Percy Jackson e os Olimpianos A Vingança da Víbora escrita por Laurah Winchester


Capítulo 5
Lista de coisas que terei de descobrir sozinho


Notas iniciais do capítulo

Um capítulo seguido do outro, para sua alegria! o/ OBS: Obrigada pelos reviews



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Quanto mais eu me aproximava, melhor eu podia ver a figura, que parava de brilhar. A figura que eu via era uma mulher. Tinha longos cabelos lisos e escuros, pele morena clara, olhos escuros e... não pude deixar de notar que ela tinha um belo corpo. Parecia ter uns vinte e cinco, anos, e, como eu, mesmo debaixo d'agua suas roupas permaneciam secas. Ela usava uma túnica azul clara, com alguns detalhes em prata. Me observava, sorrindo. Em sua mão direita, estava um tridente de dois metros.
– Anfitrite - reconheci, semicerrando os olhos.
– Percy Jackson - disse ela, a voz era bonita e aveludada. - Vejo que ainda não me conheceu, Poseidon poderia ter me mostrado um pouco de consideração, me apresentando seu filho atual mais popular. Você se parece muito com meu marido, e é um rapaz bonito.
Deixe-me explicar: Anfitrite é esposa de Poseidon. Filha da ninfa Dóris e de Nereu, portanto uma Nereida. A princípio, recusou-se a se unir a meu pai, se escondeu nas profundezas do mar. Então acabou cedendo as investidas de Poseidon, tornando-se a rainha dos oceanos.
E eu estava conhecendo minha madrasta. Senti-me envergonhado, ouvira dizer que Anfitrite sofria com as traições frequentes de Poseidon, mas, ainda bem, não era ciumenta como Hera.
– O que está fazendo aqui? - perguntei.
– Preciso ter uma conversa com você...
Ah, não! Geralmente quando os deuses precisavam ter uma conversa com você, não era nada bom o que vinha: Hermes me pedira uma missão impossível mesmo sabendo que eu não conseguiria; Ares me fizera levar a culpa pelo roubo do raio mestre de Zeus e o escudo de Hades, com o objetivo de fazer uma guerra que acabasse com o mundo; Afrodite prometera dificultar minha vida amorosa. "Não vou deixar que isso seja fácil e chato para você. Não, tenho ótimas surpresas guardadas. Angústia. Indecisão. Ah, espere só para ver!" havia dito ela; Circe me transformara em um porquinho-da-india; Hefesto me chamara de trabalho sem qualidade e mesmo assim me pedira para realizar uma missão do nível de um deus; mesmo depois de eu salvar Artémis e condenar Atlas, os deuses discutiam se deviam me matar ou não; Atena me mandara ficar longe de Annabeth, mesmo sabendo que eu não o faria. Caminhamos pelo fundo do lago, lentamente.
– Atlântida tem sido atacada com frequência por alguns monstros... - ela disse, pensativa.
– Poseidon não me contou nada sobre isso. - eu disse, decepcionado.
Ela riu.
– Ele tem te observado com muita frequência, Percy. Ele sabe que você está preocupado e... apaixonado. - eu franzi o cenho e olhei para o chão, Anfitrite virou o rosto em minha direção - perdoe minha ousadia. Percy, o destino do mundo dependerá de você, minha prima o escolheu como alvo.
– Espere... sua prima?
– Sim... Olhe, não posso dar detalhes, o resto você e Annabeth deverão descobrir sozinhos.
– Ótimo - bufei.
– Percy, meu pai, Nereu, tem o dom das profecias... Ele viu algo que envolvia todos os mundos...
– Esse algo também se inclui na lista de coisas que terei de descobrir sozinho?
– Sim.
Andamos por um momento, em silêncio.
– Preciso de sua ajuda. - disse ela por fim.
– No que?
– Percy, se o oceano for dominado, pela... minha prima, as águas nunca serão calmas novamente, eu, Poseidon e as outras criaturas marinhas teremos de nos esconder para sempre. Eu sou a deusa das águas calmas, se o oceano nunca for calmo novamente... o que será de mim? As divindades aquáticas estarão perdidas pela eternidade.
– Hmm... Que monstro pode ser tão horrível assim?
– Em partes eu não sei, mas um monstro que se alimentou no Tártaro até ficar mais forte e abriu passagem para o mundo vivo com as próprias mãos...
– Deve ser horrível. - eu disse. Tentando esconder a inquietação dentro de mim.
– Você e Annabeth deverão partir em uma missão amanhã, deixarei alguns, hã... presentinhos para sua viagem. Foi um prazer conhecê-lo, jovem herói.
– O prazer foi meu - eu disse. - mas espere, que presentinhos?
– Ah, você vai ver...
– Tenha cuidado nessa missão, fique atento, por você e a filha de Atena, Annabeth. - percebi um forte brilho de preocupação em seus olhos, mas por quê? Eu nem a conhecia, talvez a estivesse preocupada pelo com o mundo e não comigo...
Antes que eu pudesse responder, ela desmanchou-se em água. Voltei a superfície, e, para minha surpresa, eu me encontrava no mesmo lugar de onde parti. Grover batia na porta de meu chalé, inquieto, Annabeth apareceu logo atrás dele. Eu sai de dentro do rio.
– O que estão fazendo aqui? - perguntei.
– Hã...? - Grover ficou confuso.
– O que você estava fazendo lá? - perguntou Annabeth.
– Hã...
– Hora do jantar, crianças. - interrompeu-me Quíron. Eu nem havia notado sua aproximação, assim como Annabeth e Grover. Caminhamos até o Pavilhão de Refeições.


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Notas finais do capítulo

Gostaram da participação da Anfitrite? Alguém faz ideia do que ela quis dizer com todo esse papo?



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