Divergentes - A Luta escrita por Everlak


Capítulo 3
Born Again


Notas iniciais do capítulo

Yeeesss Vocês demoraram menos de 24 horas para cumprirem a meta! uuhhhuuuu! Super feliz! Muito, muito feliz! Então aqui está o novo capítulo "Born again. Este capítulo é mais paradinho mas tem várias pistas subtis sobre a história kkkk Quero só ver quem consegue desvendar essas pistas u.u
Bem, Só me resta desejar boa leitura!



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Acordei pela primeira vez na minha nova casa decidida a dar uma nova oportunidade a mim própria. Tinha de deixar o passado no passado e viver o presente. Chega de sentir pena de mim mesma, isso não era saudável. Era altura de voltar a ser eu mesma. Me levanto da cama ansiosa para ver onde eu iria estudar. Com certeza Eric me colocou num bom colégio. Ele podia ser muita coisa mas sempre se preocupou comigo, eu que o não deixava entrar na minha vida. Tomei um banho de espuma relaxante e tentei decidir o que iria vestir. Algo simples, isso, eu não queria chamar atenção para mim própria. Me olhei ao espelho e decidi deixar meus cabelos soltos e ondulados. Peguei na minha mochila preta com tachas e desci as escadas em direção à cozinha. Pousei a mochila na entrada e me sentei na mesa. Eric não estava lá ainda. Apenas minha mãe a preparar umas crepes.

– Mãe?? Crepes? – Fiz cara feia – Sabes que eu não gosto disso!

– Seu irmão adorava – Minha mãe dizia distraída – ele sempre comia as dele e as tuas lembraste?

– Mãe, ele já não está aqui connosco. – murmuro mais para mim mesma.

– Eu sei. É que me apetecia crepes, só isso – Ela se levanta levemente irritada e eu assinto. Empurro o pranto com elas para longe e encho minha caneca com café. Remexo os armários e encontro cereais. Os coloco numa tigela e os como mesmo sem leite. Eu não suporto leite. Quando estou a levantar-me Eric aparece na cozinha.

– Bom dia Beatrice.

– Bom dia Eric. Qual é o endereço do colégio? Para eu poder apanhar um táxi para lá. – Eu lhe pergunto.

– Ah sim, o endereço! Se quiseres esperar cinco minutinhos eu te deixo lá – ele fala inseguro.

– Tudo bem, obrigada. Eu espero na sala. – Me deito no sofá à espera do meu padrasto e abanando as pernas fora do sofá. Ele aparece à minha frente. Eu pego na mochila e o sigo para o carro. A viagem é silenciosa, nem o rádio do carro está ligado. A viagem não dura menos de cinco minutos, então poderei passar a vir a pé, quando souber o caminho. Eric pára o carro e eu olho para ele com a sobrancelha levantada. Esse lugar é o colégio? Parece apenas mais um prédio daqueles antigos, com história. Não que pareça estar em ruínas ou algo assim, pelo contrário, está bem conservado. Apenas não parece nada moderno.

– Vais gostar desse colégio. – Ele declara – Bom, eu tenho que ir. No fim das aulas eu te espero aqui tudo bem para você?

– Sim, obrigada Eric! – Saio do carro. – Até logo.

Fico do lado de fora olhando o prédio tempo indefinido tentando encontrar algum indicio que mostrasse que ali fosse realmente uma escola mas eu não encontrava nada a não ser jovens e mais jovens a entrar pelas portas de vidro monumentais. Bem, eu acho que eles sabem o que estão fazendo e para onde estão indo. Subo o pequeno lance de escadas bem devagar.

– É seu primeiro dia aqui não é? – Uma garota atrás de mim tenta segurar o riso. Travo minha mão que ia abrir a porta de vidro e me viro para trás.

– Como você sabe? – questiono.

– Primeiro, nunca te vi por aqui e olha que sou boa em lembrar rostos e segundo, porque você está com cara de quem está perdida.

– Ah bem é que para mim isto não parece nada uma escola, parece um prédio apenas. Vocês não tem campos, ginásios, jardins, piscina? – Ela poderia me esclarecer. Ela gargalha mais alto.

– Eu não disse? Garota nova… - ele abana a cabeça e faz estalidos com a língua. Eu cruzo os braços – Claro que temos. O prédio à sua frente é apenas o prédio principal. Mas o colegio se estende em mais edifícios para trás incluindo ginásio e essas coisas que você falou.

– Entendi – murmurei terminando o assunto.

– Qual é a tua primeira aula? – Ela pergunta tentando ver meu horário que tirei do bolso.

– Humm… Biologia! – Sorrio

– Você gosta de biologia? – Ela faz uma careta e me puxa para dentro do edifício. Realmente, cá dentro isto se assemelha mais a uma escola, com cacifos, várias salas, garotas líderes de torcida, garotos com o blusão com o emblema da equipa da escola… Me deixo relaxar.

