Light of Dawn escrita por Kyo Takashi


Capítulo 4
Capítulo 3: O caso


Notas iniciais do capítulo

Yo! Estive sem Pc por esse tempo, então não deu pra postar :/ Espero que gostem e leiam os avisos finais.



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Jujuba

Passei a noite analisando cada detalhe de minha pesquisa, nenhum poderia ficar de fora, nenhum ficaria de fora, não em uma situação como aquela, não quando eles dependiam de mim.

Joguei uma gota do frasco em meu experimento, uma goma rosada que reagiu, derretendo certa parte. Puxei uma lente e observei a parte derretida, funcionava, porém ainda era letal para doces

Uma batida pode ser ouvida do outro canto da porta, quebrando o silêncio sepulcral

– Entre - Falei. Abrindo vagarosamente a porta do laboratório, a pessoa se dirigiu a mim à passos curtos

– Princesa, gostaria de lhe dizer que minha pesquisa, ainda não teve avanço - A voz do mordomo menta me fez virar e olha-lo, sua aparência continuava normal, apesar de passar horas e horas em seus rituais, buscando assim como eu uma forma de nos passar ilesos de nosso atual problema

– A minha também não teve... apenas isso que queria dizer ? - Perguntei
– Não milady, a rainha dos vampiros veio, e está a sua espera na sala de reuniões

– Certo, diga a ela que já vou

E após re-avaliar os dados, encarei o experimento, me virei, guardei os documentos e segui para fora do laboratório
...

Enquanto caminhava à sala de reuniões, pensava sobre o momento delicado em que estávamos. Não fazia ideia de onde nosso inimigo poderia estar, nem mesmo se ele era real; porém todas as evidências das cenas onde fora suas "atuações", indicavam uma alta probabilidade, que justificava totalmente nossas ações

A noite estava como sempre dentro do castelo, porém do lado de fora, devido a ventania gelada, a temperatura não estaria nada agradável, tanto que todos os seres doces se aconchegavam em suas casas, e a maioria dos guardas bananas estavam dentro do palácio. Porém isso não me atrapalhava, apenas era mais um pequeno empecilho.

Empurrei as portas da sala de reuniões e fui até a grande mesa, onde Marceline tocava em seu baixo

– Princesa - Cumprimentou ela

– Marceline

A música tocada por ela era calma, porém ideal para o silêncio em que estávamos

Puxei uma cadeira e me sentei, esperando que ela fizesse o mesmo, porém a filha de Hunson continuou apenas flutuando e tocando em seu baixo

– Então... para que veio até aqui? - Perguntei finalmente

– Vim constatar a situação. Soube da situação em que vocês estão - Respondeu ela - Você sabe lá se esse cara é real mesmo?

– Marceline, não temos nenhuma certeza, nunca o vimos, mas isso não quer dizer que ele não seja real. As evidências nos lugares em que ele atacou indicam claramente que mais de uma pessoa fez as coisas - Completei, relembrando as fotos que vi

– E? Isso só prova que ele não existe! - Exclamou a vampira

– Sim... seria isso se ele não sempre matasse seus "comparsas" - A música parou, Marceline me encarou por um momento, sua expressão mais séria

– Ele mata os caras?

– Sim, em todas, existem corpos que não deveriam estar lá. E isso não é tudo, esses corpos dos supostos "comparsas" dele, são corpos de pessoas de seu antigo crime

O vento que passava por uma janela, balançava as cortinas perto, além de fazer com que uma pequena labareda de fogo azul colocada perto a mesa de reuniões, bruxuleasse e quase apagasse

– Então, é como se, ele realizasse o crime em um lugar, recrutasse pessoas que ele supostamente mataria, as usa para ajudar a cometer outro crime, e as mata logo em seguida, tomando outros comparsas do crime mais recente para lhe ajudarem

Marceline tocou umas curtas notas em seu baixo, mais intensas dessa vez

– Onde ele ataca e por quê?

As informações viajavam rapidamente por minha cabeça, e ao mesmo tempo que falava, tentava entender esse criminoso

– Ele têm atacado em certos centros de convenções, praças, parques , sempre a noite, e aparentemente nunca leva nada consigo - A vampira soltou uma pequena risada

– E você acredita que isso não é só mais um mito, de algum grupinho que força os reféns a fazer as coisas que querem? Nem eu tô acreditando nisso

– Aí está a questão Marceline! No local onde aconteceram as ações, estão sempre corpos vítimas de sufocamento, em outros, a vítima já havia tido uma ataque cardíaco. Como se não fosse o suficiente, os corpos dos "comparsas" estão todos mutilados, e com cortes tão precisos que não se da para saber com que arma foram assassinados, mas em certas partes, a um pequeno resíduo, que pode ser injetado... quando eu fazia experimentos com isso, os doces em quem eu injetei, simplesmente perdiam toda a vontade que tinham, verdadeiras marionetes vivas e sem cordinhas! - Terminei, imitando um marionetista

