The Vanguard escrita por Wilhem


Capítulo 3
Cap. 2 Recomeço do pesadelo - Balker-




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O sol brilhava como sempre, não havia muitos motivos para não ser daquele jeito. Era quente e aquilo o irritava o suor escorrendo pela nuca, a única hora que gostava de suar era quando se exercitava, ficar exausto até o limite era umas das coisas que ele mais gostava. Na rua pessoas iam e um lado para outro. Vários alunos andavam, uns para aula outros, para gazear e alguns com o mesmo uniforme que o seu para a mesma escola que ele. A maioria conversando, sinal que já se conheciam e ele só mais um no meio da multidão.

A escola era grande, tinha vários andares parecia um prédio largo com a parede nas cores azul claro e branco, não existia um padrão de listras as cores se misturavam como no céu e rodeada por um muro branco com a placa indicando nome da escola "Hithin" Era essa escola. Quanto tempo não ia a uma? 3 anos? Aproximadamente isso, agora tinha 18 e iria ver o 1° ano. Boa parte já tinha visto, mas não chegou a terminar por conta "daquilo”. Fazia tempo que não estudava, pegara nuns livros durante o tempo parado, mas não foi algo muito produtivo, tinha esquecido como resolvia boa parte das questões de matemática, física e química, o resto ele aprenderia nas aulas.

"7:40 as aulas ainda vai demorar 20 minutos pra aula começar" Pensou. Por isso resolveu dar uma pequena volta pela escola. Visitou a quadra, era grande e em volta uma pista de corrida. "Prático" pensou. Ao lado da quadra tinha um prédio, este menor que da escola. Olhando ele não saberia dizer do que era ou para que servia. Olhou o relógio eram 7:50, já estava na hora de voltar.

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A recepção era bem limpa, tinha um design moderno nas cores cinza metálico e azul. Azul de novo pelo visto eles gostavam mesmo dessa cor.

– Bom dia. - Falou a recepcionista.

– Bom dia. Sou aluno novato, Balker Lorigrim do 1° ano turma C.

– 3° andar, 2° sala no 1° corredor a direita, por favor espere até que o chamem para ser apresentado à turma. - Falou a recepcionista sem ao menos olhar em seus olhos, aquilo o irritava, não gostava de falar com uma pessoa sem poder olhá-la nos olhos “Sempre olhe nos olhos de alguém quando estiver falando, assim vai saber suas intenções" Dizia seu pai quando ele era menor e disso sempre se formou o hábito de olhar pessoas nos olhos quando falava com elas.

Balker seguiu as dicas na recepcionista e chegou ao lugar indicado e lá estava uma garota de cabelos negros e lisos pareciam ser feitos de uma seda negra, o rosto afilado e belo como a representação de um nobre de contos de fada, os olhos de um azul chamativo, não eram como piscinas cristalinas, talvez parecesse com o céu, mas não céu comum e sim um céu divino digno das descrições dos românticos apaixonados. Olhando atentamente a garota se parecia com "ela" será que era? Não era impossível. Ah, mas se parecia tanto, talvez devesse falar. Não, não deveria as coisas não eram assim, não tinha como "ela" estar lá, mas se parecia tanto.

– Vocês dois podem entrar. - Falou o um homem de camisa e calça sociais, provavelmente o professor.

Os dois entraram na sala. A turma parecia relativamente grande, 30 a 40 pessoas, mas algumas carteiras vazias. Olhou bem a turma algumas pessoas pareciam interessantes outras não, mas não importava, não tinha pretensões de falar com alguém e provavelmente ninguém falaria com ele, o cabelo curto e o cavanhaque junto com uma cicatriz perto do olho lhe rendiam uma fama de gângster e com aquela idade naquele ano as pessoas ainda achariam que durante uma briga de gangue ele se feriu e ficou em coma. Em partes não era muito diferente da realidade.

– Meu nome é Alice Menegran, prazer em conhecê-los. - Falou tentando ser simpática, mas ela não precisa disso ela era bonita e isso naturalmente atrairia as pessoas.

– Por favor, se apresente. - Murmurou o professor interrompendo seus devaneios.

– Balker Lorigrim, prazer. - Falou sério como sempre.

– Escolham seus lugares e sentem-se. - Falou o professor.

Haviam umas três carteiras vazias, duas uma do lado da outra no canto direito da sala e uma ao lado de garoto que chamava atenção pelo cabelo era ruivo, um ruivo forte, mas natural. Ela seguiu pela direita, poderia sentar ao seu lado, mas não era "ela" não havia motivos para isso, mesmo assim aquela aparência, não, não poderia melhor seria sentar longe nunca se sabe quando se podia perder o controle. Então sentou ao lado do ruivo.

