As Três Lágrimas do Youkai. escrita por Larizg


Capítulo 30
Capítulo 30 – Conselhos Inesperados. (Atualizado)


Notas iniciais do capítulo

Olá, mina! Estou SUPER feliz em dizer que cegamos a 45 seguidores *___* (só falta todos os 45 comentarem kkk) Bem, estou reaLmente realizada em ver que a fanfic chegou no capítulo 30! Sério, nunca pensei que chegaria até aqui e nem que seria tão extensa, espero que ao menos esteja agradando muito gente xD
Vamos ao que importa: o capítulo. Para não dar muitos spoilers, vamos dizer que personagens bem queridos por vocês vão aparecer. =) Também teremos um momento nostálgico e um clima legal em família. Espero que gostem!!!!



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Sesshoumaru ergueu Tsukiyo nos braços. A cada instante a garota ficava mais fria. O youkai precisava fazer alguma coisa, e rápido. Não era nem de perto algum youkai com propriedades de cura, teria que procurar ajuda. Mas onde? Seu shiro estava distante, mesmo voando ela não resistiria tanto.

Não, tinha que ser algo mais perto.

Um pensamento desagradável lhe veio à mente, mas ele não tinha escolha. Teria que ir àquele lugar.

Sem esperar um instante a mais, Sesshoumaru utilizou seu yoki restante para flutuar e ir o mais rápido possível. O youkai via que a respiração da jovem tornava-se pesada a cada instante. Por favor, que não seja tarde demais...

...

        Depois de alguns minutos, Sesshoumaru aterrissou. Estava em uma pequena vila humana em frente a uma simples casa. Na varanda havia um homem, que ele reconheceu imediatamente.

Assim que o sujeito colocou os olhos nele, levantou-se de imediato e se aproximou.

            – Sesshoumaru! O que v... – parou assim que viu a jovem nos braços do Dai-youkai. – Rin?! O que está acontecendo aqui?!

            Antes que pudesse responder, Sesshoumaru viu uma mulher sair da casa. Logo a reconheceu. Assim como o meio-irmão, não havia mudado quase nada. Era a mulher que o hanyou havia escolhido e marcado.

            – Inuyasha o que... Sesshoumaru?! – ela levou um susto. Uma tosse ensanguentada atraiu a atenção da mulher e sua expressão tornou-se imediatamente determinada. – Rápido, tragam-na para dentro. Não temos tempo a perder.

            Ela entrou, seguida de Sesshoumaru e Inuyasha. A miko rapidamente estendeu um futon no chão e indicou para que Sesshoumaru colocasse a jovem. Ele assim o fez, com o maior cuidado possível.

            – Zakuro, venha aqui, agora! – chamou Inuyasha. – Kagome vai precisar de ajuda.

        Sesshoumaru viu entrar pela porta uma garota. Tinha cabelos negros como os da miko e as orelhas de Inuyasha. O Dai-youkai deduziu que se tratava da filha deles. Só a havia visto quando ainda era uma criança, quando Rin o fizera visitar o meio-irmão junto a ela. Agora, a menina já era crescida, a aparência de 16 anos humanos. O pouco de sangue youkai que herdara do pai a fazia envelhecer lentamente.

            Assim que entrou ela olhou de Sesshoumaru para a jovem caída. Não fez qualquer pergunta. Arregaçou as mangas do quimono e as prendeu com uma fita, ajoelhando-se, em seguida, ao lado da mãe.

            – Tio Sesshoumaru, por favor, espere lá fora. – falou ela. – Você também, pai.

            No instante seguinte ela e a mãe estavam usando encantamentos e cortando faixas para parar o sangramento. Tio?!, indignou-se. Se a situação fosse outra, Sesshoumaru teria se irritado e a repreendido por ser insolente como à mãe, que nunca o tratara com o devido respeito. Ao que parece o número de pessoas sem o respeito devido a mim só está aumentando., a imagem da jovem voltou a sua mente. Preocupação se abateu sobre ele, mas não havia nada que o Lorde pudesse fazer no momento.

Assim como mandado, Sesshoumaru saiu e esperou do lado de fora da casa.

