Light of Dawn escrita por Kyo Takashi


Capítulo 21
Capítulo 20: Ave de fogo


Notas iniciais do capítulo

Yo! Este é um daqueles capítulos que eu divido ao meio, pois está muito grande :p Espero que gostem, e nas notas finais, uma consideração a uma importante pessoa



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Finn

Saía para mais um treinamento do lado de fora da casa da árvore. Ainda teria que cortar meus cabelos, que caíam na base de meu pescoço. Não que isso atrapalhasse grande coisa, mas segundo Jake, eu parecia uma ‘’marginalzinho’’ assim. Por que, ainda não sei. Marceline disse que iria para a Noitosfera, discutir algo com seu pai por conta do que acontecera. Achava melhor deste jeito. Naquela situação, o poder da vampira me dera calafrios até

Era final de tarde. O sol se pondo deixava o céu numa cor laranja belíssima, e não estava quente, um bom tempo. Porém, antes de começar, ainda fitando o horizonte, avistei dois vultos. Apesar de toda a tensão criada, apesar de tudo o que eu senti quando me desafiara, agora a insegurança anterior era inexistente. Eu queria aquele duelo. Chamava por ele com todas as minhas forças. Queria poder esfregar em seu rosto que eu era forte, e que ela não me ganharia. Ao longe, via os vultos de Phoebe e Canela se aproximando

Por um momento, percebi uma coisa. Olhando a volta, eu via toda a paisagem verdejante balançar conforme saudava a brisa que vinha. Era ali que a luta aconteceria? Sério? Tudo seria queimado? Que merda! Como não havia pensado nisso antes? Assim que se aproximaram, soltei

– Se lutarmos aqui, você vai incendiar tudo. Bora pra outro lugar – Falei

A rainha de fogo me encarou, pensativa

– Acha mesmo que sou tão despreparada? – Perguntou

A rainha de fogo vestia sua já comum armadura avermelhada. Seu rosto brilhava como sempre em uma cor laranja claro, enquanto seus cabelos, belos e ondulados, brilhavam em um tom mais escuro da mesma cor

Em um veloz movimento, ela encostou a palma direita no chão. Um pentágono, feito de linhas azuis claras se expandiu lentamente. Quando passou de mim alguns metros, ele brilhou. Arregalei os olhos. Pude sentir a energia vindo dali, poderosa demais, ofuscando tudo ao redor. Outro veloz movimento. A outra mão de Phoebe deitou-se sobre a que já estava ali, e ligeiramente mais rápido, uma estrela de cinco pontas começou a surgir do lugar. Ainda podia sentir a energia vindo quando as cinco pontas de ambos se tocaram. Em um piscar de olhos, a velocidade de expansão de tais aumentou, de forma que no outro instante, já passava no horizonte, até onde minha visão não ia

– É um selamento antigo, muitíssimo poderoso. Não importa quanta energia passe dentro dessa barreira; dentro dos limites, tudo é apagado – Disse ela – Ou seja, eu posso lançar uma bola de fogo do tamanho do reino doce, que a casa da árvore não ficará nem chamuscada. Esse selo afeta tudo que não tem energia. Qualquer animal que visse as linhas do selo se assustaria e já deve estar correndo para longe. Nada atrapalhará

Olhei de canto. Canela vestia roupas azuis escuro, e mantinha uma rapieira embainhada em sua cintura

– E ele? – Perguntei

– Ficará aí. Insistiu em vir, mesmo sem a necessidade de tal. Não se preocupe, afinal, eu mesmo treinei-o, não se lembra? Morrer aqui ele não vai

Repentinamente, duas bolas de fogo surgiram às mãos de Phoebe. Apertei meu punho, observando o lugar que iria. Rapidamente, ela arremessou-as em minha direção, vindo velozes. Tinham tamanho de pouco mais que uma cabeça

Szoom

Apareci a metros a esquerda dela. De olhos arregalados, moveu sua mão em minha direção. Outra bola de fogo passou a se formar na palma, maior que a outra, porém...

