Nem toda aposta vale a pena. escrita por Mayh Weasley


Capítulo 3
II - A aposta.


Notas iniciais do capítulo

Demorou, eu sei! Mas, aqui estamos nós!
O capítulo está cheio de diálogos, mas foi necessário.
Leiam;
comentem!
Bjoos!



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Lily entrou em sua sala, contornou a mesa e sentou-se em sua cadeira de frente para o notebook aberto. Sirius veio logo atrás e parou na porta, Lily faz sinal para que ele entrasse e sentasse na cadeira à sua frente. Ela fechou o notebook, recostou-se em sua cadeira e disse:

– Black, recebi uma ligação, nada agradável, de George Hansrosch. - ela o olhou como se ele fosse continuar a história.

– Desculpe Evans. - Sirius a olhava, absorto. - Mas onde eu me encaixo nisso?

– Ah! - Lily o olhava com cara de poucos amigos. - Você não sabe?

– Sinceramente não!

– Então você não sabe que o Sr. Hansrosch é o dono do restaurante "Mutcho Gusto" ?

– Sei sim. - Ele já havia entendido o porque de tudo aquilo. Mas continuou fingindo que nada sabia. - Costumo fazer uma pesquisa sobre o restaurante que vou escrever. E fiz uma critica sobre o " Mutcho Gusto" essa semana.

– É exatamente sobre essa crítica que quero falar. - Lily ainda o olhava com raiva nos olhos.

– Olha Evans. - Sirius, passou a mão nos cabelos. - Sei onde você quer chegar... Mas o restaurante é péssimo! A comida demora de sair, os garçons não são devidamente preparados e sem falar que a comida não é lá essas coisas.

– Mas você não podia ter amenizado as coisas que disse?

– Não vou enganar meus leitores dessa maneira! - ele respirou profundamente. - Na minha opinião o Sr. Hansrosch deveria continuar apenas com fabricação de auto-peças. Onde já se viu um homem do ramo automobilístico, abrir um restaurante. Não vê que isso nunca daria certo?!

Lily respirou fundo, se empertigou na cadeira e cruzou as mãos em cima da mesa.

– Olha, eu sei que você é muito bom no que faz e... - ela fechou a cara. - Pare de sorrir para mim dessa forma e de mexer nesse seu cabelo como se você estivesse em uma propaganda de shampoo. - ela fez massagem em suas próprias têmporas. - O que quero dizer é que acredito que sua crítica tenha embasamento, mas a diretoria vai pedir minha cabeça e a sua, se não fizermos uma retratação. Afinal de contas eu liberei sua matéria, sem ler. Pois estava confiando no seu trabalho.

– Você quer dizer que não fiz um bom trabalho? - Sirius já não estava sorrindo.

– Não, Black. - Lily apoiou a testa na mão esquerda, respirou fundo e dirigiu-se ao homem em sua frente. - Como já disse, o considero muito bom no que faz. Porem, cometi o erro de mandar publicar seu texto, sem ler. Pois se tivesse lido, jamais deixaria as ofensas que você direcionou ao restaurante. - Lily tentou disfarçar sua raiva e se recostou novamente em sua cadeira. - Então, como não quero perder meu cargo e sei que você também não quer perder o seu. Peço-lhe que faça uma retratação.

– Desculpe- me Evans, mas não farei retratação. Vou perder minha credibilidade.

– Então, faça uma matéria sobre algo de bom que aquela porcaria tenha. - Lily começava a ficar da cor dos cabelos. - Um prato ou a estrutura, sei lá.

– Mas...

– "Mas" nada! - ela bateu as duas mãos na mesa e se levantou. - Vá para sua sala e escreva algo de positivo sobre aquele restaurante. - E com um gesto com a mão ela o dispensou.

Sirius saiu da sala de Lily, irado. Não tinha palavras, apenas xingamentos descreviam a sua raiva naquele momento. Ele andou até sua sala sem reparar ou se importar com os olhares de seus colegas de trabalho, que muito provavelmente haviam ouvido se não tudo, boa parte do que eles tinham conversado la dentro.

Ele entrou em sua sala, bateu a porta e se deitou no sofá que havia la dentro. Fechou os olhos e ficou pensando em xingamentos para Lily em voz alta. Ele ouviu cochichos do lado de fora mas os ignorou e voltou a repetir todos os xingamentos como se estes fossem mantras.

“Acho melhor bater!”

Ele ouviu a voz de Peter dizer, mas continuou a ignorar.

“Acho melhor não incomodá-lo, isso sim!”

Dessa vez a voz era do Remus

“Que nada. Comigo não tem...”

James escancarou a porta e foi entrando, seguido por Peter e Remus.

– Está falando sozinho, cara? - Perguntou James, enquanto se jogava na poltrona em frente ao sofá em que Sirius estava deitado.

– Eu não estou de bom humor, caras! - Sirius levantou-se do sofá e sentou, olhando feio para James.

– É nós sabemos. - James disse enquanto analisava suas cutículas. - Nós ouvimos sua briga com a chefinha... Aliás, acho que todo o prédio ouviu.

