Light of Dawn escrita por Kyo Takashi


Capítulo 31
Capítulo 30: Cheiro Maldito


Notas iniciais do capítulo

Yo! Bem, esse capítulo está programado para ser postado então... não terei como responder vossos comentários...
Espero que gostem =D



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Marceline

Não fazia ideia de como havia sido a missão de Finn, mas o sorriso estampado em seu rosto já mostrava a descoberta de algo. Havia voltado na madrugada para casa, e no dia seguinte, ido ao reino doce. E no momento seguido a minha chegada, ele explicou o que queria fazer

– Um torneio de luta?! - Exclamou Bonnibel - Olha Finn, não sei se sabe, mas não há muitos guerreiros pelas redondeza. Além de que, meus cidadãos são de paz, e eu investindo em tal ideia... é exatamente ''faça o que digo mas não faça o que faço''

A princesa vestia um suéter casual listrado entre roxo e rosa, além de calças mais escuras e meias... acabara de acordar

– Quanto aos guerreiros, não se preocupe, tenho um amigo que pode espalhar a notícia por vários reinos - Já o garoto, por outro lado, tinha um incrível brilho nos olhos. Era como se eu não pudesse desgrudar minha visão... era contagiante - Diga a seus cidadãos que são ''lutas de honra''. Por favor, faz isso pra mim Jujuba. Por favor!

Ela pensava

Eu vestia uma jaqueta vermelha por cima de uma camisa negra. Um cinto em diagonal repleto de espetos envolvia a cintura de minha calça de couro, e minhas botas estavam relaxadas, esticadas em conforto

– Olha cara, eu até entendo a princesa. Mas explica aí o motivo; direito dessa vez - Pediu Jake

– O marionetista quer que joguemos o jogo dele. Ele quem controla nossos movimentos. Eu só tó rasgando nossos fios

– Mas isso não faz sentido!

– Faz - Interrompeu Bonnie - O pior é que faz Jake

– Ele se mostrou em um momento em que não precisava. Simplesmente mostrou sua base. A não ser que ele quisesse, não teria feito isso

– Então... ele quer que encontremos ele!

Finn sorriu

– É, por aí mesmo

Hesitação

– Ele queria que investigássemos lá. Queria que seguíssemos seu roteiro. Bom, eu digo que não! E isso é minha forma de mostrar a ele. Se alguém vai entender essa ação inusitada, o marionetista é esse alguém

Jake já sorria de ponta a ponta, a princesa já quase se rendia; mas eu não não. Ainda estranhava isso

– É, fazer o que - Disse ela, mexendo em seus cabelos presos em um rabo de cavalo - Finn me trouxe algumas das peças. Ainda faltam, mas estamos pelo caminho certo

...

Discutíamos os detalhes do torneio: onde seria, a arena, quantos guerreiros. Jujuba até ficara surpresa quando dissemos que Victor, um importante membro do mercado negro, cuidaria de distribuir a notícia nos reinos mais a longe. Mas ao chegar em um caso específico...

– O prêmio, que seria importante para atrair obviamente, deveria ser dinheiro. Mas... pra atrair o Marionetista, eu devo ser contido nesse prêmio. Como uma luta final, uma luta bônus pra quem conseguisse. Isso atrairia ele

– Não - Interrompi Finn firmemente, e a atenção se virou para mim. Mas não importava. Eu não cederia. Me levantei

– Mas por que...

– Seus ferimentos que você tá tentando esconder não estão nada bem. Numa luta, você não duraria nada

As atenções, antes em mim, agora nele estavam. Eles não sabiam. Mas eu podia sentir o cheiro... ele estalou a língua

– Mas eu...

– Sem essa. Você tá mal cara; não deveria se esforçar tanto assim. Sei que o dever lhe chama, mas você não tem poder de regeneração, nem é imortal. Deixa isso comigo... por favor

Eu o encarava. Meus olhos escarlates encaravam os seus, azuis tão belos, tão verdadeiros. Eu podia sentir sua confiança em mim, e por um momento, senti meu rosto esquentar. Afastei-me, e falei

– Você pode ser o juiz. Ele notará isso

Ele sorriu

– É, pode ser

Todos ficamos calados por instantes. Os detalhes básicos estavam prontos. O planejamento principal, já em mão. Minha cabeça gritava para que aquilo acabasse, mas meu subconsciente me mandava avançar

– Bem gente, tenho que resolver uns assuntos. Vou me trocar. Podem ficar por aqui, mas eu estarei em outra reunião

Não esperei para ver ela se levantando e saindo, apenas me afastei, gritando para que Finn me encontrasse em um dos pátios do castelo

...

