavar a louça! Bye!  - E coloquei o telefone no gancho antes que ela pudesse me fazer alguma ameaça.

É, bem, era melhor ter ligado para alguma amiga mesmo.

 

 

-E então?

-É, briguei de novo.

-Bê, você precisa fazer alguma coisa.

-Eu não tenho a mínima idéia do que fazer, eu sou uma pamonha em pé, esqueceu?

-Eu não posso deixar você assim! – Thy explodiu na cozinha, segurando meus pulsos. – Você se lembra Bê? Lembra quando você ficou sozinha e depressiva quando veio para cá? Lembra o quanto eu fiquei preocupada com você? – Ela cuspia as palavras com certa agonia.

-Sim... – Falei monótona. – Mas eu não estou assim, só estou irritada.

-VOCÊ ESTÁ PRESTES A TER UM COLAPSO MENTAL. –Ela gritou me chacoalhando. – Acorda, acorda!

-Thy. – Eu estava calma e sem vontade nenhuma chorar ou gritar, por incrível que pareça. – Eu vou ficar bem, só estamos passando por uma fase difícil. – Eu dei um sorriso debochado. – E pare de gritar, por favor.

Ela me olhou com a cara mais estranha do mundo, de desconfiança, mas me soltou, só que ficou na minha frente, bloqueando minha passagem.

-Sim, Thy, fale. – Dei uma risada calma.

-Você só vai lá pra não morrer na seca né? – Ela falou séria demais. Aquilo me magoou.

-THY! – Eu gritei irritada. – Para com isso, eu já falei que estamos numa fase ruim.

-Você nem é casada com ele para ter “fase ruim”, Bê. – Ela murmurou com desdém.

-É como se fosse. – Falei pegando um copo de água na geladeira. Eu vi Thy virar uma estátua. – Que foi?

-Eu já sei o que tem com você. – Porque ela sempre quer dar uma de médica psiquiátrica? Mais que raiva!

-Haha, então diga. – Falei entornando o resto da água.

-Você tá presa nele.

Eu dei uma gargalhada, cuspindo toda a água na pia e olhando debochada para a cara dela.

-Como é que é? – A mande repetir, ainda dando risada. Mas seu rosto sereno me fez parar na hora. – Você tá falando sério?

-Bê, eu sei que você ama muito ele, mas... Já faz quase seis meses que vocês estão nessa lenga, lenga... A cada dia que você volta da casa dele, mais você fica entocada e estranha. Não depressiva, mas estranha.

-Eu já sou estranha, até hoje me pergunto o que ele viu em mim. – Revirei os olhos tentando passar pelo Thy. Sem sucesso. –Tá, o que você tem mais a dizer?

-Eu quero que você seja amada. – Ela estava muito séria, estava me assustando. – Eu não quero que você sofra por ninguém, você me ouviu?

-Thy. – Suspirei, desabando em uma cadeira. – Só quero dar mais uma chance para o nosso amor. Só isso, eu não estou presa a ninguém, entende?

-Quantas chances você já deu?

Aquilo me pegou de surpresa, mas eu já sabia me defender.

-Eu darei infinitas chances, até ele ver que nosso amor vale a pena. – Falei agora passando por ela, quase a agredindo.

Poxa, a Thy naqueles dias estava me magoando facilmente. Eu sei que ela queria ajudar, mas...

Enquanto minha faculdade não começava, eu ficava mesmo sem fazer nada, o tempo passava devagar demais, e eu só conseguia pensar nele, meu vício mais vicioso, meu brincalhão, aquele que eu tinha de mais precioso no mundo, apesar de tudo.

Não agüentei mais que cinco horas dentro daquele apartamento obscuro. Saí e sabia exatamente para onde ia. Para o centro dos meus problemas.

Estacionei o carro preto perto da Ferrari vermelha, dei uma olhada admirada para ela e segui para a porta de entrada.

