Diário De Uma Divergente escrita por gena evans


Capítulo 7
Capitulo 7


Notas iniciais do capítulo

Desculpa a demora amores mios



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Hoje era o dia da visita, pra mim não fazia muita diferença porque eu vi a Hazel como via sempre mas eu estava decidida que ia perguntar sobre ela, Hazel e Annie mesmo não esperando uma resposta verdadeira que eu tinha quase certeza que eu não ia receber uma.

– Estranho - Disse Charlie. Nós estavamos sentados em uma mesa do fosso com Alasca e Ben.

– O que? - Ben perguntou.

– Ver nossas familias depois de tanto tempo.

– Não foi tanto tempo assim - Eu disse.

– Você ta falando isso porque viu a Hazel o tempo todo.

– Você também é minha família - Eu disse e dei um selinho em Charlie.

– Vou vomitar em vocês dois - Disse Alasca.

Eu sorri.

Algumas pessoas estavam saindo do fosso, provavelmente para visitarem seus filhos ou parentes que se transferiram da audácia para outra facção, não eram muitas então eu vi uma mulher alta com mechas vermelhas no cabelo preto... A mãe da Avril.

– Ti... - Comecei, eu já estava acostumada a chamar a mãe da Avril de tia porque ela sempre foi minha melhor amiga, pensar nisso fez um nó na minha garganta - Camila.

– Ah - Disse ela quando me viu - Oi Margo.

– Vai visitar a Avril? - Mas que pergunta idiota.

– Vou. Eu sinto muita falta dela.

Tinha algo estranho na voz dela, os olhos estavam vermelhos e o rosto enxado, ela e Avril não eram parecidas mas as duas eram muito bonitas mas agora a Camila parecia... velha.

– Eu também sinto - Disse.

Ela acentiu com a cabeça e correu com outros audáciosos para o trem e eu voltei para a mesa.

– Olha - disse Ben apontando para o ônibus com pessoas vestidas de cinza, azul, vermelho e amarelo, preto e branco...

– Será que todos os pais vieram ver os transferidos? - Perguntei.

– Annie já encontrou a mãe dela.

Olhei para o lado e vi Annie abraçando uma mulher ruiva e sardenta como ela, sua mãe imaginei.

– Não ia falar com a sua mãe? - Senti uma mão no meu ombro e me virei para abraçar minha mãe. - Mas que saudades.

Eu ri.

– Cadê a Hazel?

– Atrás de você - Ouvi a voz de Hazel dizendo e abracei ela também.

Minha mãe cumprimentou Ben, Alasca e Charlie. Ela tinha uma expressão engraçada quando olhou para Charlie.

"As coisas correm rápido aqui" A voz de Hazel ecoou na minha mente.

Nós três fomos para um canto vazio do fosso, sim, achamos um.

– Então você já sabe?

– Sobre você e Charlie? - Perguntou minha mãe sorrindo - Sim.

Olhei para Hazel com um olhar de acusação e ela começou a assobiar.

– Idiota.

– Tonta.

Minha mãe fez um sinal com a mãe para nós pararmos.

– Preciso perguntar uma coisa pra vocês - Disse.

Hazel e minha mãe se entreolharam.

– Você é divergente - Minha mãe disse como se tivesse me falando as horas - Como seu pai era, sua irmã é e sua tia e prima também.

– Minha tia o que? Espera, meu pai morreu por isso? Hazel também é? Desde quando você tem irmã? Que prima é essa...

– Calma - Hazel me interrompeu - Nós sempre imaginamos que você seria por isso mamãe conversou com a Rose e...

– Rose é sua irmã?

– É, ela era da audácia.

Algo passou pela minha cabeça, o cabelo ruivo, as sardas no rosto...

– Annie é filha da Rose - Disse.

Minha mãe fez que sim com a cabeça.

– Você não pode falar isso com ninguém, não pode confiar em ninguém, nem no Charlie, nem na Emma, ninguém além de mim e sua irmã entendeu?

– Sim.

– Eu quero que você e Annie fiquem próximas.

– Por que?

– Ela é filha da minha irmã e Rose só foi pra abnegação porque na época estavam caçando divergentes.

– Quem estava?

– Você não precisa saber agora - Disse ela - Amanhã vai começar a parte do teste que você tem que se preocupar. Eles vão entrar na sua cabeça e descobrir que você é divergente se você não fizer tudo certo.

– Como eu vou saber se eu vou fazer tudo certo?

– Hazel vai te ajudar e Rose também, ela vai ser uma das que salva os dados dos testes.

Mexi a cabeça, aquilo era demais pra mim. Me despedi da minha mãe e de Hazel e corri. Simplesmente saí correndo, queria correr, ficar cansada, isso era comum na audácia então não prestaram muito em mim. Eu precisava pensar e fazia isso melhor quando estava correndo.

Eu ia ficar escondida até anoitecer e eu voltar para o dormitório, aí eu ia falar com a Annie.


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