Percy Jackson e os Olimpianos A Vingança da Víbora escrita por Laurah Winchester


Capítulo 22
Estratégias de batalha


Notas iniciais do capítulo

Hoho, acho que vão gostar do que preparei para esse capítulo, revelações e a formação dos planos.



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Haviam muitos rios, campos abertos em La Push, casas e comerciantes, tudo como eu esperava... ou quase. Não fomos atacados por lobos nem nada, os deuses agradecem. Chegamos em Forks pela via Bogachiel. Subimos ela, passamos pelo Hospital Comunitário de Forks, paramos em Forks Coffee Shop, para comer alguma coisa. Do lado de fora havia uma placa na margem da estrada, o restaurante era médio e simples, eu já sentia o clima frio de Forks. Entramos e pedimos um café e torta de morango. Depois saímos e fomos até a Forks High School que era pertinho.
A placa da escola era: "Forks High School - Home of the Spartans" com um desenho do elmo de um gladiador. Haviam árvores finas que eram semelhantes a palitos, arbustos e as janelas coloridas da escola. Havia uma residencia separada, devia ser a direção da escola , com outra placa de Espartanos e mais pintados na parede de fundo. Mais distante havia a Quillayute Valley School District, a escola dos Quileutes.
— Blackjack! — chamou Percy.
Blackjack trotou até nós e esperou a sra. O'Leary dar a partida. Corremos por entre as árvores do Olympic National Park próximos ao Lago Crescente. Na via Olympic.
Chegamos rápido na praia de Port Angeles.
— Forks é mesmo muito pequena — disse Percy.
O lugar era muito frio e vazio, as ondas grandes quebravam na areia fofa também fria como a brisa. Meus cabelos se agitavam sobre meu rosto, eu podia ver a ilha bem longe.
Percy se abaixava sobre a margem, colocou a mão na água e sibilava algo para ela. Olhei em volta, tudo vazio.
— Percebeu que nenhum monstro tentou nos impedir desde Phoenix? — sussurrei para Annabeth.
— Estamos indo diretamente para a armadilha, não há motivos para nos impedirem — disse ela. Assenti. Era verdade.
— É melhor valorizarmos até os prelúdios inconseqüentes, no final ligaremos as peças — eu disse.
Então o Olympic II apareceu.
Tyson e Percy subiram no navio, Annie me fitou com cautela e então subiu no navio, eu subi com a sra. O'Leary e Blackjack. Aquele navio era eminente, não demoraria quase nada para chegarmos do outro lado. Talvez fosse melhor parar com a embromação. Meu estômago girava em um loops desagradável.
— Nico, você está bem? — perguntou Annabeth, afagando meu ombro.
— Sim — eu disse e sorri. Ao mesmo tempo estava ansioso para chegar, por algum motivo que talvez você já conheça...
Fui até minha cabine e deitei na cama, a cabeça sobre as mãos. Fiquei pensando no que Thalia estava prestes a fazer em meu sonho. Por quê? Era proibido, ela não deveria fazer aquilo. Se bem que Thalia adora fazer coisas que ela não deve fazer. Mas ao mesmo tempo eu queria... e queria muito. Eu sabia o que aconteceria depois, Thalia perderia sua imortalidade, não poderia mais ficar com as caçadoras e, provavelmente, se daria por traidora. Aquilo não parecia ser apenas um sonho maluco, parecia ser uma cena do futuro. Minha expressão era extasiada. E se aquilo não acontecesse? O que eu sentiria quando Thalia fosse embora com as caçadoras? Senti um tremor nos flancos. Eu não estava pronto para aquela reação. Meu coração batia em um ritmo histérico. Me repreendi por me sentir assim, era masoquista, se nada daquilo acontecesse me sentiria horrívelmente mal. Eu tinha que parar de pensar...
Corri para o deque e olhei para fora.
— Chegamos! — anunciei. Corri para pegar minhas coisas já separadas. Blackjack esperava do lado de fora, na margem do oceano. Annabeth, Percy, Tyson e a sra. O'Leary subiram já preparados, então saímos para a Ilha de Vancouver.
A Ilha era incrívelmente bonita, o sol nascia no horizonte, deixando tudo ainda mais bonito. A praia vazia era nublada, porém linda. As ondas quebravam delicadamente, espalhando a brisa do oceano. Percy e Annabeth suspiraram em uníssono. Caminhamos pela margem do oceano, olhei em minha bússola e disse:
— Temos que ir para o nordeste, Sidney é bem perto daqui. — meu coração pulava de ansiedade.
Andamos em uma da cidade, que levava para a direção que queríamos, algumas pessoas que estavam ali estranhavam, um grupo de adolescentes com um cachorro imenso e um cavalo com asas caminhando no meio de uma estrada, para mim era super normal.
