Light of Dawn escrita por Kyo Takashi


Capítulo 30
Capítulo 29: Medo Escarlate e Esmeralda


Notas iniciais do capítulo

Yo! Cá estou eu, postando um capítulo novo... pois é, eu estou postando este capítulo e programando os próximos devido ao fato deu estar viajando dia 16... então talvez possa responder comentários feitos até lá (estou fazendo isso em um pc que ñ é meu)
Enfim, curtam o capítulo



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Finn

– Eu planejava vender essa informação por um bom preço mas... prometi, então vou cumprir

A voz de Victor passava por um ouvido e saía pelo outro. Nesse momento, meus devaneios estavam fixos em uma coisa



'' O corpo estirado da bruxa, ainda com vida, jazia a minha frente. Fora daquele mundo escuro, na ponta de um morro, eu sentia a dor de minhas feridas abertas queimarem a cada lufada do vento. Mas minha cabeça doía mais''



– Nosso amigo das linhas verdes gosta de chamar atenção. Não é um psicopatazinho saciando sua sede de sangue. Ele tenta chamar a atenção de grandes alvos; sendo o primeiro deles Absalom, tendo até uma importante reunião de negócios atacada. O segundo foi meu chefe, tendo provocações apontadas para ele em diversos lugares e momentos. E bem... o que você já sabe, a Princesa Jujuba foi a seguinte. Depois você



'' Meu corpo ardia enquanto minha mente tentava entender o que havia acontecido. As últimas palavras captadas:

(Boa Sorte Para Você. Eu Volto Já)

A voz era mista com um efeito monstruoso que seguia cada palavra. E eu reconhecia. O vulto verde. Era ele. Isso era ele. Isso derrotou a bruxa

– Finn, ela ainda está viva ''



– Seu próximo alvo poderia ser qualquer um importante

Qualquer um? Deveria haver uma ligação entre os alvos, não? Absalom, o grande mercante que enganou os aldeões que nele confiavam, pertencia a mesma cidade que um dos chefes do mercado negro, que mandou seu mais confiável subordinado para fazer justiça contra uma má bruxa



'' Ela não pode continuar a viver - Disse Victor

– Mas por que? Ela já tá derrotada. Não fará mais mal - Apesar disso, minha voz era hesitante

Ele suspirou

– Como pode ter certeza?

A pergunta me pegou de surpresa. De fato, a morte dos inimigos nunca estava em minha cabeça quando eu lutava

– Havia um grande herói. Forte e Bravo. ele lutava sem titubear contra as forças que ele chamava de malignas. O fim dessa luta, ou pelo menos a parte dele nela, nunca questionada fora até ele perceber que de nada adiantava. Sempre que alguém ele salvava, percebia que tal ser perdia cada vez mais o medo, e sempre voltava ao perigo. Sempre que derrotava um inimigo, percebia que, aqueles que não eram tolos, se tornavam mais experientes e, mais difíceis se tornavam as batalhas. Não adianta achar que ela simplesmente vai parar, pois ela não vai. Ela não é fraca nem uma covarde como você deve pensar, e a vingança será seu objetivo. Em realidade, mais vítimas serão feitas

Meu olhar era cabisbaixo. Ele tinha razão, não tinha? Eles são assim, não desistem. Cada vez que caem, aprendem mais, assim como nós. E sua ira os motiva ''



Mas apenas os dois haviam uma ligação

Não... com Victor a meu lado, eu tinha uma relação com o mercado negro, e já possuía tal ligação com Jujuba, mas... a princesa não era ligada nem a Absalom, nem a Victor e seu chefe. Então... o que?

E afinal, por que chamava a merda da atenção?! O próximo ataque poderia ser em qualquer um... isso se houvesse próximo ataque

Mesmo com a informação fornecida, pouco sabíamos ainda sobre esse inimigo

Ele jogava com todos, provocando-nos a tomar medidas. Afinal, não poderíamos deixar a solta um criminoso como ele. Afrontou o poder de pessoas importantes, e matou inocentes apenas por que quis. Um motivo pra esse tipo de gente, seria ele buscando justiça contra esses alvos, assim como em filmes que assisti com meu irmão; mas no caso, não deveria estar em seus planos tirar a vida de seres doces...

..... Nem me atacar ....



