Love Or Power? escrita por lolita


Capítulo 15
People always lie,




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/50014/chapter/15

As horas dentro do avião passaram depressa, afinal, os três ali - Justin, Alex e Julie - acabaram dormindo dentro dele. Era de madrugada quando o avião pousou no JFK International Airport. Os três sairam do avião, pegaram sua bagagem e foram surpreendidos. Não era o resto da família russo que os esperava e sim um motorista com uma placa com os nomes deles. Um feiticeiro, claro, não era difícil de distinguir. Julie ficou tensa em todo o caminho de volta para a residência dos Russo. Enquanto estava no carro, lembrou-se do que o seu irmão havia lhe falado antes de ela entrar no avião. Foi então que a loira pegou seu celular e checou a caixa de mensagens. Lá havia duas mensagens. Uma de Arthur, obviamente e a outra ela não sabia de quem era.
Ela apertou os devidos botões para ouvir a mensagem de Arthur:
"Lita, sou eu Arthur. Se você estiver ouvindo essa mensagem provavelmente eu já deva estar na França resolver umas coisas pendentes com Pietro. Não fique preocupada, você sabe que eu sei muito bem me cuidar. Qualquer coisa que precisar, sabe como me chamar. Não estou tendo bons pressentimentos, se cuide, por favor. Eu te amo para sempre lil' sis."
Julieta suspirou após o término da mensagem. Mexeu novamente no celular para ouvir a segunda.
"Seu tempo está acabando ma petit."
Pietro. Nunca perde tempo. Sempre sabe de tudo. Incrivelmente irritante.
O jeito de Pietro me deixava atordoada. Tão cruel, tão insensível, tão frio. Não se importava com nada além de poder. Esse desejo, essa ambição, o cegava, o transformava. Ele era um monstro.
E não iria parar.
Minha família está sendo refém de um monstro, mas eu me perguntava: Quantas mais estavam também?
Não acho que Pietro seja modesto o bastante para ter o poder mágico de só algumas pessoas. Não... A ambição dele superava tudo.
Não havia muito a ser feito. Não havia muito que eu poderia fazer.
Eu realmente estava em um beco sem saída. E por algum motivo eu achava que Pietro estava falando a verdade e não fazendo mais algum blefe. Meu coração estava apertado. Meu tempo realmente estava acabando.
Olhei para o lado e vi Alex e Justin. Alex estava com os fones de ouvido e dançando dentro do carro, sem se importar, ela parecia feliz, não pude deixar de sorrir. Justin, por outro lado, me olhava. Ele parecia feliz também, satisfeito. Ele pegou a minha mão e a acariciou. Eu sorri e acariciei seu rosto com a mão livre.
- Justin, eu...
- Chegamos! - O motorista não me deixou falar, abriu a porta do carro e saiu, logo abrindo para que eu saísse também.
Cheque.
Foi tudo o que eu pensei.
Ainda de mãos dadas eu andei junto com Justin para dentro da lanchonete. Fomos atrás de todos, andei mais devagar propositalmente. Eu sentia um frio na barriga a cada passo que eu dava. Foi então que eu parei e disse.
- Gélidus Tempodia!
O tempo se congelou. Perfeito, eu teria mais tempo para me despedir de Justin antes que ele me odiasse pelo resto de sua vida. O único porém era que eu tinha que ficar pulando em uma perna só e isso... Não era nada elegante.
- Julie? O que aconteceu? - Justin me perguntou, olhando em volta o tempo parado.
- Congelei o tempo... Preciso falar com você. - Eu disse, em meio a ofegos causados pelos pulinhos serelepes que eu dava com uma perna só.
- O que quer falar amor? - Ele sorriu gentil para mim. Droga! Por que ele tinha que ser tão fofo?
- Eu só quero dizer... Que aconteça o que acontecer, eu te amo. De verdade, eu realmente amo você. Te amo como ninguém nunca vai te amar e te amo como nunca vou amar outra pessoa.
Ele sorriu para mim e me beijou. Por pouco tempo é claro, não dava para eu beijá-lo dando pulinhos. Quando terminamos eu tentei sorrir. Foi então que parei de pular e continuamos nosso trajeto para a casa dos Russo.
Subimos as escadas e fomos até a entrada. O motorista abriu a porta, Alex entrou, Justin entrou e depois foi a minha vez. Não gostei do jeito que o motorista me olhou, havia algo de errado com aquele olhar, eu tinha certeza.