– Tão lenta assim? – Caçoei

Disparei em volta da rainha. Não rápido o suficiente para sumir de sua visão treinada, mas para que ela não tivesse uma boa precisão do ataque. Arrisquei aproximar-me em uma investida. Instantaneamente, a bola de fogo foi disparada, porém desviei em uma ágil rasteira. As chamas se abriram quando chocaram-se ao chão, queimando tudo em uma área de cem metros por uns segundos antes de sumir

Chutei seu braço estendido, a fazendo recua-lo, e me levantei em um salto. Golpeando-me com um soco direito, esquivei, defendendo outro com o pulso esquerdo e impedindo um chute antecipando minha perna. Uma veloz troca de golpes ocorreu, sempre próximos. Um ataque mais veloz que o anterior, sempre defendidos

Um momento seguinte, Phoebe acendeu seu punho, e golpeou fortemente o meu durante o contra-ataque, fazendo o membro voltar com o impacto. Aproveitando, girou e chutou em direção à meu rosto, mas com os pés presos, me arrastei até certos metros de distância. Havia defendido o chute com a outra mão

Sorri por um momento. A rainha do fogo abriu os braços, curvando os antebraços ligeiramente para frente. Em sua mão, labaredas começaram a queimar fortemente, e em outro momento, estavam vindo curvadas em minha direção. Um rolamento para frente impediu-me de virar churrasco. Disparei em sua direção. Seus olhos brilharam. Uma brasa azul clara e branca cresceu a partir do pulso direito. Ela fechara o cerco, sendo a única direção. Soltei um sorriso torto. Senti um choque em meu braço, e a espada surgiu em meu punho fechado, já pronto para o ataque

Ela veio primeiro, cortando-me em horizontal. Confiando em mim, defendi. Ela arregalou os olhos pela segunda vez na luta. Abaixei para desviar do próximo, batendo com o cabo em seu estômago, girando e atacando o lado direito de seu corpo. Ela recuou dois saltos, mas de nada adiantaria

Szoom

Estava logo a frente dela, descrevendo um arco vertical com a lâmina. Acertei, perfurando de novo a armadura, mas não a pele. A espada desapareceu de minha mão. Chutei seu joelho esquerdo, fazendo-a cair neste, e desferi uma joelhada em seu rosto, a fazendo cair de costas na grama. Me afastei alguns passos, respirando, reganhando o fôlego perdido. Não fez muito calor o dia, mas afinal, a luta era contra a rainha de fogo. O que poderia ser mais quente? Minha camisa não muito molhada, mas eu sabia que até o final da luta estaria ensopada

Me coloquei em posição. Ela se levantou, um joelho após o outro, até ficar de pé. Sua armadura estava com aberturas nas partes cortadas, porém sem ferimentos. Ela não respirava fortemente como eu. Afinal, ela não sentia calor, não era como eu, que precisava enfrentar um ser de fogo corpo a corpo. Seu semblante não tinha mais a indiferença de antes, e sim seriedade. E eu a devolvi com tal olhar. Uma brisa leve bateu, refrescando-me e balançando meus cabelos cheios de suor. Porém não perderia tempo apreciando. Comecei a focar minha energia em meu punho direito

Enhanted Aies

Em um único salto, incrivelmente veloz, Phoebe atacou-me. Se não fosse pela Dark Vision, eu não teria escapado do golpe, afinal nem sabia se era um chute ou um soco. Apenas vi fogo. Nem saberia, afinal apenas a rainha de fogo se fez ver, deslizando pela grama agora chamuscada. Uma sequência de golpes veio, e por conta do poder, desviava de cada um milimetricamente. Não por ser hábil, mas porque ela me pegara de surpresa demais, e eu não estava acompanhando bem seu ritmo. E ao mesmo tempo disto, não poderia perder o controle da energia na mão direita

Defendi um soco com a esquerda e retribui com um empurrão. Ela recuou apenas um passo e voltou a me atacar... suas mãos pegando fogo. Esse ligeiro intervalo foi o suficiente para voltar a me situar. Agora, cada golpe era esquivado com cautela, e diversos deles foram dados, até ela atacar com um murro mais poderoso. Girei, desviando-me da pressão energética desse, ficando com o lado do corpo para ela. Já sentia a energia enchendo minha mão direita. Sorri

