—Quer ir a La Push comigo?

—Não.

—Nossa Angela, está andando muito com a Swan. Está grossa como ela. – Angela gargalhou e ergueu a xícara de café.

—Um brinde a isso. Mas, não me leve a mal Edward, você é incrível e tudo mais, só que vou com o Ben.

—Que Ben? – Sentou ao lado dela.

—Meu namorado. Em breve noivo.

—Você tem namorado? – Perguntou chocado. - Achei que estivesse flertando comigo.

—Não, só estava te usando para fazer ciúmes nele e deu certinho. – Depositou um beijo na bochecha dele.

—De nada? Não sabia que era tão má assim. Me magoou. – Fez bico e ela começou a ri. Tinha ido sozinha até o Cybercafé de Edward, Bella tinha saído com Riley e as crianças tinha ido estudar para prova.

—Não fique assim, se não tivesse dado bobeira poderia ter convidado a Bella, mas agora já era.

—Até parece que a convidaria para sair. – Passou a mão no cabelo.

—Você já fez coisas piores com ela, sair seria o de menos.

—Nunca a convidaria para sair, prefiro ir com a Tanya a chamar a Swan para sair.

—Duvido. – Desafiou. Edward pegou o celular e mandou uma mensagem para a prima, que respondeu rapidamente. Ele virou o celular para que Angela lesse.

—Vai ser a melhor festa de todas, quero só ver. Tanya já sabe que vai ser pai?

—Não sabe e nem pode saber. – Angela não respondeu, mas faria questão de contar e ver o circo pegar fogo.

—Concordo. Bem, nos vemos em La Push.

—Algo me diz que essa noite promete.

—Fique de olho nela Ben. – Bella alertou o amigo.

—Então é aqui que tem lobos? – Riley perguntou analisando a praia, era pequena, mas o clima estava muito agradável. Várias pessoas já tinham chegado e estavam curtindo a festa. Ele não conhecia ninguém e estava disposto a fazer algumas amizades.

—Já conhece a lenda? – Ben perguntou doido para contar. Ele negou, mas antes que pudesse começar a falar foi interrompido pela namorada.

—Hoje não querido, vai ter outras oportunidades para contar tudo sobre La Push, lobos e vampiros. Hoje vamos apenas nos divertir. – Estavam indo para uma barraquinha quando viram Edward e Tanya vindo em direção a eles. Ela conversava animadamente, enquanto que ele parecia gritar pedindo socorro. – Olá.

—Oi Angela, deve se lembrar da Tanya.

—Lembro sim. Olá Tanya, como vai?

—Excelente, estou amando a festa e mais ainda a companhia. – Abraçou forte Edward. – Isabella vejo que finalmente desencalhou. – Olhou para a morena que estava bem próxima a Riley.

—Tanya, simpática como sempre. – Forçou um sorriso. – Riley essa é a Tanya, prima do Cullen, Tanya esse é o Riley, um amigo e esse é o Ben, namorado da Angela.

—Sabe, aquele teatrinho de vocês no casamento da Irina, não me enganou, sabia que não estavam juntos.

—Tanya, não vamos falar sobre isso. – Edward sussurrou.

—Que história é essa? – Angela perguntou curiosa.

—Acredita que os dois fingiram que estavam namorando, só para me fazer ciúmes. Pobre Edward, sabe que não precisa disso, que eu sou dele e de mais ninguém. – Angela começou a ri e então a ficha dela caiu.

—Espera. Pelos meus cálculos aqui. – Começou a escrever no ar e caiu na gargalhada. – Eles não estavam fingindo, tanto é que foi lá que fabricaram o bebezinho ou estou enganada? – Bella cobriu o rosto com as mãos e Edward engasgou. Tanya bateu em suas costas.

—Agora eu que fiquei confusa. Que bebezinho? – Perguntou ainda batendo nas costas dele, que fez sinal para que Angela não respondesse.

—Ainda não sabe da novidade? Bella está gravida e advinha quem é o pai?

—Edward Anthony Cullen não diga que você é o pai? – Olhou brava para ele.

—Obrigado Angela. – Ela apenas sorriu. – Sim Tanya. Isabella e eu vamos ter um bebê. – Ela começou a chorar.

—Não estou entendendo nada. – Riley sussurrou a sua acompanhante.

—Não se preocupe, ela tem distúrbios e é apaixonada pelo Cullen, o que é a mesma coisa. – Ele assentiu ainda confuso.

—Ela está te enganando Amor, esse filho não pode ser seu, está tentando dar o golpe da barriga, não pode cair nessa. – O segurou pela camisa.

—Acho melhor irmos para o outro lado. – Bella começou a andar.

—Fique parada. Acha que vai sair assim de fininho? Edward é meu e não pense que vou deixa-lo cair nesse golpe barato.

—Olha Tanya, não estou com paciência para briguinhas. Não estou dando golpe algum, o filho é dele e ponto final. Aceita que doí menos.

—Queremos fazer o DNA. – Bateu o pé. Algumas pessoas já tinham parado para assistir a cena.

—Por mim tudo bem. – Bella também bateu o pé.

—Não é necessário, eu confio cegamente na Swan e sei que sou o pai e não fale por mim Tanya, nós não temos nada.

—Como não temos? Nós nos amamos e se essa criança for realmente sua, coisa que duvido muito, eu vou ama-la como se fosse minha.

—Alto lá. Você não vai chegar perto do meu filho de forma alguma. - Bella irritou-se, até parece que deixaria uma louca perto de seu filho, Tanya era instável e poderia ter um ataque a qualquer momento.

—Então ele também não vai poder chegar perto do meu filho. – Apontou para Riley.

—É claro que vai. Riley não é um maluco.

—Você não sabe, mal o conhece. Ele pode ser um pedófilo.

