The New Heroes of Olympus — O Filho Solar escrita por Jr Whatson


Capítulo 17
Capítulo 17 - Coma rápido


Notas iniciais do capítulo

' www.parecelegal.com.br ' — WHATSON, Hon.



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Acordei com uma forte dor nas costas. Rapidamente passei minha mão por ela, mas tudo doía e minha pela estava soltando muito casca. De repente olhei para frente e me deparei com os olhos verdes que me encaravam.

— Olá... — Falei fracamente, pensando que minha mandíbula iria gritar de dor, mas não aconteceu nada. Tateei o lugar que estava deitado e percebi que estava em uma cama fofa. — Onde eu estou? Qual o seu nome?

— Ahn... É uma casa residencial. — Minha visão ficou mais clara. O cabelo ruivo da menina era mediano, com seus cachos chegando apenas até um pouco depois das orelhas bem pequenas. As sardas a davam uma aparência engraçada. — Essa cidade que paramos têm algumas pessoas gentis.

— Você... — Apontei para seu rosto. — Seu nome é Ruby, não é?

A menina enrubesceu, talvez surpresa com eu me lembrando de seu nome.

— É... Mas não gosto do meu sobrenome, chame-me apenas de Ruby. — Ela, ao dar um pequeno sorriso forçado, pousou sua mão esquerda em minha testa. — Você ainda está muito quente. Você tem muita febre?

Ruby. Eu não contive um sorriso. Jamais ouvira aquele nome antes, mas era bonito, e parecia combinar com ela.

— Febre? — Tentei me lembrar. — Desconheço. — Falo ironicamente.

— Sério? — Ela pareceu surpresa, arregalando seus olhos.

— Não, boba. Eu apenas nunca tive. Considero minha temperatura agora um pouco maior que o normal, mas estou bem. — Fiz uma careta de dor.

— Não parece. — Ela sorriu de verdade. As pontas de seus lábios se elevavam bastante quando ela fazia o gesto. Achei bonito.

Tentei imitar o sorriso dela. Ela percebeu a minha zombaria e começou a rir de mim.

— Não, menino... — Ela apenas sorriu novamente, colocando os dedos indicadores para elevar mais ainda os lábios. — É assim que se faz.

Imitei o gesto dela, mas ao invés de permanecer na posição do sorriso, coloquei a língua para fora e assoprei os lábios, os tremendo, fazendo um som de britadeira.

Ela não resistiu à vontade de rir de minhas brincadeiras, me deixando feliz. Estava admirando a beleza de sua risada quando a porta se abriu bruscamente.

Lynn correu para dentro do quarto vindo diretamente a mim.

— Hon! Finalmente você acordou! — Ela me abraçou, mesmo eu estando deitado. Coloquei os braços ao redor dela, tocando suas costas e retribuindo seu abraço carinhoso.

— Estou feliz em ver você também, Lynnda. — Afaguei sua cabeça, enquanto dava uma piscadela para Ruby que continuava sorrindo, por causa do trocadilho maroto. — E aí? Como vai? Quanto tempo dormi? Meu abraço é tão bom assim?

A menina levantou e sentou-se na cadeira mais próxima. Fez uma careta e revirou os olhos.

— Pfff... E aí. Eu vou bem, muito obrigada. — Ela inclinou a cabeça como se dissesse "Estou muito bem, okaaaay?". Estava em dúvida sobre o que fez ela revirar os olhos. — Você dormindo nos atrasou em uns dois dias. Pensei que você fosse morrer!

Fiquei em dúvida se continuava com o assunto ou voltava para a minha pergunta não respondida.

— Mas que amor. — Sorri para ela, ainda a abraçando. — Então vamos pôr o pé na estrada e não perder mais tempo?

— Sim. — Uma pequena lágrima saía do seu olho direito.

Uma senhora apareceu na porta do quarto, com Marty e o sátiro magrelo logo atrás. Marty deu um grande sorriso ao me ver e foi o primeiro a entrar no quarto, seguido dos outros.

— É, cara... — Ele disse, olhando para mim. — Não foi dessa vez.

— Quem sabe amanhã? — Sugeri, me levantando, tentando sair da cama.

— Você já está bem para sair?

Estiquei os braços e curvei as costas para frente e para trás.

— Novinho em folha. — Estalei a língua ao falar. — Olá, madame.

— Oi... — Ela me cumprimentou. — Hon.

— Muito obrigado por cuidar de mim e dar estadia aos meus queridos amigos. — Envolvi Ruby e Lynn com os braços, bagunçando seus fios de cabelo.

— Não foi nada. — Ela deu uma pequena risada. — Sempre que estiver passando por aqui e precisar de ajuda, pode contar comigo.

Acontece que eu não sabia onde estava, só sabia que tinha que ir embora o mais rápido possível.

Dei um sorriso de volta para a mulher.

— Quem sabe um dia eu volte aqui...