Suspirei quando ouvi os gritos de Tom vindo ao que parecia da cozinha. Era normal, era normal pensei pegando a minha chave e destrancando a porta. Fechei os olhos e quando abri eu os arregalei, desesperada.

Gustav. Meu tatavo estava encostado perto do sofá, com os olhos úmidos de tanto chorar, seu rosto estava inchado e vermelho, pingos de suor estavam pendurados em seus fios de cabelo loiro, pingando em sua blusa branca. Meu coração se apertou ao ver aquela cena.

-O que aconteceu? – Falei sentando perto dele e passando o braço por seu tronco. – Não fica assim, eu não gosto de te ver assim, você sabe. – Tentei acalmá-lo em vão, colocando sua cabeça em meu ombro.

-Que bom que você está aqui, Bê. Parece que você é a única que é normal. – Ele me abraçou, soltando algumas lágrimas. – Eu não agüento mais.

-O que eles fizeram dessa vez? – Soltei um suspiro, colocando minha cabeça em cima da dele.

-Nada do que não fazem todo o dia. – Ele se acalmou, fungando. – Só que a minha paciência está se esgotando. Hoje vim aqui para acertar algumas notas da bateria com a guitarra com o Tom e do nada, tudo se transformou num completo caos... Eu não sei o que está acontecendo... Com eles.

-Eu também não, Tavo... Peço para você tem um pouco de paciência. – Afaguei seus cabelos loiros.

-Mais paciência? Eu não agüento mais nem um minuto dentro desta casa. Esta casa, onde eu tinha vivido uns dos melhores momentos da minha vida, agora está virando a “casa-monstro”. – Ele cuspiu as palavras, levantando. – Eu vou indo, preciso me distrair.

-Tudo bem... Tchau. – E ele saiu pela porta.

-Espero mesmo que você possa resolver isso, Bê. Parece que você é a única. – Ele murmurou antes de bater a porta.

Nessa hora eu ouvi um baque no chão, parecia que alguém tinha quebrado um prato ou alguma coisa de vidro.

-OLHA O QUE VOCÊ FEZ, IDIOTA! – Era Tom, com certeza.

Claro que corri para ver o que estava acontecendo. Minhas pernas tremeram e vi meu sangue parar de circular quando vi Bill no chão, com um corte enorme na cabeça. Tom tentava ajudá-lo a levantar, mas ele o empurrava para longe, gemendo de dor. Agachei perto dele e o abracei.

-O que aconteceu? – Sussurrei em seu ouvido, o levantando e levando para o sofá da sala. Tom me seguiu, preocupado.

-Nada, eu estou bem... – Ele falou olhando para mim com uns olhos de dar dó. – Que bom que você está aqui... – Bill me abraçou, soltando um suspiro.

-Bill, eu preciso ver sua cabeça. – Murmurei afagando o seu rosto e virando para olhar o Tom. – Vocês têm esparadrapo, essas coisas aqui... –Mas parei quando vi Tom chorando que nem um doido olhando para o irmão, que diferente, estava de olhos fechados, com o rosto em meu ombro, não olhava para o gêmeo. – Tom, você está bem?

Fui para tocar seu rosto com a ponta dos dedos, quando Bill segurou as minhas mãos.

-Não toque nesse idiota. – Ele murmurou, irritado, olhando para o irmão com todo ódio que era possível ver. – Vamos, eu sei onde tem o que você... Ai! Precisa. – E levantou, me puxando consigo, tocando na ferida que agora latejava de dor.

Eu andei com ele, mas olhei para trás e dei um sorriso triste para Tom, ele retribuiu, secando suas lágrimas.

Bill me mostrou uma caixa com os utensílios que eu precisaria. Comecei a costurar sua cabeça. Eu sabia que eu não podia fazer aquilo em casa, que devia levar para um hospital, mas Bill não iria deixar mesmo, então eu mesma fiz. Ele às vezes gemia de dor e eu sempre pedia para ele ficar quieto.

-Pronto. – Murmurei monótona, guardando as coisas.

