Como Ser Criado Por Um Maroto [SENDO REPOSTADA] escrita por MFR


Capítulo 33
Os pais do Neville e a viagem indesejada


Notas iniciais do capítulo

Olá, minha gente!
Muito obrigada por todos os comentarios, por todo o apoio, e desculpe a falta de capitulo, mas aqui estamos. Vão ler ^w^



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O dia estava fadado a se tornar um tipo muito maligno de tortura, e eu soube disso na hora que Sirius me acordou.

Ele me mandou levantar e ir tomar banho, disse que tinha que ser rápido, mas que era para lavar o cabelo e penteá-lo da melhor forma possível, e ainda me apressou com muitos "agiliza's" - tudo isso em menos de cinco segundos enquanto me empurrava na direção do meu banheiro, sem explicar o porquê.

Mas está tudo certo, aqui estou eu tentando arrumar a maçaroca que eu chamo de cabelo. Esse troço preto era tão revoltado que eu tenho a impressão que ele não pode ficar parado, preso, na frente de um espelho enquanto eu o arrumo.

— Por que está demorando?

Pulo levando um susto, eu estava tão concentrado no cabelo e em tentar entender a pressa que nem percebo que Sirius tinha entrado no meu banheiro.

— Ah, é o meu cabelo, sabe, ele nunca coopera. — Respondo me forçando a esconder que eu estava nervoso.

Sirius dá um sorriso desanimado - que era o máximo de bom humor que ele demonstra desde que Peter e Lestrange fugiram - e se aproxima de mim colocando algumas roupas minhas sobre a pia do banheiro e pegando minha escova.

— O que é isso? — Pergunto enquanto meu padrinho mexe em meu cabelo.

— Xurisso. — Ele responde tirando uma com a minha cara.

Ficamos em silêncio. Me irritava e entristecia o quanto Sirius estava distante por causa da fuga, eu sabia que ele odiava que Peter não estava sofrendo e que Lestrange estava por aí, mas mesmo assim queria que meu padrinho se mantivesse animado e feliz como sempre esteve.

— Pai... — Começo.

— Ãh? — Sirius pergunta prestando atenção ao meu cabelo.

— O que foi? — Pergunto, esperando que ele responda algo mais significativo do que:

— Nada demais.

Você acha que é capaz de entender minha decepção? Mas não é.

Bufo e espero que ele termine meu cabelo. Quando enfim ele se acerta, Sirius sai do banheiro para que eu me vestisse. As roupas que ele escolheu me deixam muito mais curioso, eram trouxas. Uma calça jeans, um sapa-tênis de couro preto e uma camiseta branca de mangas compridas.

Uma combinação muito comum para trouxas e de muito boa qualidade que eu usaria normalmente... Se não fosse um bruxo com um padrinho bruxo que insistia que eu vestisse roupas bruxas.

Ah, que se foda. – Penso vestindo a blusa com ferocidade.

— Sirius. — Chamo voltando para o meu quarto.

Meu padrinho estava de costas para mim, mas se vira ao ouvir seu nome - talvez eu tenha colocado muito da minha irritação ao chamá-lo. Em suas mãos ele sustenta uma mochila, uma mochila tão comum quanto qualquer outra que trouxas usavam para ir para suas escolas. Vermelha, kiplink, trouxa e de boa qualidade, do tipo que eu usaria, mas eu estudo em Hogwarts, minha mochila é de couro de dragão e detalhes em bronze!

— O que foi? — Meu padrinho pergunta com firmeza.

Ignoro seu tom me concentrando na mochila e com uma teoria se formando no meu cérebro lerdo. Chacoalho a cabeça voltando minha atenção para o meu padrinho.

— O quê está acontecendo, hein?

— Vamos viajar. — Sirius responde naturalmente... Ou tão naturalmente quanto ele estava falando ultimamente.

— Por quê? — Questiono.

— Por que você está tão nervoso? — Fico quieto esperando a resposta da minha pergunta, afinal eu perguntei primeiro.

— Responda primeiro, eu perguntei primeiro!

— Tudo bem, Harry. — Ele suspira deixando a mochila no chão — Bom, eu fui convocado para ir até o Quartel General dos Aurores.

