Just For You escrita por liddybouvier


Capítulo 6
Parte 6. (Final.)


Notas iniciais do capítulo

Entãããão, chegou ao final. ;-; Muito, MUITO obrigada á todos que leram e espero, MESMO, que tenham gostado. ♥



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Parte 6.

 

- Conseguimos! - David exclamou, enquanto eu desligava o carro, parando na única vaga existente ali, em frente á uma pequena casa. - Como eu sou foda! - Eu apenas revirei os olhos, soltando uma risada de descrença. O meio sorriso que estava nos lábios de David virou um bico e ele ergueu as sobrancelhas. - O quê?

 

- Se não fosse por você, nós tínhamos chegado aqui há tempos. - Abri a porta do carro e o ar gelado da madrugada invadiu o carro. David estremeceu, mas continuou com a expressão emburrada. - Você não sabe nem se localizar em um mapa, pequeno. - Fiz uso do apelido pra não causar uma briga em plena lua de mel. Ele sorriu depois de me ouvir.

 

Eu não dei tempo dele responder e sair do carro, caminhando até o porta-malas. David apareceu ao meu lado, me ajudando a tirar as malas do carro - só ele tinha levado três grandes malas. Eu não sabia por que, já que nós dois quase nem íamos sair direto da casa... mas ok, aquele era o David, e ele gostava trocar de roupa, tomar banho e ficar cheiroso só pra mim. Bem, é. Não é algo que eu possa reclamar.

 

- Pierre... - Ele falou infantilmente, prolongando o primeiro ‘e’. - Você acha mesmo que nós atrasamos por minha causa? - Ele falou de um jeito que parecia que aquilo era o fim do mundo. Eu ri, colocando as malas no chão e esticando um dos braços e enlaçando sua cintura, puxando-o contra mim. Ele estremeceu um pouco, fechando os olhos.

 

Era fascinante o modo como David se entregava a mim. Não que eu fosse controlador, nem nada disso, só que era satisfatório ver como ele dependia/confiava/precisava de mim. Eu sabia que isso era um pensamento extremamente machista, mas era tão... bom.

 

- Não, eu estava só brincando. - Falei por fim, roçando os lábios em sua testa, antes de depositar um beijo demorado. - Eu também tenho culpa... Aliás, a culpa é toda sua! Eu ficava prestando atenção em você e não via as placas pra qual estrada entrar. - Ele abriu os olhos, sorrindo grande.

 

- Eu te amo, sabia? - Ele ficou na ponta dos pés pra me dar um selinho demorado. - Você me coloca no centro do mundo.

 

- Você é o centro do meu mundo, David. - Respondi. O brilho nos seus olhos cresceu mais e ele se aconchegou nos meus braços, apoiando o rosto no meu peito.

 

Nós ficamos assim por um tempo, até uma corrente de vento nos atingiu e eu soltei David. - Hey, vamos entrar. Você vai congelar aqui fora. - Ele murmurou um ‘ok’, pegando uma das malas e seguindo em direção a pequena casa.

 

Nós tínhamos á alugado pra passar as duas semanas da nossa lua de mel. Era bem afastada da cidade, praticamente no alto das montanhas. Eu e David tínhamos preferido isso á uma viagem pra Paris, que meu pai tinha oferecido como presente. Aquilo era mais... nosso.

 

Sem contar que, depois de tanto tempo esperando o casamento, nós merecíamos uma lua de mel da nossa preferência. David tinha preferido esperar acabar a faculdade pra nos casarmos, o que demorou um ano.

 

Ele já estava na porta quando eu percebi. - David! - Gritei, fazendo parar. Rapidamente eu me coloquei ao seu lado e abri a porta, pegando a mala de sua mão. - Espere aqui fora, ok?

 

- Pra quê? - Ele ergueu uma das sobrancelhas, confuso.

 

- Você vai ver. - Eu entrei na casa, deixando as malas no hall de entrada mesmo e conferindo pra ver se estava tudo certo. A casa estava quase totalmente coberta por rosas; rosas de todas as cores. Eu sabia que David gostava, e queria fazer uma surpresa pra ele.

 

Fui em direção a cozinha, abrindo a geladeira e os armários. Também estavam repletos das coisas que David e eu gostávamos. Sorri, satisfeito, e caminhei em direção a porta de novo. David continuava parado lá e sorriu quando me viu. - O que é? - Perguntou curioso, esticando o pescoço pra ver, mas tudo que ele conseguia ver era o hall de entrada.

 

- Primeiro, eu tenho que fazer as honras. - Sorri pra ele e abaixei, passando um dos braços por suas pernas e outro por suas costas, o erguendo do chão, na maior estilo noiva. Uma risada alta escapou de seus lábios enquanto ele se segurava no meu pescoço.

 

Nós dois entramos na casa assim e eu carreguei David até a sala, colocando-o no chão e acendendo a luz. Observei sua expressão surpresa enquanto ele encarava a sala toda cheia de rosas. Eram vasos em todos os lugares e pétalas espelhadas pelo chão.

 

- Pierre, que lindo! - Ele exclamou, voltando a olhar pra mim. Seu sorriso era a coisa mais linda que eu já havia visto, eu faria qualquer coisa somente pra vê-lo sorrir. - Obrigado, marido! - Caminhou em minha direção e passou os braços pelo meu pescoço. Instintivamente, eu segurei sua cintura, apertando de leve a pele macia sob a blusa.