—Ei, eu não sou pedófilo, tenha mais respeito ao falar de mim.

—Fique quieto que ninguém o chamou na conversa. – Edward o empurrou.

—Uma ova que vou ficar quieto enquanto me ofende dessa forma. – O empurrou de volta.

—Calma gente, estamos numa festa, vamos curtir. – Ben tentou intervir, mas Angela o puxou.

—Deixa amor, está ficando interessante.

—Ben tem razão. – Bella se colocou no meio dos dois. - Estamos aqui para nos divertir.

—Desculpe-me, está bem? – Riley perguntou a analisando – Esse estresse não faz bem para o bebê.

—O filho é meu. Deixa que eu me preocupo com ele e com a mãe dele. – Edward reclamou a puxou para longe de Riley. – Está bem? – Passou a mão no ventre dela.

—Sim, não se preocupe. – Se afastou dele. – Vamos pessoal. – Saiu puxando a amiga e os rapazes as acompanharam. Tanya deu um tapa em Edward.

—Tinha que ter engravidado justo ela? Eu estou aqui amor, se quiser podemos fazer vários filhinhos lindos.

—Tanya não me faça perder a paciência com você. – Pediu passando a mão no cabelo.

—Tudo bem amor. Sei que só está me fazendo ciúmes. Eu te perdoo mesmo assim.

Tanya começou a beber sem parar e Edward a acompanhava, com um pouco mais de moderação.

—Saber amor, deveríamos fazer um bebezinho, aqui e agora. – O agarrou pela camisa.

—Sai fora Tanya, só faço bebezinhos com a Swan. – Angela vendo o estado dele pediu para que o namorado o ajudasse.

—Ei cara, o que acha de parar de beber? – Pegou o copo das mãos dele

—Concordo cara. Agora quem deveria mesmo parar é a minha prima. Kate disse que ela não pode beber, porque está tomando medicamentos fortes e se bebesse... – Ele parou no meio da frase, pegou um copo com água e jogou no rosto. – Ela não pode beber. – Gritou recuperando um pouco da lucidez. – É sério, ela não pode beber. – Já era tarde, Tanya estava em cima de um carro dançando sem a blusa. Depois de muita confusão, Edward finalmente conseguiu tira-la de lá e leva-la para casa.

—A festa foi boa. – Carlisle comentou ajudando o filho. – Nossa como ela é pesada.

—Nem me fale, não sei o que me levou a convida-la para sair comigo.

—Ciúmes filho. Vai coloca-la onde?

—No meu quarto, vou dormir na minha casa.

—Dorme no sofá.

—Nem pensar, vai que ela acorda no meio da noite e me ataca.

—Coitadinho do meu filho. – Carlisle começou a ri do filho.

—Não ria, sabe que isso já aconteceu e depois ela quebrou meu carro. – Riu ainda mais.

—Me lembro muito bem. Já está tarde, tenha uma ótima noite filho.

Edward deixou Tanya na cama e pegou as coisas para ir dormir na casa que estava reformando, ainda não estava pronta, mas dava para passar a noite. Era melhor do que correr o risco de ser ataco no meio da noite pela prima psicopata.

—Está indo para onde? - Edward se assustou ao ouvir a vizinha, ela estava acompanhada por Jacob.

—Para minha casa. - Respondeu ajeitando as coisas que carregava. – Não está meio tarde para estar na rua não?

—Jake quis passear. Eu te ajudo, vai deixar cair tudo. Porque não leva no carro? - Perguntou pegando um travesseiro.

—Não achei que seria tão difícil carregar tudo. E você não pode pegar peso. - Ela revirou os olhos e o ignorou.

—Cadê a Tanya?

—Dormindo na minha cama, por isso estou indo para outro lugar. Ela apagou de tão bêbada.

—Não sei por que a convidou para ir a L Push.

—E não sei por que aceitou ir com aquele professorzinho.

—Ele é legal. - Conversavam enquanto caminhavam.

—Tanya também. - Riram da piada. - Acho que estava desesperado, antes tivesse ficado em casa sozinho.

—Bem, agora vai poder ficar. - Pararam em frente à casa.

—Não quer entrar e ver como está ficando a reforma?

—Já está reformando?

—Só algumas coisas, depois vai poder decorar do seu jeito. - Entraram na casa, Jacob deitou num canto da sala. - Acho que ele já escolheu o lugar dele.

—Ele é um folgado. - Subiram as escadas.

—Aqui vai ser o quarto do bebê. Pintei de branco, quando descobrirmos o sexo, podemos decorar. - Era um cômodo bem arejado e tinha uma linda vista para a floresta. – Temos que comprar logo os móveis, podemos ir a Portland na segunda. – Bella apenas assentiu. – Aqui na frente vai ser seu quarto e o do lado é meu. Sei que não discutimos sobre isso e não quero que pense que vou morar aqui. É só pra uma questão de segurança mesmo e pra quando precisar viajar, eu já vou ter o meu canto para cuidar do bebê e... – Parou ao ver que Bella o encarava de uma forma estranha. – O que é?

—Tem cama no seu quarto?

—Tem, mas o que? – Bella o puxou pela mão. – Ei, vai com calma aí.

—Só mais essa noite. – Falou e o beijou em seguida, Edward não correspondeu.

—Ficou maluca? – A afastou.

—Desculpa, não sei o que deu em mim. Acho que foi o fato de estar sendo tão fofo e incrível com tudo. – Passou as mãos no rosto. – E tem o Riley.

—Uma ova que tem o Riley. – A menção do nome do professor fez com que o ciúme falasse mais alto. Ele a pegou e a jogou na cama. – Só tem eu. Você é minha e de mais ninguém.

Angela estava certa, a noite prometia...