            Alguns instantes depois, Inuyasha apareceu e sentou-se ao seu lado. O meio-irmão nada disse, tampouco Sesshoumaru. Agoniado pela espera, o Dai-youkai nada podia fazer. Sua face refletia seu descontentamento, algo que não passou despercebido pelo hanyou que o olhava de esgueio constantemente.

Pela primeira vez Sesshoumaru parou para reparar no meio-irmão, não via Inuyasha desde a morte de Rin. Seu relacionamento ainda mantinha a rixa de sempre, mas ambos sabiam que era apenas uma máscara. Depois de Naraku, era evidente que Sesshoumaru e Inuyasha passaram a se entender melhor. Mesmo nunca admitindo, tanto o Dai-youkai quanto o hanyou haviam criado um respeito mútuo e seriam capazes de deixar as diferenças de lado se a situação demandasse.

            Inuyasha parecia mais velho, não muito devido à lentidão de seu envelhecimento, mas com certeza parecia mais maduro. Sesshoumaru se assustava com o quanto ele era parecido com seu pai, lembrava uma visão de Inu Taishou mais jovem. Usava o mesmo quimono vermelho de sempre, mas agora este era incrementado com uma armadura, presente de Sesshoumaru (por ordens de Rin) para Inuyasha pela derrota de Naraku. O hanyou agora possuía as marcas roxas no rosto, típicas de sua forma youkai. Ele as conseguiu após anos de treinamento para controlar seu lado youkai para conseguir passar a Tessaiga para o filho.

Seu filho, Sora, herdara o jeito do Sesshoumaru. Era fechado e quieto como o Lorde, mas era, de longe, muito mais gentil. O Dai-youkai recordava brevemente da aparência do garoto. Tinha cabelos brancos com mechas castanhas, olhos iguais aos de Inuyasha e orelhas de cachorro escuras. Da última vez que o vira, ainda era apenas uma criança, um pouco mais velho que a irmã.

Uma vez o garoto desafiara Sesshoumaru para um duelo. O Lorde venceu facilmente, mas tinha que admitir que ele tinha potencial. Talvez quando amadurecesse mais poderia chamá-lo para ingressar em seu exército. Algo pouco provável quando apenas um quarto de seu sangue era youkai.

Apesar de tudo, o garoto sempre o tratara com respeito e até mesmo admiração, o contrário de como Zakuro o tratava. Pelo visto, a garota puxara o jeito da mãe e a impaciência do pai, ignorando os títulos necessários para se dirigir a ele. Tinha cabelos negros e, do mesmo tom, orelhas típicas de hanyou na cabeça. Os olhos também eram iguais aos de Inuyasha. Sempre extrovertida e agitada, dizia tudo o que vinha à mente...  não era à toa que Sesshoumaru tinha leve preferência pelo garoto, Sora, mais requintado e calmo.

Interrompendo seus pensamentos sobre parentes suportáveis e outros nem tanto, Inuyasha falou, sem encarar Sesshoumaru diretamente.

— Como isso é possível? – indagou.

Os irmãos nunca foram de conversar, muito menos conversar entre si. Sempre que tinham que falar algo, iam direto ao assunto, sem rodeios. A seriedade na voz de Inuyasha fez com que Sesshoumaru cedesse um pouco para respondê-lo e não simplesmente ignorá-lo como faria normalmente. Afinal, o Lorde estava ali porque precisava de ajuda, o mínimo que poderia fazer era responder ao meio-irmão.

— Ela não é Rin. – respondeu seco Sesshoumaru.

— Agora eu sei que ela não é. – pela primeira vez Inuyasha encarou Sesshoumaru. – A questão é: você sabe?

Sesshoumaru permaneceu em silêncio. Havia escolhido a jovem pelo que ela era, não por Rin. Mas não significava que todas suas dúvidas se foram. Havia ainda alguns pontos que ele não conseguia distinguir e outros que não sabia o que pensar. O sentimento que tinha parecia genuíno, mas seria mesmo? Não era como se Sesshoumaru conhecesse muito seus próprios sentimentos...

Vendo sua leve hesitação, Inuyasha começou a falar e apesar da imparcialidade apresentada, Sesshoumaru ouvia com grande atenção.