Ele me puxou para o seu colo e me beijando.

Ah não! Tudo de novo não!

-Bill... – Tentei falar, o empurrando um pouco, mas ele começou a beijar meu pescoço, roçando seus lábios na cavidade entre minha orelha e meu ombro, e ele sabia que eu adorava quando ele fazia isso.

 Eu sabia que tinha que me controlar, tinha que controlá-lo.

-Não. – Falei de má vontade, tirando seu rosto do meu pescoço. – Precisamos conversar.

Ele revirou os olhos, mas me dirigiu até seu quarto.

-Então? – Ele sentou na cama, esperando.

-E então? Você pode me explicar o que está acontecendo nesta casa?! – Falei batendo de leve na mesa preta que tinha em cima seu notebook e alguns papéis. –Desde quando nós voltamos do Brasil, essa casa virou um total caos!

-Bê... - Nossa, tinha quanto tempo que ele não me chamava pelo meu apelido? Eu soltei fogos por dentro. – Olha...

-Você viu o estado do Gustav? Você viu o que aconteceu com ele? Ele tem toda a razão para estar daquele jeito, nossa paciência está acabando, Bill Kaulitz! – Falei autoritária, mas querendo ser meiga ao mesmo tempo. O que eu menos queria era brigar com ele.

Ele olhava para mim sem entender, como ele sempre olhava quando eu falava isso para ele. Seus olhos se estreitaram e ele deu aquele sorriso que me deixava uma manteiga. Poxa, não era a hora certa para dar aquele sorriso!

-Você me ouviu? – Eu falei com a testa franzida.

Ele se aproximou de mim e me abraçou, e começou a sussurrar coisas que me deixaram mil quilos mais leve:

-Desculpe por ter te machucado, de todos os jeitos, desculpa por ser grosseiro. Desculpa por não te dar atenção e virar as costas para você quando você precisou de mim, eu prometo que não farei mais isso. Perdoe-me, é o que eu peço. – Suas mãos me seguravam carinhosamente, como ele fazia antigamente.

Eu dei uma risadinha e beijei o topo de sua cabeça, onde não estava costurado. Senti-me tão aliviada, tão feliz e soltei outra risadinha.

-Parece que estou perdoado, não? – Ele falou me colocando deitada na cama, afagando meu rosto. – Poxa, parece que perdi tanto tempo.

-De que? – Sussurrei também afagando seu rosto.

-Perdi tempo brigando com aquela peste e esqueci-me de ficar com você, o que é realmente importante. – Ele roçou os lábios na ponta do meu nariz, como ele fazia antes.

-O Tom não é uma peste. – Falei meio irritada, o jeito como ele falava de Tom... Por algum motivo me machucava. – Ele é seu irmão, gêmeo.

Bill suspirou e deitou por completo, olhando para o teto com a testa enrugada.

-Não sei realmente porque vocês estão brigando tanto... – Continuei meio autoritária, tentando ser um pouco superior. – Por que? Por que você não quer me contar?

Ele não disse nada, só se virou na cama e olhou para meu rosto completo de curiosidade, passando os dedos de leve pelos meus lábios, me fazendo tremer um pouco e esquecer completamente o que eu perguntei. Golpe baixo! Ô carinha manipulador!

Para minha surpresa, ela não me “atacou” como ele sempre fazia, só chegou mais perto e tocou seus lábios nos meus, por uma fração de segundo. Mas eu sabia que aquilo era uma armadilha, porque eu era viciada nele, e sempre queria mais, esquecendo-se completamente do contexto e da razão de não fazer aquilo.

-Você é ridículo, merda! – Murmurei o puxando para mim, antes que ele pudesse se distanciar.

Sem pensar, passei os braços pelo seu pescoço e o continuei beijando, só que não agressivamente como nós sempre fazíamos, eu explorava sua boca com a minha língua, às vezes parando para respirar e olhá-lo carinhosamente.

