As Marotas V escrita por Laura Dias


Capítulo 7
Capítulo 7 - Regresso a Hogwarts


Notas iniciais do capítulo

OI GENTE
NOVAMENTE ESTOU AQUI POSTANDO ÀS VÉSPERAS DO MEU TESTEEEEEEEE! KKKKKKKKKKKKKK ENFIM, NÃO FUI BEM EM LITERATURA E PORTUGUÊS NO ÚLTIMO, REZEM PARA NESSE EU ME SAIR BEM! QUERIA COMPARTILHAR A ALEGRIA DE TER COMPRADO "CIDADE DAS CINZAS" E "THE ONE" TO SUPER MEGA HIPER FELIZZZZ. TAMBÉM QUERIA DIZER QUE EU FIZ UMA ORIGINAL, QUEM QUISER LER, ACHO QUE TÁ BEM LEGAL E AINDA TA NO 1 CAP É : http://fanfiction.com.br/historia/502628/Escamas_Submersas/ . ENFIM, LEIAM, COMENTEM E RECOMENDEM (AMBAS AS HISTÓRIAS) KKKKKKKKKK BEIJINHOS ATÉ SEMANA Q VEM TALVEZ ANTES



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/498566/chapter/7

Quando faltavam menos de trinta minutos para servir o almoço, Madison tomou banho e vestiu-se com roupas comuns: um jeans escuro e uma jaqueta azul marinho por cima de uma camiseta branca. Deu comida para Almofadinhas e desceu para o hall. Todas as pessoas mais jovens estavam sentadas em uma das grandes mesas do bar; os adultos deviam almoçar no trabalho pois nem mesmo Tiago ― que adora a comida do Caldeirão Furado ― estava lá. Sentou-se do lado de Safira e começou a colocar comida no prato.

― Lembrem-se que temos de passar no Gringotes antes de tudo ― disse Emma ― Portanto, não esqueçam as chaves dos cofres. Sabem como aqueles duendes são.

Isabelle, Safira e Madison assentiram sem discutir. Logo Madison já tinha tudo o que queria comer em seu prato: um pedaço de carne assada, purê de batatas, ervilhas, cenouras e um pãozinho quente. Isabelle estava comendo relativamente pouco se comparar com o que ela come geralmente nos banquetes de Hogwarts, algo deveria estar errado e Madison iria descobrir o que era depois. Estava espetando suas ervilhas e envolvendo-as no purê quando uma figura sentada no balcão do bar lhe chamou a atenção.

Era uma mulher com um inesquecível lenço verde na cabeça. Madison lembrou-se dela no ano passado ali no mesmo lugar. As lembranças vieram sem nenhum esforço. Lembrava de estar parada no hall observando seu vira-tempo e dizendo para si mesma o quanto era perigoso mexer com o tempo e a mesma mulher se aproximou dizendo que em breve aquele objeto teria de ser usado.

Sem mesmo colocar um pouco da comida em sua boca, Madison se ergueu da mesa e caminhou até a mulher. Enquanto se aproximava, ela se virou para trás, levantou-se e saiu pela porta dos fundos. A garota sem pensar foi atrás mesmo quando Safira e Emma gritaram questionando onde ela estava indo. Assim que atravessou a porta dos fundos se viu diante da ruazinha estreita na parte trouxa de Londres.

― Parece que alguém está mais corajosa esse ano ― disse uma voz familiar. Madison se virou e deu de cara com a mulher parada ao lado dela. Definitivamente ela era um tanto estranha.

― Tenho algumas perguntas para fazer a você ― Madison disse ignorando o comentário anterior. Sentia frio embora o sol parecesse muito mais quente do que nos dias anteriores.

― Pois faça ― a mulher respondeu calmamente e Madison tentou prestar a atenção nos olhos dela. Era um azul tempestade, quase uma tonalidade de cinza ― Parece que você tem muitas, não é? Mas se apresse, não tenho o luxo de poder brincar com o tempo assim como você.