Em um veloz ataque com minha palma, acertei sua testa. Ela percebeu a energia focada quando esta vinha em sua direção, mas não havia como desviar agora. Recebendo, ela perdeu o equilíbrio instantaneamente, soltando-se do chão e voando a metros de distância. Porém, era habilidosa. Ajeitando seu corpo em pleno ar, arrastou sua mão pela terra para se fixar. No instante seguinte, todo seu braço direito pegava fogo, este que bruxuleava como se de nada desse conta

– Não me subestime princesa! – Gritei

As chamas se atiçaram em questão de um piscar de olhos, e cruzando o espaço até seu ombro esquerdo, Phoebe lançou as brasas em minha direção, se estendendo de seu membro em chamas

– Ifrit! - Berrou

Arregalei os olhos. Era uma mistura linda de amarelo e laranja tão claros quanto a luz do sol, deixando tudo a volta escuro. A última coisa que pude processar, fora que tal, tinha no mínimo o tamanho da casa na árvore

Apertei meu punho. A marca e as linhas envolta de meu pulso e nos dedos brilharam em uma cor branquíssima. O alcance de meu Blink não era o suficiente para desviar, e as chamas me consumiriam por inteiro. Senti o poder correr por todo o meu corpo no instante seguinte. Era como se um campo gravitacional fosse criado em volta de mim, pois o vento passou a girar, tendo como a minha pessoa o centro. Minha visão se clareou por um momento

Esta, era mais uma das técnicas dadas como presente pela marca do forasteiro. Me lembro como se fosse ontem, ele de pé, me observando realiza-la, de novo e de novo. Era complicada demais, pois envolvia concentrar uma quantidade de energia em um único ponto de meu corpo. Assim, tudo em um certo raio me tinha como centro. Essa energia, tal que é minha, é misturada com a energia da marca, e assim, quando eu a liberasse, toda essa área afetada pelo meu poder, teria toda a energia nela repelida. Não fizera muito sentido quando tais palavras saíam da boca do que eu chamava de ‘’mestre’’... pelo menos, até eu conseguir realizar tal... eu não me lembro direito o que era, mais simplesmente sabia, que um ataque poderosíssimo havia simplesmente desaparecido após tal

Eu sabia o que acontecia. Meus olhos brilhavam como luzes azuis claríssimas, assim como a marca agora. Meu cabelo balançava ao poder liberado, e a partir da linha de um círculo a meus pés, o vento formava um pequeno limite, e a energia liberada levantava muita poeira

Um ligeiro gemido veio, aumentando gradativamente, até se tornar um berro

Hárak Scero!

Senti como se meu corpo fosse a fonte de uma explosão. Todo o vento a minha volta foi repelido em uma área de centenas de metros rapidamente, conforme um brilho a empurrava para longe. Assim que o ataque de fogo se chocou com a ‘’barreira’’, este foi se dissipando insignificantemente

Estava de pé, com a mão estendida ao lado do corpo. Via a expressão impressionada de Phoebe, e sorria. Tudo a volta tinha se tornado cinzas. A casa da árvore era nada mais que chamas ardentes infinitas, e no horizonte, a única coisa que via era fogo. Mas não importava. Algo dentro de mim, me dizia que nada daquilo importava. E nenhuma razão consciente impediria

Outro grunhido gutural vindo do fundo apareceu. Permaneceu ali por poucos segundos sem nada acontecer, até que meus cabelos começaram a balançar, e meus olhos se iluminaram novamente. Ainda tinha bastante energia sobrando, e queria jogar isso na cara da rainha de fogo. Queria mostrar que apesar dela me humilhar, era minha fez no jogo

Senti-me extremamente poderoso. Capaz de fazer tudo. Um sorriso de ponta a ponta apresentava ao mundo isso. Gostava de lutar, e gostava ainda mais do patamar que atingia neste momento. Ninguém poderia me parar agora. Senti minhas costas arderem, e eu sabia o que era. Uma luz alaranjada surgiu, brilhando, não uma chama, mas asas de energia pura bruxuleando, instáveis. Voltei minhas mãos para próximo de meu estômago, todos os dedos encostando-se, fechando o nada