Obtive minha resposta assim que olhei para dentro da casa. Havia muitas pessoas ali, pessoas importantes, feiticeiros poderosos. Todos me olhavam fixamente. Era o fim, meu tempo realmente havia acabado. Deveria ter dado pulinhos por mais tempo.
- Pai? O que está acontecendo? - Justin perguntou, preocupado.
- Eu não fiz nada! - Alex disse, levantando as mãos.
- Não, Alex, dessa vez não é você. Achei que fosse impossível, mas encontrei alguém pior do que você. - Quem disse isso foi o diretor da Feitiço Tek. Ele me conhecia muito bem, mas não como Julieta.
- O que? Sério?! - Alex disse, impressionada. - Isso é novidade.
- Não seria se você não estivesse enfeitiçada. - Jerry Russo disse, indo ao encontro da filha.
- Alex está enfeitiçada? Desde quando? - Justin ficou confuso. - Ah! Essa seria a única resposta pelo jeito inacreditavelmente legal dela...
- Eu não estou enfeitiçada! - Alex disse, indignada.
- Sugare Hipnoticus - O diretor da Feitiço Tek proferiu, mechendo a mão. Uma luz verde saiu de dentro de Alex, ou melhor dizendo, o feitiço.
- Wow... O que... aconteceu? - Alex estava confusa.
- Venha aqui minha filha... - Teresa Russo abraço a filha e a levou para longe.
- Quem enfeitiçou a Alex? - Justin perguntou, confuso ainda.
- Alguém aqui dessa sala gostaria de responder a pergunta dele? - Jerry Russo olhou pela sala e parou em mim. Não me mexi.
- Bom, já que ninguém... Diretor, faça as honras... - Jerry cruzou os braços, ele parecia furioso.
- Claro, Jerry. Pietro de Ville é um dos feiticeiros mais perigosos do mundo da magia. Quando ele era menor, seus poderes eram muito limitados, tudo o que ele sabia fazer era sugar a felicidade das pessoas com magia. Com o tempo ele foi se aperfeiçoando e em vez de sugar a felicidade, começou a sugar os poderes. Desde então, nunca mais parou. As pessoas que ele suga os poderes ficam insanas se não receberem eles de volta... Ele é um homem muito cruel e tem muitos cúmplices.
Fiquei paralizada. Não sabia o que fazer. Eu queria poder contar, mas minha família morreria. Eu queria poder correr, mas não tinha forças para isso. Eu estava desesperada.
- E sua família foi afetada. Seu tio Kelbo teve os poderes sugados por Pietro de Ville.
- Tio Kelbo... - Justin disse, chateado.
- E por assim dizer, quando uma família é afetada, sempre tem um cúmplice dele no meio dela. - Jerry disse. - Sempre uma pessoa estrangeira, de fora.
- O que? - Justin olhou o pai, pensou um pouco e me olhou.
- Justin eu não...
- Você sim, Julieta! - Jerry disse, se aproximando. Pegou no meu braço com força, me ameaçando. - Ou você vai nos devolver os poderes do Kelbo e deixar nossa família em paz ou vamos tirar os seus poderes também.
Congelei. Ele estava me machucando, mas pior do que isso era olhar para Justin e ver a cara de incrédulo e desapontado que ele estava.
- Me solta! - Me soltei de Jerry. - Acha que realmente eu escolhi isso para a minha vida? Vocês me conhecem, eu nunca faria isso por escolha própria!
- Julieta... - Justin tentou falar.
- Todos os cúmplices de Pietro são ótimos atores e extremamente falsos, tudo para conseguir o que ele quer... - O diretor disse.
- Como você pode? - Justin disse, me olhando decepcionado.
Me aproximei dele.
- Justin...
- Não chega perto de mim! Como você pode? Tudo o que passamos foi falso? Tudo o que você me disse, tudo o que aconteceu. Foi tudo uma mentira para você roubar os poderes da minha família? Você me enganou!
- Não Justin eu...! - Eu estava chorando, não sabia o que falar.
- Eu estou com nojo de você! - Ele disse, agora com raiva de mim.
- Justin... Me escuta... Eu posso explicar! - Eu estava desesperada, meu coração estava partido, mas sei que o dele estava muito mais.
- NÃO! - Ele gritou e se afastou de mim.
