Cama de Rosas escrita por Paula Freitas


Capítulo 20
A mudança... De atitude!




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David pegou em sua mão e com a outra tapou seus olhos. Levou-a até o centro da sala e disse:

Pode abrir os olhos agora!

Rachel olhou para a sala. Estava toda mudada. As paredes pintadas com cores vibrantes, alegres, algumas até bem coloridas. Ela olhava tudo e não conseguia acreditar.

David! Como você conseguiu fazer isso?

– Bem... Sei que pode estar meio colorido demais, mas nós pintamos com sobras de várias tintas! Fui arranjando por aí, e deu nisso! Além disso, tem um cara que é meu amigão desde que a gente é moleque, é como um irmão, ele se chama Jamal, e ele é fera em grafitagem, enfim, eu pedi pra ele fazer umas coisas bem legais em algumas paredes. Espero que você goste!

Rachel foi olhando para cada cantinho, vendo como tudo estava colorido e diferente. Havia até desenhos em alguns lugares. A casa ficou parecendo até parecendo nova. Realmente, estava renovada.

– Sim! Claro! Claro que gostei David! Eu amei tudo isso! Tá tudo tão lindo!

– Mas, você ainda não viu o melhor!

– O que é melhor?!

– O lugar onde você vai voltar a dormir: seu quarto!

David segurou em sua mão e os dois subiram as escadas. Quando chegou em frente ao quarto dela, David, sem soltar sua mão, disse:

Vamos entrar?

Ela balançou a cabeça positivamente e David abriu a porta, deixando-a entrar primeiro. Quando entrou, Rachel se deparou com o quarto dos seus sonhos e David a sentiu apertar sua mão, emocionada.

David! Como pôde?! Porque fez isso?!

– Como assim?! Não gostou?!

– Eu... Eu adorei! É como eu queria!

David ficou muito contente com sua resposta e soltou sua mão para que ela pudesse admirar o quarto novo. A cama, o guarda-roupa, a cômoda, eram os mesmos, mas até esses móveis estavam mais coloridos. Tudo estava brilhando. Tudo estava limpo e arrumado.

Cuidado ao tocar nos móveis, Rachel! O verniz pode ainda não ter secado por completo! Mas, veja as paredes... Principalmente, esta aqui!

David mostrou a parede que ficava atrás do seu guarda-roupa. Como ele havia mudado os móveis de lugar, nesta parede ficava agora encostado o espelho da cama. Rachel olhou admirada sem acreditar como seu quarto apagado e sem graça havia ficado tão lindo em um só dia.

Então... gostou?! Pedi que o Jamal desenhasse umas rosas nessa parede! Afinal, nosso quarto é o lugar que mais tem que combinar conosco!

– Que coisa linda! Está maravilhoso!... Você é maravilhoso, David! Obrigada!

Ela, emocionada, o abraçou. O abraçou forte. E David, gostando daquilo, a abraçava cada vez mais forte, trazendo-a para junto do seu corpo. Ele passou a mão em seus cabelos lentamente, depois baixou a mão até sua cintura. Sentindo as suas mãos a apertarem seu corpo contra o dele, naquele momento, ela pensou:

“Se eu me entregasse a ele...agora...nesse momento...se eu deixasse que ele continue a percorrer meu corpo com sua mão...se o beijasse agora...o que aconteceria?...”

Mas, David se adiantou ao pensamento dela e a beijou de surpresa. Mas, a surpresa foi para ele, ao sentir, pela primeira vez, ela retribuir seu beijo.

David pôs as mãos nos seus ombros e foi alisando seus braços, sem parar de beijá-la. Chegou aos cotovelos, passando rapidamente para os pulsos, segurando-a firmemente. Ele não queria soltá-la para que aquele momento não acabasse. Foi quando, então, ele apertou, sem querer, a pulseira sobre o pulso dela, o que a machucou. Ela parou de beijá-lo, soltando um gemido leve de dor. Ele viu o que havia feito e logo começou a pedir desculpas, atordoado pelo que havia acontecido, mas, mais ainda, por que ele conhecia aquela pulseira. Ele tirou a pulseira dela e deixou sobre a cômoda. Saiu dizendo que ia buscar um curativo. Mas, enquanto procurava um curativo, pensava:

“Aquela pulseira... Já a vi! É dele! É do Adam! Mas, porque ela estava com ela depois do que aconteceu?!... Não importa o que eu faça, ela não vai esquecê-lo! Mas... não importa! Enquanto ela estiver a sós comigo, vou fazer com que ele não passe de uma lembrança ruim! Eu não tive tanto trabalho à toa... Ela será minha!”