– Gosto sim! Culpa do meu irmão…

– Seu irmão? Ele também vem estudar aqui? – Esta garota faz muitas perguntas mas até que gostei dela.

– Não, ele já tem 22 anos – Falo evitando o assunto.

– Ahh, que pena. Bom, vamos para a aula então antes que cheguemos atrasadas. – Ele me segura o braço e acelera o paço. Ela sai do edifício que havíamos entrado por outra porta e me deparo com vários edifícios menores que o principal e algumas zonas verdes para os alunos se socializarem.

– Você também tem biologia agora? – Ela assente e entra noutro prédio – Ai, eu vou me perder nisso aqui sozinha…

– Não vai! No intervalo para almoço eu te mostro tudo. – Ela gargalha. – Este prédio é o das ciências exatas, ou seja nunca terás inglês, sociologia ou algo do género aqui.

– Entendi. – Não parece realmente difícil, já que ao lado de cada porta de sala de aula tem o nome da disciplina dada no lugar. Vamos passando e vejo matemática, Química… Finalmente a garota pára. Olho a porta. Biologia. Entro atrás dela tentando não olhar para os restantes alunos já na sala.

– Desculpe o atraso professor. – Ela falou. Ele olhou por cima do ombro dela e me encarou.

– Tudo bem, sente-se Christina. E você querida quem é?

– Beatrice Prior.

– Ah a aluna transferida. Muito bem. Sente-se ali ao lado da Marlene. – Eu não sabia quem era ela mas visto que apenas uma bancada tinha um lugar vazio e uma garota ao lado presumi que seria ela. Me sentei e ela me recebeu com um sorrisinho alegre. Eu sorri timidamente e tirei minhas coisas da mochila. Eu já sabia aquela matéria que o professor estava a explicar mas Marlene parecia estar com algumas dificuldades ao fazer os exercícios. Fiz os meus rapidamente e resolvi ajudar ela.

– Você precisa de ajuda? – Sussurrei para o professor não ouvir apesar que na sala estava um barulho infernal.

– Sim, eu realmente não sou boa em Biologia… - Ela fez uma careta engraçada e eu soltei um risinho. – Mas também não preciso de Biologia para o meu futuro.

– Não? O que você quer ser? – Perguntei curiosa.

– Ahh eu quero ser policia, bombeira, algo do tipo. Qualquer coisa que envolva emoções fortes entende? – Eu assenti. Sorri e peguei meu caderno enquanto ela me olhou confusa e eu estendi ele para ela.

– Copia rápido antes que toque. – Eu sorrio.

– Sério? Obrigada! – Ele me deu um abraço desleixado e começou a copiar rapidamente. Ela terminou mesmo a tempo.

– Quem não terminou, tem que terminar em casa! – O professor falou por cima das vozes e vários protestos surgiram. Marlene sorriu cúmplice para mim agradecida.

– Você me salvou! – Ela fala arrumando tudo na sua bolsa vermelha. – Ei Christina, espera por nós.

Christina, a garota que me havia ajudado vem em direção a nós animada. Termino de arrumar as coisas e saímos para fora da sala. Nessa hora passam as líderes de torcida em formação enquanto os garotos assobiam. Eu reconheço a da frente de qualquer lado…

– Meninas, quem é aquela? – aponto para a garota em questão que está brigando com uma menina.

– Aquela? Molly, porquê? – Marlene questiona.

– É isso! Molly! Nada não, eu apenas me lembro de ver ela ontem com um garoto.

– Deixa adivinhar, era o Tobias? – Christina tentou adivinhar.

– Sim – Dou de ombros – Pelo menos foi assim que ele me disse que se chamava.

– Você falou com Tobias? – As duas perguntaram ao mesmo tempo incrédulas.

– Não foi bem falar. Eu apenas caí e ele me ajudou, porquê?

– E está viva para contar a história? – Marlene pôs a mão no seu coração num gesto dramático. – Nenhuma garota de aproxima de Tobias sem consequências.

– Verdade, uma garota o beijou numa festa e dois dias depois foi mordida por um peixe na praia. – Christina esclareceu.

– E outra estava quase a namorar com ele quando foi atacada por um cão no caminho para casa. O cão que ela descreveu nunca foi encontrado – Marlene continuou.

– Tobias está amaldiçoado com certeza, ou é Molly que lança feitiços para as garotas se manterem afastadas dele. – Christina finaliza e eu começo a gargalhar alto chamando a atenção de todo o mundo no corredor.

– Vocês não acham que estão a exagerar? Com certeza são apenas infelizes coincidências e só – tento chama-las à razão.

– Até pode ser – Marlene confirma – Mas que é sinistro, não pode negar.

– Sim, um pouco. – Confesso mas resolvo terminar o assunto. – Qual é a nossa aula seguinte?

