Meu chefinho Lenny escrita por NP, Oribu san


Capítulo 4
Capítulo 4: Sentimentos que saem das sombras


Notas iniciais do capítulo

bem, penultimo cap. cansei de esperar pela pessoa que é coautor dessa historia e não aguentava mais pensar em vc esperando. como escrevi tudo hj e sem beta, espero que perdoe me qualquer erro. arigatou gozaimasu.



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Após ser cravado pela descoberta de uma diabetes que me atraiçoava em segredo, parecia querer desistir de tudo ao escorar-se próximo a um dos altos arbustos que formavam o labirinto vivo, caindo num silencio amargo de ter más noticias.

Cego no sentido principal da palavra, apenas sabia que Glem me acompanhava quando ele erguia sua voz repentinamente agitada contra mim.

– Anda, Paul levanta daí. Está escurecendo.

– E daí?!– Agora era eu quem tornava-se bruto.– Você não entende, não é? Acabou! Você venceu! Estou cego, fraco, e possivelmente nunca mais vou poder ficar com Lenny! Tanto por ele achar que eu te amo, quanto por estar doente. Quem vai querer alguém que desmaia o tempo todo!? Quem!?

Glem não se movia e nem retrucava os avançares verbais, apenas deixava-me permanecer na escuridão de olhos que não enxergavam a luz, enquanto eu estivesse certo. Enquanto "estava", porque ao cansar da quietude, mandei-o fazer algo que ele não gostou.

– Apenas... Vá embora. Vá embora e me deixe morrer aqui.

Tentei dar por findada minha vida deitando no chão, quando este se acendeu em chamas que pude ver, tal como tudo mais que queimou para torar-se uma paisagem destruída que já conhecia. Glem havia de ter tocado o chão com seus pés de novo e me levado para seu mundo só para poder agarra-me pela camiseta com as duas mãos e tanta força, que as unhas perfuraram o tecido.

– Mas que droga é essa que você está falando agora!– Gritou me pondo para encarar mais uma vez seus olhos rubros que nunca estiveram tão cortantes.– Você não é assim! Você é alegre, positivo e estranhamente gentil com todo mundo! Desde que ficamos presos que você não para de me irritar com essa sua droga de felicidade que só faz sua alma cheirar tão bem! E agora diz pra te deixar aqui e morrer!? Eu não posso fazer isso, está me ouvindo! Eu... Eu não quero fazer isso.

Fui roubado de susto pelo beijo que Glem tomou-me a força, esfregando seu rosto ao meu antes de me soltar e nós voltarmos ao mundo humano. O mundo onde ainda não enxergava direito.

– Glem, você...

– O que foi?!

– Você disse que minha alma cheira bem.

– Esqueça isso. Só... Levante logo! Tenho trabalho a fazer e te deixar aqui pode ser perigoso!

Estava de volta o gênio de sempre. Começava a ver claramente sua silhueta clara e negra tentando sair do contexto de dizer o porque me beijara. Então, se ele guardou tão rápido o acontecido para si eu faria o mesmo.
– Como assim, perigoso?

– Primeiro vamos sair daqui e então eu conto.

Como ali não podíamos tocar um ao outro sem nos atravessar, sai seguindo a rasta embaçada do shinigami entre o labirinto até estarmos do lado de fora e neste momento a visão já se fazia melhor para notar que o céu escurecera, os portões fechados e nenhuma alma viva exceto pelos gatos que fuçavam o lixo, diziam que a noite chegara e o parque não funcionava mais.

– Isso é muito estranho.– Disse, vendo papeis voar com o vento.– Um parque de diversões não deveria ficar aberto a noite também?

– Acontece, que esse não é um parque comum, Paul. Tem alguma coisa muito errada com esse lugar. Começou com a mãe de um menino, mas enquanto te procurava percebi que varias outras pessoas também estava procurando gente que veio pra aqui e sumiu.

– E... Acha que alguma coisa aconteceu com elas?

Lembrei então daqueles grandes e esquisitos olhos de palhaço que pareciam nos observar quando entramos, e por pensar fortemente sobre isso, minhas suspeitas passaram à Glem.

– É, você tem razão. Também senti alguém nos observando algumas vezes...– Ele virou-se rapidamente pra uma arvore atrás de si.– E esse alguém está aqui!