Ela me encarou, um sorriso forçado jazia em seu rosto, juntamente com um olhar estranho

– Ta... agora que paro pra reparar, é bem estranho mesmo, alguém que possa ter isso, tipo, ele poderia usar isso nas vítimas dele, pra que eles façam o que ele quer... mas tem um ponto que não faz sentido - Esse mistério me matava fazia um tempo, nem sabíamos se ele era real ou não, porém ele representava uma ameaça, principalmente por que... - Ele não leva nada com ele, então é bem óbvio que ele só ta querendo uma atenção. Esse cara, eu acho que vou ir atrás dele

Voltei minha atenção para Marceline. Achei que estaria brincando, porém ela não estava, estava séria, como poucas vezes

– Tch, se fizer isso, tem chance dele fugir e realizar crimes em outro lugar. Além disso, eu to estudando esse resíduo que ele deixa, e se você o enfrentar, minha pesquisa não vai ter servido para nada

– Então... o que você sugere? - Perguntou ela
Um pequeno silêncio se instalou entre nós, pensava se contava todo o plano, ou nem todo

– Tenho uma idéia de onde seja seu próximo ataque, vou manter ali apenas experimentos meus, assim, quando eles os matar, além de conseguir mais dados, vou conseguir saber quem é ele, e até o por que que ele faz isso

– E como vai conseguir essas outras informações?

Um leve sorriso surgiu de meus lábios, apenas breve

– Vou colocar uma pessoa de prontidão... é meio que impossível dele falhar

...

Após discutir mais um tempo sobre nosso criminoso em questão, Marceline foi embora. Não contei a ela tudo. Minha experiência ainda não funcionava com seres doces, pelo contrário, era letal para eles. E também, não tinhamos muita sorte, teríamos que basicamente agir a surdina, não iríamos querer o caos se instalando no reino. Esse ser, quem quer que fosse, estava preparado, bem preparado

...

Acordei com a luz forte vindo das janelas de meu quarto. Dormi logo após cair em cima da cama, o sono tomara facilmente conta de mim, porém minha pele se acostumara com as brisas frias da noite anterior, e quando o sol quente e acolhedor tocou minha pele, me levantei

Peguei os documentos que estavam no laboratório e fui a sala de reuniões. O novo setor do castelo era ótimo: uma bela vista, com uma breve brisa vindo de vez em quando; um bom lugar a se ficar. Dormir limpou minha mente, o que me fez pensar melhor, e logo, já tinha teorias e fórmulas contra o resíduo. Deixei o documento um pouco de lado, fiquei apenas a observar o reino, e a sentir a brisa.

Tanta história escondida, tanto conhecimento, tantas coisas envolvidas que as vezes, minha crença sobre magia não existir, vacilava. Porém era apenas temporário, não ouve nada que não pudesse ser explicado cientificamente

Uma voz conhecida se fez ouvir no canto da sala

– Eaí princesa! - A entonação de Jake me fazia perceber que ele estava mais disposto do que eu, bem mais

Me virei e olhei para ele

– Ah, olá Jake, o que está fazendo aqui ? - Perguntei

– Nada demais, e espero que não esteja incomodando

– Não, não está, estava só sentada aqui mesmo, pensando na vida - Sim, pensando na vida, um dos poucos momentos que tive

– Está bem descontraída esses dias princesa. Bem, já que não está fazendo nada, trouxe alguém que gostaria de conhece-la - Falou ele

– Jake! Trouxe mais um? - Perguntei, porém sem nenhuma irritação aparente, apesar de saber o motivo. Eu não consegui ser rude com os pretendentes que Jake e Íris escolheram, então trazer mais um, seria apenas mais uma forma de mostrar que eu não sabia faze-lo, mas dessa vez, entraria no jogo! Dispensaria o pretendente!

– Princesa, você nos fez ficar horas sentados por que simplesmente tentava ser educada com todos, sem conseguir dizer um "não" direto! Qualé! Esse de agora vale a pena! - Continuou

Levantei ambas as abas de meu óculos e o deixei na mesa, me levantando, porém por um momento, hesitei de minha ideia

– Não sei não Jake... -

Uma voz suave ecoou pela sala. Uma bela voz. Uma que nunca havia ouvido antes.

