Diários de um Vampiro...Brasileiro escrita por Leo Bernardo


Capítulo 1
Capítulo 1 - Piloto - de jegue




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Prólogo

Em uma pequena cidade mineira chamada Mixicopal, vive a jovem Helena Gilbert com sua tia Gina Gilbert e seu irmão noiado Jeremias Gilbert. Helena tem 17 anos, e está no terceiro ano do colegial, ela é uma menina tímida, inteligente, sonhadora, mas bastante ingênua, votou na Dilma, tem medo do chupa-cabra, do lobisomem e do velho do saco. Ela ainda passa pelo trauma da perda dos pais, que morreram em um acidente de trânsito, em que o fusca ano 69 da família colidiu com o ônibus da banda de forró Cinturinha de concreto.

O dia-a-dia na pequena cidade é bem tranquilo, quase não há movimento, exceto quando é inaugurado algum novo alambique ou há um show de alguma dupla sertaneja. Porém, tudo mudou, quando em um dia chuvoso, chegou à cidade um homem desconhecido por todos na região, seu nome é Stefan Salvatori, um vampiro da paz ("vegetariano" só se alimenta do sangue de pequenos animais, como esquilos e ratos de esgoto), mas que no passado era um assassino sanguinário, conhecido como “Chupador” (chupava o sangue até a morte do(a) infeliz). Stefan busca um recomeço, uma vida “normal” de adolescente retardado, apesar de ter 169 anos de idade; ele quer frequentar o colégio, pôr em seu perfil do facebook que trabalha na empresa VASP , soltar pipa com cerol na linha, praticar esportes, ir ao jogos do ET de Varginha Futebol Clube, comer 30 kg pão de queijo, tomar guaraná dolly diet e ter uma overdose de vodka com aguardente de cana. No entanto, essa tentativa de levar uma vida comum, não irá durar muito tempo, pois com a chegada de seu irmão do mal Damon (bipolar), a tranquilidade dele e da pacata cidade mineira será abalada.

Capítulo 1

Stefan está sobre o telhado de um casarão, em uma parte isolada da cidade de Mixicopal, a residência é cercado de pés-de-cana. Ele está reflexivo, pensando em voz alta:

Stefan: – Esse é meu lar, eu nasci aqui, e há muito tempo espero por esse retorno. Preciso esquecê-la...

Caipira avulso (Surgiu do meio do mato): – O seu doido! Tá fazendo o quê nesse telhado falando sozinho uái? Ocê quer se suicidar? Tua mulê te pôs um par de chifres, foi? Faça isso não hômi, desça pra gente tomar umas pinga, tô com uma garrafinha de três litros aqui no bolso, ocê vai se esquecer rapidinho dessa quênga!

Stefan: – Não é nada disso, amigo! Não quero me suicidar, estou aqui no telhado para refletir e observar melhor a paisagem, é apenas isso. Mas vou aceitar um gole dessa sua cachaça. Porém, preciso saber se tem verbena nessa bebida.

Caipira avulso: – Verbena? Que trem é esse? Dá onda esse negócio?

Stefan: – Esquece o que eu falei! E vamos manguaçar!

Saindo do Colégio Estadual Bruna Surfistinha, estão Helena e suas melhores amigas Carolina e Bruna (cosplay da Bonnie), elas conversam:

Carolina: – O que vocês acham de irmos lá para o sítio do Teobaldo? Vai rolar uma rinha de galos, quero apostar dez reais no Spider.

Helena: – Que Irado! Vou apostar cinco no Minogalo. Vamos Bruna?

Bruna: – Não posso gente, tenho que estudar esses livros que minha avó me deu (Bruna tira da mochila sete livros grandes)

Carolina: – Quê porra é essa! São os livros do Harry Potter? Sua avó mandou você estudar isso, hahaha!

Bruna: – Eu sei que é estranho, mas ela mandou estudar os feitiços que eles usam. Sabe, a minha avó é meio bruxa, na verdade, ele me contou que a nossa família pertence a uma linhagem de poderosas bruxas do Acre...

Carolina: – Bruxa?! Agora entendo, faz sentido... Uma vez, estava voltando à noite da casa da Helena e vi a sua avó perto de uma encruzilhada toda vestida de branco, levava nas mãos um vaso de barro, um saco de farofa, algumas velas brancas de sete dias, pipoca doce de morango, pirulitos, um charuto cubano, um boneco de vodu, uma garrafa de cachaça ypioca e uma galinha preta de borracha. Perguntei o que ela iria fazer com aquilo tudo, e ela me respondeu que iria fazer um “trabalho especial”. Achei muito estranho, e ela estava com muita pressa... Então quer dizer que aquelas coisas eram para algum tipo de feitiço?

Bruna: – PQP, Carol! Como você é maldosa! Não é esse tipo de magia que a minha avó faz, aquelas coisas que você viu, ela usa nas festas infantis em que ela trabalha como animadora. Só pensa besteira, hein!

Carolina: – Ops, foi mal Bruna! Como eu ia saber disso, você nunca falou que a sua avó gostava de bancar a palhaça da terceira idade... Não! Quero dizer, você nunca disse que ela era animadora de festinhas, tão legal isso... (diz Carolina com cara de nádegas)

Bruna: – Vou fingir que não ouvi suas asneiras, Carolina! Mas, tudo bem! Agora tenho que ir, tchau para as duas! (Bruna sai correndo pelo mato e quase é atropelada por uma égua desgovernada que vinha em sentido oposto)

Carolina: – Helena, escuta! Sabe aquele aluno novo do colégio?

Helena: – Qual? Aquele de cabelos curtos e arrepiados, musculoso, tatuagem de um dragão gay nas costas, olhar misterioso, cara de mau e com um piercing no mamilo esquerdo?

Carolina: – Putz, acho que você está trocando as bolas, essa pessoa que você descreveu é a Roberta, aluna repetente do terceiro ano!

Helena: – Quê?! Ele é ela?! Por isso achei estranho vê-la saindo do banheiro feminino...

Carolina: – Maluca, se liga! Estou falando de Stefan Salvatori. Ele passou a aula inteira te olhando, acho que ele gostou de você.

Helena: – Sério?

Carolina: – Sim! Arrasou garota, ele é maior gato! Tudo bem que ele é meio esquisito, não falou com ninguém durante a aula, ficou te observando com aquele olhar de pitbull carente e também mora naquele casarão no meio do canavial, mas tudo bem. Acho que vocês formariam um belo casal. Quem sabe ele vai à festa de halloween amanhã à noite no clube.

Helena: – Chega, Carol! Você sabe que sou tímida, além do mais, nem sei se vou nessa festa, tenho medo de algumas fantasias, principalmente quando alguém se veste de chupa-cabra.

Carolina: – Hum, ela não sabe se vai, ela tem medo do chupa-cabra... (Diz Carolina em tom de deboche e fazendo uma vozinha irritante)

Carolina: – Para de fazer C* doce! Você vai sim, nem que eu tenha que te arrastar pelo laço, assim como o Zé Tolete faz pra trazer as cabritas brabas que fogem.

Helena: – me chamando de cabrita?

Carolina: – Claro que não! É apenas uma comparação! Além do mais, aposto que a cabrita braba é mais sociável que você!

(As duas caíram na gargalhada, mas Carolina não escapou de levar, de Helena, um sopapo no pé do ouvido).


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