'' Eu hesitava em fazer o que eu sabe que deveria acontecer, isso porque... eu tinha medo. Não da bruxa, mas de executar sua morte. Minha cabeça fora mudada durante o embate, cercada pelo desejo da matança em um frenesi escarlate de adrenalina e ódio que corriam por minhas veias. Não sentia dor, nem ligava para qualquer ataque que a mulher realizasse. Queria apenas sua vida. Ela matara aqueles aldeões; usara suas essências como combustível para um feitiço que ela venerava cegamente; tudo sem hesitação, sem misericórdia. A mulher era experiente nisso. Quantas vezes poderia ter feito não importava: o importante, a desculpa, era quantas vezes mais ela faria. Mas eu não tinha lhe tirado a vida. Não. Afinal, não era eu no controle

O ser que me controlava, oferecia desculpas para a morte da bruxa. Desculpas, não por não serem verdades, mas porque ele não ligava. E agora, Victor dizia a mesma coisa e, claro como o dia, era sua crença de estar fazendo o melhor. Ele se importava. Mesmo sendo do mercado negro, ele se importava. Era realmente um criminoso?

Mas não importava. Mesmo com a razão a minha frente, eu negava. Por que?

Frescura, por não aceitar

Ingenuidade, por me recusar a aprender

Medo, de voltar a também achar que são desculpas. Porque eu também não ligava ''



Ele podia saber de algo que nós não. Ele podia ser algo diferente. Era como um espectro, um fantasma. Mas quando eu o golpeei, pude sentir bem como se atacasse um corpo

– Alguma coisa sobre sua localização?

Ele sorriu

– Coincidentemente, ele apareceu em lugares bem distantes um do outro. Onde ele foi primeiro visto: nas proximidades dos domínios de Absalom. O segundo lugar era bem longe. Nem sequer era no reino. Uma floresta, grandíssima em realidade. Poucas criaturas de lá eram conhecidas

Porém, ele parara por aí

– Eram?

– É... bom, Absalom tá a alguns dias fora, negociando um importante tratado com um reino próxima , e sua segurança foi redobrada, então há menos tropas em suas áreas. O nosso amigo das linhas prefere receber atenção quando quer, então o mais lógico é que ele está aproveitando para analisar a área, logo, a floresta pode muito bem ser seu esconderijo, ou algo temporário dele, onde poderiam haver pistas de seu paradeiro

Arregalei os olhos. Victor tinha razão! Realmente poderia ser sua base. Mas ainda era estranho o fato dele ter aparecido

– Mas... e o ''eram''?

– Eu pensei que você poderia catalogar alguns deles para mim. Seria bom vender um desses pra pesquisadores

Ainda estava confusa. Grande parte de meu corpo estava enfaixado, porém ainda coberto pela camisa negra rasgada. Curativos por cortesia e, lá estávamos nós em mais um bar; desta vez porém, do lado comercial, de forma que não se viam brutamontes ou qualquer um armadurado que não fosse guarda. Minha Dark Vision poderia detectar qualquer um que tivesse más intenções, mas ele se certificara de alguma forma que não haviam espiões. Acreditei; mas agora não entendia o que ele queria dizer. Encarava-o, e ele retribuía o olhar

– O que? To aproveitando que você vai pra lá. Posso te descolar uma parte do pagamento

Realmente, eu iria...?

– Você vai lá não é? É o cume de nossas suspeitas

Arregalei novamente os olhos e movi-os para um canto, encarando o nada, focado

Ele era o marionetista. Deveríamos jogar o jogo dele; bem, não agora. Ao inferno com um joguete tão óbvio!



'' - Mas você não precisa fazer isso - Sua voz veio como um súbito alívio

Encarei-o. Nem a sombra do chapéu fedora nem os cabelos negros escondiam a sinceridade em seu olhar

– Perdi um amigo desta vila para ela; ele que por sua vez, perdeu amigos e família - O pesar podia ser sentido em cada palavra. Era real sua tristeza - Você não precisa fazer isso, eu faço

Era simplesmente incrível. Com a razão a seu lado, e a idiotice do meu, ele ainda faria tal ação, que em sua consciência, não tinha peso

Em um movimento, uma mão completamente enfaixada, empunhando uma arma; uma pistola; seguia da manga longa direita de seu sobretudo

– Obrigado

A explosão do tiro ecoou em meus ouvidos. Mas não a imagem da bruxa, morta no chão

Victor usava um anel com inscrições, basicamente idêntico ao meu ''


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Notas finais do capítulo

''O sofrimento do herói ocupava seu coração com malícia, se aproveitando do medo e se alimentando da incerteza. Mas sem dúvida. Ele não deveria temer o inevitável''

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Yo! O que acharam. Bom, considerações já feitas nas notas iniciais, então espero que entendam =/
Enfim, caso queiram saber, a pistola do Victor é uma Taurus Raging Bull 500, com a empunhadura de couro negro e estrutura prateada



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