Os dois estavam indo para o ginásio. Irmãos. Fim de semana como qualquer outro.
– Eaí? Cheguei tarde? - Wendy estava saboreando sua bala de morango, olhando para Andrew.

Short jeans e regata. Coturnos e meias.
– Sua viciada em basquete.
– É bom.

Sentam desajeitados, sempre deixavam alguém ir fazer a cesta, Wendy sempre estava preparada.
– Wendy, meu maninho - Andrew sentiu seu corpo esfriar com o olhar do irmão - e sua amiga...o que tá pegando entre...
– Eles são como milho e ervilha.
– Que nojo. - Murmurou Gabriel, enojou-se pela comparação
O clima tenso se dissipou e começou o jogo. Primeira cesta. Três pontos. Ela gritava e pulava. Passou o tempo. Todos se divertiam.
Terminou.
– Não acredito.
– Na próxima você joga.
– Eles perderam seu idiota - Wendy bate no ombro de Andrew.
– Desculpa...
Andrew ruborizou. Sua pele branca facilmente ruboriza, mas seu pescoço estava pegando fogo quando ela pegou a mão dele.
– Tudo bem.
"Olhos negros e grandes, odeio quando olha tão tranquilo para mim", pensa Wendy.
– Ah...Tchau.
Se afasta e começa a ir para casa apressadamente pegando o celular. Escreve uma mensagem.

– Calma. Claro que ele ainda vai conversar com você.
– Mas...Eu disse...Sabe...Aquilo.
– Pare de chorar - Tira a mecha loira dos olhos da amiga.
– Alice..E-EU DISSE QUE GOSTAVA DELE!
– Você mandou uma mensagem...Eu beijei um cara e você não fala nada.
– Desculpa, desculpa - se recompôs na cadeira, limpou as lagrimas arrumou as roupas. "Sou uma idiota, criatura maluca" botou sua mão na veneziana.
– É você que esta namorando. Você que é tão perfeita.
Silêncio supremo. Nem o vento forte da janela podia fazer a Alice tirar os olhos da amiga. Continua Wendy:
– Se eu não me esforça-se eu...eu só não quero ser a garota que não faz nada...sou egoísta demais.
Levanta da cama. Prende o cabelo da amiga, pegando delicadamente cada parte de seu cabelo. Olha para ela.
– Deixa disso..desculpa. Vamos lá, se arruma e vamos para a escola.
Gabriel anda olhando para o céu.
– Gabriel, seu irmão não veio hoje?
– Sim, mas deve chegar mais tarde.
No gramado da escola, uma sombra em uma árvore. " A pintura acabou. E as provas vão terminar logo. Penso na minha professora, que nos observa nas provas de recuperação, sorrindo ao ver que melhorei. Não terei mas nada com Alice. Droga, tirando procurar um emprego, vamos conseguir nos encontrar. Não posso pensar isso, se ela quiser me ver, ela vai. Nós somos muito amigos, ela só..." Fechou os olhos. Uma pele tão clara muito parecida com a do irmão, Gabriel estava vermelho e confuso, sua cabeça gerava ideais diferentes a todo o momento.
E ainda tinha o emprego, não tinha muitas ideias. Ele encontraria algum. Deveria ajudar a família, não importava o que.

Seu pai perdeu seu emprego, seu irmão tinha seu estagio não remunerado, já estivera na rua uma vez, quando sua mãe não tinha encontrado seu pai, Gabriel tinha apenas 5 anos, mas suas lembranças ainda o corroíam por dentro.