Olhei para a rainha de fogo. Ela estava assustada. Como não poderia? Eu sabia o que acontecia com meu corpo no momento, como se o visse em terceira pessoa. Este, era mais um produto dos ensinamentos daqueles que eu poderia chamar até de ‘’professores’’

Marceline me ensinara a juntar minha energia em forma de ataque. Tanto para criar rajadas insignificantes quanto uma rajada única de poder puro. O forasteiro ensinara-me a moldar tal. Eu tinha as memórias da vampira me ensinando de forma que parecia uma tortura, mas com meu consentimento de que me tornaria melhor, e as memórias do forasteiro me guiando nas direções que eu queria, com calma, serenidade e entendimento. O ser me ensinara que eu poderia literalmente moldar meu poder da forma que quisesse, diferente de qualquer ser vivo com consciência de seus poderes, que teria que se esforçar para tal

– Eu falei pra não me subestimar de novo Phoebe!

As asas neste momento, poderiam cobrir todo o meu corpo. Algo semelhante a uma pena gigantesca brilhava em minha testa. Minhas íris brilhavam da mesma cor de tais energias, um laranja incrivelmente belo. Algo começou a surgir em minhas mãos. Uma bola branca, vermelha e alaranjada de energia pura era criada, conforme tudo a minha volta se tornava insignificante. Esta, brilhava, instável e poderosíssima. Eu vi a rainha de fogo dar um passo atrás, e depois outro

Ace Phoenix!

Em um ato desesperado, seus braços brilharam, novamente preparando o golpe, porém duplo desta vez

– Ifrit! – Berrou, hesitante, conforme arremessava ambas as chamas

Estendi ambos meus braços. Minhas mãos se conectavam apenas por meus dedões, com as pontas encostadas. O golpe foi atirado com altíssima velocidade, e conforme voava, o som produzido era como o canto de uma águia. Pequena comparada a enorme chama de Phoebe. Porém, assim que esta passou direto, ambas as brasas sumiram como se não fossem nada, desprezadas pela energia

Sem ter para onde fugir, ela apenas aceitou

O poder explodiu e se expandiu, engolindo toda a arena da luta em uma luz vermelha. Não sabia que altura havia tomado, mas havia ultrapassado facilmente a casa da árvore, e sua extensão... não havia como definir


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Notas finais do capítulo

Yo! Dboas? Então, esse capítulo foi a luta de Finn contra a Phoebe, já que o outro não deixou claro. Como disse antes, este é metade de um que ficaria grande demais inteiro

Bem, por onde começar? O cara a quem o cap está dedicado é obviamente o grandessíssimo Ace Phoenix. Esse cara é um dos ''old schools'' de HDA, e desde que lembro de postar (era a época da minha antiga fic, quem lembra?), ele ta aí. A princípio, nem me lembro direito, acho que eu tinhas entre 5 a 10 caps quando ele começou a criar. Eu havia notado a fic dele, mas nem havia lido. Quem o fez primeiro foi meu primo. E adivinha? Acusando de plágio. Aí eu comecei a ler para ver se era realmente. E adivinha 2? Eu curti p4k4s! Não era plágio, como dito por meu inocente primo (such naiiiiv, entendedores entenderão). Comecei a usar a história dele como estímulo para a minha. Sempre que ele postava, eu me esforçava para postar em seguida. Chegou a ter época que, eu não escrevia nada, e assim que um capítulo de sua fanfic lançava, a criatividade queimava dentro de mim, e tudo que eu queria fazer era escrever

É inspirado nesse cara que eu re-criei minha história. Antes, bagunçada e cheia de ideias, agora bem organizada em minha mente. Queria melhorar, já que ele também melhorava. Chame de inveja ou qualquer outra coisa. Mas com o tempo, oq aconteceu? Tornamo-nos amigos. Mandamos MPs sobre assuntos de história, para não toparmos um demais com a do outro, para não parecer que um copiara de outro. Trocamos ideias. É divertido! Tornei-me um escritor melhor deste jeito, mais seguro, mais cheio de ideias. Tudo pq meu primo achou que um cara tinha me plagiado. Engraçado, não?



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