A aula começou. História era uma matéria que ele gostava, mas aquele assunto era chato já tinha visto e ainda lembrava-se de boa parte. "A queda" era assim que chamavam. A ruína quando as grandes nações caíram devido a desastres naturais, não lembrava a ordem, mas pouco interessava, por isso começou a devanear a carteira não ficava muito perto da janela, gostava de olhar para o céu enquanto pensava era uma pena não ter uma cadeira vaga na fila do lado.

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O sinal tocou. Os alunos se levantaram, os que se conheciam se juntaram e saíram conversando e os que sobraram sozinhos e Balker era um desses últimos.

Foi até o refeitório. Estava cheio, mas a fila era organizada, não demorou muito para ser atendido.

– Senhor o que vai querer? - Perguntou a mulher do refeitório.

– Um sanduíche e uma água.

A mulher lhe entregou seu o pedido, o sanduíche era simples uma pequena fatia de queijo com alface e alguns tomates. Ele foi em direção ao pátio, iria ficar por lá sentado em algum banco observando as pessoas. O banco foi encontrado, sentou e olhou a hora "9:30" era hora de tomar o remédio, aquele remédio lhe dava sono e o deixava levemente irritado, mas tinha de tomá-lo, coisas ruins poderiam acontecer se não o fizesse. Logo a sonolência lhe pegou, as coisas lentamente ficando distantes, o som ficando ecoado as imagens se distorcendo para um fundo negro.

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– Acorde, já são 10:50. - Falou uma voz feminina nada familiar.

Ele abriu os olhos e a sua frente estava uma garota de óculos, cabelo preto e curto e um detalhe interessante os olhos puxados.

– Qual seu nome? De que turma você é? - Ela perguntou.

– Balker Lorigrim 1° ano turma C.

– Tudo bem, me acompanhe. Vamos à coordenação. - Falou em um tom sério

Ele a seguiu um pouco curioso sobre aqueles olhos, seria uma descendente dos asiáticos? Aquilo era raro. Chegaram à coordenação, era uma sala simples, tinha ar-condicionado, as paredes eram brancas e uma curiosa mesa redonda que deveria ser utilizada para conselhos escolares ou algo assim, nela havia um professor sentado.

– Coordenador, este aluno estava dormindo no pátio.

– Oh, o que foi? A aula estava tão chata assim? - Falou o coordenador bem humorado.

– Não, é só um efeito colateral do meu remédio. Desculpe senhor. - Falou Balker.

– Posso vê-lo?

– Claro. - Respondeu Blaker entregando o remédio. Ele olhou a caixa atentamente e leu a bula.

– Melhoras. Por favor, Tokazaku acompanhe-o até a sala.

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O sinal tocou anunciando o fim da última aula. Todos se levantaram arrumaram suas mochilas e saíram. Quando olhou em volta Alice já tinha saído, talvez fosse melhor assim.

Desceu as escadas sem muita pressa, não havia muito que se fazer em e ninguém o esperava. Finalmente terminou de descer e escutou:

– Ei moleque passa essa cartinha ae! - Em um tom que deveria ser ameaçador. Ele se sentiu estranhamente atraído por uma sensação um pouco familiar e foi checar o que era.

Eram três garotos. Um encostado na parede que parecia ser o mais novo e os outros dois aparentando ter quinze anos, não os reconheceu provavelmente eram de outra turma ou simplesmente não os tinha notado. Ambos estavam intimidando o mais novo que gritava.

– Por favor devolvam minha carta.

– Não seu idiota! Agora ela é minha!

– Devolva a carta pra ele. - Falou Balker sério.

– Vai fazer o que? Me bater? - Disse um dos intimidadores.

– Quem sabe? - Respondeu olhando diretamente nos dele e com um sorriso malicioso.

– Ei, cara vamos deixar isso pra lá. - Falou o segundo ao primeiro intimidador.

– Tudo bem. Nem queria essa porcaria mesmo. Vamos embora! - Falou o primeiro em desdém. O garoto correu para apanhar a sua carta e os outros dois logo se foram.

– Obrigado. - Falou o garoto estendendo a mão. Balker a apertou, logo uma sensação familiar lhe percorreu o corpo, um misto de animação, medo, ânsia e um frio na espinha. A distância entre eles aumentou o espaço que os rodeava era preto e estrelado parecendo com o universo. Duas mesas se materializaram em suas frentes e cada uma com seus respectivos decks. Conhecia bem aquele era o "campo de batalha" era como da outra vez "o jogo" parecia ter começado outra vez.