 

- De nada, mulher. - Ele fez uma expressão ultrajada, mas não se afastou, apenas dando um tapinha no meu braço. - Gostou da surpresa?

 

- Se eu gostei, claaaaro! Você se supera cada vez mais, sabia?

 

- Tudo pra você, meu bem. - Inclinei o corpo um pouco, fazendo David se curvar pra trás, antes de colar meus lábios ao dele com delicadeza.

 

__

 

Eu senti um corpo praticamente pular em cima de mim, depois começar a se movimentar freneticamente. A voz musical de David soou perto do meu ouvido e eu fui obrigado a abrir os olhos, por mais sonolento que eu estivesse. - Pieeeerre! Está nevando, amor! Neve! - Eu demorei alguns segundos pra entender o que ele estava falando.

 

Me sentei na cama, empurrando-o pro lado. Ergui uma das sobrancelhas, mirando o relógio. Eram apenas 7:30 da amanhã. E eu estava na lua de mel! Tinha direito de dormir até tarde. - E?

 

- E lá fora está lindo! Você precisa ver, vem! - Só então eu percebi que David já estava vestido; totalmente vestido. Ele parecia uma bolinha, de tanta roupa, na verdade. - Vamos, Pierre, acorda.

 

- Ah não, David! Você me acordou apenas porque está nevando? - Voltei a me deitar na cama, puxando o travesseiro pra cima da minha cabeça. - Qual é, você cresceu em Montreal!

 

- Pieeeer. - Ele voltou a ficar em cima de mim. - Por favor. - Ele pediu, com a voz ligeiramente emburrada, o que me levou a pensar que ele estava com um bico nos lábios. Eu suspirei, porque eu sabia que ia acabar concordando em sair de casa só pra ver a neve. - Por favor?

 

Eu suspirei de novo e me virei na cama, prendendo David entre meus braços. - O que eu vou ganhar com isso? - Ele ergueu uma das sobrancelhas e sorriu convencido.

 

- O sorriso do seu marido.

 

- Então eu vou. - Concordei, balançando a cabeça. O que David pedia que eu não fazia, afinal? Ele sorriu deslumbrante e eu decidi que, bem, só pra ver aquele sorriso dele eu faria qualquer coisa. - Vou me trocar.

 

Ele concordou e saiu de cima de mim, se sentando na cama. Eu me levantei e fui pro banheiro, fazendo minha higiene matinal preguiçosamente, ainda com sono. Depois coloquei uma calça jeans, uma blusa preta e um casaco também preto, me perguntando o porquê de David precisar de tantas roupas, já que, apesar de nevar, não estava tão frio assim.

 

Voltei pro quarto e parei de andar, observando David. Ele estava deitado na cama, com o nariz afundado no meu travesseiro e os olhos fechados, enquanto ele abraçava a coberta. Ele era tão lindo que eu me perguntava se eu merecia tanto. Sem contar que ele era perfeito, literalmente. Tudo que eu queria em um marido.

 

- Hey, pequeno. - Chamei, e ele se virou lentamente pra mim. - Vamos ver a neve, vem. - Ao contrário do que eu achei que ele faria, ele nem se mexeu, só esticou os braços, mexendo os dedos. - O quê? - Fingi que não sabia o que ele queria, erguendo uma das sobrancelhas.

 

- Cavalinho? - Falou simplesmente e eu soltei uma gargalhada, balançando a cabeça negativamente, antes de me virar, pra que ele subisse em mim. Ele se levantou de um pulo, passando os braços pelo meu pescoço e as pernas pela minha cintura. David era tão criança...

 

Eu comecei a andar em direção á porta com David nas minhas costas e logo nós estávamos lá fora. A neve cobria todo o chão em uma camada fina, mas os floquinhos brancos ainda caiam do céu. Soltei as pernas de David e ele se colocou de pé, praticamente correndo pra fora da varanda. Eu o acompanhei, dando passos rápidos para acompanhá-lo.

 

- Viu que lindo, Pie? - Ele parou de repente, se virando pra mim. - Nossa lua de mel vai ser com neve! - Eu puxei ele pra mim, circulando os braços no seu corpoinho pequeno.

 

- Não chega nem aos seus pés a beleza desse lugar, pequeno.

 

- Ooown, Pie. Eu te amo, eu te amo! E não me canso de falar isso. - Ele ficou na ponta dos pés pra me beijar - eu ainda ficava encantado com esse fato. Eu puxei sua cintura contra mim, deslizando minha língua pelos lábios macios dele. Ele arfou, entreabrindo os lábios, deixando sua língua vir de encontro com a minha.

 

Eu podia beijar David todos os dias, todos os minutos, mas a cada beijo, era uma sensação nova, uma melhor que a outra.

 

Ele se encaixou no meu corpo, correspondendo o beijo com vontade. E eu também adorava o modo que David se encaixava a mim; seu corpo era exatamente o meu número. Eu já tinha chegado a conclusão que ele era mesmo feito só pra mim, por isso eu sempre queria o melhor pra ele.

 

Eu faria tudo pra vê-lo feliz, pra vê-lo sorrir. Eu faria tudo somente pra ouvi-lo dizer que me amava. Eu faria tudo por ele. Só por ele.

 

Fim.


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Notas finais do capítulo

Em breve, volto com mais fics.



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