Voei a toda velocidade, evitando a luz sem cautela alguma. Tinha que parar por um momento, evitar aquela atmosfera; eu não teria aguentado mais cinco minutos lá. Essa maldição, esse forjado laço de sangue oferecido era... terrível. A sensação de necessidade era grande demais. Era difícil controlar, dificílimo. Uma hora ou outra eu teria que... droga

Parei no primeiro degrau de uma longa escadaria. Minhas pernas tremiam. Era algo tão exagerado... tão inacreditável. Levantei a gola de minha camisa e tentei sentir meu próprio cheiro. Aos poucos, me acalmava, mas logo eu teria que falar com ele. Jurava que, parecia que as feridas estavam todas abertas e encharcavam suas roupas... o cheiro do sangue do loiro era sedutor demais e eu nada podia fazer sobre isso. Minha mente vagava pelo corpo do humano...

Não seria nada educado deixa-lo esperando

Voltei todo o caminho, e de lá, encontrei-o

Estava de pé, olhando para todo o reino doce de cima a partir do parapeito do pequeno pátio. A brisa passava, sussurrando em nossos ouvidos e balançando nossos cabelos, refrescando-nos. Trazendo o cheiro de sangue. Ele estava bonito. Não lembrava-me do jovem humano ser esbelto de tal maneira. Em seu combate contra o Marionetista, quando o derrotou, pude ver bem claramente a bela formação de seus músculos; ombros certamente largos. Seus olhos azuis eram como o céu nos dias mais belos, que eu não podia encarar, e seus cabelos loiros eram chamativos, rebeldes. Não era um brutamontes excessivamente musculoso. Por agora, tinha por volta de minha altura. Vestia uma camisa branca e calças negras, assim como tênis simples. Em sua mão esquerda, ainda havia aquele anel com diversas inscrições, e em seu pulso direito, um bracelete de couro negro

Remexia minha cabeça. Não era a hora ainda

Não havia ninguém por perto, apenas nós ali. Era seguro falar

– Finn, o que está tentando esconder? - Soltei, me aproximando

Ele se virou, encarando-me

– O que quer dizer? - Mais um passo

– Você sabe. Senti sua hesitação ao confirmar o que Jake disse, e tenho a ligeira impressão de que não contou tudo o que acha sobre as informações que recebeu - Cheguei ainda mais perto e, parei

Por um momento, permaneceu silencioso, só olhando-me

– Olha, pode parecer que eu to botando pressão em cima de você, mas... é, eu to mesmo - Disse, focada nele - Não quero que aguente isso sozinho. Não quero que carregue seja lá qual for o peso que estiver carregando. No momento em que pisei no castelo, eu consegui sentir. Não, antes disso. Quando você voltou eu pude perceber algo diferente. Você está com medo. Medo de algo, e isso me dá angústia Finn

Ele abriu a boca para falar, mas as palavras não saíram. Ele estava surpreso, assim como eu. Ele não sabia de nosso laço de sangue. Não ainda. Não sabia da maldição que ele passou a mim. Não ainda. Muito menos sabia que eu pudia sentir sua insegurança

– Eu estou aqui pra você cara. Seja lá o que for, te ajudarei a passar por isso - Aproximei-me ainda mais, encarando-o de perto, esperando sua reação

Ele riu. O mais inusitado possível. Uma risada curta, calma, verdadeira e, assim como seu sorriso, contagiante

– Obrigado, Marcy

Ele deu um único passo, e em seguida, me abraçou

Meus olhos se arregalaram

Era um abraço caloroso. Estupendo. Ruborizei no primeiro instante, e em seguida, abracei-o de volta. Era... quente. Não era como ser queimada pelo sol, era... confortável. Pela primeira vez, senti o calor dentro de mim. O calor a muito tempo perdido. O que desapareceu quando me tornei vampira, voltou naquele abraço, que eu nunca gostaria de ter de deixar

Eu não sentia o cheiro maldito do sangue, mas sim o cheiro do jovem humano loiro, Finn

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Alguém vagava. Alguém diferente. Sua espada presa a bainha à direita de sua cintura não parecia intimidadora sendo empunhada por alguém como ele. Seus longos cabelos negros eram presos em um rabo de cavalo e seus olhos, negros como a penumbra, encaravam o horizonte

Em sua mente e em seu coração, seu objetivo ressonava e reforçava tudo que fazia, como um manto obscuro de um príncipe determinado

Nada o impediria. Ele aceitava seu passado e suas falhas, usando-as como proteção, e junto com sua espada ''mata-dragão'', seu futuro era usado como arma


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Notas finais do capítulo

''E os preparativos eram feitos. Marceline e sua sede de sangue teriam de ser saciados, enquanto o que Finn ainda esconde de seus amigos, deveria ser contado''
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Yo! O que acharam? Bem, isso foi programado para postar, então não poderei responder comentários



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