― Não brinco com o tempo ― defendeu-se mas logo balançou a cabeça como se repreendesse a si mesma ― Queria perguntar como você sabia que eu precisaria usar o vira-tempo ano passado. Não tinha como você saber, foi inesperado para todos. A não ser que você seja algum tipo de vidente.

― Não sou vidente ― ela pareceu ofendida ― Só por que uso um lenço na cabeça as pessoas já acham que eu faço previsões, isso é um estereótipo tolo! Mas, respondendo a sua pergunta, se você tem um objeto, tem também uma utilidade para ele. Sabia que você precisaria porque a atmosfera era de perigo e seu amuleto serviria muito bem caso quisesse impedir alguma coisa só precisaria de um motivo realmente bom. Foi como eu disse naquele dia, que você usaria sem pensar duas vezes. Foi apenas uma análise da atmosfera e da progressão dos fatos, não teve nada a ver com visões. Mas, se quer saber, acho melhor perguntar a quem lhe deu o objeto porque, essa pessoa sim deveria saber que você o usaria, do contrário, não o teria dado.

― Quem me deu foi minha mãe ― murmurou olhando para os próprios pés. Será que sua mãe sabia que ela seria escolhida pelo cálice e precisaria salvar a vida de Adam? Bem, não tinha como ela saber.

― Pergunte à ela então ― a mulher falou finalizando a conversa ― Preciso ir agora, Madison Potter. Aproveite seu ano em Hogwarts e, dessa vez, tenho outro conselho. Escute seu coração, mesmo que ele esteja falando coisas irracionais.

Madison assentiu sem falar nada e voltou pela porta que saíra. Não achava seguro seguir o conselho da mulher mas ela acertara sobre o vira-tempo, não? Talvez merecesse um voto de confiança. Não, ela não merecia. Nem sequer disse seu nome ou explicou como podia dar conselhos à pessoas que ela nem mesmo conhecia.

Ao voltar para a mesa foi bombardeada de perguntas mas ignorou todas elas e as amigas entenderam que ela não queria falar. Engoliu algumas ervilhas e cenouras, comeu um pedaço da carne e devorou o pão. Assim estava terminado seu almoço, perdera metade do apetite com a conversa mas resolveu esquecer, por ora, todas as coisas ditas. Quando terminou subiu para o seu quarto e começou a procurar a chave do seu cofre.

De súbito a porta se abriu e uma coisa foi atirada para dentro do cômodo. Madison franziu as sombrancelhas e se aproximou do objeto. Assim que conseguiu processar o que era correu para o corredor e fechou a porta. Em seguida escutou um barulho e uma fumaça mal cheirosa escapou pelas frestas da porta.

― Eu não acredito ― susussurrou para si mesma incrédula.

Adam apareceu na outra ponta do corredor com luvas nas mãos e Madison teve de se controlar para não avançar em cima dele. Respirou fundo e esperou que ele se aproximasse.

― Qual o seu problema? ― ela gritou quando ele estava de frente para ela ― Sua criatividade acabou? Você fez exatamente igual o nosso primeiro ano, no trem! Você jogou bombas de bosta no meu quarto!

― Pensei que você quisesse brincar ― respondeu fazendo uma expressão de inocência ― Bem, eu estou brincando. Tive uma ideia de gênio de repetir o que eu fiz na primeira vez que a gente se viu. Vai ver, assim, você se lembra do que sentiu ao me ver pela primeira vez na sua vida.

― Lembrei perfeitamente. Senti vontade de me vingar ― riu um tanto exageradamente ― E agora estou tendo a mesma sensação novamente. Espero que quando eu voltar o meu gato não tenha morrido sufocado e nem o meu quarto esteja cheirando mal.

Ela bufou, colocou a chave do seu cofre no bolso e desceu para encontrar com as Marotas para irem comprar os materiais. Isabelle estava atirada numa poltrona enquanto Emma e Safira conversavam animadamente sobre alguma coisa. Mas os olhares de todas se viraram para Madison quando ela desceu com uma expressão de que mataria o primeiro que visse pela frente.

― O que Adam aprontou dessa vez? ― Emma foi direta ― É claro que foi ele quem te deixou assim. Tudo que ele faz está tendo mais impacto em você.

