Garota Irresistível escrita por Mera Mortal


Capítulo 8
Capítulo 8 - Happily


Notas iniciais do capítulo

NÃO PULEM ESSAS NOTAS, LEIAM POR FAVOR

Okay, primeiramente HEY GUYS DIVOS! Então, peço que me desculpem pela demora porque eu realmente preciso meter a cara nos cadernos de matemática etc, etc, etc...
Hum, avisos sobre o capítulo:
1 - Terá uma parte da história que a Tris comenta sobre a tarde com Peter, seria aquela famosa ida ao café do cápítulo passado.
2 - Ela está junto com Christina, Tobias e todos (exceto Peter) no último ano do ensino médio, lá no exterior são 4 e não 3 anos.
3 - Tinha mais um aviso mas eu tô bugada e esqueci
''Tobias'' - Eu sei que é pedir demais mas adoraria uma recomendação, okay? Okay.
5 - LEMBREI! ESTE CAPÍTULO É DEDICADO A UMA GRANDE GAROTA VULGO UM ANJO QUE DEUS COLOCOU NA MINHA VIDA TAMBÉM CONHECIDA POR BEATRIZ OU BIA



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Capítulo 8 – Happily:

Eu estou sofrendo. Ele prefere a Christina do que a mim? Mas, eu não tenho o direito de reclamar, espernear, gritar. Fui eu que criei essa situação. O pior disso tudo é que eu aceitei, eu sabia dos riscos, sabia que não podia me apaixonar por ele mas mesmo assim o fiz. E cometi o equívoco de não me afastar.

Eu não conseguia me afastar de seu corpo, de sua voz, do seu sorriso. Não há como voltar atrás. Se pudesse, eu teria escolhido não gostar dele, não sentir nada por ele. Mas o destino não é uma doce mentira. Como pode ser possível se apaixonar duas vezes pela mesma pessoa? Talvez eu nunca tenha deixado de gostar dele, o fato é que agora eu o amo.

Metaforicamente, se apaixonar por ele é como cair de um abismo. Há a ilusão, de que tudo vai correr bem. Há o risco para o desconhecido. E há a queda. Eu estou caindo. Eu caio mais e mais e sei que nem o amor por ele poderá me ajudar a levantar. Mas pra minha própria sorte, eu não sou derrotada facilmente.

Respiro fundo enquanto Christina olha para mim e dá um sorriso cínico.

_Olá Beatrice, estou ajudando o Quatro a se recuperar. – Ela coloca a mão por baixo de seu braço, apoiando ele. Evelyn estava ali. Ela poderia ajudar. Será que ela gostava de Christina? E Quatro? Sério?

_Eu também posso ajudar. – Me voluntario, aproximando-me da maca. Tobias me para, levantando a mão saudável.

_Não precisa, Prior. Eu estou bem. – Christina o ajuda a se deitar na maca, cuidando para que o braço engessado dele continuasse imóvel.

Espere, ele me chamou de Prior? Prior? Okay, essa doeu. Quer dizer, me chamar pelo sobrenome foi a oficialização do nosso afastamento.

_Está bem. Se não precisa mais de mim, vou embora agora. – Murmuro olhando para ele. Aceno para Evelyn, que me lança um sorriso triste e ignoro Christina.

Estou quase na porta quando Peter chega e esbarra em mim.

Nós rimos e nos olhamos, meio constrangidos.

_Oi Peter, eu estava de saída. Como está em relação aos plantões? – Peter havia me contado que amava o que fazia. Mas com o estudo na faculdade e o trabalho no hospital, sua rotina era exaustiva. Ele sorriu. Tinha pequenas olheiras roxas devido ao cansaço.

_Oh, você sabe como é. UTI, recuperação, sala de cirurgia, enfim estou destruído. Mas é por uma boa causa, e você?

_Estou nas provas finais. Morrendo de ansiedade para julho. – Eu havia contado a Peter que estava no último ano do ensino médio, mas ele me achou madura para ainda estar no colegial. Ele tinha dito que eu deveria ser considerada uma espécie de gênio e pulado uns 2 anos. Como acontecia com os nerds. Eu e ele rimos a tarde inteira.

_Espero ser convidado para este dia. – Disse ele piscando e me lançando um sorriso brincalhão.

_Com certeza, será inesquecível.

Tobias pigarreia e Christina sai do quarto sorrindo.

_Você tem algum compromisso hoje a noite? – Pergunta Peter, se aproximando da maca de Tobias para checar seus batimentos. Não foi muito inteligente de sua parte já que Tobias estava o encarando como se fosse um bárbaro.

