POV Finnick

As noites para mim nos últimos meses tem sido bastantes agoniantes, pesadelos sempre invadiam a minha noite de sono, as vezes os pesadelos eram uma sequencia de cenas que eu não entendia direito, em outras eu via pessoas que eu gostava morrendo, eram cenas horríveis, quase todas noites eu também sonhava com Samantha.

Mas naquela noite o sonho foi diferente, foi real demais.

Eu estava num alto de um prédio, percebi que era um arranha-céu quando olhei para baixo e vi o chão a vários metros abaixo, o vento estava terrivelmente frio e mesmo sendo um sonho eu conseguia senti-lo, nuvens negras se formavam no céu e neve caia devagar, como uma garoa de flocos brancos, havia outros arranha-céus no lugar, mas eles estavam totalmente destruídos e alguns até demolidos.

Se não fosse pelo Empire State ao longe eu não teria reconhecido Manhattan, a cidade estava totalmente diferente da ultima vez que eu a havia visto, os prédios destruídos só deixava a aparência da cidade ainda mais apocalíptica do que antes, a maioria das ruas e avenidas da cidade estavam bloqueadas por escombros, o que tornava a locomoção quase impossível.

Então eu notei as figuras que estavam do lado oposto ao meu olhando para a estatua da Liberdade ao longe e para o mar, eu me aproximei das duas figuras, logo as reconhecendo, a primeira era Pain, com seu já habitual blazer preto sobre uma camisa polo branca, vestia calças escuras e usava sapatos sociais escuros também, era um estilo inusitado, mas parecia dar certo nele.

Ao lado dele estava uma garota com um rosto familiar, ela tinha cabelos loiro-mel que caiam sobre as costas de modo quase hipnotizante, olhos azuis brilhantes e rosto em formato de coração, ela vestia um vestido amarelo florido, o que dava a ela uma aparência doce, a não ser é claro que se ignorasse a espada que ela segurava nas mãos, aquela era Alison DiLaurentis, a irmã gêmea de Courtney.

– Está para chegar o dia – A garota falou numa voz doce e que escondia muito bem sua ansiedade – Eu mal posso esperar para concluir nosso plano.

Pain sorriu – Sim, foram longos 9 meses de espera por isso, em breve, eu terei realizado o plano e nós controlaremos tudo Alison, até os sentimentos das pessoas.

Alison deu pulinhos de alegria – Sim, eu vou fazer todos me amarem e me adorarem – Ela sorria sonhadora – E então, qual é o plano?

– Plano? – Pain perguntou franzindo as sobrancelhas – Não faço a mínima ideia do que você está falando.

Alison revirou os olhos – Não se faça idiota.

– Fale essa palavra de novo e eu te incinero – Ele falou sorrindo e Alison engoliu em seco – Sobre o plano, digamos que eu não tenho nenhum por enquanto... e mesmo por que eu não preciso, eu tenho um exércitos de monstros e dinossauros e eu também tenho aquela surpresinha extra.

– Você fala... daquilo? – Alison falou, havia uma nota de nervosismo na voz dela.

Pain sorriu – Sim, aquilo, aqueles idiotas vão ter muito mais do que se preocupar e você sabe que eu preciso daquilo, eu vou estar fraco durante o processo do feitiço, então eu preciso de uma distração.

Alison olhou para Pain e depois de voltou a estatua da liberdade – E que distração.

Foi então que eu comecei a sentir o chão tremer, olhei para o mar e pude ver uma forte movimentação na água, e então aconteceu. Foi tão rápido que meu cérebro quase não pode acompanhar, primeiro uma grande movimentação na agua e então tudo explodiu, em um minuto a estatua da liberdade estava la no outro, não estava mais, o que quer que tenha destruído a estatua, era impossivelmente grande e rápido.