O espaço entre minhas sobrancelhas imediatamente volta ao normal - e eu nem tinha percebido que em minha irritação elas se enrugaram.

O “Q.G.” dos Aurores conseguia ser mais estranho do que a minha teoria estúpida de que Sirius ia fazer como quando eu era bebê e fugir comigo para vivermos como trouxas – o que o desespero somado com sono não faz.

— M-mas por quê?

Sentia como se meus neurônios tivessem me deixado, talvez voltando para o Brasil para curtir uma praia. Meu padrinho parecia entender meu estado, pois depois de um suspiro ele responde devagar.

— Como sou uma das pessoas que mais conhecia Peter, eu contribuirei na investigação com informações sobre ele. Costumes, comidas que comia, pessoas que conhecia... esse tipo de coisa.

— Tá, mas... M-mas por que das roupas trouxas? É um quartel general bruxo, eu...

— Você não vai comigo. — Sirius interrompe.

Me surpreendo, meu padrinho nunca fora tão cuidadoso comigo quanto nos últimos dois dias. Eram lanches que Linkin me fazia a mando dele a cada duas horas; eu estudava, fazia trabalhos, lia, ouvia música, jogava vídeo game ou via TV sempre na sala de estar onde era perto do escritório dele para que ele pudesse sempre estar de olho em mim; ele inspecionava todo o nosso correio coruja, carregava sua varinha o tempo todo e eu tinha certeza que ele vinha até meu quarto durante a noite pelo menos dez vezes. Então, me era difícil acreditar que viajaríamos para lugares diferentes.

— Por que não? — Pergunto.

— O Quartel dos Aurores é um dos lugares mais seguros, isolados e com a maior burocracia para se entrar. Não há como eu levá-lo, infelizmente.

— Então onde eu vou ficar? N'A Toca?

Sirius faz uma careta apertando os olhos e coçando a testa, desconfortável.

— Não, você vai ficar com seus tios.

— Tios... Com o tio Remus? — Pergunto confuso.

— Não, o Aluado virá comigo, ele conheceu Peter tanto quanto eu.

— Então... A mãe da Tonks? — Pergunto cada vez mais confuso e curioso. Foi a primeira pessoa que me veio na cabeça! E ela era parente do Sirius, então...

— Não, Harry. Você vai ficar com seus tios trouxas... A irmã da sua mãe e o marido dela.

Meus óculos quase caem de tanto que eu enrugo a testa. Cogito a ideia de ter entendido errado, mas a careta desgostada de Sirius parecia ruim o bastante para a situação.

— Como é que é?! — Guincho inconformado.

— Harry, não complique mais ainda a situação. — Sirius pede.

— Eu nunca os vi na vida, Sirius! — O lembro.

— Eu sei disso, mas é um lugar seguro. Bellatrix não o procuraria lá e Peter sabe que sua tia odeia magia.

— Se ela odeia magia como eu vou ficar lá? — pergunto.

— Como um Trouxa, da mesma forma que você viveu sua infância inteira.

— Ah, qual é?! Uma casa trouxa não pode ser mais segura do que isso aqui! Aurores vieram aqui mais de dez vezes colocando proteções na mansão!

— A casa já foi muito visitada. Tanto no seu aniversário passado, quanto por pessoas que me ajudam a controlar nosso dinheiro e por mulheres que eu convido. Nossa casa não é mais tão segura, Harry, e até que ela seja você não colocará os pés aqui.

A intensidade que ele usa me desarma, e sua verdade explode como uma bomba de bosta em mim. Mesmo que eu tenha me mudado para essa casa há apenas dois anos e que a maior parte desse tempo eu passei em Hogwarts, ela tinha um valor sentimental. Depois de meses estudando, quando eu voltava para cá era onde Sirius podia voltar a ser meu padrinho, cuidando de mim, me enchendo o saco, sendo ele...

— Então quer dizer que eu não posso ficar na minha casa? — pergunto com a voz meio baixa.

— Para o seu próprio bem, não.

— Mas, pai... Esse tipo de coisa demora demais. Eu já estudei sobre isso, tem que mexer na memória das pessoas, refazer feitiços e...