— Tem um lago por aqui que é Lago Tétis. — eu disse, Annabeth sorriu.
Tomei a frente e fui andando em direção ao bosque, com a turma me seguindo. As folhas sobre nós eram verde-jade, o orvalho escorrendo por elas, seu aroma natural facilitava a respiração, diferente da cidade. Alguns bandos de cervos nos observavam com cautela. Annabeth tropeçou algumas vezes e xingou em grego antigo, Tyson estava fascinado com a floresta densa e bonita. A aparência do lugar era inimáginavel, ás vezes, quando piscava, esquecia-me completamente da imagem. Além disso, o aroma, o frescor da brisa. Parecia que andávamos a esmo, mas eu sabia que não. Eu queria agir de modo pragmático, mas creio que não fosse possível sair correndo pela floresta e chegar com eficácia. A alegria da floresta parecia reverberar em meu interior, meu corpo trêmulava de agitação.
Haviam muitos lagos por ali, e eram muito belos. Ainda não haviamos chegado a Sidney quando Thalia esbarrou comigo, caindo em cima de mim.
— Desculpe — ela disse, eu assenti e sorri. Ela me abraçou, depois a Percy, Annabeth e Tyson. — Meninas! — chamou ela, acenando, as caçadoras já estavam mais avançadas, se Thalia não estivesse ali, seria provável que nos desviássemos e ficássemos em um impasse.
Eu estava feliz demais por vê-la. Andamos pela floresta, ela do meu lado, Artémis guiando o grupo. Havia muito musgo pela floresta, deixando tudo ainda mais verde. Encontramos uma campina, Artémis sentou-se no chão e indicou que fizessemos o mesmo.
— Thalia, creio que tem algumas coisas para nos contar, certo? — disse Artémis, alto, para que todos pudéssemos ouvir. Thalia assentiu e começou a falar.
— Os deuses estão se preparando para a batalha, preciso de Nico... e Percy — apressou-se ela. — Juntaremos os Três Grandes e seus herdeiros, creio que se trabalharmos juntos isso será pragmático. Fiz uma visita ao passado com Apolo e Luke — ela olhou em volta, como se ele estivesse escondido em algum lugar ali, acompanhei seu olhar, mas não vi nada além do que deveria ver — fomos até as ruínas do templo do Oráculo de Delfos, viajamos no passado. Vi a luta contra o gigante Tifão, como meu pai e Hermes o enganaram, e venceram. Vi a morte de Equídna e a visita de Artémis ao templo, a consulta no oráculo.
Todos estavam em silêncio, espiavam Artémis com cautela, ela não alterou sua expressão.
— O Oráculo disse que os semideuses dos Três Grandes, eu, Nico e Percy, podemos dirimir a Víbora. E que isso acontecerá no próximo evento de impacto.
Todos começaram a murmurar, nervosos. Arregalei os olhos para Thalia, ela parecia assustada. Além de toda essa confusão, um asteróide atingiria a Terra? Isso é horrível!
— Os deuses estão trabalhando para definir o local onde será o impacto, e para amenizá-lo, mas eu pensei em algo. — ela respirou fundo e olhou em meus olhos — Acho que precisaremos do impacto, de Nico e de Hades. Teremos que trabalhar para enfraquecer a víbora, a jogaremos diretamente no Tártaro. Quanto menos caos fizermos pelo planeta, melhor. — Thalia não desviava de meus olhos, o que eu achava estranho, geralmente as pessoas evitavam me encarar — Eu queria que houvesse um jeito de focarmos o impacto diretamente no local que escolhermos, sem tremor, rompessemos a crosta e abríssemos um buraco para o Tártaro. Mas não acho esta uma boa ideia, Nico, isso o afetaria muito, não sei se poderia suportar.— ela me olhava, preocupada — Outra coisa, Luke me contou que a víbora o perseguiu desde sua saída do Tártaro, como uma isca para que alcançasse a mim, Percy e Nico, porque de alguma forma ela descobriu nosso futuro. Equídna tinha ódio pelos Olimpianos, pelo destino que causaram a sua linhagem, ela planeja vingança. — Só eu que achei Luke muito hipócrita?
— A vingança da Víbora — disse Percy, pensativo — Argos esteve assustado ultimamente, fugindo, como se temesse algo, certamente ele tinha medo da vingança de Equídna. — ele disse e olhou com cautela para Annabeth — Atena me disse que confiasse em Thalia, Atena e Hermes disseram, dizendo que ela iria sugerir algo absurdo, mas não vejo nada de absurdo nisso — Thalia correu os olhos para os dois lados, suspeita — Ela me disse que eu, Thalia e Nico teríamos uma participação importante no que Thalia planeja. Disse que eu e Annabeth também teríamos um papel importante como dupla. Poseidon me disse que tomasse cuidado com Atena, porque ela é imprevisível, ela nunca desejaria o mal para o Olimpo, mas quando tem uma ideia, não para até colocá-la em prática, nós decidiremos se confiaremos nela ou não.