― Atirou bomba de bosta no meu quarto ― explicou.

― Acho que ele estava afim de relembrar os velhos tempos ― brincou Isabelle rodando sua chave nas mãos ― Talvez signifique algo.

― Sim, significa que ele está determinado a me irritar ― respondeu ― Mas, vamos logo! Tenho que comprar um vestido para ir à festa de Faísca.

― Você vai mesmo à essa festa? ― perguntou Emma ― Sabe, não me parece seguro perambular pela Floresta Proibida de noite, sabe, tem o perigo da ninfa. Esse ano ela ainda não selecional seu casal de bruxos para tentar quebrar a maldição.

― Vou sim. Safira, se quiser ir também, Faísca disse que você podia ir ― disse Madison.

― Ah, obrigada. Vou ver porque depende do dia, tenho que estudar pros N.O.M's, ano passado foi um pouco complicado imagine esse ano! ― Safira sorriu tristemente ― Mas, vamos logo então.

As quatros saíram animadamente conversando e Madison até esqueceu um pouco o que Adam havia feito. Logo já estava dentro do Beco Diagonal e estava animado como sempre. Jovens bruxos correndo de um lado para o outro e depois encostando seus narizes nas vitrines para observar os objetos vendidos ― principalmente as vassouras. Bruxos um pouco mais experientes com pacotes grandes nos braços e andando de um lado para o outro apressadamente como se tivessem horário para cumprir.

Logo, no fim do Beco Diagonal estava o Gringotes ― totalmente reformado depois da destruição causada por Harry, Ron e Hermione mas ainda continuava feito de um mármore branco. Elas subiram as escadas e pararam diante das grandes ― e novas ― portas de bronze muito polidas, havia um duende ao lado que fazia a guarda e usava um uniforme vermelho e dourado mas ninguém deu muita importância à ele. Ao atravessarem a porta entraram no hall de entrada e haviam mais dois duendes de guarda e portas onde a seguinte poesia insistia em ainda estar gravada:

"Entrem, estranhos, mas prestem atenção

Ao que espera o pecado da ambição,

Porque os que tiram o que não ganharam

Terão é que pagar muito caro,

Assim, se procuram sob o nosso chão

Um tesouro que nunca enterraram,

Ladrão, você foi avisado, cuidado,

Pois vai encontrar mais do que procurou"

Atravessando essa porta e ignorando os avisos, chegaram a um grande saguão feito de mármore. Madison observou os mais de cem duendes sentados em bancos altos atrás de um longo balcão, alguns estavam escrevendo em grandes livros-caixas, outros pesavam moedas em balanças de latão, e alguns examinavam pedras preciosas com óculos de joalheiro. Nesse saguão há um grande número de portas, todas guardadas por duendes, que acompanham as pessoas que entram ou saem. Ultrapassando essas portas, nada mais de mármore, e sim passagens estreitas de pedras, na descendente, iluminadas por archotes, que levam aos cofres no subsolo. Um duende serve de guia nesse labirinto, pilotando um vagonete e era disso que as garotas precisavam, de um duende para pilotar um vagonete e levá-las aos cofres.

Se aproximaram de um duende e pigarrearam para chamarem sua atenção. Relataram que queriam entrar em quatro cofres diferentes e ele pediu para ver as chaves. Todas levantaram as chaves e ele deu um sorriso um tanto assustador e pediu que elas acompanhassem o duende perto da porta mais próxima.

Madison saiu do banco com dois saquinhos de moedas nas mãos e logo ela e as amigas andavam pelo Beco Diagonal para comprar tudo o que precisavam. Isabelle comprou vestes novas já que, Tiago havia derramado uma grande quantidade de molho de tomate em um dos uniformes dela. Emma gastou a maior parte do seu dinheiro em penas, tinteiros e pergaminhos. Safira comprou vários livros a mais do que estavam listados nas cartas de Hogwarts. E Madison comprou apenas um produto para polir sua vassoura e um pacote de biscoitos para gatos.