Me virei para a direção de onde a voz vinha, e de traz de uma pilastra, surgia um jovem, mais alto que eu, de cabelo loiro um tanto rebelde; porém seus olhos azuis frios chamaram mais atenção, que mais pareciam conter algo, e por um breve momento não consegui mover meu rosto, apenas encarava os olhos azuis, tentando desvendar algo

– Devia ouvir Jake, princesa - Suas palavras apenas desvaneciam, minha visão continuava focada em seus olhos - Tenho certeza de que não se cansara de mim tão rapidamente

Percebi o que estava fazendo e dei um passo atrás

– B-Bem, acho que não é um sacrifício - Falei

Suas roupas eram... diferentes. A camiseta branca de mangas longas era coberta por uma jaqueta fatique com as mangas arregaçadas. Uma jaqueta fatigue? Isso era impossível de se achar, aqueles que usavam isso, sumiram a muito tempo. Sua calça jeans possuía um corte feito por uma faca no joelho direito e seu tênis tinha um cano alto que ia até o começo da canela. Em um curto movimento de seu braço esquerdo, pude perceber um anel com algumas inscrições e algumas delas eu mesma reconhecia, porém o resto da combinação...

Mal percebi quando ele chegara perto o suficiente para erguer minha mão e beija-la, um gesto cordial demais para alguém com sua aparência

– Seu nome é Klaus - Disse Jake - Um amigo meu, disse que adoraria a conhecer

Percebi novamente nas inscrições do anel dele. Uma delas bloqueava minha mente, não tinha nem idéia do que significava. Mudei minha visão rapidamente e vi o amuleto pendurado em seu pescoço, era um simbolo, o mesmo do anel... Por bastante tempo, treinei a mim mesma para me manter calma em situações difíceis, e mesmo fingir que as ignorei para estudar mais a fundo, porém a informação que me veio a mente quase quebrou essa defesa. Esse pequena e única inscrição significava...

"alma"

Então, juntando tudo seria... . Teria de tentar persuadi-lo o máximo que conseguisse, precisava saber...

– Sua aparência parece de um jovem mais descontraído Klaus, está sendo mais cordial do que deve ser - Comentei, me virando de costas, continuando a tentar meu objetivo, porém, rapidamente Klaus em leves passadas, para em minha frente e meu olhar baixo foi elevado por seu dedo, que levantava meu queixo e o fazia me encarar... encarar novamente os olhos azuis, que novamente tiraram minha concentração

Mesmo observando diversos fenômenos incríveis e viciantes, meus olhar nunca se desviava dos malditos olhos!

– Posso ser quanto cordial quiser princesa, principalmente para alguém tão bela quanto você - O que estivesse acontecendo comigo, era diferente de qualquer outra reação, com qualquer outro pretendente. Apesar de parecer um cortejo comum, isso me afetou, como poderia?! Porém seu olhar mudava enquanto ele parava de me encarar, se tornava mais sentimental, mais cabisbaixo, e pela primeira vez desde que entrou na sala, parecia sincero, como se o que ele parecia guardar não era um instinto selvagem, e sim sentimentos...

– Boatos dizem que sua inteligência é insuperável princesa, nem tento imaginar o quanto é esperta, porém sempre admirei pessoas assim... - Disse ele, com a voz também afetada - Acredito em cada um deles - Ele olhou rapidamente para mim, porém mudou seu olhar para baixo com a mesma velocidade, um gesto um tanto fofo

O que estava eu a pensar? Amor era uma coisa que eu havia deixado de lado a tempos atrás! Me impedi, porém seu olhar parecia necessitado, não conseguia me segurar direito.

– E junto com sua beleza, não consigo resistir a ser um candidato, é muito para apenas um simples ser como eu - Terminou ele, olhando para o chão. Tentava imaginar se ele estava sendo sincero, ou se estava apenas me engandando

– N-não... - Senti meu rosto enrubescer, minha dúvida crescia cada vez que tentava evitar seus olhos

– Ah, mas não é isso que seu coração diz não é princesa? Você está tão envergonhada que não consegue dizer um simples "não"! - Provocou Jake, e pela primeira vez desde que me lembro, funcionou, me fazendo o encarar furiosa - Bem princesa, não queria dizer não mas... é melhor olhar de novo para ele
Me virei. Os olhos frios e cabisbaixos se tornaram animados e desafiadores com o mesmo tom azulado, um sorriso surgiu, da camisa branca, foi levantado um capuz, um com orelhas de urso que cobriam seus rebeldes cabelos loiros

– F-F-F-F-F-F... - Eu gaguejava sem parar, todos os meus pensamentos focados em descobrir em que tipo de pessoa seria Klaus, e era tudo uma brincadeira? - Finn?!
Minhas bochechas já não deviam estar mais rosas, e sim vermelhas, pelo menos era o que a risada de Jake indicava


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Notas finais do capítulo

Bem pessoal, espero que me desculpem pela demora, mas tive um problema com o Pc aqui. Este capítulo ficou curto,e foi apenas uma mudança de visão, mas a partir daqui seguiremos em frente mesmo. Vlw flw, e até breve...



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