Estava tão bom, tão perfeito... Queria que tudo parasse naquele momento, mas como nada é perfeito, não demorou para aquilo acabar. Cedo demais para mim.

-BIIIILL! – Ouvi Tom gritar lá da sala. – TELEFOOONE! É A MAMÃÃÃE!

Ele me soltou e suspirou para o alto.

-Você tá vendo? Prestou atenção?

-Hã? – Falei franzindo a testa.

-O Tom consegue estragar tudo.

Eu olhei bem para seus olhos e só consegui achar ódio profundo, mágoa e uma coisa estranha... Nunca pensei que ele iria estar... Possessivo.

-Bill? – Perguntei não entendo lhufas. Pelo menos no contexto. – Você tá endoidando, amore? Sua mãe ligou e o Tom só te avisou! Isso é pecado?

Ele olhou para mim com mais ódio, com um bico e levantou, saiu do quarto e bateu a porta com uma força que me deu medo.

Sentei na cama e fiquei ali vegetando.

Até aquele momento estava tudo bonito, aí do nada Bill vira uma carranca e sai retado. Quem ia entender? (n/a: você não pode falar nada, é toda noiada --‘)

Desci as escadas bem devagar, dando tempo para ouvir a conversa lá embaixo.

-É, mãe, tô bem... – Pausa. – A Bê também tá bem. – Seu rosto tava dando medo de tão sério. – Sim, em breve. – Pausa. – Pela América do Sul e uma parte da Ásia antes... É. –Ele suspirou. – O Tom que sempre começa tá, mãe? Ele sabe que... Eu gosto dele, mas... – Pausa. – Mãe? Você tá colocando a culpa em mim? – Pausa. – O Tom está pensando em coisas estranhas em relação à Bê.

Ai eu esfriei, senti todos os meus pelinhos ficarem eriçados, o que seria? Será que o Tom não gosta mais de mim? Será que ele acha que eu estou fazendo mal ao Bill? E o pior... Eu era o fruto de toda aquela briga?

Foi aí que eu pisei em falso no degrau e saí rolando pela escada. Foi assim, tipo, uma visualização linda para quem estava sentado no sofá.

-Você tá bem? Por Gott, como isso aconteceu? – Georg apareceu completamente do nada e me ajudou a levantar.

-Eu to meio dolorida agora né? Mas estou bem. – Dei uma risadinha sem graça, olhando para Bill que estava de costas para mim, mas tinha se virado e me olhava preocupado.

-Tem certeza? – Ele guinchou. – Você não quebrou nada? Nenhuma concussão?

-Não, eu estou bem, Bill. – Falei com um sorrisinho, deixando Georg me levantar e me colocar deitada no outro sofá branco. – Manda um beijo para Simone.

-Tá. – Ele falou, voltando a falar com a mãe, só que agora cochichando.

-Georg... – Sussurrei, segurando sua blusa. Ele se virou e olhou para mim esperando. – Fica aqui... Comigo? –(n/a: desgraçada! O Gzão é meu! Ò.ó) Tentei dar um sorriso carente, parece que eu consegui porque ele se sentou no pé do sofá e fez carinho na minha cabeça.

Mas eu gelei quando vi o olhar que sugestivo que o Bill deu para Georg, que logo soltou meus cabelos e acariciava superficialmente minha testa.

Eu emburrei, fazendo um bico para Bill e fechei os olhos, tentando ignorar seu olhar de cachorro abandonado.

-Tá com alguma dor, Bill? – Georg falou debochado.

-Haha, não. – Bill resmungou, saindo da sala.

Assim que ele saiu, eu comecei.

-Você pode me explicar? – Falei com os olhos de lágrimas. – O que está acontecendo?

 

 

 

 

 

 

 

 

 


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Notas finais do capítulo

Nhain, começo pervo (66'
É tristinho começo tá? Mas dps fika bão! >=D
Bom, até janeiro gente!
Mande reviews, se não eu NÃO continuo x)
Bejooo ;*