Depois que tudo foi comprado elas foram na sorveteria já que, Isabelle estava insistindo muito. Na volta viram Emília Breathe e Amanda Hunger andando apressandamente pelo beco e Madison pôde observar que Emília estava diferente. Usava roupas mais escuras e não parecia tão encrenqueira como antes, parecia calculista. Amanda porém, continuava igual. Usava roupas de tonalidades alegres e era muito vaidosa, sempre com maquiagem cobrindo-lhe o rosto ― que não era bonito. Emília e Amanda eram totalmente opostas mas se davam bem.

Madison estranhou mas não deu muita importância e logo estava de volta ao Caldeirão Furado. Voltou para o seu quarto preparada para o cheiro da bomba que havia estourado mas não havia mal cheiro. Pelo contrário, o quarto cheirava a morangos e Almofadinhas parecia ter sido lavado. Deu de ombros, colocou seus pacotes na cama e tratou de guardar sua chave no malão.

***

Madison já estava sentada a bordo do Expresso de Hogwarts quando Emma lhe chamou fazendo-a desviar a atenção da paisagem que via pela janela. Os dias se passaram tão rápido no Caldeirão Furado e lá estava ela novamente voltando para Hogwarts. Safira e Isabelle estavam dormindo apoiadas e só Emma e Madison se mantinham acordadas ― um recorde para a loira.

― Queria falar com você sobre o meu pai ― disse Emma

― Não precisa falar disso, principalmente pra mim ― Madison respondeu.

― Claro que preciso. Não se faça de boba, ele me contou absolutamente tudo ― ela continou depois de fazer uma pausa ― Você o ajudou a ver mesmo ele fazendo todas aquelas comparações sobre você e sua mãe. Você realmente ajudou ele com seus conselhos, Madison e eu queria lhe agradecer por isso.

― Não precisa... Eu só dei conselhos, foi ele quem resolveu parar com tudo ― Madison explicou ― A vontade partiu dele e bem, eu só dei um empurrãozinho ― Emma deu um sorrisinho ― Agora que já sabe o verdadeiro lado do seu pai, você poderia perdoar Peter e ficar com ele, não acha?

― Agora que eu descobri que meu pai, sem ser da Sonserina, foi quase um Comensal, responsável pela morte da minha mãe e pelo ataque de Isabelle, perdi totalmente a confiança em muitas coisas ― disse ferozmente ― Se meu pai, meu próprio pai, foi capaz de fazer tudo isso, imagine Peter. Acho que os históricos dele são bem maiores que os do meu pai. E se meu pai já fez tudo isso, o que ele poderia fazer? Coisas piores.

― Está julgando errado ― Madison não tinha muitos argumentos sensatos ― Não pode julgar alguém por sua casa ou seus históricos. Isso não funcionou com seu pai, você mesma viu. Mas é a sua decisão, você quem sabe. Conheço Peter melhor até que Safira talvez e ele tem um coração maravilhoso.

― Tenho medo também do que as pessoas vão pensar ― espremeu os lábios.

― Você não tem que ligar pro que as pessoas dizem e muito menos pro que elas pensam. Deixe de ser tola, ninguém tem absolutamente nada a ver com a sua vida ― Madison bufou ― Olhe, quando você finalmente cair em si, diga tudo o que sente para Peter. Eu tenho certeza que ele lhe entenderá e ficará tudo bem.

― Pare de falar de mim, fale de você agora ― Emma disse e Madison levantou as sobrancelhas ― Você e Adam.

― Não tenho nada para falar. Ele está brincando comigo por isso essa aproximação repentina. Não quero que ele brinque comigo, nem ele nem ninguém. Eu sou idiota por gostar dele mas não sou idiota para cair nas brincandeiras que ele faz ― respondeu mirando as paisagens pela janela ― Mas, às vezes sinto vontade de estar com ele. Adam está tão perto na maioria das vezes mas também tão longe.

― Vocês ficarão perto enquanto patrulharem os corredores ― Emma riu.

― Ai não me lembre disso ― reclamou cobrindo o rosto com as mãos ― Não tenho paciência para guiar os primeiroanistas, vou estressar com aquele anões!

Emma gargalhou enquanto Madison começou a se ajeitar procurando uma posição para dormir.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!