Quando David voltou ao quarto, ela estava sentada na cama e estava pálida.

O que você tem?

– Não! Nada! Não se preocupe! Fiquei um pouco enjoada, acho que é o cheiro da tinta que ainda está um pouco aqui dentro!

– Vou abrir a janela para passar mais, então!

– Obrigada David! Você é muito bom pra mim! Muito obrigada!

Ela não o olhava nos olhos, mas David se abaixou perto dela e, compreensivo, disse:

Essa noite... Você precisa descansar! Você tinha que voltar ao seu quarto! É seu! E agora, está muito mais agradável!

Ela o abraçou de novo e o beijou no rosto. David saiu, olhando para ela, na esperança de que ela o chamasse de volta, o pedisse para ficar; insatisfeito por não ter conseguido o que queria, mas, compreensivo com a situação. Rachel parecia ter ficado abatida, triste, depois do incidente com a pulseira, mas, havia ficado tão feliz antes, com a mudança no quarto e na sala, que era perceptível que ela estava lutando contra seus próprios sentimentos. Porém, David ainda queria conquistá-la. E, Rachel, em seu quarto, pensava apenas em uma coisa:

“Em breve, não poderei mais disfarçar! Vai ficar cada vez mais evidente! Não posso perder mais tempo! David é... ahh... Incrível! Ficou tudo tão lindo!... Ele seria perfeito! É um cara tão legal!”

Ela deu um profundo suspiro.

“Eu tenho que ter coragem... Sim! Tem que ser ele! Mesmo que eu tenha que mentir para ele! E... Ele é tão bom!... E, se eu dissesse, simplesmente que... Não! Não tem lógica! Ele não acreditaria! Não tem jeito, David! Vai ter que ser você! Vai ser você!...”

Ela, então, mudou sua feição preocupada e um sorriso surgiu levemente em seus lábios.

“Talvez ele até goste... Talvez seja melhor... Sem dúvida! David é muito melhor que Adam... em tudo! Bem... Será?! Eu vou ter que provar!... E, então... Sim! É isso! Você será meu! Na próxima vez, nada nos atrapalhará! Você será minha vingança!”

_

No dia seguinte, David a acordou levando uma rosa ao seu quarto.

– Cheire essa rosa e seu perfume vai fazê-la se sentir melhor!

– Já me sinto bem melhor David!

Ela o agradeceu, com um sorriso e um beijo no rosto. Ele, surpreso, sorriu dizendo:

Puxa! Tenho que te trazer rosas mais vezes! Quem sabe... O que eu conseguiria com um buquê?!

– Ah Ah! Quem sabe...

– Hum... Gostei da resposta!

– Ah Ah! David! Você me faz rir! Mas... Eu não quero que gaste mais dinheiro comigo! Por favor! Não me diga que toda essa pintura foi totalmente de graça, porque eu não acredito! Nós não somos ricos, David! E agora, que nem você nem eu temos trabalho fixo...

– Não se preocupe com isso! Não gastei quase nada para pintar e, quanto às rosas... São roubadas!

Eles se olharam e sorriram e David saiu do quarto. À tarde, Rachel saiu levando uma sacola com roupas.

Aonde você vai?!

– Volto logo! Digamos que também vou roubar umas rosas!

Como assim... Não estou entendendo! Espera... Aonde você vai?!

– Calma David! Eu volto!

Ela foi saindo e já na porta, se despediu dele, dando um beijo rápido em sua boca. David ficou parado por um momento, surpreendido pelo beijo, e ela saiu. Ele passou o tempo imaginando o que ela estaria tramando e o porquê daquele beijo.


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Notas finais do capítulo

...Continua...



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