Apaixonados por maçãs escrita por Caramelkitty


Capítulo 2
Trabalho de Biologia


Notas iniciais do capítulo

Este capítulo envolveu um pouco de pesquisa, por isso que demorou. Todas as informações foram retiradas da Wikipédia. Se quiserem podem saltar a parte da apresentação da Kaori, já que não é muito relevante para a história e pode tornar-se aborrecida com todos aqueles termos técnicos.



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Duas semanas se passaram desde aquele dia.

Ryuuku descobriu que Kaori era o nome verdadeiro da menina mas que muitos a tratavam por Nana (que significa maçã em Japonês) devido à sua paixão pelo fruto. Realmente Nana fazia jus ao nome, sabia tudo e mais alguma coisa sobre maçãs, tinha um chaveiro com uma pequena maçã debruada a prata e muitas das suas camisolas também faziam alusão ao tema.

Kaori era tímida mas muito faladora ao mesmo tempo. Digamos que corava facilmente mas não era o tipo de pessoa anti social. Não tinha notas excepcionais mas também nunca tinha chumbado um ano. Era filha única, embora adorasse ter um irmão. Falava muito da mãe mas mal mencionava o pai e parecia que a razão era medo. Isso intrigou um pouco o Shinigami. E claro, ele também não demorou a perceber que Kaori era doida pelo Raito, como muitas das raparigas da escola.

As únicas oportunidades de Ryuuku ver Kaori era nas aulas de Biologia e, por vezes, nos intervalos.

– Muito bem... como todos sabem, hoje é o dia da apresentação dos trabalhos a pares! - Começou o professor de Biologia analisando atentamente a cara dos alunos, tentando descobrir em alguns a confissão muda que os levaria ao chumbo: «Como? Era hoje?». Como não a encontrou prosseguiu - Vou ouvir algumas duplas. Yagami Light e Higurashi Yoshito.

Raito caminhou a passos largos para meio da sala sendo seguido pelo seu par, um rapaz gordinho e com cara de rato que se posicionou ao lado de Raito muito satisfeito. Ryuuku sabia porque Yoshito tomava aquela atitude. Raito fizera todo o trabalho sobre DNA, RNA, informação genética e mais uns nomes desconhecidos para o Shinigami. Quase em cima da hora, procurou algum aluno que não tivesse feito o trabalho. Yoshito foi o sortudo escolhido.

Depois de apresentado o monótono trabalho, os dois rapazes voltaram a sentar-se.

– Muito bem, senhor Yagami! Não esperava menos de si! Vamos à próxima dupla... – O professor consultou a sua prancheta - Maki Kaori e... – Passou os olhos pelo resto da ficha e depois dirigiu-os para a rapariga. – Quem é o seu par mesmo, senhorita Maki?

– Hã... eu... eu estou sozinha, professor.

– Hum... isso é mau, senhorita Maki. Vou ter que descontar na nota, a menina sabe disso, certo?

– Sei sim, senhor!

Kaori levantou-se e dirigiu-se ao centro da sala, mais vermelha do que nunca.

– Então, o meu trabalho é sobre a maçã!

Ouviu-se um murmúrio espantado pela turma. O professor enrugou a testa mas não disse nada pois ele mesmo tinha dito tema livre.

Kaori ficou hesitante em continuar. A reação da turma mostrava que ela tinha feito uma má escolha. Mas que remédio tinha ela, senão percebera as últimas matérias? Era difícil fazer um trabalho a partir do nada. Continuou então, mostrando ao professor o seu conhecimento.