— Provavelmente não se lembra, mas Kagome é a reencarnação de Kikyou. A história é bem longa, mas para resumir, quando conheci Kagome não a via como nada mais do que uma cópia da mulher que amei, odiei e perdi. Para piorar, Kikyou foi ressuscitada e fiquei completamente confuso. Como conseguiam ser tão parecidas e tão diferentes ao mesmo tempo? Kikyou era mais quieta, tímida e madura, enquanto Kagome era extrovertida, divertida e determinada. Mas ao mesmo tempo, tinham a mesma aparência e sempre colocavam os outros na frente de si mesmas. Diversas vezes, enxerguei Kikyou nos olhares que Kagome me lançava.

O hanyou deu uma pausa, não apenas para saber se Sesshoumaru estava prestando atenção – se estava, não demonstrou – mas também para permitir as suas próprias lembranças voltarem à mente. Sesshoumaru percebeu que sua face continha uma expressão mista de saudosismo, melancolia e felicidade.

— Demorei muito tempo, mas finalmente compreendi que eu as amava, cada uma a sua maneira e não há nada de errado nisso. Porém, não sabia qual escolher. Até que me dei conta: sempre amaria Kikyou, e ainda a amo, porque ela foi a primeira a me reconhecer como o homem que eu era e a primeira pela qual me apaixonei.

Ele deu uma leve pausa antes de continuar.

— Kikyou pode ter me reconhecido como homem, mas Kagome foi aquela que me tornou um homem melhor. – ele respirou fundo e olhou para o céu, distante. – Kikyou foi meu passado, minhas memórias mais preciosas, mas nosso tempo juntos já havia acabado. Kagome era meu futuro, era aquela com quem eu queria ficar e passar o resto da minha vida.

Sesshoumaru olhava o meio-irmão de esgueiro. Inuyasha olhava distraído para o céu estrelado, tudo parecia mais uma confissão do que uma conversa. Era quase como se Sesshoumaru não estivesse ali. As palavras do hanyou carregavam tudo àquilo que sentira ao longo desses acontecimentos e seus olhos tinham um brilho que o Dai-youkai não sabia dizer o que era.

— Nunca escondi nada disso de Kagome. Ela sempre soube e ainda sabe que eu nunca deixarei de amar Kikyou. Também nunca escondi minhas dúvidas, porque sabia que não era justo com ela ter esperanças de que eu tinha certeza que a escolheria na época. Por muito tempo ela foi apenas a cópia, mas sempre esteve ciente disso. – o olhar do hanyou desceu das estrelas e pousou no irmão. – Não é justo com ela, Sesshoumaru. Por isso estou lhe perguntando: e você, sabe que ela não é Rin?

Sesshoumaru olhava reto, para o campo de plantação a sua frente. O youkai absorveu com calma as palavras de Inuyasha. Todos os pensamentos e momentos que passara até agora vieram a sua mente.

Olhando para frente, repetiu com o tom convicto.

— Ela não é Rin.

            Pelo canto dos olhos, Sesshoumaru viu Inuyasha sustentar um sorriso no canto dos lábios. O hanyou, depois de muitos anos, finalmente começara a entender o irmão, e em diversas situações percebeu que o Dai-youkai era mais que a máscara gelada que sustentava.

Nunca iria admitir, mas Inuyasha, em alguns aspectos, admirava o irmão. Não pela força, mas pelas vezes que o Lorde demonstrou se importar com alguém além de si mesmo. Quando esteve presente na morte de Kagura. Quando salvara Kagome de um youkai venenoso e outra quando a protegera dentro de Naraku. E, logicamente, quando via o quanto ele se importava com Rin. Sesshoumaru dificilmente se importava com os outro, mas quando o fazia, se entregava de coração. Os sinais que mostravam que ele era mais do que aparentava sempre estiveram lá, só demorou para Inuyasha compreender e passar a vê-lo com outros olhos.

Então, sem se darem conta, ambos fecharam os olhos e cruzaram os braços, numa típica postura de despreocupação. Quem os vira antes e os visse agora, não acreditaria. Apesar de Inuyasha parecer mais velho e Sesshoumaru não ter mudado nada, ambos haviam amadurecido. Nunca admitiriam, mas acontecera aquilo que Inu Taishou sempre desejara: que ambos vissem um ao outro como irmãos – apesar das ameaças de morte que faziam um ao outro em várias ocasiões.