* * *

A aula seguinte é de Inglês e se passa rapidamente. Claro que nenhuma esteve propriamente atenta à aula mas também não fomos chamadas à atenção, pois não perturbamos a aula. O horário de almoço não é igual para todo o mundo. Uns tem o horário das meio dia menos vinte até à uma e um quarto e outros da uma e um quarto às três. Hoje calhou-nos o primeiro horário que segundo as duas meninas é o melhor pois apanhámos as melhores comidas enquanto que no segundo algumas delas já foram consumidas. Entrego o dinheiro no inicio da fila e pego um tabuleiro. Aqui é self-service. Na minha outra escola, comias o que te davam e ponto. Marlene pega num pedaço de lasanha que parece apetitoso, um pacote de leite e um cupcake de morango. Christina pega numa salada mista, um sumo de laranja natural e uma taça de cerejas. Algo me diz que ela tem cuidado com o que come. Eu me decido por duas fatias de pizza com batatas fritas, uma coca –cola light e um bolo de chocolate que está com uma aparência ótima.

– Vê? O bolo de chocolate é uma das coisas que os do segundo turno não tem. Então aproveita bem ele – Marlene fala com a boca cheia de cupcake enquanto eu me delicio com meu bolo de chocolate. Ele é realmente bom, nunca comi algo tão divino.

– Vocês vão engordar – Acusa Christina.

– Eu não me importo e você Marlene? – ela abana negativamente a cabeça e caímos as três na gargalhada.

– Tudo bem! – Christina levanta as mãos se rendendo.

Vamos para a próxima aula. Educação física. Como eu não tinha o equipamento para aula que era fornecido pela escola, o professor me liberou e dispensou Christina para ficar comigo. Nos sentamos nas bancadas, perto da entrada vendo os outros. Marlene tinha bastante energia e corria de um lado para outro, mesmo quando o professor a mandava estar quieta. A situação era bem engraçada.

– Lá vêm eles… - Christina falou olhando para o outro lado das bancadas. Consegui ver apenas cinco vultos mas eles se aproximaram um pouco mais, sentando-se no meio da extensão da bancada e eu reconheci Tobias. Os outros estavam de costas para mim cochichando entre eles.

– O que tem eles? – me viro para ela de novo à espera de uma resposta.

– Têm tudo. O que eu não dava para fazer parte do grupinho deles… Eles são tão ….

– Tão…. – incentivo a continuar

– Ah, não sei. Todos querem ser como eles mas eles parecem nem dar conta disso. – Ela suspira quando um deles acena na nossa direção nos cumprimentando. Nós acenamos também.

– Eles parecem ser simpáticos – Declaro.

– E são. Não sei como Molly também vive com eles.

– Eles vivem todos juntos? São adoptados? – Inquiro. Dou uma gargalhada ao lembrar-me que isso me fazia lembrar a história dos Cullen do livro “Twilight” em que supostamente eles eram todos adoptados.

– Não, não… Eles são menores emancipados. – Ela sussurra como se eles pudessem ouvir. – São menores mas como são emancipados, tem liberdade para isso.

– Os pais deles deram emancipação a eles? – Pergunto incrédula - E vivem de quê?

– Boa pergunta…. – ela parou pensativa.

– Bem, mas quem é cada um deles?- Pergunto curiosa.

– Bem, Tobias já conheces. É reservado mas boa pessoa. Tem a Molly que é a cobra venenosa daqui, quer dizer ela tem dias. Tanto está muito simpática como está com raiva. – ela vai falando de cada um. – Aquele ali de camisa azul é Will, muito inteligente e com bom coração…

Não disse nada mas eu tenho quase a certeza que vi os olhos a brilharem a falar do tal Will. Olhei na direção dele e ele realmente era muito bonito e com um sorriso encantador.

– Ei Tris não olhes! Eles vão perceber que estamos a falar deles! – Ele me deu um tapinha no ombro.

– Ai, relaxa eles não repararam. Vá, continua. – Eu me rio mas ela permanece quieta.

– Bom, tem a Tori, aquela de cabelos negros. Ela tem assim um ar ameaçador com todas aquelas tatuagens mas as aparências enganam. Ela está sempre pronta a ajudar quem quer que seja. – Ela descreve e o garoto que ela ainda não apresentou se vira distraidamente na nossa direção – E por fim, aquele garoto bem moreno é o …

– Uriah. – murmuro com a voz engasgada. Christina não parece reparar.

– Sim, como você sabi…- Eu deixo de prestar atenção ao que ela diz, me levanto e começo a correr.

– URIAH!! – grito.


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Notas finais do capítulo

E cá está mais um fim de capítulo... O que acharam? Quais vossas conclusões? kkkkk Como eu sou mazinha e porque vôces bateram a meta bem depressa a meta será agora de sete reviewes. Sim, vocês leram bem. E olhem que 7 não é muito visto que tenho mais do dobro de seguidores, hem? :D
Ah, mais uma coisinha, eu estou a procura de alguém para fazer uma capa para a fic. Se souberem de alguém, me recomendem está bem? Se eu tiver várias propostas, usarei todas elas, alternando elas semana a semana.
Acho que é tudo, por agora, então.... BEIJOS FOFOS