[ ... ]

— Não, sátiro que ainda não sei o nome. — Falei para o jovem magrelo. — Você está indo pelo o caminho errado.

O garoto girou o volante do carro bruscamente, fazendo uma curva no meio da rua, assustando qualquer outro motorista que estivesse próximo de nós.

— Ok... — Eu disse novamente. — Você é um pouco insano.

— Me desculpa. — Ele se pronunciou. — Confundi a estrada. Meu nome é Dy Ward, cara. Já te disse isso no outro dia.

— Eu não me lembro. — Continuava olhando o mapa em minhas mãos. — Segue essa estrada em linha reta por um bom período e estaremos perto de nosso destino.

— Tudo bem. Não te culpo. Você estava falando dormindo mesmo.

Fiquei surpreso e tirei minha atenção do mapa, o guardando entre a porta e o banco de carona.

— Eu? Falando dormindo? O que eu estava falando?

— Bem... — Ele não tirava os olhos da estrada. Responsável. — Eu não te visitei muitas vezes, até porque só estamos nos conhecendo agora. Mas as vezes que entrei no quarto, você falava coisas sobre falar com a sua mãe e fazia barulhos de explosões.

Me veio um peso na consciência ao tocar no assunto.

— Eu não lembro da minha mãe. As únicas memórias minhas são sobre a Mitologia e sobre a importância de que preciso ir para o Acampamento Meio-Sangue. Fora isso, acordei no meio do mar congelado e estou me virando como posso.

Ouvi um barulho vindo do teto do picape, o que significava que Ykuz cansou de voar e pousou em cima do carro para ganhar carona. Olhei para trás e vi meus amigos descendo para a caçamba da picape.

Alugar o carro fora uma ideia genial. Nós pensamos em um modo rápido, seguro e fácil de transportar cinco pessoas e um cavalo alado para um lugar longe. Assim, quando chegássemos à cidade, teríamos que devolver o carro em outra filial e pronto: Salvos de tudo e de todos.

— Então você não deve lembrar do que aconteceu no dia do drakon... — Dy finalmente se pronunciou novamente.

Ontem... Não. Anteontem. Ou não, não sei. Alguns dias se passaram enquanto eu estava dormindo em uma espécie de coma na casa da bondosa senhora. Agora, acordado, já ia junto com meus novos amigos para nosso destino semelhante: O Acampamento Meio Sangue.

— Sim, eu não lembro. — Confirmei, por fim. — Memória de bosta. Às vezes eu quero ser um elefante só para ter pelo menos isso de bom.

Dy tirou uma das mãos do volante para me dar um soco fraco no meu ombro.

— Não seja tão cruel com você mesmo. Ninguém é perfeito, mas ninguém é de todo ruim. Você tem que pelo menos ter alguma coisa boa.

Sorri para a mensagem que ele estava querendo me passar. Estava certo.

— Gostei do seu jeito otimista, Dy. Aqui, pensando no que você disse, eu chego à conclusão de que eu tenho sim uma qualidade.

O menino magro pareceu se interessar mais no assunto.

— Que seria ... ?

— A minha pontaria. — Dou uma piscadela com o olho esquerdo. — Ela é excelente. Ah, eu cozinho muito bem também.

— Viu? Já é uma ótima notícia! Não ficaremos com fome e poderemos contar com você para nos salvar até quando estivermos distantes uns dos outros.

— É verdade. Sobre você, o que tem de bom?

Ele arqueou uma sobrancelha antes de responder.

— Velho, eu sempre acho difícil responder essa pergunta. Mas eu me considero bastante bom em tocar flauta e em lábia.

— Pode ser difícil mesmo. Em tocar flauta eu sou muito bom também.

— Sério? — Ele coçou o queixo. — Isso é interessante.

Eu perguntaria o porquê, mas neste momento o carro parou para ser estacionado em uma vaga e o assunto com certeza teria que mudar.

— Ué. — Disse. — Chegamos?

— Em Long Island? Chegamos. No acampamento? Ainda não. Mas relaxe. — O carro parou e o sátiro saiu do carro. Imitei sua ação e estávamos todos do lado de fora.

Ruby se posicionou de forma que ficasse de frente para todos. Marty e Lynn pareciam tão confusos quanto eu.

— Respondendo às possíveis perguntas: — A ruiva começou. — Dy uma vez estava conversando comigo sobre um parque aquático. Eu disse que adorava água, então aqui estamos.

Foi então que eu percebi. Olhando em volta, vimos que estávamos de frente para um lugar chamado WWW: Wonderful Water World.

— É verdade. — Dy concordou, chamando para entrarmos no lugar. — Eu prometi a ela que viríamos. Vamos.

— É! — Lynn exclamou, ficando animada. — Vamos nos divertir!


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Notas finais do capítulo

Seria bom se hoje em dia existissem mais senhoras como essa... :140 (05/04/2015)



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