_Hm, não...por enquanto não tenho nada. – Mudo o peso de um pé para o outro.

_Okay, jantar às 9?

_Claro. Tenho que ir. Tchau Evelyn, se cuide Eaton. – Pronuncio saindo do quarto.

A tarde chega e com ela meu desespero. Eu. Não. Tenho. O. Que. Vestir.

Jogo todas as minhas roupas em cima da cama e passo as mãos pelo meu cabelo. Decido por um vestido vermelho, com alças largas e um decote em ‘’v’’. Coloco meu salto preto de 10 centímetros.

Me encaro no espelho. Aparentemente, Peter tinha razão. Eu me tornei madura devido as circunstâncias da minha vida. Parecia ter 25 e não 18 anos.

Arrumo meu cabelo em um coque e coloco um brinco simples.

Me maquio e fico esperando a campainha tocar.

Exatamente às 9 horas, Peter aparece na minha frente. Ele estava incrível de terno.

Ele encarou meu corpo demoradamente, o que fez meu rosto ruborizar.

_Uau! Você está...você está deslumbrante! – Eu rio e olho em seus olhos verdes.

_Obrigada, você também está incrível. Tenho certeza que todas as mulheres vão sentir inveja de mim por estar em uma companhia tão elegante.

_Eu causo esse efeito nas garotas. – Meu sorriso some. Tento disfarçar as lágrimas, coçando meu nariz delicadamente.

_Oh, céus! Essa alergia ainda vai me matar!

Ele parece preocupado mas assinto que estou bem. Peter dirige até o restaurante e acha uma vaga para seu Land Rover no estacionamento movimentado. Assim que ele para o carro, faz questão de abrir a porta pra mim. O que torna cada vez mais difícil toda a situação. Ele é um cavalheiro, é divertido, bonito e inteligente. Como eu posso pensar em Tobias enquanto saio com ele? Por que o moreno que fez pouco caso dos meus sentimentos, é o único que perturba meus pensamentos?

Nós passamos pelo recepcionista e ele nos indica uma mesa. Peter se adianta e puxa a cadeira para eu me sentar. Tenho vontade de gritar com ele. Pare de ser tão gentil!

Eu me sento e logo depois, ele faz o mesmo.

Pedimos algo que Peter considera como o melhor prato do restaurante. Confio em sua escolha, afinal é seu restaurante preferido.

Ele me olha nos olhos, mas eu não sinto nada. Nada a não ser vergonha, culpa e tristeza. Eu tenho que...

_Você está perfeita hoje, Tris. – Sua voz é gentil e galanteadora mas não causa nenhum efeito em mim. Dou um sorriso amarelo e olho para baixo. Eu queria agradecer, eu realmente queria. Mas não sei se poderia controlar minhas palavras se resolvesse abrir a boca. Então me calo.

_É claro que você já sabia disso. Sou tão estúpido.

_Não Peter, por favor. – Encaro seus olhos verdes, ele está triste. Oh Deus! Qual é o meu problema? – A culpa não é sua. Não me interprete mal é que...eu. Eu sai de um relacionamento conturbado e sou tão jovem! Tão imatura!

_Imatura é a única coisa que você não é, Tris. – Diz ele pondo sua mão sobre a minha. Eu olho seus dedos finos e sorrio.

Ele passa o jantar inteiro fazendo piadas, sendo fofo e o pior, sendo ele mesmo. Ele não é como eu. Que finjo ser quem não sou. Que usa uma máscara para disfarçar a desprezível personalidade. Peter merece coisa melhor.

Ele me deixa em frente ao meu apartamento.

Começo a abrir a porta mas seus dedos finos agarram meu braço. E ele me puxa contra o seu corpo. Seus lábios se prensam contra os meus. Mas eu não consigo. Não fecho os meus olhos. De repente não sinto mais pena de Peter, e sim raiva. Bato em seus ombros e ele me solta. Dou um tapa em seu rosto. Quando percebo o que fiz, solto um som estrangulado e tampo a boca com as duas mãos.

_Desculpe. – Murmuro e fecho a porta antes de ver sua reação. Deslizo da porta até o chão. Mas não me sinto como me senti quando Tobias me abandonou. Não há lágrimas em meus olhos, apenas raiva. Frustração. Eu não queria ter dado falsas esperanças a ele. Eu achei que estava claro para os dois. Seria apenas uma amizade. Peter interpretou tudo errado. Eu não gostei do beijo porque me senti cometendo um incesto. Não o via desse jeito. O enxergava como um irmão! Por que sempre tenho que estragar tudo e magoar as pessoas que gostam de mim?

