Coração nunca Esquece escrita por Anne Moony


Capítulo 2
Dois anos depois




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/49863/chapter/2

Capítulo 02 - Dois anos depois

*** Passado dois anos ***

Numa bela casa, daquelas típicas de tempos antigos da Inglaterra, havia um enorme jardim de grama verde bem aparada, rodeado de belas flores, muitas árvores e com uma fonte d’água ao centro. Toda essa atmosfera envolvia alegria e diversão. Mas a mulher que se encontrava sentada em um banco do jardim, estava apática e melancólica, enquanto lia um livro.

- Hum... Shakespeare... Que chato. – queixa-se, fechando o livro em seguida.

Ela suspira e olha a capa do livro. Era uma das famosas peças de teatro escrita por Shakespeare, e aquilo fez com que memórias viessem a sua cabeça e ela recordasse da peça de teatro da qual participara em Tomoeda. Ai... Que saudades ela tinha de lá... Dos guardiões Kerberus e Yue, de Sakura, Tomoyo, suas amigas e dele… Ele que ocupava a sua mente todos os dias, Touya.

A guardiã, rapidamente balançou a cabeça várias vezes de um lado para o outro e querendo tirar ele do pensamento, se dirigiu para dentro de casa. Ao entrar, encontrou seu mestre como sempre em frente à lareira, absorvido em seus pensamentos. Ela pensa em subir devagar para seu quarto, mas ao avançar para o primeiro degrau da escada...

- Minha querida Ruby! Venha aqui! - ele a chama sem se virar nem se mover, com voz misteriosa.

- Diga mestrinho… - diz o abraçando de leve, e o soltando em seguida. Eriol a olha penetrantemente, o que acaba deixando-a um pouco assustada.

- Quero que me faça um favor… - fala depois de desviar o seu olhar de Nakuru e voltar a olhar para a lareira.

- Diga…

- Quero que você vá ao Japão, precisamente em Tomoeda, e leve com urgência uma coisa para Sakura. – informa, fazendo aparecer uma carta em suas mãos - Depois do incidente da carta vácuo ela vai gostar de ler isso e também, leve uma carta adicional da Spinel para o Kerberus.

- Por quê? – pergunta Nakuru curiosa.

- Digamos que ela saberá fazer bom uso do que está nessa carta. - responde a reencarnação de Clow com o seu habitual sorriso misterioso.

- Como assim? – pergunta a guardiã, sem entender nada.

- A paciência é uma grande virtude humana, minha querida Ruby. - Eriol se levanta e caminha até Ruby, acaricia-lhe o cabelo e sai andando. Contudo, antes de sair da sala, ele vira e a olha novamente com um dos seus misteriosos sorrisos e assim se retira de vez.

Enquanto isso em Tomoeda...

Nesses dois últimos anos, Touya tinha acabado de estudar no Instituto Seiyo, e havia ingressado na Universidade, na qual cursava Medicina. Era um aluno exemplar, porém o mais surpreendente era que ele continuava trabalhando em tudo quanto é bico que aparecia.

Yukito tinha o acompanhado, mas havia ingressado em Psicologia. Eles não tinham nenhuma espécie de relação, digamos, mais íntima. Yukito havia se interessado por uma prima de Kaho, também estudante de psicologia e sacerdotisa do templo de Tsukimine. Ou seja, Touya estava sozinho, mas também não se importava muito com isso.

Nesse momento ele estava jogando basquete, fazendo pontaria ao cesto. Yukito se despede da simpática sacerdotisa May, e se aproxima dele. Quando a bola escapa do controle de Touya, ele a agarra e rapidamente faz cesta.

- Que você anda pensando Touya? Há anos que você anda assim. – Yukito pergunta batendo a bola no chão em frente de Touya, que o olhava.

- Bobagens... – responde o jovem retirando a bola das mãos de Yukito e marcando uma cesta. O guardião a agarra no instante em que ela cai ao chão.

- Hum... Bobagens… Você está assim... Faz tempo. Pode tentar enganar todo mundo, mas a mim não. – adverte Yukito fazendo outra cesta.

- Penso na guardiã do Clow. – ele responde com voz uma voz meio furiosa consigo mesmo, mas mantendo sua expressão característica.

- Hum... Nakuru ou a Ruby Moon? - pergunta o jovem sorrindo.

- É… O Clow só pode ter me enfeitiçado. Você agora está tanto com a May, que se esquece de tudo. Quem diria não?! Eu não consigo tirar aquela maldita da cabeça – ele intercepta a bola de Yukito e faz uma cesta.

- Não culpe o Clow por tudo. Quem sabe você não está apaixonado por ela?! – diz, enquanto disputa a bola com Touya que não se deixa interceptar, mas ao ouvir as palavras de seu amigo perde controle da bola.

- Não diga besteira Yuki. - ele responde, quase gritando ao ver Yuki fazendo dribles parado com a bola.

- Quem sabe se são ou não besteiras?! Mas de qualquer forma, não está mais quem aqui falou. - Yukito sorri.

- Sakura mandou perguntar se você quer ir hoje em casa. Ela ficou toda contente porque aquele moleque vai passar as férias de Verão aqui… Aquele moleque. – diz Touya, mudando de assunto.

- Por que trata aquele pobre rapaz de moleque? Aha! Ele e a sua irmã estão juntos. E sim, eu irei com muito prazer.

- É isso que não me agrada... Que ele tente me tirar o que eu tenho de mais valioso.

- Eu acho que você encontrou algo que é mais valioso. Mas que por teimosia não quer ver. E é o que está fazendo ao Shaoran também.

- Vamos mudar de assunto, sim? – alega Touya pegando sua velha bicicleta na saída da Universidade.

- Tudo bem, seu cabeça dura! - responde Yukito sorrindo e montando na sua bicicleta.


Enquanto isso em Londres…

Nakuru acabava de arrumar tudo para a sua viagem de regresso ao Japão. Enquanto remexia no seu guarda-roupa encontrara um casaco que havia levado de certa pessoa, e decidiu levá-lo também.

Não podia negar que se sentia meio intrigada. Por que não poderia ir ao correio e mandar a carta como tivera sido feito com as outras cartas? E por que razão ela teria que entregar uma carta que aparentemente não tinha muito valor, pessoalmente? Sua curiosidade era intensa, mas achou melhor e até mesmo não quis perguntar.

Com as malas devidamente prontas, a guardiã seguiu para o carro com o motorista, enquanto Eriol e Spinel ficaram na porta da casa.

- Até logo mestre! E comporte-se Spi…

- Até logo minha querida Ruby! - responde Eriol com Spinel nos braços.

- Até… E não me chame de Spi! MEU NOME É SPINEL! – critica Spinel enfurecido.

Nakuru sorri, entra no carro e segue para o aeroporto se afastando cada vez mais da mansão. Enquanto olhava o carro se afastar, Eriol diz muito baixo, tão baixo que nem sequer Spinel percebeu.

- Adeus minha querida Ruby... E olá minha querida Nakuru. - e dando um dos seus habituais sorrisos, segue para dentro da casa com Spinel.

To be continued :)



Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Eriol como sempre muito misterioso. O que será que ele pretende? Não deixem de acompanhar para saber. Mereço reviews? *-*