– Onde estamos? Onde?- Perguntou o garoto aparentemente assustado.

– No campo de batalha. Primeira vez aqui?

– Como isso aconteceu? Me tire daqui, me tire logo! - Gritava o garoto ainda assustado.

– Só a um jeito de sair, ganhando ou perdendo! - Gritou Balker friamente.

– Tudo bem. EU DESISTO!

– Só se pode desistir depois de alguns turnos ou quando a sua situação está muito ruim.

– Então o que eu faço? Eu quero ir pra casa! - Sua expressão era de puro desespero, ele já começava a chorar, a primeira vez era sempre traumatizante.

– Coloque essa carta no deck escolha um Grade 0 coloque-o na vanguarda, virado para baixo embaralhe o deck e vamos jogar.

– Esse é o único jeito? - Perguntou ele chorando.

– É.

– Isso é real?

– É. - Respondeu Balker mais uma vez.

O garoto colocou a carta no deck, escolheu o starter e embaralhou o deck. De certa forma aquele garoto o lembrava dele próprio há algum tempo atrás, fraco e medroso, sem jeito, a única diferença era a aparência. Ele tinha um cabelo liso que ia até o ombro olhos castanhos e um rosto nada ameaçador diferentemente de Balker sempre tivera a aparência fechada.

– Pode começar. - Falou Balker.

– Stand up! Vanguard! - Gritaram os dois em uníssono.

– Grassland Breeze Menssager. - Gritou o garoto.

– Brugal. - Gritou Balker.

O pilar de luz se abriu entre os dois e as duas units apareceram, um lobo azul a frente de Balker e um garotinho com elmo de lobo acompanhado por um lobinho do outro lado do campo. O garoto parecia assustado e ao mesmo tempo maravilhado ao ver a unit na sua frente.

– Ah! Eu esqueci de mencionar, aqui nossas units aparecem como no anime e em campeonatos oficiais. - Falou Balker.

– Tudo bem... Meu turno, saco. Ride Knight of Elegant Skills Gareth. - O pilar de luz novamente se abriu e dele saiu um cavaleiro com uma armadura amarela e detalhes vermelhos e uma expressão ameaçadora. - Encerro meu turno.

– Saco. Ride! Litte Sage Marron. - O pequeno sábio se materializou em sua frente com sua roupa azul e seu livro debaixo do braço. - Movo Brugal para trás. Brugal auxilia e Marron ataca, total 12 mil.

– Não defendo.

Checagem: Beast Knight Garmore.

Checagem de dano: Blessing owl.

– Saco. Ride Knight of Superior Skills Beaumains. - Um cavaleiro com uma armadura dourada e o peitoral em forma de cabeça de leão, saltou do pilar de luz. - Invoco Beaumis e Gareth atrás. Ataco com Beaumains da vanguarda, 10 mil.

– Não defendo.

Checagem: Fortune bell, Stand Trigger, mais 5 mil pra Beaumains da rear-guard e... só.

Checagem de dano: Brugal.

– Ataco com Beaumains da rearguard auxiliado pelo Gareth, mais 5 mil do trigger, total 23 mil.

– Não defendo.

Checagem de dano: Margal, Draw trigger, 5 mil pro vanguard e saco.

– Ride Besat Knight Garmore! Efeito, descarto um Royal Paladin e invoco Snogal do deck, coloco ele no lugar do Brugal. Invoco Knight of Silence, Gallatin e Snogal atrás. - As units saltaram do pilar. Dois cavaleiros e dois lobos meio robóticos e brancos. - Ataco com Garmore auxiliado pelo Snogal. Snogal ganha mais mil de ataque para cada Snogal na rearguard. Total 14 mil.

– Não defendo.

Checagem: Alabaster owl, Critical Trigger, critico pro vanguard e 5 mil pro Gallatin.

Checagem de dano: Primeira: Flash Edge Valkyrie. Segunda: Evil Slaying Swordman, Haugan.

– Ataco com Gallatin, auxiliado pelo Snogal, 5 mil do trigger, total 21 mil.

– Defendo, Fortune Bell 10 mil e Speeder Hound 5 mil, mais 10 do Beaumains, total 25 mil.

– Saco. Ride Incadescent Lion, Blond Ezel! Invoco Silver Fang Witch atrás do Ezel. Efeito da Witch SB(Soul Blast) 2 e saco uma carta. Invoco Holy Mage Manawydan e Precipice Whirlwind, Sgramore atrás. Ataco com Beaumains auxiliado pelo Gareth, total 18 mil.

