–Novidades no caso?

–Um professor de natação, ele é um traficante...mas ainda não conseguimos o encontrar. Parece que ele sumiu do mapa. Esse caso ta acabando comigo, o pior é sabermos que ele pode estar molestando outra criança.

–Não só com você Amanda...-Nick apontou pra Olivia, que distraidamente mexia no cabelo e fitava a tela do computador.

–Temos um crime...um homem de aproximadamente 35 anos, foi encontrado morto na rua. E perto ao corpo acharam uma menina de dois anos...a levaram pra um orfanato.

–Tá...qual o caso Fin?

–O homem foi abusado e espancado antes de morrer...testemunhas disseram que a menininha viu tudo...ele pode ser o professor que procuramos. -Amanda pegou o blazer e saiu na companhia de Fin.

–Liv...you're okay?

–Aham...volto antes do almoço...tenho psicólogo hoje...

–Ainda?

Ela não respondeu, apenas pegou suas coisas e saiu, seguiu diretamente pro consultório.

–Pensei que não te veria hoje...

–Não tenho motivos pra faltar, dr.Eayne.

–Entre...

O psicólogo sentou em uma poltrona e Olivia em outra...ninguém sabia do propósito dessas idas ao psicólogo.

–Como você se sente hoje?

–Não sei...já se passaram 2 anos e eu ainda penso nela...tudo me lembra ela.

–Você não acha que esta na hora de deixar esse trabalho?

–Eu não posso...a SVU é minha vida...eu não sei fazer outra coisa.

–Pense nisso. Já contou sobre isso ao seu namorado?

–Eu não tenho coragem...é demais pra mim, simplesmente não posso.

–Respeito sua decisão...isso não é algo fácil...mas já te falei que você não precisa de ajuda apenas psicólogica...você ainda tem contato com o pai da criança?

–Eu já entrei com um aviso de desaparecido...mas já se passaram 2 anos. A gente se fala…as vezes. E se ela tiver morrido?

–Você acha isso? Você acha que ela pode ter morrido?

–Eu não sei...já não tenho esperanças.

–Não Olivia...não deixe suas esperanças morrerem...
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Olivia encontrou o homem, que não dava um sorriso, que tinha a feição triste. Ela não estava muito diferente.

–Como você esta?

–Bem e você? -seus olhos se encontraram, as lagrimas entregava o sentimento. Ele a puxou pros seus braços.

–Não estamos nada bem...não mesmo.

–Eu não sei se aguento sobreviver... eu só a queria em meus braços. -Olivia começou a chorar sem vergonha alguma, seu desejo tinha sido tirado da maneira mais bruta.

–Eu sei que é difícil...a ferida abre.

–Ela não abre...porque ela nunca fechou. Tem dias que a saudade é mais forte e dias que não...

–Eu to cansado de tudo isso...

–Eu também...eu também. Talvez essa tenha sido nossa melhor decisão.

Ele a cala com um beijo, algo errado? Talvez, algo certo? Não se sabe a resposta, mas era o que eles necessitavam naquele momento.

–A gente não deveria te se separado...a gente tinha que ter ficados juntos. Eu preciso de você a cada dia Olivia, eu só sobrevivo a todos os outros meses, porque sei que eu te encontraria um dia, porque você tem me dado força.

Olivia não percebeu que o homem chorava...mas porque ele não choraria? Ele também perdeu um filho.

–...a gente não pode...

–Eu sei que eu deveria estar ao seu lado...em todos os momentos. Mas eu fui fraco. Eu sei que eu que deveria estar lá...quando você se livrou das mãos do Lewis...mas eu fui impotente. Eu não aguentaria...mas agora chega, eu já perdi muito.

–Você acha que ela pode estar viva? Que um dia vamos a encontra-la?

–Sim...eu acho que ela esta viva, que a nossa filha esta viva...eu sinto isso.

–Eu queria pelo menos a segurar em meus braços novamente, por uma ultima vez.