            Os irmãos não morriam de amor um pelo outro, mas mantinham um respeito mútuo, afinal, os antigos ciúmes de Sesshoumaru pelo irmão e o pai desapareceram e Inuyasha passou a tentar ter mais paciência com irmão desde a morte de Rin. Ele sabia, mais do que qualquer um, como era perder alguém muito amado.

            Ficaram assim um tempo, em silêncio, pelo que pareceram horas até que Kagome apareceu na porta. Os dois levantaram-se imediatamente, as faces tensas de preocupação, apesar do mais velho tentar não demonstrar.

Vendo a reação dos dois, a miko sorriu.

            – Ela vai ficar bem. – tranquilizou-os. Sesshoumaru sentiu o peso que apertava o peito diminuir. – Os ferimentos foram bem graves, mas ela não corre mais risco. Fizemos os curativos e paramos o sangramento. – a miko virou-se então para Sesshoumaru. – Pode ir vê-la se quiser. Mas ela está dormindo e precisa descansar.

            Sesshoumaru hesitou por um momento e Inuyasha, vendo a dúvida do irmão se aproximou de Kagome.

            – Vamos. Já está quase amanhecendo e você também precisa descansar.

            De fato, o hanyou estava certo. O sol começava a despontar ao longe. A noite havia terminado. A miko olhou o marido e compreendeu a intensão por trás de suas palavras. Os dois foram lado a lado para dentro da cabana, para dar privacidade ao Lorde.

            – Se precisar de algo nos avise, Sesshoumaru. – falou Kagome antes de desaparecer pela porta.

            O Dai-youkai foi deixado sozinho. Em sua mente as palavras de Inuyasha ecoavam e diversos pensamentos invadiam sua mente. Não soube quanto tempo ficou ali fora, na varanda hesitando, mas quando finalmente decidiu entrar, foi surpreendido por um indivíduo que saía da casa.

            – Lorde Sesshoumaru?

            O youkai encarou Sora. Ao menos ele tem respeito., refletiu contente ao perceber o “Lorde” usado pelo menor. O rapaz vestia um quimono vermelho e um manto verde por cima. Tinha a aparência de um humano de 18 anos. Na cintura estava a espada Tessaiga. Os cabelos atrapalhados do garoto indicavam que havia acabado de acordar e a expressão estava surpresa por ver a figura do Lorde ali.

Sesshoumaru o cumprimentou com um aceno de cabeça.

            –O que faz aqui? Achei que estava muito ocupado com a guerra. – perguntou o rapaz.

            – Estava firmando um acordo, mas tive problemas no caminho de volta. – respondeu vago Sesshoumaru.

            – Ah, entendo. Imagino que tenha a ver com a jovem dormindo ali dentro. – deduziu perspicaz. – Bem, se eu puder fazer alguma coisa...

            Sesshoumaru agradeceu com um aceno da cabeça e o jovem fez uma leve mesura antes de começar a se afastar. Pela hora, Sora devia estar indo treinar.

De repente, Sesshoumaru se deu conta de algo.

            – Garoto.

            O rapaz se virou surpreso. Ele voltou a se aproximar de Sesshoumaru aguardando a fala do youkai.

            – Tenho uma pequena tarefa para você.

—_________________________XXXXX____________________________

            A última coisa que Tsukiyo se recordava era de avançar com tudo que podia para Sesshoumaru. Lembrava-se da dor de quando a foice a transpassou e da explosão quando quebrou a arma do inimigo. Depois disso fora arremessada para trás, sendo amparada por Sesshoumaru. Havia trocado algumas palavras com ele, mas logo foi tragada pela escuridão.

            Ela escutou uma voz chamar seu nome e por alguma razão sentiu-se feliz por isso.

Parecia um grito que vinha de muito longe e Tsukiyo queria segui-lo, mas não tinha forças para isso. A inconsciência tomou conta de si e nada mais ouviu. Algumas vezes ainda sentia pontadas de dor, mas nem mesmo sabia de onde vinham. Depois teve a impressão de ouvir vozes, mas não conseguia entender o que diziam, pareciam tão distantes.

Então tudo se apagou.