Sirius sentiu muita raiva de seu melhor amigo, mas isso só o fez lembrar de quem ele realmente estava com raiva. Ele odiava Lily. Como se já não bastasse o descaso com o qual ela tratava todos os seus funcionários, ainda obrigá-lo a admitir um erro que não cometeu. Fazê-lo perder toda a sua credibilidade... Ele iria fazer, afinal de contas, amava seu emprego. (Suspeitava que tivesse exagerado um pouco na sua crítica ao “Mutcho Gusto”) Faria, apenas por ter que obedecer uma questão hierárquica. Mas, Lily pagaria por isso!

Pensando nisso, o rascunho de um plano surge em sua mente. Ele se levanta. Passa por Peter que havia se sentado ao seu lado no sofá, passa por Remus que está em uma poltrona paralela à de James, fecha a porta de sua sala e virando-se para seus amigos, diz:

– Temos que dá um jeito na mocreia. – Sirius sorri maliciosamente. – Fazer o coração dela amolecer. Se ela tiver algum...

– Quem? - James desvia a atenção de suas cutículas. - Quem é a mocreia que precisamos dar um jeito?

– Sinto que esse é mais um plano que eu não vou gostar. - Remus diz e coça a nuca.

– Fica quieto Moony! - Sirius senta-se no braço do sofá e passa a mão nos cabelos. - Mesmo quando diz isso, você participa. E sei que dessa vez não será diferente.

– É, provavelmente não será... - Remus respira fundo e recosta-se na poltrona.

– O que você tem em mente? - Pergunta Peter.

– Nada pronto, afinal de contas a ideia me veio agora.

– Mas nos diga o pouco que você já pensou. - Pergunta um curioso Peter.

– O que melhor do que um grande amor, para mudar uma mulher? – Sirius diz com um sorriso malicioso.

– Como assim? - agora é Remus quem pergunta.

Sirius olha para cada um de seus amigos, levanta-se do braço do sofá, coloca as mãos para trás e começa a dar voltas pela sala. A quem eles pedirão ajuda? E como o colocaria em contato a “aprendiz de capiroto”? Ainda tinha que formular muitas coisas para o plano...

– Anda Sirius, fala logo! - Remmie o tirou de seus pensamentos. - Preciso saber se vou me arrepender muito ou pouco, desse seu plano.

– É o seguinte... - Sirius encostou-se em sua mesa e começou. - Lily é uma mulher durona. Isso é um fato que todos nós concordamos. E não sei vocês, mas eu estou cansado de aguentar o mal humor dela. Ou viver com medo no meu ambiente de trabalho, imaginando o que a Evans vai pensar de cada passo meu.

– Ela é a chefe, Padfoot. - Remus falou serio. - Alguém precisa colocar ordem.

– Colocar ordem? - Sirius rebateu com um sorriso irônico. - Você fala como se fossemos uns babuínos bobocas balbuciando em bando.

– Não é isso. O que quis dizer é...

– Sei o que você quis dizer. - Interrompeu-o Sirius. - Mas acontece que ela não age apenas como chefe. Ela se comporta como se fosse dona de tudo e de todos. Isso precisa mudar.

– Isso está me cheirando a plano de vingança, Padfoot. - James falou e sorriu maliciosamente.

– Mas não é, Prongs. - Sirius falou serio. - Eu apenas quero melhorar nosso convívio com a chefinha. E Peter será o mais beneficiado nessa história, já que é assistente dela.

– Não sei o plano ainda, mas estou dentro. - Falou um sorridente Peter. - Independente do que seja.

– Eu também! - Disse James e olhou para Remus.

– Se é em prol de melhorias trabalhistas... - Remmie exitou. - Eu também estou.

– Ótimo. Eis o meu plano... – ele voltou a andar pela sala. - Precisamos achar um louco, que consiga fazer nossa chefe ruivinha se apaixonar por ele. Pois acho que a única forma de atingi-la será com romance.

– Ela não me parece o tipo de mulher romântica. - James falou coçando a cabeça.

– Só depende do cara. - Sirius disse sorrindo. - Aposto que toda essa dureza dela é apenas uma armadura. E que quando aparecer um cara com a pitada certa de romance...

– Sei não, Padfoot. - Disse Remus. - Acho que você já teve planos melhores. Em todo caso, quem seria esse cara perfeito?

– Poderia ser você, Sirius. - Disse Peter.

– Não, não. - Sirius passou a mão nos cabelos. - A pesar da minha perfeição e dessa ter sido a minha primeira opção. Eu estou investindo na Judith, tenho certeza que isso me prejudicaria. - ele continuou andando pela sala. - Além do que, acabamos de discutir e a Evans não é idiota... Ela desconfiaria de um plano se eu tentasse algo com ela.

– Então, poderia ser o Prongs. - Disse Peter, virando-se para James.

– Apesar de meu melhor amigo, não sei se o Prongs seria qualificado para tal tarefa. - Sirius falou pensativo, voltando para sua mesa.

– COMO ASSIM?! - Indignou-se James.

– Calma, cara. Apenas quis dizer que talvez você não consiga domar a fera.

– Eu tenho certeza que ela se apaixonaria por mim. Nenhuma mulher jamais conseguiu resistir. - James se gaba. - Quer apostar?

– Tô começando a ter certeza de que vou me arrepender de participar disso. - Resmungou Remmie.

– Fechado então. – Sirius se desencosta da mesa, e fica bem de frente para James. – Você ganha se amolecer o coração do leão até a festa de 50 anos do jornal. Se não, nós ganhamos.


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