— Eu sei, Harry, mas antes ficar longe daqui do que te colocar em perigo.

— Eu não me importo...! — Começo.

— Mas devia. — Ele interrompe. Desde o começo estávamos em pé no meio do quarto afastados alguns metros e nos aproximando ao decorrer da conversa, a distância diminuíra tanto que Sirius já conseguia segurar meu ombro e assim ele o faz. — Harry, Bellatrix...

— É perigosa e maluca, eu estou sabendo, você já explicou. — Interrompo.

— Mas talvez — Sirius começa impondo presença — eu devesse ter sido mais pessoal. Já que você só entende direito quando se toca na ferida, já que se importa tanto com Peter por ter nos traído, já que teme lobisomens pelo o que aconteceu com Aluado, já que não gosta dos Malfoy's por destratarem os Weasley's e Hermione e pelo medo que tem de Voldemort por ter matado seus pais... Você sempre se agarra negativamente a quem de alguma forma machuca a você ou a quem ama. E se for para o seu próprio bem eu explicarei mais pessoalmente um dos casos que Bellatrix esteve envolvida. — Sirius dá um parada tomando o ar, e me deixando na expectativa — Neville Longbotton... Ele é um dos seus melhores amigos, não é?

A voz controlada e baixa me atingia como um feitiço entorpecente, que por mais que a gente não quisesse não conseguíamos reagir contra o impulso de ficar quieto.

— É. — confirmo.

— Bem, o que você sabe sobre ele?

— O que ele tem a ver com isso? — questiono desgostoso.

— Mais do que imagina. Agora me responda.

O que Neville, meu colega de quarto gordinho e meio estabanado, podia ter com Bellatrix Lestrange nem me passava pela cabeça, mas mesmo assim começo a dizer o que sabia sobre ele.

— Ele... Ele é meio bobo... Inseguro na maior parte do tempo, mas também é corajoso quando o assunto é sério. Ele ajuda os outros quando pedem, só que quase ninguém pede. Malfoy enche o saco dele o tempo todo e ele nunca revida, todos acham que por covardia, mas eu vejo que ele não se acha capaz de entrar em conflitos... Ele é o mais organizado do dormitório. É meio chato conversar por muito tempo com ele, mas Hermione sempre o ajuda e eu me esforço para ouvir sempre que ele quer falar, Rony implica um pouco com ele, mas sempre o defende quando Malfoy o destrata... Neville sempre dá o máximo de si para orgulhar a avó... Ele é quase tão bom quanto Hermione e herbologia e gosta da matéria. É horrível em poções e ruim em transfiguração, ele tem pavor do Snape que trata ele mal...

Mesmo me esforçando para tentar lembrar de algo mais, era só isso que eu podia dizer. Podíamos ter estudado juntos por dois anos, mas Neville, por mais correto e bonzinho, não era assim tão interessante.

— Ele mora com a avó. — Sirius afirma, concordo com a cabeça, havia esquecido desse detalhe. — Sabe por que ele não vive com os pais?

— Não, eu nunca... nunca cheguei a perguntar. — Admito um pouco envergonhado por não saber nem isso.

— Eu conheci os pais de Neville ainda em Hogwarts, eram mais velhos que eu e seus pais, mas sempre foram muito legais com todos. Por vezes James se incomodou com a popularidade do casal que começou a namorar cedo, mas então James parou de se importar tanto com isso e começou a namorar com Lily, que era amiga deles. No final eles acabavam saindo para encontros em casais. Neville nasceu um dia antes de você, se não me engano, e assim como você perdeu os pais. Só que diferente de James e Lily que morreram para te proteger, Frank e Alice Longbottom foram torturados por um grupo de comensais liderado por Bellatrix Lestrange, ela os torturou em busca de informações sobre a Ordem da Fênix, mas eles não abriram a boca e pagaram por isso.

— E-ela matou os pais de Neville? — pergunto, gaguejando.