Foi então que eu acordei, eu já não estava mais em Nova York, eu estava na minha cama, no meu apartamento na antiga sede da Franqueza, coloquei o travesseiro sobre minha cabeça e apertei contra o meu rosto tentando espantar o sono e as cenas do sonho que eu havia acabado de ter, bom, eu sabia que não era exatamente um sonho. Semideuses tinham um problema com sonhos, geralmente, eles eram visões sobre o que estava acontecendo no presente, aparentemente, depois que os semideuses foram trazidos para esse mundo essa infeliz habilidade foi expandida para todo mundo.

Vesti uma roupa, que basicamente era uma bermuda e uma camisa regata, não prestei atenção em quais eram. Quando saí do quarto eu logo senti o cheiro de café da manhã entrar no meu nariz, me dirigi até a mesa de jantar e já pude ver a cena mais comum nos últimos meses, Samantha estava sentada na ponta da mesa tomando café usava um vestido branco e largo, ela passava a mão carinhosamente pela barriga já bastante grande, do lado direito estava Finnick Junior fazendo sua refeição matinal que não passava de um cereal.

– Bom dia – Falei para Samantha depositando um beijo no rosto dela – Você parece melhor hoje.

Ela sorriu – Amanheci de bom humor, mas da próxima vez que me recusar comida, eu te mato e você sabe que não é uma gravide que vai me impedir.

Estremeci, ontem a noite durante um jantar que Samantha insistiu em preparar para os amigos, eu acabei negando um prato de lasanha para ela, a garota quase havia me matado, mas eu ela já tinha comida outro quatro pratos da comida, se comesses mais explodiria, mas de um tempo para cá o apetite de Samantha aumentou muito, eu esperava que isso fosse uma consequência da gravidez.

Percy chegou e depositou um prato de frutas na frente de Sam – Pronto, um prato cheio de coisas saudáveis para você.

Samantha fez cara feia – É serio? Nenhum pão com queijo e mortadela? Por que você sempre faz isso.

– Por que você está grávida e precisa de uma alimentação saudável – Percy falou se sentando a mesa e pegando um pão com queijo e mortadela para si e dando uma grande mordida.

Samantha se virou para mim – Você vai deixar ele fazer isso?

– Ele tem razão, mesmo que já esteja no fim da gravidez é sempre bom manter uma boa dieta – Falei encolhendo os ombros.

Samantha apenas suspirou exasperada, Percy sorriu. Nos últimos meses, Percy havia se mudado para o meu apartamento no intuito de ficar de olho em Samantha, a partir dai, eu conheci uma nova face da personalidade do filho de Poseidon, o protecionismo. Percy sempre estava preocupado com Samantha, sempre fazendo o café para ela (E consequente para mim), regrando quase tudo o que a menina fazia, era claro que Samantha não gostava nada disso.

– E então, alguma boa noticia? – Perguntei me voltando a Percy.

– Depende, os treinos estrão indo muito bem, nós já conseguimos montar um esquadrão para os semideuses, caçadores de sombras e bruxos, os semideuses são comandados por Jason, os nephilins por Jonathan e os bruxos por Harry, e mais de 2 mil mortais já se juntaram ao exercito – Percy falou com um pouquinho de orgulho.

Assoviei – Não sabia que existia tanta gente disposta a lutar nessa cidade.

– Não só existe, como estão sendo muito bem treinadas, nosso exercito tem aprendido sobre batalha com espadas, armas de fogos e até mesmo magia, tudo preparado para caso Pain traga seu próprio exercito de monstros como Annabeth acha que ele vai trazer – Percy falou, consegui notar a sua voz tremer quase imperceptivelmente quando mencionou Annabeth, ainda era um assunto complicado para ele – Mas por outro lado, existe o problema do Domo, ainda não encontramos um jeito de sair daqui de Chicago.

Bufei – É claro que não, Não está obvio que Pain de algum jeito pôs a mão naquele ovo e está nos mantendo presos aqui?

Ninguém se pronunciou por alguns minutos, era obvio que eles estavam concordando comigo, as imagens do meu sonho passaram na minha mente, eu queria compartilhar com eles sobre o que eu sonhei, mas eles já estavam apavorados os bastante.

