The New Heroes of Olympus — O Filho Solar escrita por Jr Whatson


Capítulo 16
Capítulo 16 - A Honzela indefesa


Notas iniciais do capítulo

' Como vou li Drakon isso? ' — WHATSON, Hon.



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Estava correndo sem me preocupar muito com minha velocidade, já que tive uma súbita vontade de rir ao colidir com um vendedor ambulante.

— Danado! Meus repolhos! — O homem fechando os punhos ao alto, gritou. Fiz um aceno com a mão direita para ele, junto com um sorriso, como em tentativa de me desculpar com o senhor.

Ao olhar para trás, veio uma dor muito forte em meu pé esquerdo. Quando descobri o que estava acontecendo, já estava caindo em direção a uma menina.

Minha perna direita acabou chutando a perna esquerda da menina, a fazendo cair no chão. Ela gritou ao colidir, mas como eu estava tão rápido ao correr, o impacto me fez cair também, até por cima dela. Envergonhado do que acontecera, saí o mais rápido possível de cima dela rolando para o lado enquanto me desculpava.

— Me desculpa. — Bati fracamente nas pernas de alguém com as minhas costas. Parecia ser um homem apenas muito magro, mas seus pés em forma de pata me dava uma impressão de que estava errado. — Desculpa, você também.

Levantei do chão para não haver mais acidentes.

— Vocês estão bem? — Limpei minha camisa com as mãos, empurrando terra que nela havia, percebendo que Marty estava de olhos vidrados em alguma coisa atrás de mim.

— Sem ofensas, Hon. — Ele disse, apontando para onde olhava. — Mas agora não é hora para se preocupar com desculpas. — Já estava pensando em perguntá-lo sobre o que estava falando quando um rugido me respondeu.

Um dragão. Olhei para trás e me deparei com um animal que nunca vira antes. Minha primeira impressão foi de espanto, mas logo vi que aquele monstro seria só mais um inimigo que encontraria pelo meu caminho.

Lynn estava um pouco atrás de mim, chocada, com as mãos na boca. Com o canto do olho, vi Marty puxando sua espada enquanto o menino magro ajudava a amiga a se levantar do chão.

Antes que deixasse o meu arco perfeitamente e minhas mãos, meu amigo agitado já estava partindo para cima do monstro.

O dragão estava já a três metros da gente quando Marty saltou sobre seu focinho para atacar-lhe na testa. Dei uma corrida para trás para pegar um melhor ângulo para atirar.

— Meninos! Não! — A menina ruiva gritou. — Vocês não conseguirão derrotá-lo!

Vi os movimentos que o monstro fazia, tentando adivinhar qual seria o seu próximo. Em base em seu jeito de andar, atirei uma flecha que em apenas um segundo acertaria seu olho esquerdo.

— É verdade, idiota! — Lynn chegou pela minha direita e se jogou em cima de mim me empurrando para a esquerda.

Parecia que ela tinha visto o futuro. Para se proteger da flecha, o animal soltou uma rajada de fogo pelas narinas na direção do local que eu estava antes. A flecha desmaterializou ao encontrar as chamas.

Meu ombro se chocou fortemente contra o chão, mas não senti dor. Perto do que aconteceria se Lynn não tivesse me salvado, era como uma ducha confortável.

— Obrigado. — Disse para ela, ao me levantar. Eu deveria estar com uma cara péssima, pois ela riu ao me ver agradecendo.

— Não tem de quê, senhor. — Ela arqueou uma sobrancelha. — Isso que você quase acabou de sentir é uma baforada quente do nosso amigo Drakon.

Olhei para o dragão enquanto ouvia a explicação de Lynn. Marty tinha falhado ao acertá-lo. A espada havia ricocheteado, como se não pudesse ferir a pele do animal.

— Parece interessante. — Disse, tocando no ombro de Lynn para passar por ela.

Marty estava no chão e o bicho estava pronto para mordê-lo. A primeira coisa que pensei foi em arremessar meu arco, já que não tinha nenhuma flecha em mãos. Acertei em cheio a orelha do drakon.

— Senhor. Um monstro enorme contra um semideus não é uma luta justa. — Ele virou a sua atenção para mim e veio em minha direção.

Já havia pego minha espada em minhas costas para me defender, mas não precisei. Uma melodia passou pelos meus ouvidos, seguida de algumas plantas nascendo no caminho entre mim e o monstro. As raízes agarraram as patas do animal e quase o fizeram tombar para frente.