            Tsukiyo abriu os olhos e respirou fundo. O movimento despertou uma dor no abdômen. Ela fez uma careta de dor. Suas mãos desceram até a região e constataram que estava envolta em faixas curativas. Retirando a coberta, Tsukiyo encarou seu corpo. Seu tronco estava completamente enfaixado, desde a barriga até acima dos seios, ela vestia calças vermelhas, típicas de mikos, e encontrava-se descalço.

Olhando em volta, encontrou suas roupas ao lado, eram as mesmas que ganhara no clã dos youkais do gelo. Ao pegá-las com um gemido dolorido pelo movimento, viu que continham um rasgo na frente e nas costas. Estavam tingidas de vermelho e antes que o cheiro de sangue chegasse a suas narinas, Tsukiyo as jogou para longe. O movimento tirou-lhe outra exclamação de dor.

            Imediatamente a garota procurou a katana. Não estava em lugar algum. Ah, é mesmo. Ela quebrou na luta, lembrou triste de quando a lâmina do sinistro youkai encontrou a dela. Aquela arma significava muito para ela.

Após alguns minutos de desânimo, Tsukiyo pegou-se olhando atentamente pela primeira vez para onde estava. Era um cômodo simples. Estava na entrada de uma casa feita de madeira. Havia uma pequena mesa do lado e uma caixa aberta cheia de objetos como faixas, tesouras e curativos. Vários estavam cobertos de sangue e ela se deu conta que foram usados nela. Onde estou? O que aconteceu?

            A imagem de Sesshoumaru ajoelhado diante de um inimigo preencheu sua mente e Tsukiyo desesperou-se. Sesshoumaru! A jovem questionava o que havia acontecido com ele. Estava bem? Onde ele estava?

Ignorando a dor e fraqueza que sentia, Tsukiyo esforçou-se para levantar. Foi escorando na parede até chegar à porta. Ela encostou-se na lateral da porta e olhou para fora. Já estava amanhecendo. Quanto tempo eu dormir? Seus olhos demoraram alguns instantes para se acostumar com a claridade. Alguns metros à frente, ela avistou duas figuras e seu coração angustiado pareceu relaxar.

            Sesshoumaru estava de costas, conversando com um rapaz.

O jovem usava quimono vermelho e verde e tinha uma espada na bainha. Seus cabelos eram longos e brancos com mechas castanhas. Na cabeça, despontavam duas orelhas de cão. Seus olhos a lembrava de alguém. Tinha olhos âmbar tais como Sesshoumaru. A face do jovem se iluminou de alegria e, no instante seguinte, ele fez uma mesura para Sesshoumaru e pôs-se a correr para longe.

            O youkai se virou e surpresa tomou seu rosto quando a viu. Tsukiyo não pôde conter um sorriso. Ele estava ali e estava bem. Ele a havia salvo mesmo depois de tudo que ela fizera. Mesmo depois de tudo... Tomada por certo desamino e culpa, Tsukiyo sentiu-se esgotar e sua força desapareceu. Ainda agarrada a lateral da porta ela começou a deslizar até o chão.

Dois braços a sustentaram antes que chegasse ao chão.

            Sesshoumaru a encava impassível. Ela o encarou nos olhos. Precisava se desculpar. Precisava dizer que sentia muito. Precisava fazê-lo entender. Precisava contar a ele.

            – Sesshoumaru... – ela agarrou o quimono dele, sua voz era baixa e falha. – Eu...

            – Não devia ter se levantado. – interrompeu-a ele. – Francamente, se pretende permanecer ao meu lado, tem que ser menos imprudente. – reclamou o youkai em seu típico tom.

            Tsukiyo o olhou, espantada. Sesshoumaru a olhava intensamente e, apesar da aparente indiferença, ela viu no fundo daqueles olhos âmbar alívio e alegria. Atrás daquela máscara, Sesshoumaru estava sorrindo para ela, dizendo algo que não precisava ser dito em voz alta.

            Ele a perdoara.

            Tsukiyo sorriu e antes que percebesse, uma pequena lágrima escorreu por seu rosto, tamanho alívio que sentia. Ela apoiou a cabeça no peito do youkai e sussurrou:

            – Obrigada...

Inuyasha e Kagome.


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Notas finais do capítulo

No próximo capítulo colocarei imagens dos filhos de Inuyasha e Kagome xD Espero que tenham gostado do reencontro familiar. xD Por favor (isso é para os fantasminhas...) não deixem de comentar =)



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