— Não, filhote, ela não foi tão bondosa. Minha prima, que quando pequena tinha mania de machucar qualquer animal, principalmente gatos, que me desprezava e virava a cara por eu ser um grifinório e que durante a guerra tentou muitas vezes me matar, torturou os pais do seu amigo até que eles simplesmente estivessem tão loucos que confundiam os cruciatus que levavam com cócegas. — Engulo em seco. — Frank e Alice Longbottom podem não ser famosos ou terem o filho mais talentoso de Hogwarts, mas eles foram dois dos maiores aurores da minha época e preferiram ser torturados até perderem a sanidade do que trair a mim, a seus pais e a nossos outros amigos. Eu tenho orgulho de ter conhecido eles, e mesmo que quando eu vá até Saint Mungus eles não me reconheçam de primeira e que Alice sempre queira me obrigar a cortar o cabelo, eu vou continuar sendo amigo deles.

Meus olhos encaravam meus próprios tênis. Usar os pais de Neville para me atingir é um truque sujo de Sirius, mas funciona. Bellatrix Lestrange não era mais apenas uma comensal da morte que por acaso era prima do meu padrinho, não, agora ela era a mulher que arrancou os pais do meu amigo da vida dele.

Meu colega não era aquele a quem eu sou mais íntimo, mas agora eu via que tínhamos uma das características mais importantes na vida de uma criança em comum. Ou talvez seja melhor dizer que não tínhamos.

— É... — tento dizer alguma coisa, minha voz porém sai inaudível.

— Harry, me perdoe por ser duro e por dizer a verdade tão crua. Só que eu não vou deixar que ela te leve de mim. — A mão de Sirius volta ao meu ombro o apertando. — Harry, antes de fugir Bellatrix estava falando enquanto dormia. Os guardas disseram que ela falava seu sobrenome, sobre fazer você pagar e sobre trazer o mestre dela de volta. Ela quer vingança, pois na mente doentia dela você é o único obstáculo para ter Voldemort de volta... E ela idolatrava aquele monstro. Por Bellatrix Lestrange, os Longbottom não foram mortos, mas tampouco puderam ser os pais que seu amigo merecia. E se ela fez isso com eles por informações, o que seria de você nas mãos dela?

Era demais... Ter Peter a solta sem estar pagando por sua traição e uma psicopata atrás de mim... meu padrinho sofrendo e não demonstrando para o meu bem... a história de Neville... nesse momento ele devia estar sofrendo tanto quanto eu! Se não mais.

Olho nos olhos do meu padrinho. Eu estava sendo egoísta ao não me importar com a minha segurança - esse com certeza era um dos meus maiores defeitos - só pensando no ódio que Peter me despertava. Mas agora eu protegeria Sirius protegendo a mim mesmo.

Engulo em seco e pergunto:

— Quanto tempo eu vou ficar na casa dos meus tios?

Três dias. Sirius dissera que três dias eram o máximo que ele me deixaria ficar com eles, e somente duas noites. Caso não fosse liberado antes, ele iria embora e voltaria depois das aulas começarem. Eu estava pronto para fazer uma viagem arriscada para a casa dos meus tios desconhecidos, na minha mochila tinha roupas e sapatos, meu CD Player e todos os meus CDs (compactados de forma mágica) e poções diversas, livros da escola e pergaminhos (para vê se eu terminava esses trabalhos), a capa de invisibilidade do meu pai, no bolso da minha calça minha varinha se escondia e preso num cordão em meu pescoço um tipo de chaveiro em forma de luva de boxe se pendurava.

A luvinha era um modo de escape. Caso a Lestrange me achasse e os aurores que estariam me vigiando (24h) não conseguissem pará-la, eu deveria acionar a luva que era um tipo de chave de portal especial que me levaria direto para a sub-sede dos aurores no ministério.

Para que não houvesse chance de sermos rastreados, decidiram que devíamos vir na moto de Sirius mesmo (e com dois aurores nos escoltando sobre vassouras).

Minha mochila está em minhas costas e meus braços em volta da cintura do meu padrinho, a moto voava rápido e alto, o único barulho ouvido era o do motor e o das vassouras ao redor.

— Ali está. — Ele aponta, desacelerando um pouco a moto e começando a descer.