— Que legal. — Sorri. Olhei para o lado e vi o jovem magrelo tocando alguma espécie de flauta que eu nunca vira antes. — Instrumento legal.

— Ele é um sátiro. — A menina ruiva veio para o meu lado saltitando ao dizer. — É o que ele pode fazer para nos ajudar. — Ela dizia como se achasse essa informação fantástica. Então finalmente encontrava um sátiro!

Marty atacava as patas traseiras do drakon, soltando gritos.

— Esse... — Atacou. — Bicho... — Atacou de novo. — Não... — E atacou mais um vez, novamente sem sucesso. — Morre!

Como em resposta à dor, o dragão abriu a boca para soltar mais chamas. Só que dessa vez eu não estava preparado e Lynn estava muito longe de mim.

— Ops. — O dragão soltou, me dando tempo para apenas proteger meu rosto com os braços. Não senti dor. Olhei o que aconteceu, algum tipo de escudo brotou na minha frente, protegendo a menina ruiva também. Os créditos eram dela mesma.

Toda vez que o drakon soltava fogo pela boca ou pelas narinas, ela meio que fazia um gesto com a mão e o escudo aparecia para nos salvar. Queria saber como ela fazia aquilo.

— O que está esperando?! — Ela disse para mim, sem conseguir demonstrar irritação em seu rosto. — Fuja! Ou seja louco o bastante para atacar. Já estamos mesmo condenados.

Entendi o que ela estava tentando me dizer. Decidi correr para o lado esquerdo do grande animal e começar a lhe desferir golpes. Infelizmente, meus ataques também não tinham efeito sobre o bicho.

— Já sei! — Gritei. — Temos que encontrar o ponto fraco dele! — Estava orgulhoso da minha própria ideia.

— Genial, moço. — Lynn falou ironicamente, como se já tivesse tentando isso. — Estou assistindo de longe aqui e...

O drakon acertara Marty com a cauda, o menino voou para longe, deixando a atenção do animal completamente concentrada em mim. Os ramos de folhas tentavam agarrar novamente suas patas, mas ele já havia arrumado um jeito fácil de se desvencilhar de todas elas.

— E... — Lynn tentou continuar, falhando na voz.

— Tenta a boca! — Sugeriu a ruiva. Olhei para Lynn novamente. Parecia que a menina tinha roubado sua ideia, pela sua expressão de frustração. Imediatamente segui seu plano.

Corri para a frente do dragão e quando ele abriu a boca para soltar fogo em mim, antes que fosse queimado vivo, enfiei a espada em seu céu da boca e saí da frente para não virar torrada.

— Yay. — Falei. O monstro gemia de dor, mexendo seu corpo todo desajeitadamente. Lançou chamas para o céu, enquanto a menina ainda sem nome chegava perto dele para tentar algo. — O que vai fazer?

— Ele ainda não parou de se mexer. Não morreu. — Ela "respondeu". — Veja e me idolatre.

Observei ela chegar perto do focinho.

— Cuidado com o fogo! — Adverti, mas ela ignorou.

Passou suas mãos com dedos grossos, mas bonitos, sobre o rosto do drakon. Não sabia o que estava acontecendo, mas parecia que ele não estava gostando.

— O que você está fazendo? — Tentei de novo.

Ela deu um sorriso.

— O deixando cego, é claro.

— O quê?

— Não seja besta. — Lynn tentava montar no dragão para controlá-lo. — Ele não orienta pela visão e sim pelo som.

Coloquei a mão sobre a testa. Lynn acabara de se denunciar. O bicho soltou mais um rugido de irritação. Percebi que o som ficou mais alto, talvez por ter perdido a visão. Ele tentou cegamente soltar uma rajada flamejante em mim, mas apenas precisei dar um passo para ao lado para me desviar.

Então ele se direcionou para a menina ruiva.

— Cuidado, Ruby! — O garoto magrelo gritou de algum lugar, mas tudo que conseguia ver era o perigo que a garota corria.

Ela olhou confusa, mas o dragão já tinha batido nela com o focinho, a fazendo cair no chão. Corri o mais rápido que pude para lhe ajudar.

O animal se preparou para jogar uma outra rajada flamejante e eu me joguei em cima da menina, provavelmente chamada Ruby, a protegendo com meu corpo. Ai.


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Notas finais do capítulo

De volta ao Hon. Duh. :123 (19/03/2015)



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