A velocidade com que ele virou o corpo totalmente na direção da árvore cortando-a ao meio com as garras onde a sombra do suspeito estava, só não foi maior do que a velocidade com que a sombra saltou de seu golpe e caiu à minha frente exibindo uma largo sorriso afiado.

– Boa noite.

– Bo... Boa noite.– Tremendo retruquei ao cadavérico.

Estranha aparição. Tinha a forma de uma criança magra envolta em mantos bonitos que lhe escondiam aos braços por inteiro, mas que revelavam um rosto nem masculino nem feminino, apenas belo e inexpressivo. Exceto quando sorriu para meu medo, pois neste momento, sua boca rasgava de canto a canto em dentes platinados. O que me fez pensar se mantinha aquela cara dura, porque evitava a dor de ter de ferir a boca sempre que sorri.
Porém saí dos pensamentos de pena, lhe reparar semelhanças. Assim como Glem, está pessoa não tocava o chão, aparte inferior dos mantos eram rasgada e esvoaçante mostrando pernas magras e penduradas a elas havia um bracelete dourado com inscrições antigas em cada uma.

– Korinmaru?– Estranhou Glem descendo do que restara do galho.– O que o um deus da noite está fazendo aqui?

– Também é bom vê-lo filho da morte.– A criança não permaneceu no lugar. Virou totalmente para trás enrolando os braços cobertos ao pescoço dele.

Parecendo não temer o monstro, Glem farfalhou os dedos na desta do bicho revelando sua identidade por lhe fazer surgir a escrita de Deus nela. (神=Kami=Deus).Assim que ela apareceu, a face da criatura mudou, agora tornando-se completamente gentil, digna de majestade como suas palavras.

– Perdoe-me por assusta-lo meu amigo, mas ainda não podia me revelar.– Disse repousando a cabeça nele.
A mudança foi tão total que Glem achou necessidade de de explicar.

– Não se preocupe, Paul, este Korinmaru, o conheço a mais de duzentos anos.

Em algum momento da infância, minha avó havia de ter contado sobre esse ser que existe para guardar as celas do mundo espiritual, mas gosta de vagar à noite, brincar com crianças boazinhas em seus sonhos e assustar as malvadas com pesadelos e depois rir delas quando urinam na cama.

– Mas o que está fazendo aqui, Korinmaru? Não me diga é você quem está sumindo som os humanos, seu irresponsável!– Gritou Glem afastando-o de si.– É mais uma de suas brincadeiras ou o quê?!

– Talvez esteja desenformado agente da morte, mas quando retirei-me para meu cochilo que só acontece uma vez a cada mil anos, Borigin escapou da detenção.

– Como assim escapou?! Sabe o trabalho que eu e outros tivemos pra prender aquela coisa?!

– Mas quem é Borigin?– Interrompi sem querer a recriminação de um ser devia temer aquele que parecia teme-lo. E daí o Deus continuou.

– Eu o persegui por quase todo universo sobrenatural. juro! Mas por fim acabei perdendo seu rastro quando ele veio se esconder aqui no mundo dos homens.

Espantado com as noticias, Glem iria dizer algo mais de seus maus tratos se eu não entrasse sem querer em sua mente com o forte pensamento que tive ao perceber que o modo com que a criança secular se subjugava ser muito pouco para ele, era a mesma que tinha quando pensava em meu Chefe.

"Porque o trata assim? Não vê que tudo o que ele quer é a sua aprovação? Não sei se Korinmaru é um menino ou uma menina, mas está claro que gosta de Glem."

– Mas não é dele que eu gosto.

Nos assustamos todos. Glem havia respondido sem intenção e ia dizer mais se terra sobre nossos pés não começasse a tremer e então bem ali no meio do parque, Borigin apresentou-se à mim, saindo da terra como uma gigante larva com cabeça redonda cheia de olhos e uma boca que abria como pétalas de uma flor e de onde saíram os tentáculos que iniciarem os ataques sobre nós.

– Então é aqui que mesmo esse maldito estava.– Disse o deus protegendo o rosto da poeira com a manga do manto.– Estava se escondendo debaixo do parque o tempo todo.

– Paul, Corre agora! Não é seguro ficar aqui! Borigin é um comedor de almas!


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