Depois de horas no carro , chegamos a Central, onde eles nos colocam até a data do casamento.

–Nosso quarto é o setenta e quatro.- Tobias falou.

Opa, nosso quarto? Como assim?

–Desculpe, mas poderia repetir, por favor?-Perguntei, esperançosa de ter entendido errado.

– Setenta e quatro- Ele falou

– Tá, mas esse é o meu quarto, ou o seu?

–O nosso quarto, o meu e o seu, por que?-Ele sorriu, de uma forma que eu não gostei.

–Senhor e senhora Pucket?-Um homem chamou

–Sim.-Tobias falou

Ótimo, agora eu era Amanda Pucket.

–Venham, suas malas já estão no quarto,mas haverá uma assembleia, e a presença de vossas senhorias é solicitada.

–Certo- Disse Tobias, estendendo o braço- Venha.

Ele me arrastou, de repente grosso, o que me fez formular hipóteses.

Sentamos em um auditório com os outros casais, e Celso, o mesmo homem que havia ajudado na cerimônia de escolha, subiu em um palco.

–Bem vindos, jovens casais, aqui terão a oportunidade de se conhecerem melhor,e agora, senhores, por favor, sigam-me, minha esposa Angelina , dará algumas informações as garotas.

Os meninos começaram a se levantar.

–Tchau, até logo- Disse Tobias, dando um beijinho em minha testa.

Estranho....

Os meninos saíram com Celso e uma mulher loira de meia-idade apareceu.

–Olá, senhoritas, sou Angelina, e tenho algumas informações a passar para vocês.- Ela disse, com um sorriso pesaroso, como se soubesse o que sentíamos, o que era provável, já que ela tinha passado pela escolha.- Sei que estão nervosas e com medo, mas não temam,suas vidas irão mudar, mas só a sigam, a primeira coisa é aceitar o fato de que são totalmente de seus maridos, se eles mandarem vocês fazerem alguma coisa é só aceitar, ok?

Uma menina levantou mão.

–Sim?-Angelina atendeu a garota

–E se nós não quisermos obedecer?- A garota perguntou

–Depende do rapaz- Admitiu Angelina- Alguns garotos as castigarão, outros podem fazer outras coisas, mas vou dar uma dica, evitem desobedecer a eles, eles são seus mestres e senhores, devem ama-los, ou no mínimo, respeita-los.

Eu levante a mão.

–O que aconteceria, se por exemplo, um deles não nos quiser mais, ou se ele nos traísse, ou se nós os traíssemos?-Perguntei

–Bom... A garota seria exilada, mandada para a prisão, ou até morta.-Disse Angelina- Por isso recomendo que sejam boas e dóceis esposas.

Alguns minutos mais tarde, fomos guiadas até nossos aposentos, onde os rapazes nos esperariam.

Como o prometido, o idiota do meu noivo estava lá.

–Oi, esposinha, como foi a reunião?-Perguntou ele, com o intuito de me provocar

–Boa.-Respondi

–Nossa, esposinha, que mau-humor- Ele riu

–Não me chame de esposinha!

–Chamo sim- Ele disse, mostrando a língua, nossa, como Tobias é maduro- Você é minha esposinha, e eu sou seu maridinho!

–Nós nem nos casamos, ainda- Falei, revoltada

–Falou bem, ainda não nos casamos.

–Tobias, por favor....

–O que foi?

–Não torne tudo mais difícil!-Falei, algumas lágrimas começaram a escorrer, e ele se preocupou .

–O que houve?Tá tudo bem?-Ele me perguntou, me abraçando

–Não, eu estou com medo...-Admiti- Medo dessa relação forçada.

–Não precisa, não vou força-la a nada.- Disse ele, ainda me abraçando- Não vou obrigar você a nada.

–Mas já está obrigando...-Falei