Os últimos seis meses tem sido calmos, nada tinha acontecido, nenhum ataque, nem nada do tipo, mas mesmo assim estávamos nos preparando para uma batalha que sabíamos que viria, Pain estava vindo atrás do bebe de Samantha e faria qualquer coisa para tê-lo, então assim nós começamos a formar um exercito, treinar os habitantes para proteger Samantha.

A garota se levantou num pulo, o que era incrível já que ela estava gravida – Bom, se vocês me dão licença, eu tenho coisas para resolver fora desse prisão que vocês chamam de apartamento.

– E quem te deu autorização para sair? – Percy falou franzindo as sobrancelhas – E além do mais, onde você vai?

Samantha revirou os olhos – Você não manda em mim cabeça de alga, eu vou onde eu quero, mais só para informar, eu vou até a casa de Courtney resolver os últimos detalhes do baile.

Ela pegou uma pequena bolsa de alça longa colocou no braço e saiu da sala de jantar, pude ouvir a porta batendo com um estrondo, ela havia saído, mesmo sendo recomendado que ela ficasse em repouso nesses últimos dias de gravidez, mas não, ela insistir em desobedecer as ordens dos médicos da Erudição.

Percy suspirou cansado – Eu estou preocupado com ela, Samantha esta ficando teimosa como uma porta, ela simplesmente parece não me ouvir e agora esse outro comportamento, fazer bailes e jantares ou qualquer outra comemoração com se vivêssemos normalmente, as vezes eu sinto que ela usa essas festa como uma forma de...

– Uma forma de se despedir, eu também tenho a mesma impressão – Falei completando o que Percy ia falar.

Ele assentiu concordando e então se levantou, colocou a louça na pia e se despediu de mim e saiu porta afora, eu fiquei sozinho lá na mesa a não ser pela presença do meu filho Finnick Junior, ou como simplesmente todos chamavam: Junior.

Me afundei na cadeira, cada vez que a o nascimento do filho de Percy e Samantha ia se aproximando o clima ia esquentando, todos percebiam que estávamos a beira de uma guerra, uma batalha que decidiria o fim do mundo. Olhei para Junior, ele havia pegado lápis e papel e tinha começado a pintar, eu observava com fascínio como o garoto tinha habilidade.

– O que você está desenhando filho? – Perguntei para ele e por um momento achei que ele não fosse responder já que nem levantou a cabeça.

Então, depois de alguns segundos, ele levantou a cabeça – Ele disse que você vai pagar pelo que fez, ele disse que pode ser que você não se lembre, mas ele se lembra.

Um arrepio passou por mim e meu coração começou a bater mais forte – Quem falou isso Junior?

O garoto abaixou a cabeça e voltou a desenhar no papel, ele começou a pintar a folha toda de preta e quando a folha estava totalmente preta, ele pegou uma tinta guache e um pincel e desenhou um “A” perfeito, um arrepio passou por mim e antes mesmo de Junior falar eu já saia a resposta.

– Foi meu amigo “A”, ele voltou papai.

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POV Percy

Spencer Hastings pegou uma espada e desferiu um golpe na cabeça e o outro na barriga de um boneco, ela olhou para mim orgulhosa, eu acenei em aprovação. Depois de Caleb Prior, ele desferiu dois golpes na perna e um na garganta e depois se afastou arfando, ele ainda precisava melhorar os golpes, ainda era lento demais, se estivesse numa batalha real quando ele levantasse a espada para atacar, alguém já teria cortado a garganta dele.

Essa tem sido minha rotina nos últimos meses, acordar cedo e ir para a antiga sede da Audácia dar aulas de esgrima, fora todos os cuidados que eu tinha ter com Samantha, no mais simples eu não tive descanso nos últimos seis meses, entre essa rotina de cuidar de Samantha e dar aulas, é claro que Finnick ajudava no quesito de Samantha e Jason também dava aulas de esgrima, mas parecia que todo o trabalho ficava para mim.

Em compensação isso era ótimo para me distrair, com tanta coisa para fazer, eu não tinha tempo de pensar no futuro, em Annabeth, em Pain e em Nico, toda vez que eu parava para descansar meus pensamentos escorregavam para um desses cantos, mas eu simplesmente não podia me distrair agora, não agora.