— Atena me solicitou algo — desta vez ela olhava para Percy — algo absurdo, em troca de sua ajuda. — todos paralisaram — eu tive um plano. Eliminarei Percy.
Silêncio.
— O quê? — Annabeth cortou o silencio como se cortasse a pele com uma lâmina afiada.
— A princípio também fiquei assim, mas Atena sabia que eu chegaria a conclusão correta. — ela disse, fez uma breve pausa — Equídna escolheu Percy entre nós três. Ela planeja derramar o sangue de Percy sobre seu templo durante o evento de impacto, depois a mim e Nico em datas mais distantes. Se eliminássemos Percy, ela ficaria em dúvida e teria que recorrer a um plano B, então o trocaria por mim ou Nico, mas o objetivo é que ela pense que Percy foi eliminado, assim seus planos dariam errado e ela teria de procurar outro semideus humano de Poseidon, para que o ritual ficasse completo, mas iria falir. Enquanto ela está em seu momento de dúvida, eu e Zeus, Nico e Hades estaremos atacando, então quando a víbora estiver enfraquecida, Poseidon e Percy seríam as armas secretas. Atena e Annabeth serão responsáveis pela destruição completa do templo de Equídna.
— Uau — soltei, ivoluntáriamente, Thalia construíra o plano perfeito, me perguntei se ela também não teria saído da cabeça de Zeus. Ela me olhou e corou um pouco.
— Os planos ainda não são perfeitos, teremos que arrumar um jeito de mandá-la para o Tártaro sem caos — olhou para mim — Equídna com certeza está muito mais forte e ainda temos seu exército.
Silêncio, Thalia olhava para mim.
— Teremos que bolar um plano de introdução, ou seja, como daremos um começo a guerra. E teremos de nos separar, Atena e Annabeth correrão ao templo de Equídna, que foi construído no National Mall, sobre o Pentágono. A guerra será em Vancouver, teremos que ficar próximos ao litoral, para podermos contar com o desaparecimento de Percy e a ajuda de Poseidon, Equídna terá que ver a cena da morte falsa de Percy.
— Tudo bem, acho que já foi informação demais para um único momento — disse Percy, levantando-se e caminhando em direção a praia. Thalia também se levantou e caminhou até os bosques. Fui atrás dela.
Pinheiros, orvalho e musgo, tudo isso junto compõe os bosques da ilha. Thalia adentrou mais uns dez metros na floresta, eu a segui, então ela parou.
— Nico... — ela disse, sem se virar para mim. — Tem ideia do quanto foi difícil me decidir.
— Sobre o quê?
— Sobre você. O plano do buraco para o Tártaro podería dar certo, mas você está muito envolvido nisso.
— Por mim tudo bem, eu...
— Não está tudo bem! — exclamou ela, virando-se, percebi que seus olhos estavam molhados, as lágrimas que ela reprimia derramar. — Nico, existem um milhão de formas que podemos falir, ela também tem planos... Se alguém se ferir, será minha culpa.
— Não. — eu disse, baixo, mas firme. Ela me olhou, suplicante.
— Nico, você sabe que os deuses também tem suas falhas, eles poderão não ajudar tanto como esperamos, e você também sabe que eu não quero te machucar.
Explorei seus olhos azuis, tenho que adimitir que não sabia que existia um tom tão azul para olhos. Eles sempre pareceram fortes, Thalia sempre pareceu forte, mas neste momento ela parecia procurar um ombro para chorar. Seu cabelo escuro com mechas azuis escuras balançava levemente com a brisa, que derramou uma lágrima de seus olhos. Então mais lágrimas escorreram, eu sabia que não era só isso que ela temia, sabia que tinha muito mais, mas eu não a faria falar, isso a faria sofrer. Eu a abracei, ela abaixou a cabeça em meu ombro e me puxou para mais perto. Sou a pessoa mais masoquista que existe! Quanto mais me aproximasse de Thalia, mais dor provocava a mim e a ela no futuro, a não ser que... Não vou me atrever a pensar nisso. Afastei um pouco seu rosto, para que pudesse vê-lo, limpei as lágrimas em suas bochechas e queixo.
— Sabe que também não quero te machucar. — sussurrei, ao puxá-la de volta para mim.


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Notas finais do capítulo

Gostaaram? Coomenteeem!! Thalia & Nico



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