McGorys - Hiatus escrita por EvansPotter


Capítulo 11
Veremos


Notas iniciais do capítulo

Heeeeeeey amores!!!
Voltei!!! :)
E agr só volto de novo dia 11/08 :(
Mas enfim, espero que estejam gostando da fic... comentem pf!!
Vejo vcs em 15 dias :)
Bjooo



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– Já sei, mãe. – Adam falou meio impaciente.

– Se já sabe faz o que eu estou falando então.

– Mas eu vou fazer!
– Se não fizer você vai se ver comigo!
– Mãe, nós não vamos chegar tarde, ok?

– Bom mesmo. Olha aqui, se...

– Maggie, você já disse tudo o que ele precisava ouvir umas mil vezes. Deixa ele em paz. – Lewis interviu rindo um pouco.

– Mas...

– Vai ficar tudo bem, Maggie. – Liz acalmou. – Prometo que nós não vamos voltar tarde. Na verdade eu nem quero passar muito tempo na festa.

– Nem eu. Decidimos que só vamos por que já estamos antissociais demais para recusar um convite de festa também.

– É. E além disso tenho que acordar cedo por que combinei de ir com o Charlie no parque de manhã, lembra?

– Ok, ok. Vocês venceram! Vou parar com as recomendações.

– Você quer dizer broncas antecipadas né, mãe?

– Ah, fica quieto, Adam.

A mulher se virou para a TV, meio emburrada e fingiu prestar atenção por alguns segundos antes de se virar para o filho e para a enteada.

– E vão logo vocês dois antes que eu me arrependa.

– Se arrependa do que?

– De deixar vocês irem.

– Maggie, não exagera, é só uma festa. Eles vão estar há meia hora daqui.

– É, mas...

– Ok, mãe, nós estamos indo, ok?

– Não...

– Voltem tarde. – Completaram Adam e Elizabeth ao mesmo tempo.

– É... isso.

– Boa festa. – Lewis disse sem se levantar do sofá.

Margareth foi com os dois até a garagem e os viu saindo para a rua já escura e meio gelada. Quando voltou a sala o marido estava exatamente na mesma posição de quando tinha saído, olhando para a televisão e com os pés apoiados na mesinha de centro.

– Eles vão ficar bem, Maggie. – Falou finalmente virando o rosto para a esposa.

– Como pode saber?

– É só uma festa.

– Não é com a festa que eu estou preocupada, Lewis. – Ela respondeu meio irritada.

– Eu sei que não. Mas eles vão ficar bem.

Eles ficaram em silencio por um longo período, os dois olhando para a tela da tv, mas cada um absorto em seus próprios pensamentos. Maggie pensando na segurança de Adam e Elizabeth enquanto Lewis revisava todas as pistas, provas e conclusões que tinha sobre o interminável caso. Tentando, ainda, refletir sobre o possível espião dentro do escritório.

Para ele era cada vez mais obvio que esse espião existia, mas, ao mesmo tempo, ele e a equipe de investigação, que tinha montado com seus homens mais confiáveis para tentar achar o delator, pareciam cada vez mais longe de chegar a algum resultado.

– Lewis. – Maggie chamou tirando o marido de seu estupor.

– Hum?

– Por favor...

– Não vou largar o caso, Margareth. – Ele a interrompeu, já prevendo o que ela iria falar.

– Lewis...

– Eu já disse que estamos perto de terminar tudo isso. – Falou com a voz firme, mas olhando para qualquer outro ponto da sala que não o rosto de Maggie. – Não vou abandonar tudo agora.

– Lewis, você...

– Estamos mais próximos do que nunca! Vamos conseguir resolver tudo em pouco tempo e...

– Pelo amor de Deus, Lewis! Eu não acredito mais nisso há muito tempo! E mesmo que termine as investigações, acha, de verdade, que vão conseguir prender todo mundo? Acha que não vai ficar ninguém solto que possa vir atrás de nós depois de tudo?

– Acho!

– Não, não acha não! Por que você não é idiota e sabe que isso é impossível! Sabe que isso tudo é grande demais e que no final ainda vai ficar muita gente em liberdade. E que vão acabar se reorganizando e isso tudo vai recomeçar de novo e de novo e de novo! Está lutando uma batalha perdida, Lewis.
– Não! – Ele falou levantando-se do sofá e andando de um lado para o outro da sala. – Nós vamos conseguir! Vamos prender todos eles! E vamos acabar com tudo isso!

– Cala a boca, Lewis! – Maggie falou se levantando também. – Você sabe que não vai! Sabe que tudo isso parece um sonho de criança de tentar salvar o mundo de todo o mal! Mas ninguém pode fazer isso e você sabe muito bem!

– Não é um sonho de criança! E eu não estou tentando salvar o mundo!
– Está sim! Você está querendo ser um grande herói!

– Não estou! – Gritou o homem, perdendo totalmente o controle.

– Está. E para conseguir esse sonho infantil e impossível você está destruindo toda a sua família!

– Eu não estou destruindo minha família!

– Não? Não está destruindo sua família, Lewis? Olha o Adam! Olha para a sua filha! Olha para tudo o que aconteceu com a Liz e me...

– Para de jogar a morte da Susan em cima de mim! Eu não fui até Londres e atirei nela! Eu não matei a Susan! – Ele praticamente berrou. Os olhos repentinamente se enchendo de lagrimas, ao mesmo tempo que ele levava as mãos à cabeça e puxava os cabelos. – Não é culpa minha! Não é culpa minha que a Susan morreu! Não é!

Margareth, também com os olhos marejados, o observou atentamente por alguns segundos, sem fazer nenhuma tentativa de o acalmar.

– Olha para você, Lewis. – Falou por fim. – Esse caso está destruindo você mesmo.

– Eu não vou largar o caso, Margareth! – Ele berrou.

– Ótimo.

– Eu vou até o fim com isso!

– Como quiser. Eu não vou mais falar nada.

Ele parou de andar de um lado para o outro e de arrancar os próprios cabelos, ficou parado na frente da mulher a observando, tentando absorver as palavras dela. Tentando entender o que elas significavam.

– O que?

– Você ouviu, Lewis. Eu não vou falar mais nada sobre você abandonar as investigações.

– Você...? Você vai parar de toda semana me pedir pelo menos duas vezes para sair do caso?

– Vou.

– Está falando mesmo sério, Maggie?

– Estou.

– Ótimo! – Ele falou com um mínimo sorriso e se dirigiu para a porta da sala.

– Mas, Lewis – Margareth falou quando ele já estava quase saindo do cômodo. – Se mais alguma coisa acontecer, qualquer coisa, qualquer coisa mesmo que acontecer com o Adam ou com a Elizabeth eu vou embora daqui com os dois na mesma hora.

– Você o que?

– Você me ouviu.

– Você não pode fazer isso.

– Posso e vou.

– Pode até conseguir levar o Adam, ele já é maior de idade e pode ir embora sem minha permissão. Mas não pode levar a Lizzie. Ela não é sua filha. E ainda tem dezesseis anos.

– Não aposte nisso. Sou advogada, eu sei como fazer isso dentro da lei.

– Eu também conheço muito bem as leis, caso não saiba. Não tem um jeito de você sequestrar a minha filha dentro da lei! Você precisa da minha autorização para sair com ela daqui.

– Eu sei. – Margareth disse calmamente. – Mas se eu realmente precisar ir embora daqui você vai me dar a autorização para ir embora com ela.

– Não, não vou!

– Vai sim.

– Eu não vou!

– Veremos, Lewis. – Ela disse saindo da sala e passando por ele na porta, indo em direção as escadas. – Veremos.


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