Sinto meu rosto ficar quente e molhado por conta das malditas lágrimas. Eu preciso vê-lo. Preciso vê-lo imediatamente!

...

Caminho até seu quarto com os sapatos na mão. Não posso ser pega, já que o horário de visita acabou há mais de uma hora. Giro a maçaneta com cuidado e deixo meus sapatos, silenciosamente, no chão.

Caminho até sua maca e sorrio, ao vê-lo tão sereno. Passo a mão em seus cabelos castanhos e me sento na beirada da maca.

Respiro fundo e olho para os pontinhos brilhantes que ficam além da janela. Chicago. Minha cidade. Talvez, não mais.

_Eu estive pensando Tobias. Você nunca vai me perdoar, certo? Então, eu pensei em ir embora daqui. Ir para um lugar novo, com pessoas novas. Pessoas que ainda não magoei. Sabe, logo logo a população daqui vai se encher de mim. – Rio amarga, e coloco a mão sobre seu tornozelo. Mesmo com o lençol encobrindo sua pele, posso sentir o calor que ela transmite. – Você é tão intenso, tão incrível! Você me presenteou com momentos maravilhosos e eu só te machuquei.

Eu não queria que fosse assim. Mas você tem Christina. Ela não é a melhor pessoa do mundo. Mas acho que ela te ama. De qualquer jeito, vim para me despedir. Você não precisará mais aguentar minha presença aqui. Nem Peter. – Praguejo baixinho. – Pobre Peter! Ele me beijou hoje. Mas dei um tapa nele. Tudo porque...bom, tudo porque eu te amo. – Rio e olho para ele. – Mas isso não importa mais, não é? Espero que você seja feliz. E me perdoe. Eu não conseguiria fazer isso olhando em seus olhos, já que sou uma covarde. - Beijo sua testa e quando vou me afastar, sua mão agarra meu pulso. Eu franzo a testa e olho para Tobias, que agora está com os olhos bem abertos. Meus olhos estão cheio de lágrimas.

_Desculpe, não queria acordar... – Ele se levanta da maca abruptamente e toma meus lábios. Eu fico atônita. Seus lábios quentes estão nos meus. O resto das lágrimas escapa dos meus olhos, mas eu não me importo. O agarro da forma mais apaixonada possível. Ele segura meu cabelo, que agora está solto. Passo as mãos em seu pescoço. Sua pele. Seu corpo. Tudo está em contato comigo novamente. Nos separamos por conta do fôlego. Encaro seus olhos castanhos.

_Eu sinto tanto, Tobias. Eu sinto tanto! – Ele coloca o dedo indicador na minha boca, pressionando meus lábios pequenos. Em nenhum momento ele tirou as mãos da minha cintura. Seus olhos estão me encarando de forma intensa.

_Me perdoe Tris, por favor. Eu fui um completo idiota! Eu te amo. Volta pra mim? Você me aceitaria com todos os meus defeitos? Com todos os meus erros? Você me aceitaria de novo?

_Só se você me aceitar. – Eu digo rindo e ele me levanta um pouco do chão. Solto um gritinho.

_Tobias, seu braço.

_É, eu percebi – Diz ele gemendo. O sorriso não sai de seu rosto. Assim como no meu.

Nós rimos e encostamos nossas testas. Sinto a respiração ofegante dele misturada a minha.

_Eu quero você, eu quero você de todas as formas possíveis. Quero que você seja minha, Tris.

_Você esqueceu? – Pergunto, o encarando séria. De repente seu sorriso some. E suas sobrancelhas se curvam, exatamente como ele fica quando está preocupado.

_Eu não... – O interrompo com a minha voz, de modo suave.

_Eu já sou sua. Eu vou ser sua pra sempre. – Ele sorri novamente e nos deitamos na maca, enquanto nos beijamos.

Ele se deita sobre mim, e resolvo que vou provocá-lo.

_Tobias, eu odeio ser óbvia mas ainda estou de vestido.

Ele para de beijar meu pescoço e me encara por um segundo.

_Então vamos mudar isso, senhorita obviedade. – Completa ele, com um sorriso malicioso.

Nós dois rimos e nos beijamos. Finalmente, minha pele está em contato com a dele, sem nenhuma camada de roupa para nos atrapalhar.

Ele é tão forte, tão perfeito e o melhor de tudo, tão meu!

É mais do que isso. Tobias se tornou parte de mim. E eu dele.


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Notas finais do capítulo

AAAWN RECONCILIAÇÃO FOURTRIS! Os dois juntos. Tudo bem entre eles. Tudo em seu devido lugar. Reviews? Recomendações? Gente favoritando a Fic? XOXO, Tris