Bebê Lisbon escrita por Lola Carvalho


Capítulo 5
Como agir?


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura!



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Naquela mesma noite, Lisbon se revirava na cama sem conseguir dormir.

A reação de Jane quanto ao beijo forçado que Pike dera nela ainda a deixava paralisada. Primeiro a frieza dele com ela durante toda a tarde e depois aquela declaração... Droga! Ela deveria tê-lo impedido de sair, e ter declarado seu amor para ele também.

– Teresa? – chamou Megan parada na porta

– Oi, ainda está acordada, meu amor?

– Tive um pesadelo... Posso dormir aqui com você?

– Claro bebê – ela moveu-se para o lado, dando espaço para Megan acomodar-se

– Mamãe... Posso te perguntar uma coisa? – Teresa meneou a cabeça em uma resposta afirmativa – Você gosta do tio Marcus?

– Hãn? Por que a pergunta?

– É que, quando eu e o tio Patrick estávamos indo pra cozinha, a gente viu vocês dois se beijando... E aí eu perguntei pro tio Patrick e ele disse que era porque vocês se gostavam... Igual um príncipe e uma princesa...

– Ele disse isso?

– Aham.

– Bem, ele estava errado. Eu não gosto do Marcus, ele me beijou a força... Entendeu?

– Entendi... Então de quem você gosta?

– Acho que já está na hora de dormirmos – a morena esquivou-se da pergunta

– Está bem... – após alguns segundos de silêncio, a menina continuou – O tio Patrick queria que você fosse a princesa dele.

– E-Ele disse? – gaguejou Teresa

– É. Ele pensou que eu não ia ouvir, mas eu ouvi.

– E ele disse mais alguma coisa?

– Não... Só disse isso mesmo – Megan abriu os olhos – Você gosta do tio Patrick?

– E-Eu... É complicado, amorzinho.

– Eu não entendo como isso pode ser complicado. Ou você gosta, ou não gosta! Simples assim – Teresa soltou uma gargalhada, e não conseguia mais parar de rir – Qual é a graça? Vocês adultos são tão estranhos...

– É... – ela disse ofegante – Nós somos – ela acariciou os cabelos negros da menina – Agora é hora de dormir mocinha.

..........

Enfim chegou o grande dia. Teresa e Megan já estavam acordadas e a caminho do FBI. Durante toda a manhã, Teresa não conseguia parar de pensar em como ela deveria agir com Patrick, depois da conversa que eles tiveram ontem, mas de uma coisa ela tinha certeza: o quanto mais ela pudesse adiar essa conversa, ela adiaria.

Patrick se encontrava no mesmo debate e até se surpreendeu de ter conseguido dormir com esse “elefante na sala”. A imagem de Lisbon nos braços de Pike não saia da cabeça dele nem por um segundo.

Ele estava irritado com ela, essa era a verdade. Afinal, uma mulher como ela que é capaz de derrubar pessoas com o dobro de tamanho dela, não conseguiria impedir aquele beijo, que ela alegou no dia anterior ser forçado? Patrick acreditava, sem sombra de dúvidas, que ela também tinha sido uma participante ativa naquele beijo.

Depois de beber um chá, que de nada serviu para acalmá-lo, Patrick saiu do trailer e, sem prestar muita atenção às coisas ao redor, ele dirigiu-se até o elevador, dentro do prédio do FBI.

– Tio Patrick! – exclamou a pequena Megan quando o viu entrar, e saiu correndo para abraça-lo

– Olá princesa Megan.

– Olha, eu melhorei da gipe

– É, estou vendo. Que bom, não é? – ele continuou sua caminhada até o elevador, só que com Megan em seu colo desta vez, e apreensivo com a situação que ele inevitavelmente entraria

– Bom dia, Jane... – cumprimentou-o Lisbon

– Bom dia, Lisbon – ele abaixou o olhar e ambos entraram no elevador. Sozinhos.

– Tio Patrick, sabia que eu dormi na cama da mamãe? – perguntou a menina animada

– É mesmo? E você gostou?

– Gostei sim! A gente ficou abraçadas a noite toda... – a menina respondeu sorridente

Segundos de silêncio, que se pareceram infinitos, e então a porta se abriu, e os dois saíram apressados.

– Jane, Lisbon! – exclamou Wylie ao vê-los – Que bom que chegaram, temos pouco tempo.

– Como assim pouco tempo? – perguntou Lisbon checando o relógio, que marcava oito horas em ponto

– Muita coisa para cuidar... Abbot quer vocês dois nesse endereço – ele entregou um papel para Lisbon – e disse para deixarem Megan aqui, porque de lá vocês já vão para o local que vai ocorrer a festa beneficente. Ah, e... Abbot disse que é para vocês irem no mesmo carro, para ir mais rápido.

– Ok, sem problema – antecipou-se Lisbon – Vamos? – e Jane assentiu com a cabeça.

..........

Segundo o GPS do carro de Lisbon, demoraria uma hora para chegar até o local designado. O silêncio chegava a ser incômodo, e a morena já estava farta da indiferença de Patrick.

– Jane? – ele tirou seu olhar da janela e virou-se para Lisbon – Quer conversar?

– Hum... – ele ficou pensativo por alguns segundos – Não tenho nada para dizer...

Lisbon ficou desacreditada da resposta do loiro e, permitindo-se agir conforme sua ira, ela parou o carro no acostamento, e virou seu torço inteiramente para Jane.

– Ok, já chega! Não dá mais para fingir que nada aconteceu.

– Oh, sim, agora você vai ficar irritada – ele enfatizou

– O que quer dizer com isso?

– Ah, Lisbon, por favor... Até parece que não sabe o que eu quero dizer com isso.

– Não, eu não sei!

– Está bem, então, se você quer fingir que não sabe, então eu falo. Eu não posso acreditar que você vai ficar irritada comigo, depois de tudo o que você fez...

– Olha, se você está falando do beijo eu-

– É claro que eu estou falando do beijo – interrompeu ele – Eu não consigo entender como uma mulher igual a você não impediu aquele nojento do Pike de beijar você, já que você mesmo disse que o beijo foi forçado.

– Mas que diabos você está falando? – ela gritou para que sua voz sobressaísse a dele

– Eu estou falando que você queria tanto aquele beijo, quanto o agente Pike, e foi por isso que você não o impediu-

– Mas eu- ela tentou interrompê-lo

– Mesmo sabendo que eu estou apaixonado por você...

E então o silêncio invadiu o carro novamente.

– Só para constar... – Lisbon prossegui, mais calma agora – Eu fiquei muito chocada com o beijo, mas assim que eu me dei conta eu me afastei dele e dei um tapa na cara dele.

– Hum... – ele grunhiu – Me desculpe por ter gritado...

– Tudo bem.

– Então isso quer dizer que... Vocês não... Não estão juntos?

– Não... E não vamos ficar. Nunca – e, mais uma vez, silêncio e olhares trocados.

– Nosso encontro de amanhã está de pé, então?

– Está – a morena sorriu tímida

– Ótimo, ótimo...

O celular de Teresa começa a tocar, retirando-os da conversa. Era Abbot que, impaciente, os esperava.


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Notas finais do capítulo

Awn, ti fofo *.*
O que será que vai acontecer no próximo capítulo, hein?
Huehuehueheuh
Por favor, comentem *-* Eu amo cada palavrinha que vocês escrevem! :D