– Todos estão dispensados para o almoço – Falei quando achei que eles já haviam treinado o bastante – Quero todos de volta às 14h da tarde, certo?

Todos os 50 alunos assentiram e se dirigiram para a saída, alguns visivelmente cansados da manha de treinos, outros como Spencer bem felizes por seu desempenho, diria até mesmo orgulhosos de si mesmo. Suspirei e me sentei em um banco que ficava no canto do que todos chamavam de “Galpão de treino”.

Jason se sentou ao meu lado – E aí Ariel, como você está?

– Ariel? – Falei franzindo as sobrancelhas – É sério isso? – Bufei e Jason deu um sorriso travesso – Depende do ponto de vista, se bom significa nenhum cara louco tentando me matar ou coisas assim, então sim, as coisas estão boas. E para você? Já faz mais de seis meses que Piper morreu.

Jason abaixou a cabeça – Vai tudo mais ou menos, toda noite eu sonho com ela, mas acho que tá na hora de superar, procurar novos ares, eu tenho saído com uma garota aí.

Franzi as sobrancelhas – E posso quem é a azarenta?

– Hanna Marin – Ele falou dando um sorrisinho no canto – É uma garota legal e bem diferente de Piper, o que ajuda bastante, a gente só tá saindo por enquanto, como amigos. E você? Como está com Annabeth?

Deu um longo suspiro antes de responder – Mais do mesmo, a gente só dá bom dia, boa tarde e boa noite, a não ser é claro nas reuniões, mas mesmo assim, as coisas estão bastante frias entre a gente.

Jason deu um tapinha nas minhas costas – Bom, é só esperar Jackson, no final tudo dá certo – Então ele se levantou – Vou almoçar, você vem?

Balancei a cabeça, ele se despediu de mim e me deixou sozinho naquele lugar. Eu me deitei no banco e logo senti o sono vindo em mim, outro detalhe é que graças aos pesadelos minhas noites não têm sido exatamente calmas, parece que os sonhos estavam mais agitados nesses tempos, não demorou muito para cair na inconsciência, em mais um sonho inquietante.

Eu já não estava em Chicago, eu estava em uma praia de areias branquíssimas, um mar azul incrível e uma brisa agradável que eu não entendia como podia estar sentindo já que era um sonho, eu também conseguia sentir um leve cheiro de canela, atrás de mim ficava uma floresta de coqueiros, parecia um paraíso para mim.

Ao longe eu vi um casal vindo em minha direção, a garota tinha cabelos ruivos e usava um vestido branco, o garoto tinha cabelos loiros e sua bermuda e camisa também eram brancas, eles andavam de maõs dadas, pareciam um casal feliz, algo que eu e Annabeth não éramos no momento, nem um casal e muito menos felizes. Meu coração quase saiu pela boca quando eu reconheci os dois, eram Jace Lightwood e Clary Fray.

– Percy Jackson, parece que você viu um fantasma – Jace falou num tom irônico.

Clary deu um chute na panturrilha de Jace – Não brinque com a mente dele Jace – Então ela se virou para mim e sorriu – Oi Percy.

Olhei de um para o outro – Eu morri durante o sono? Ou eu estou tendo uma alucinação.

– Não cabeça de alga, você não morreu – Jace falou dando risos – Isso é só um sonho.

Continuei olhando para eles – Afinal o que vocês estão fazendo aqui?

– Credo, nem parece o cara que chorou oceanos por nós – Jace falou de cara feia – É assim que você nos recebe, não vai ter nenhum “Nossa quanta saudades de você meu velho amigo morto”?

Clary apenas revirou os olhos – Não liga para ele, parece que depois de morto, ele ficou mais irritante, nós viemos te dar um aviso Percy, bom, é claro que nós viemos te dar um aviso é o único jeito dos mortos interferirem no mundo dos vivos.

Minha mente ainda girava, mas mesmo assim resolvi perguntar – Que tipo de aviso?