Desvio os olhos, não querendo ver os contornos do subúrbio trouxa. Mas de qualquer forma sinto o solavanco da moto se encontrando com o asfalto. Como parte da operação - tudo isso parecia ter sido arquitetado por aurores - parte da rodovia próxima a cidade estaria sendo interditada para que pudéssemos chegar na cidade sem fazer alarde com uma moto voadora. Assim que a moto se estabiliza Sirius volta a acelerar a moto até o máximo que dava, as vassouras que nos escoltavam não descem conosco, mas era óbvio que estariam por aí.

O caminho até a casa dos meus tios é cheio de edifícios simples e sem graça, os carros são simples e sem graça... Até as pessoas nas calçadas parecem simples e sem graça. Ninguém veste cores vibrantes, tudo é rígido, até mesmo para os jovens.

Depois de alguns momentos percebo que as pessoas começaram a olhar torto para nós, estamos chamando atenção demais graças a Harley, porém quando começamos a deixar o centro da cidade as ruas se esvaziavam e não tinha mais tanta gente olhando.

Quando a moto pára seguro um suspiro, mas ao olhar em volta não me contenho:

— Ah, caralho. — Murmuro enojado.

Não era por não serem casas tão grandes, mas era tudo tão igual! Me acostumara com o modo exótico dos bruxos, então todas aquelas casas quadradas, muradas e até mesmo com flores parecidas, faziam tudo parecer tão... bege.

Chacoalho a cabeça, foi sair do meio bruxo que eu já estava pensando como um trouxa... Quero dizer, trouxa mesmo, no sentido idiota do termo.

Meu padrinho vai me guiando em direção à casa número quatro da rua, minha atenção no entanto está em tentar achar algum dos aurores que iam vigiar minha estadia. Todavia só consigo ver as casas idênticas - e torcer para que as pessoas pelo menos sejam boas, pois bom gosto elas não tem.

Sirius mantém a mão em meu ombro quando toca a campainha, não querendo encarar a desgraça assim tão de cara me concentro nas plantinhas perto da varanda - cravos, que original.

A porta é aberta e minha respiração se interrompe.

— Bom dia, Sra. Dursley. — Sirius cumprimenta cortês, carregando cada sílaba com seu charme.

— O que quer? — A voz de minha tia vem firme, não se deixando levar.

— Sou Sirius Black, e preciso tratar de um assunto um tanto sério com você e seu marido. — A voz agora não tinha charme, mas a gravidade era óbvia.

— Não me importa qualquer assunto que vocês...

Ergo os olhos procurando os dela, minha curiosidade não era por qual a aparência da minha parente mais próxima de sangue, mas sim quem era a mocréia que estava falando assim com meu padrinho. E não, a aparência não era nada interessante. Com um pescoço muito maior que o normal, minha tia parecia ter saído de um aras de tão semelhante seu rosto era com o de uma égua - com todo o respeito, é claro.

Tia Petunia parece me reconhecer já que dá um passo assustado para trás. Como segunda reação ela tenta fechar a porta, mas Sirius impede.

— Se fechar essa porta, eu a arrombo com magia. — O tom de Sirius era normal, quase como se ele estivesse falando do preço de uma garra de dragão, mas a reação dela ao ouvir "magia" faria qualque um pensar que meu padrinho ameaçou joga-la dentro de um ninho dos dragões. — Pode nos deixar entrar espontaneamente?

— M-ma-mas e-e-ele... — Ela gagueja olhando diretamente para mim.

— Oi, tia. — Cumprimento virando a cara de novo e apertando a alça da mochila.


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Notas finais do capítulo

Eu não gosto dos dursleys... mas são necessários, fazer o que?
Espero comentarios, negativos, positivos, mas construtivos (quanto tivo).

Pergunta da semana (fazia tempo que não fazia, deu saudade):
♦ Tem algum defeito sobre o enredo da fic? Estou enrolando ou indo rapido demais? Tem alguma mania que eu tenho que os incomoda? Me digam, tentarei melhor (se eu concordar, pq, sabe, nem sempre posso fazer tudo que querem).

Mudando completamente o sentido de uma frase do Felipe Neto: Eu amo vocês, me amem tbm *w*

Ps. trágico: minhas aulas começaram mesmo T-T

(Noooossa, deu 3k de palavras *o*)