– A maçã é o fruto pomáceo da macieira, árvore da família Rosaceae. É um dos frutos de árvore mais cultivados, e o mais conhecido dos muitos membros do género Malus que são usados ​​pelos seres humanos. As maçãs crescem em pequenas árvores, de folha caducifólia que florescem na Primavera e produzem fruto no Outono. A árvore é originária da Ásia Ocidental, onde o seu ancestral selvagem, Malus sieversii, ainda é encontrado atualmente. As maçãs têm sido cultivadas há milhares de anos na Ásia e Europa, tendo sido trazidas para a América do Norte pelos colonizadores europeus. Existem mais de 7.500 plantações conhecidas de maçãs, resultando numa gama de características desejadas. A maçã sempre foi uma importante fonte alimentícia em regiões de clima frio. Provavelmente, a macieira é a árvore cultivada há mais tempo pelo homem. É a espécie de fruta, à exceção dos cítricos, que pode ser conservada durante mais tempo, conservando boa parte de seu valor nutritivo. As maçãs de inverno, colhidas no final do outono e guardadas em câmaras ou armazéns acima do ponto de congelamento, têm sido um alimento destacado durante milênios na Ásia e na Europa e, desde 1800, nos Estados Unidos. O consumo regular de maçã é excelente para se prevenir e manter a taxa de colesterol em níveis aceitáveis, com a ingestão recomendada de uma unidade por dia. Esse efeito é devido ao alto teor de pectina, encontrada na casca. Também auxilia no processo de emagrecimento, pois a pectina dificulta a absorção das gorduras, da glicose e elimina o colesterol. O alto teor de potássio contido na polpa da maçã libera o sódio excedente, eliminando o excesso de água retida no corpo.

A turma já tinha parado de prestar atenção à muito tempo, mas aquante a última passagem, as raparigas apuraram o ouvido, porque emagrecer é um dos temas mais falados entre as raparigas.

– Também apresenta propriedades medicinais, e produz efeitos benéficos sobre o coração, tanto pelo elevado teor de potássio, quanto pela presença de pectina, que evita a deposição de gorduras na parede arterial, prevenindo a arteriosclerose. Por tudo isto, melhora a circulação sanguínea, reduzindo, consequentemente, o trabalho cardíaco e prolongando a vida útil do coração.

Kaori concluiu falando de algumas maçãs importantes no mundo.

– Este fruto é muito conhecido tanto na religião como no cinema e literatura. Começando com a maçã de Adão e Eva, o fruto proibido do paraíso e acabando no símbolo da Apple, importante empresa informática. Quanto ao mundo cinematográfico temos inúmeros exemplos como a maçã da Branca de Neve. Também é o fruto presente na maior parte dos animes, tomando vários significados ocultos. O mais popular deles é talvez Spice and wolf. Também em muitas séries de vampiros se faz presente, principalmente devido à cor.

No final da apresentação, houve um silêncio coletivo.

– Senhorita Maki, apesar do seu trabalho ter sido realmente original e bem estruturado, lamento ter de lhe dar uma negativa. Não tem qualquer relação com os temas estudados na aula além de que, devido à sua simplicidade, pode até ser considerado um trabalho infantil, de primária. Acresce o fato de o ter feito sozinha.

Kaori voltou para a sua mesa cabisbaixa.

A colega de mesa aproximou-se para lhe sussurrar.

– Desculpa mesmo Kaori, eu já tinha par.

Kaori fitou os olhos azuis da amiga.

– Tudo bem, Mai, eu compreendo.

Mesas à frente Ryuuku estava indignado.

– A nota foi injusta! Eu achei o trabalho dela brilhante!

– Calculei que acharias, Ryuk... – Comentou Raito num sussurro aborrecido.

No decorrer da aula, Mai sussurrou mais alguns pedidos de dusculpa, todos muito mascarados com as coscuvilhices (fofocas) de última hora. Até que o professor cansou-se e ordenou que Kaori mudasse de lugar.

Kaori foi sentar-se na primeira fila, ao lado de Raito, pois este era o único lugar livre.

– O-olá Raito.

Ele não respondeu.

– Gostei muito do teu trabalho, estava perfeito! – Continuou Kaori, enrolando o cabelo com os dedos.

– Eu não gostei do teu! Estava, como disse o professor, infantil! – Cortou Raito, fazendo Kaori corar ainda mais.

Ela voltou-se de novo para o caderno mas passados uns momentos não resistiu a perguntar.

– Trouxeste maçã hoje?

Raito revirou os olhos.

– Gomen, eu sei que sou chata! Deves achar-me estranha por causa deste meu vício, não?

– Não... estou habituado a lidar com gente assim! - Retorquiu pensando no Ryuuku.

Kaori esperou, mas Raito não disse mais nada.


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Notas finais do capítulo

Eu sei, o capítulo foi meio chatinho mas prometo que o próximo é melhor.



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