Coloquei as mãos na boca e não conseguia parar de chorar. Eu queria morrer, eu não sabia mais o que fazer. Aquilo foi o auge de toda a desgraça que estava acontecendo. Eu tremia.
- Prendam-na! - Jerry Russo disse e então uns homens de preto começaram a se aproximar de mim.
Não poderia deixar que eles me prendessem, eu não tinha culpa e eu era a única que poderia impedir Pietro.
- Me desculpem...
Girei as duas mãos no ar e dela saiu dois raios extremamente poderosos, todas as luzes do local foram destruídas e uma fumaça densa preencheu o local. Foi a minha deixa para fugir. Me teletransportei para França.
- ELA VAI FUGIR! - Jerry gritou. O diretor fez um feitiço para que dissipou a fumaça e eles viram que eu já tinha ido embora. - DROGA!
A porta foi destruída no segundo seguinte. Era Arthur, ele já sabia do que aconteceria comigo mas havia chego tarde demais.
- ONDE ELA ESTÁ? - Ele disse, seus olhos azuis estavam tão raivosos que ninguém atreveu-se a gritar de volta.
- Sua cúmplice fugiu... - Justin disse, debochando.
- Você foi falso também Arthur? - Alex perguntou, num tom chateado.
- Não eu não fui falso, Alex. Nem minha irmã foi... - Arthur olhava Alex, com os mesmos olhos raivosos. - Vocês... Feiticeiros ocidentais, acham que sabem de tudo, acham que podem fazer tudo. Não sabem de nada, não sabem o que é o verdadeiro mal.
- E com certeza você e sua irmã sabem porque são o próprio mal... - Justin disse, ainda debochando, por estar com raiva e chateado. - E nos poupe do discurso "Não somos do mal" porque já sabemos que são...
Arthur se aproximou de Justin e lhe deu um soco extremamente forte na cara, fazendo que ele caisse no chão, logo depois o puxou pela camisa e o levantou, pegou seu braço e o torceu para trás e então o pressionou contra a parede.
- Você prometeu... Disse que iria cuidar dela. - Arthur sussurrou para Justin ouvir, seu tom de voz era extremamente raivoso.
- Fique longe dele! - Jerry disse, se aproximando para defender o filho.
Arthur moveu sua mão e fez com que todos ali se paralisassem. Soltou Justin e o paralisou também. A feição de Arthur era cruel, mas não por ele ser mal, mas sim por estar com raiva. Ver Julieta sofrer era pior do que a própria morte para ele.
- Agora que eu sei que vocês vão escutar direitinho, vou contar o que está acontecendo. - Ele foi se acalmando, mas o tom de voz ainda tinha raiva. - Me chamo realmente Arthur Russeau e minha irmã é realmente Julieta Russeau. Assim como a família de vocês, Pietro de Ville foi atrás da nossa. Porém, ele não foi tão gentil quanto está sendo com vocês. Ele sugou os poderes dos nossos pais e os sequestrou, junto com a nossa irmãzinha de apenas 6 anos de idade. Ele os está escravizando, fazendo da vida dos três um inferno. Foi então que ele propôs um acordo. Se eu e Julieta, que somos ótimos feiticeiros, ajudássemos ele a conseguir alguns poderes ele libertaria nossa família, se não, ele mataria a todos nós.
Arthur tirou o feitiço paralizante deles, porém eles não se mexeram para prendê-lo.
- Essa vida nunca foi a que eu planejei para mim mesmo nem para a minha irmã. Muito menos para a minha família inteira. Mas o que podemos fazer? É isso ou a morte... E assim como vocês estão fazendo, tudo o que a gente quer é proteger a nossa família.
Jerry Russo olhou os filhos e a esposa. A história de Arthur era verdadeira e todos poderiam saber disso, mesmo sem provas.
- Eu... - Jerry tentou falar, mas foi interrompido por Arthur.
- Não fale nada... De qualquer maneira vocês nunca vão nos ver outra vez...
- Como assim? - Alex perguntou.
Arthur riu, debochando, tentando conter a raiva.
- Pelo modo como abordaram Julieta, ela ficou extremamente triste e para conseguir o perdão de vocês, foi fazer a única coisa que se pode fazer nesse momento...
- E o que é? - Justin perguntou, preocupado.
- Tentar matar Pietro De Ville.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Love Or Power?" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.