Stranger Love escrita por Julia Wesley


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Meus amores, desculpem pela demora. Eu estou super enrolada com várias coisas aqui e acabei me atrasando com a fic. Prometo que vou tentar postar com mais frequência.
Está pequeno, mas espero que gostem!



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Eram 17:00 e eu tinha acabado de levantar do meu cochilo as forças. Natheniel, Lipe e seus pais jantariam aqui hoje, Lullabele ainda estava tentando o convencer a fazer uma parceria para ver se sua carreira acabada não voltava a fazer sucesso. Tomei um banho relativamente rápido e coloquei a primeira coisa que vi, já que eu teria que colocar o avental por cima. No caso, uma calça jeans e uma blusa da Forever 21, que inclusive era uma das minhas blusas favoritas. As frases que estavam escritas formando o símbolo do infinito eram o meu lema para o futuro. No contorno que formava a parte de cima do infinito estava escrito "Ame a vida que você vive", e no de baixo, "Viva a vida que você ama". Me olhei no espelho, e não gostei do que vi, eu nunca gostava. Meu cabelo preto, que caia até as costas em alguns largos cachos pretensiosos contrastava com a minha pele extremamente branca. Meus olhos de um castanho comum, e o corpo sem sal como o de toda americana. A única coisa que crescia em mim era barriga, e porra, eu já tinha 16 anos. Suspirei e fui em direção à mansão.
Eu já disse que a sala de estar é a primeira coisa que se vê quando entramos nela? Pois bem, se você virasse a esquerda encontraria a sala de jantar, um pouco mais a fundo a cozinha, e a dispensa. Na sala de estar havia uma escada aspiral que levava as suítes, e no terceiro, um spa, biblioteca e essas outras coisas complementares. Não que eu usufruísse delas. Mas enfim, assim que abri a porta, dei de cara com as minhas duas lindas irmãs, com um DVD em suas mãos.
– Sabe o que nós achamos Chloe? - Lá vem merda. - Vem ver com a gente.
Me aproximei sem falar nada enquanto ela colocava o DVD no HomeTitcher. Após alguns segundos rodando, eu apareci na tela. Espera, eu?
“Oi, eu sou a Chloe, fã número um do Nate Campbell, eu o amo e ele é totalmente beijável.” No vídeo, eu estava com uma revista com um Natheniel ainda criança estampado na capa na mão, o cabelo amarrado em um rabo de lado, e uma baita cara de panaca. Ao terminar de falar beijei a revista e sorri pra câmera. Eu provavelmente tinha 9 anos naquela época. Ah, e problemas mentais também.

– SUAS VADIAS, VOCÊS MEXERAM NAS MINHAS COISAS! – Falei enquanto pulava pra cima delas, tentando pegar o DVD.

– Ops. – Ana falou, enquanto me entregava o DVD. – Fica com esse de recordação, nós temos outra cópia. – E rindo, as duas saíram da sala.

– EU JURO QUE SE ESSE VÍDEO APARECER EM ALGUM LUGAR EU MATO VOCÊS, SUAS INÚTEIS. – Berrei e saí marchando para a cozinha.

Com um pacote de Dentaduras na mão, eu ajudava Lucia com tudo que conseguia, tentando ao máximo não ficar parada, até porque se isso acontecesse, Ana e Luana ficariam com um belo de um roxo nos rostos, que já não eram lá aquela coisa. Finalmente, as 19:00 chegaram e eu ouvi baterem na porta. Nem me esforcei para ir lá abri-lá, pois Lullabele fez questão de fazer isso, enquanto eu ficava escondida na cozinha, na esperança de não ter que aparecer para Natheniel de avental. Depois de alguns minutos, me aproximei das paredes a fim de ouvir alguma coisa. TÁ, eu sei que isso é feio, mas eu estava curiosa poxa!

– Esse jantar é inútil, eu já disse que não vou fazer merda nenhuma com essa doida. – Natheniel falou e eu tampei minha própria boca, para evitar qualquer riso.

– Filho, pensa bem, a Lullabele é uma cantora muito... – O pai dele procurava alguma palavra provavelmente boa para definir Lullabele, se eu não tivesse com um avental ridículo eu provavelmente iria até lá avisá-lo que era impossível, mas sua resposta me surpreendeu e novamente eu tive vontade de rir. – Diferente.

Eu ouvi também uma risada irônica de Natheniel, e pude imaginar a cara feia de Lullabele.

– Vamos servir o jantar. – Lullabele falou claramente irritada, e eu saí correndo para a cozinha. – CHLOE, TRAGA O JANTAR. – Ela gritou e eu bufei.

– Lucia, faz isso por mim, por favor! – Implorei pra Lucia, eu não poderia passar por aquele vexame.

– Eu faria, mas você sabe que Lullabele não permitirá.

– Droga. – Falei derrotada, enquanto pegava uma bandeja de camarões na bancada. De cabeça baixa, entrei na sala e tudo que eu conseguia pensar era “Não me reconheça, não me reconheça, não me reconheça.”

Eles estavam discutindo alguma coisa eu no momento meu cérebro não conseguiu raciocinar, e justo quando eu estava passando atrás de Nate, ele empurrou sua cadeira para trás e levantou, fazendo com que eu tropeçasse na mesma e caísse de cara no chão. Ou melhor, de cara na bandeja de camarões. Ele me olhou assustado e estendeu sua mão. CADÊ O BURACO EMBAIXO DOS MEUS PÉS NESSA HORA? Segurei sua mão e ele me puxou para cima.

– Tem... – Ele apontou para o meu cabelo e retirou um camarão dele. – Aqui.

Senti minhas bochechas corarem e enquanto ele andava em direção à porta e fiz a pior coisa que eu poderia fazer naquele momento, saí correndo em direção ao meu quarto, morrendo de vergonha.


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Notas finais do capítulo

PELO AMOR DE DEUS, NÃO ME DEIXEM SEM COMENTÁRIOS