– Algumas informações que tenho certeza que você já sabe, Pain está com ovo, ele planeja libertar vocês apenas no dia do nascimento do bebê de Samantha – Clary disse num tom sério, ignorando as caretas que Jace fazia – Percy, vocês vão ter uma vantagem nesse dia, Pain poupara energia para fazer o feitiço, o que quer dizer que ele vai ficar consideravelmente fraco, essa é a oportunidade para vencê-los.

Jace bufou – Avisa para ele sobre aquilo.

– Ok, Pain não vai para batalha despreparado, ele tem uma carta na manga – Clary engoliu em seco – Percy, o que está por vim, é terrivelmente poderoso, não vai ser nada igual ao que você já enfrentou, só tome cuidado.

– Eu não entendo – Falei, minha mente girava de informações.

Jace gargalhou – Me conta uma novidade, o que importa é que nós tentamos te ajudar.

Clary deu um tapa na cabeça de Jace e se virou para mim – Percy, eu sei que é tudo confuso agora, e vai piorar depois, mas no final tudo vai se esclarecer, quando Pain juntou os mundos ele bagunçou a ordem das coisas, o mundo está um caos, só você pode ajudar a ordem se reconstituir, não vai ser nada fácil, haverá muitos sacrifícios, mas é o único jeito, um dia você entenderá tudo – Ela sorriu, Jace colocou o braço em volta de Clary – Boa sorte Jackson, agora você tem que acordar.

Eu acordei com os sorrisos de Jace e Clary na minha mente, me senti zonzo e uma tristeza imensurável pousou em mim, eles estavam tão felizes, de algum modo eu me sentia feliz e triste com isso, eles podiam estar vivos agora. Ou talvez eles é quem estivessem com sorte, eles que estavam bem e eu é quem estava aqui no inferno.

O resto do dia passou sem mais nenhum evento estranho, só mais treino e mais treino, o que fez eu me esquecer por um tempo do sonho, ao final do dia eu suava como um cão, mas assim que eu parei de treinar, o sonho simplesmente veio na minha cabeça, durante o caminho de volta detalhes do sonho viam a minha mente, Pain fraco, única chance de derrotar ele e uma carta na manga, eu ainda não entendia o que tudo aquilo significava.

Quando eu cheguei em casa, nem Finnick, Samantha ou Junior estavam em casa, eles deveriam ter saído para passear ou algo assim, eu afundei no sofá da sala, mais um dia havia se passado e cada vez mais se aproximava o dia do nascimento do bebê. Ouço uma batida na porta e me levanto para abri-la, mas quando eu abro, não havia ninguém lá, no chão havia uma carta, eu a peguei e vi que estava endereçada a mim e era de... Annabeth. Abri a carta e li o conteúdo com uma sobrancelha levantada:

“Percy, eu não sei o que te falar ou dizer

Eu só sei que tenho que te escrever algo, ou pelo menos dar um alô

Eu não consigo esquecer de você

Cada vez que eu tento, você volta aos meus pensamentos

Como eu faço para parar esse sentimento?

Me diz que como eu faço para parar algo como isso

Ah Percy! Se você soubesse das noites em que passei em claro

Eu queria estar aí contigo, do seu lado

Mas eu não posso estar, meu orgulho é muito maior

Queria estar ai com você, queria estar do seu lado

Mas você me traiu, é um preço a se pagar

Quantos meses eu tive que te esperar? E eu nunca te traí.

Percy você feriu meu coração, mas eu quero que saiba.

Que eu amo você.

– Annabeth”

Um mal estar se assentou sobre mim, Annabeth não era de escrever cartas, ou ela te evitava, ou ela falava na sua cara, não era de mandar cartas, notei que em cada frase havia uma letra destacada em preto, quase como se formasse uma mensagem subliminar, peguei um papel qualquer e um lápis de cor que pertencia a Junior, e coloquei todas as letras em ordem. O resultado final fez um arrepio subir na minha costa, eu já devia saber, no fundo eu sabia que ele ia voltar, a mensagem dizia:

“Tô de olho em você. –A”