– Não defendo.

Checagem de dano: Flash Shield Iseult.

– Ataco com Ezel auxiliado pela Witch, pelo efeito do Ezel ele ganha mais de ataque por cada Gold Paladin na rear guard são mais 5 mil. 10 mais 5 mais 5 dão 20 mil.

– Defendo com Elaine e Margal mil. Total 23.

Primeira Checagem: Gareth. Segunda: Nimue.

– Ataco com Manawydan auxiliado pelo Precipice, pelo efeito do Manawydan ele ganha mais 2 mil de ataque quando é auxiliado por um Gold Paladin. Total 18 mil.

– Não defendo.

Checagem de dano: Blaster Blade.

– Ride Sanctuary Guard Dragon. Invoco dois Snogals. Limit Break! Sanctuary Guard Dragon ganha 3 mil de ataque para cada Royal Paladin G1(grade 1) ou menor no campo são quatro Snogals são mais 12 mil pro Sanctuary. Pelo efeito dos Snogals eles ganham mil pra cada Snogal na rearguard são mais 4 mil pra cada um. Ataco com Gallatin auxiliado pelo Snogal, total 20 mil.

– Não defendo.

Checagem de dano: Battle flag laudine.

– Ataco com Sanctuary auxiliado pelo Snogal. São 12 mil do efeito, mais 11 dele e 10 do Snogal. Total 33 mil.

– Não defendo.

Primeira checagem: High dog breeder Akane. Segunda: Alabaster Owl, Crtical Trigger, 5 mil pro Snogal da direita e critico pro vanguard.

Checagem de dano: Great Silver Wolf Garmore. Segunda: Sagramore.

O jogo acabou a distância entre eles diminuiu e sobre eles estava o céu comum com o sol e seu brilho. Parecia que não havia passado muito tempo, os intimidadores ainda estavam perto, não muito, mas perto e ambos de costas e o garoto suando frio e ofegante encostado na parede.

– Você tá bem? - Perguntou Balker.

– Não. O que foi aquilo? - Perguntou ainda ofegante.

– Fomos ao "campo de batalha" ele é ativado quando dois jogadores se encontram e um deles tem "vontade de lutar". - Respondeu Balker.

– Mas eu não queria lutar com você! - Falou o garoto assustado.

– Você tava com vontade de bater naqueles dois não estava?

– Tava.

– Isso foi suficiente para ativar o "campo”, você tinha vontade de lutar isso bastou pra ativar o "campo". - Falou Balker.

– Não tem como eu evitar isso?

– Quando estiver andando no meio da rua e sentir, uma ansiedade incomum, vontade de batalhar ou um medo estranho, sensação de perseguição muito provavelmente tem outro jogador por perto. Então evite qualquer tipo de contato seja visual, físico ou verbal. Mais uma coisa todos nos jogadores temos uma espécie de pedra em algum acessório, um colar, uma pulseira, uma gargantilha, um anel, esse tipo de coisa e a quantidade dessas pedras significa a quantidade de chances que temos. Se você perder um jogo perde uma, se ganhar ganha uma pedra. - Quando Balker terminou de falar, começou a procurar por um acessório, tocou no pescoço. Nada. Olhou os tornozelos, sem nada. Finalmente olhou os pulsos e lá estava um relógio. Essa era nova, mas sabia que aquele era seu contador no lugar dos traços de marcar hora estavam as pedras contadoras, eram bonitas como se lembrava, mas só tinha duas pedras e até onde lembrava todos começavam com três pedras...

– E o que acontece se perder todas? - Perguntou garoto, interrompendo seus pensamentos.

– Você entra em coma. - Respondeu.

– Como assim? Entrar em coma? ISSO É LOUCURA! - O garoto entrou em puro desespero ao ouvir isso.

– Não tem como fugir? Não tem como simplesmente não entrar nesse campo?

– Já falei só evitar contato. Garoto agora eu tenho que ir. Tenho que procurar um emprego. - Falou Balker tirando do uma carta que tinha ganho dos tios"Platina Ezel", não servia no seu deck, mas serviria no do garoto. Também pegou um papel e anotou seu telefone.

– Pegue, talvez possa ajudar. Qualquer coisa só me ligar. A propósito qual seu nome?

– Mark. - Respondeu o garoto.

– Até mais, Mark.

– Ei, espere qual seu nome?

– Balker! - Gritou enquanto saia correndo. Gostaria de ver a reação do garoto quando notasse qual carta ele havia dado pena que não poderia tinha alguns assuntos inacabados e tinha de arrumar um emprego.


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