–Olivia, eu vou ter que ir no hospital colher o sangue para fazer o exame de DNA. Quer ir junto?

–Pode ser, eu entreguei já as minhas anotações.

–Vai tirar ferias mesmo? A sua coisa com o Stabler tá serio.

–Vou sim Amanda. Nós devemos viajar com o filho dele.

–Ui.

Olivia riu e pegou a bolsa. As duas foram para o elevador, depois para o carro e finalmente para o hospital.

–Oi Anne, lembra de mim?

A menina balançou a cabeça. Olivia se aproximou da cama.

–Essa é minha amiga, a detetive Benson.

Olivia não conseguia formular nenhuma palavra inteira. A menina tinha algumas marcas de surras e queimaduras, estava desnutrida, agora ela entendia o porque dela ainda estar no hospital.

–Eu vim, porque preciso fazer aquele exame de sangue. Mas eu prometo que vai ser rápido e não vai doer.

A menina olhou para as duas e abaixou a cabeça. A enfermeira logo entrou no quarto e preparou para tirar sangue da menina.

–Não vai doer, segura a minha mão. Se doer, você aperta.

Olivia falou para menina, que a olhou desconfiada, mas segurou a mão. A enfermeira começou a fazer o exame, a menina ficou quieta e não chorou.

–Pronto, nem doeu né?

A menina confirmou com a cabeça e sorriu para Olivia. Amanda e Olivia ainda ficaram conversando com a pequena, que apenas respondia com a cabeça.

–Anne, esta na hora de irmos embora. Mas prometemos que iremos voltar.

–Eu posso trazer meu namorado? Ele vai adorar te conhecer.

A menina olhou para Olivia com os olhos arregalados.

–Ele não vai te machucar, ele é bonzinho. Você vai gostar dele.

A menina ficou um pouco mais tranquila.

–Anne, estamos procurando seus papais de verdade, eu prometo que nunca mais ninguém te machucara.

Amanda já tinha uma ligação especial com aquela pequena menina. Elas se abraçaram e Olivia beijou a cabeça dela e saíram.

–Amanda, pode me deixar em casa?

–Claro. Depois vou mandar pra perícia.

–Certo. Temos que achar os pais dessa menina. Ela não pode ficar com qualquer um.

–Vamos achar Liv.

–E se não acharmos? Ela vai para a adoção?

–Inicialmente sim...

As duas entraram no carro e o caminho ate a casa de Olivia, a morena ficou calada, pensando.

–Liv, não pense tanto. Estamos fazendo de tudo para que ela tenha uma vida boa.

–Pode deixar Amanda.

As duas se abraçaram e Olivia deixou o carro, seguindo para a portaria e depois elevador. Quando abriu a porta Elliot e Elli estavam dormindo no sofá.

–Ell, Ell.

O homem abriu os olhos preguiçosamente.

–Já chegou a muito tempo?

–Não, acabei de chegar. Quer que eu coloque o Elli na cama?

–Eu coloco ele.

Olivia riu para ele e pegou o menino no colo e o colocou no quarto. Depois seguiu pro seu tirou a roupa e entrou no banheiro. Logo depois Elliot entrou também, mas ficou apenas do lado de fora.

–Demorou.

–Eu fui ao hospital ver a menina. Ela é linda Ell.

–Eu lhe falei.-o homem passou algum tempo calado, formulando as próximas palavras. -Liv, podíamos adota-la.

Ela desligou o chuveiro, pegou a toalha e começou a se secar.

–Eu também pensei nisso. Mas eu já tive muitos pedidos de adoção negado Elliot...

–Mas estamos juntos agora e a chance de aceitarem é grande. Temos empregos estáveis, eu não preciso estar tanto tempo na escola, minha grade é pequena.

–Podemos pensar nisso depois? Vamos aproveitar a viagem e depois conversamos sobre isso.

–Certo. Vou arrumar nossas malas.

–Você não arrumou Liv?

–Não Elliot e nem você, estamos kits então. Você poderia me ajudar.

–Liv, eu odeio arrumar malas.

–Elliot por favor.

–Esta bem. Você venceu.
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Elliot desceu do avião com Elli em seu colo e Olivia estava ao seu lado.

–Califórnia, vamos aproveitar nossa semana aqui.

–Pode ter certeza que iremos.

Elliot beija o rosto da mulher, as malas já estavam todas no carrinho.

–Eu aluguei um carro para gente.

–Vai ser ótimo. Elliot você deu o remédio pra ele?

–Eu dei, por isso ainda esta dormindo. Ele vai da trabalho hoje a noite.

O carro estava a espera deles, Elliot colocou o menino no banco de trás e ajudou Olivia com as malas. Aquela seria a primeira de varias ferias dos dois juntos.