Coração nunca Esquece escrita por Anne Moony


Capítulo 3
De volta à Tomoeda




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Capítulo 03 - De volta à Tomoeda

No avião Nakuru não poderia se sentir mais ansiosa por finalmente estar voltando à Tomoeda. Quando o transporte enfim aterrissou ela se sentiu aliviada. Seus olhos logo reconheceram a mesma plataforma da qual partiu do Japão tristemente, há dois anos. Mas não era hora para lembrar-se disso, e afastando tais pensamentos, ela saiu do aeroporto a procura de um táxi, enquanto procurava dentro da sua mala um celular. Ao encontrá-lo telefonou para a imobiliária liberar a nova casa de seu mestre, a qual ele viria passar o verão que estava para vir. Nakuru ainda estava intrigada sobre o porquê de ela ter de vir algumas semanas antes, a fim de entregar uma simples carta. Mas decidiu esquecer isso e seguir para a casa.

Passado aproximadamente uma hora, ela já se encontrava na casa. E apesar de detestar tarefas domésticas, ela arrumou a casa toda, além de arrumar suas próprias coisas e no fim, já cansada se deitou no sofá e acabou por adormecer.

Com o tempo, ela começou a entrar no mundo secreto dos sonhos...

Encontrava-se com a cabeça entre os joelhos no meio de um escuro profundo, chorando. De repente uma voz soa naquele vazio.

- Nakuru… Nakuru... Nakuru… - levanta cabeça e vê uma forma que lhe parece familiar a encará-la séria - Não há coincidências nesse mundo. Só o inevitável!

Nakuru acordou sobressaltada. Rapidamente se levantou e ao passar os olhos pelo local reparou que estava na casa em Tomoeda. Seu mestre havia lhe ensinado que sonhos são premonições do futuro. Ligeiramente ela se levantou, subiu para seu quarto, vestiu um pijama e deitou-se na cama. Mesmo sabendo que poderia ter mais sonhos assim, ela caiu no sono rapidamente.


Enquanto isso na casa dos Kinomotos...

Sakura estava completamente feliz desde que ficara sabendo que Shaoran iria passar as férias de Verão no Japão. Tamanha era sua felicidade que naquela noite, ela havia feito um jantar delicioso, o qual Touya ficou criticando o tempo todo, apenas para aborrecê-la. Ao ir se deitar, Sakura levou, secretamente um pouco de comida para Kero. Apesar de Touya saber da existência do guardião, o pai deles ainda não sabia. Enfim tudo estava normal na família Kinomoto.

Após terminar de lavar a louça do jantar, Touya subiu para o seu quarto. Sem nada para fazer, ele pegou um de seus livros antigos, da época do colegial e ao abri-lo, encontra na capa uma inscrição.

“Eu te adoro Touyaaaa Por: sua Nakuru.”

- Parece perseguição! – queixa-se o primogênito Kinomoto meio perturbado e decide se deitar. Afinal, enquanto dormimos esquecemos completamente do mundo que nos rodeia e dos pensamentos que nos atormentam.

Mas até em seus sonhos ela teimava em aparecer...

Encontrava-se no meio de uma escuridão profunda. Mesmo com dificuldade enxerga uma mulher chorando e se dirige até ela, chamando-lhe:

- Nakuru… Nakuru… Nakuru...

Touya acordou rompante, respirando fundo. Lentamente, ele passou as mãos no rosto e se levantou, indo até a janela olhar a noite, as estrelas no céu e a Lua. O jovem permaneceu um bom tempo contemplando o céu, percebendo que não conseguia a esquecer por mais que tentasse, todos os seus esforços eram inúteis. Mas de que adiantava? Ela estava na Inglaterra e ele ali, extremamente distante dela. Ele suspira e a fim de esquecer tais pensamentos decide voltar a dormir.

****

Finalmente amanhecera em Tomoeda. O dia era lindo coberto de Sol. O calor daquela manhã anunciava que o Verão estava próximo.

Na casa de Nakuru...

Os primeiros raios de Sol atravessavam a janela de seu quarto, fazendo-a acordar devido à claridade. Ainda sentindo-se cansada, Nakuru se espreguiçou, levantou e foi tomar um banho relaxante para se abstrair da sua atribulada noite.

Após trocar de roupa, seus olhos pararam sobre a carta que seu mestre a havia mandando entregar à Sakura.

- Ele está cada vez mais estranho. Nunca faz nada sem ter alguma razão. Por que será que ele não mandou essa carta por correio? Por que eu tive de vir? Aiii… - sua cabeça estava fervendo de tanto pensar - Será que ele ia ficar zangado comigo se eu abrir, antes de entregar à Sakura? – pergunta-se a guardiã já pegando a carta e se preparando para abri-la - Ai não, não… Se ele descobre é bem capaz dele me matar. – lentamente, põe a carta de volta no lugar e olha o relógio na mesa de cabeceira.

Ela percebe que pelas horas, Sakura deveria estar no colégio, por isso decidiu dar uma volta por Tomoeda para se descontrair e voltar a ver a terra que havia deixado há alguns anos...

Nakuru caminhava devagar pelas ruas. Ao passar pela rua das cerejeiras, repara que as flores estavam desabrochando.


Enquanto isso…

Quando chegou à Universidade, Touya foi informado que não teria o primeiro horário e ficou aborrecido, pois estava cansado e poderia ter ficado dormindo. Sem nada em mente, o jovem Kinomoto pegou sua bicicleta e saiu andando pela rua das cerejeiras, que ficava próxima a Universidade. Ele não pôde deixar de reparar que as flores estavam desabrochando. Aquilo lhe chamou tanto a atenção, a ponto dele se distrair e não reparar onde estava indo e que naquele momento outra pessoa passava pela rua. Touya acaba batendo em uma pessoa, caindo ambos ao chão.

- I’m sorry! – desculpou-se uma voz feminina com um tom de dor, devido à queda que havia sofrido.

Por um momento, ela havia esquecido que estava no Japão e não na Inglaterra. Porém ela nem tinha olhado para a pessoa que tinha a derrubado, pois seu ombro estava doendo muito.

Touya não entende o que a mulher diz. “Deve ser estrangeira”, pensa. Ele a olha atentamente e qual não foi o seu espanto ao reconhecer quem era.


To be continued :)



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Notas finais do capítulo

Quem será que é? Meio óbvio não? Rs. Não percam no próximo capítulo, o reencontro tão esperado.