Left 4 Dead escrita por SweetCherry


Capítulo 2
Inicialização ao campo de batalha




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/498365/chapter/2

O cenário estava exatamente como Castiel disse, o verdadeiro caos. Depois de me perder de vista (proposital) dos meninos, caminhei desorientada pelos corredores. O silencia era mortalmente assustador, o corredor onde era normalmente limpo e cheio de vida, agora permanecia com um ar fúnebre, sujo e fedendo a sangue. Um grito de horror cortou o silencio, me fazendo acordar dos meus pensamentos, entrei na sala e vi Iris encostada na parede assustada enquanto outro morto-vivo, caminhava debilmente em sua direção. Peguei uma carteira e bati com toda minha força na criatura, ele caiu e rapidamente puxei Iris pelo braço e corremos de lá.

– Lucy, o que está acontecendo ? - perguntou, num desespero visível.

– Na verdade nem eu mesma sei, mas ao que parece que estamos enfrentando um apocalipse zumbi. - disse, tentando tranquiliza-la.

– O que vamos fazer ?

Apertei firmemente sua mão, sorri.

– Primeiro arranjar armas, procurar os outros e um lugar seguro, depois veremos. – garante-lhe.

– Tem alguém vivo além de nós?

– Além de nós, por enquanto só Castiel, Nath, Melody, Rosa e Alexy.

– Hm.

Fomos até o ginásio e pegamos tacos de baseball, e voltamos a caminhar pelos corredores onde encontramos mais mortos vivos, e nenhum deles se aparentava a algum dos nossos amigos. Os ignoramos e vasculhamos em cada sala, algo tocou meu ombro e virei-me assustada e quase ataquei a pessoa.

– Argh! – chiei, apavorada.

– Calma, Lucy.

Quando percebi que era Lysandre, senti um conforto e alivio tão grande que era quase palpável.

– Lys...Lysandre, que susto.

– Desculpe-me não quis assusta-la. – suspirei aliviada, abracando-o em seguida, ele ficou estático no começo mas logo retribuiu.

– Ah, Lys! Pensei que tinha morrido.

– Mas não se preocupe, estou bem assim como você e Iris.

– Você está só, Lysandre ? - Iris perguntou, suspirando aliviada.

– Estava com meu irmão que veio me trazer meu caderno que tinha esquecido e Armin, mas acho que no meio dessa confusão nos perdemos de vista.

O fato do Lysandre esquecer isso, não era novidade. Ele as vezes era bem desligado.

– Vamos procura-los.

Aquilo era o que podia considerar assustadoramente bizarro, o silencio e o cheiro de ferrugem faziam o cenário perfeito para um filme, e o sangue ali presente fez meu estômago revirar. Enquanto andávamos pelo corredor, um forte estrondo nos assustou e um grito gutural seguido de barulho de passos.

– Vo...vocês ouviram isso ? - Iris nos perguntou, e segurou firmemente meu braço.

– Sim e temos que sair o mais rápido possível.

Seja o que foi que fez esse barulho, não era humano. Agora além de ter que sobrevivermos a zumbis ainda temos que enfrentar outros tipos de monstros. Subimos as escadas no fim do corredor, e adentramos umas das salas. A sala estava com vários papeis espalhados pelo chão e mesas, as fileiras de carteira que ficavam em organizada linha reta, estavam em cantos diferentes da sala proporcionalmente grande. Meu corpo tremia e minha cabeça girava, apesar de gostar de filmes de terror que tinha zumbis e acreditar que se algo assim acontecer eu me sairia bem - coisa que metade das pessoas acreditam -, mas diferente de um filme, aquilo era real - muito real, e podíamos morrer inclusive eu.

– Vai ficar tudo bem, Lucy. – murmurou Lysandre, segurando gentilmente minha mão.

Agradeci mentalmente pelo apoio e o conforto que Lys me proporcionava, é reconfortante o jeito que ele segurava minha mão.

– Sempre estarei aqui com você.

– Obrigada.

– Lucy, Lysandre... - Iris nos chamou, seu rosto estava mais pálida que o normal.

Olhamos na mesma direção que Iris e a porta tremulava, como se alguém tivesse tentando entrar.

Engoli em seco.

Ficamos parados, nesse breve momento de silencio a porta parou de tremer e senti uma forte sensação de calma invadiu meu corpo, me permitindo suspirar.

– Essa foi por pouco. - Sussurrou Iris, sorrindo. Seu rosto agora adquiriu um tom rosado.

– É por muito pouco... - Concordei.

Meu celular começa a tocar, me fazendo vibrar de medo, tateie minha bolsa a procura dele. Tinha medo que o barulho atraísse 'seja-la-quem-for' que bateu na porta. Minhas mãos trêmulas alcançaram o objeto que agora permanecia mudo. Um estrondo abateu a porta, fazendo-a cair.

– Abaixe. - Ordenou uma voz feminina. Ouvi um ruído atrás de mim e rapidamente me abaixei, houve sons de cartuchos de balas caindo e uns outros sons de tiro abafado virei-me e vi um zumbi morto.

Coloquei minhas mãos sobre a boca, evitando um grito de horror.

– Finalmente te achamos... - disse a voz, claramente feliz. - Venha.

A pessoa estendeu a mão e instintivamente segurei, e finalmente percebi que a voz era Lizzie. Ela estava com uma arma na mão, vestia uma camisa branca e um colete vermelho com detalhes pretos, e usava a calça que o namorado dela tinha dado no seu aniversário, que tinha sido a mais ou menos a dois meses.

– Lizzie...- Abracei e ela retribuiu. – Chegou na hora certa.

– Calminha, Lucy! Eu sempre chego na hora certa. – ela sorriu, fazendo a expressão "Deal with it"

– Er...espera onde arrumou essa arma ? - Perguntei, pegando a arma da mão dela.

– Ahn...você esqueceu que meus pais são uma detetive e um policial, pegar as armas foi bem facilzinho.

– Isso eu sei, mas não explica o fato de você estar com essa arma.

– Eu peguei essa e mais duas da coleção do meu pai. - disse triunfante.

– Seus pais devem usar drogas pesadas ou é você que está usando. Mas onde aprendeu a manuseá-la?

– Jogando paintball, nós jogávamos juntas, lembra?

– Hm.

Agora parando para pensar Lizzie tinha razão.

– Olha, vamos ficar nisso o dia todo ou vamos embora logo.

– Vamos.

Fiquei olhando a arma, não era uma expert mas até onde saiba, era uma magnum desert eagle 50a.e. - eu soubo de tanto jogar, principalmente com o Armin. Quando ergui-me olhar, percebi que além de mim; Lizzie, Lys e Iris, estava Castiel, Nath, Melody, Alexy, Rosa, Armin e Leigh. Agora pelo menos estavamos devidamente reunidos, segurei a arma a minha frente, assim como faziam quando jogava paintball com Lizzie.

– Quantas balas ? - perguntei, distraidamente.

– Sete balas, mais esse clipe. - Lizzie entregou-me o clipe.

– Agora seremos protegidos por garotinhas. - ralhou Castiel, emburrado. Lizzie deu-lhe uma handgun browning HP e pegou a shotgun que trazia nas costas, e exatamente três armas com a Lizzie comentou.

– Precisamos sair daqui, agora. - disse determinada, começamos a caminhar.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Left 4 Dead" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.