Worse Than Nicotine escrita por Dama do Poente


Capítulo 8
Cenas Extras


Notas iniciais do capítulo

Julia e Sophie, Mylla Thompson, Aphroditte, Lady Scarllat Darcy (seu review foi mágico, jovem



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P. O. V Nico:

Caminhadas são ótimas oportunidades para se pensar na vida e se inspirar. Principalmente quando você está tentando esquecer que ficará sem o seu lindo carro por uma semana, já que perdeu a aposta que fez com o amigo...

– Como assim você ficou com mais garotas que eu na festa? Você levou um belo fora da Reyna e não teve oportunidade de pegar mais ninguém depois disso, já que estava pra lá do Caribe de tão bêbado! – um surto se apoderou de mim, no meio da faculdade.

– Bem, antes, enquanto você se perfumava na nicotina de seu cigarro, eu estava... Observando o território e mirando em bons alvos! – Leo deu de ombros, como se fosse o maior pegador da história.

– Estamos falando de garotas, não de um jogo de dardos! – suspirei

– E depois de levar o fora da Rey-rey, não sei se você prestou atenção, mas alguém lá me desafiou a beijar a Calipso! Claro que ela não gostou também, mas eu não podia perder e ser obrigado a dançar vestido de galinha!

– Quando isso aconteceu? – perguntei, procurando pela chave do carro. Precisava tirar certas coisas de dentro dele, antes de emprestar para Leo.

– Logo depois da Thalia e você quase fizerem um filho no meio da sala! – ele respondeu inocentemente, esperando ao lado do carro – Cara, eu não roubarei seus pertences! Só ficarei com seu amado e precioso carro por uma longa semana!

– São coisas da faculdade, mais trabalhos da Hazel, mais os deveres que a Allie me entregou e eu não corrigi ainda! – menti descaradamente.

– Pensei que fosse seu diário... Está tirando com tanta pressa...”

E se Leo soubesse que ele estava parcialmente certo, eu estaria completamente ferrado a essa altura do campeonato.

Não que eu tivesse um diário, mas como um bom cineasta, sempre tenho um roteiro em mãos, e gosto de me basear em fatos reais; assim sendo, sempre tinha anotações do meu dia-a-dia naquele caderno... Então, imagino como meus amigos reagiriam se lessem situações deles ou até mesmo se lessem minhas reações sinceras quanto a elas...

Eu pensava nisso enquanto caminhava pelas agitadas ruas da selva de pedra, dias depois de encontrar com Thalia na academia, voltando para casa depois de um agitado dia de aula, quando me deparo com uma situação digna de ir para o “Caderno”:

Uma amiga minha, Rachel, que cursa artes plásticas, conheceu um cara mais velho, um veterano de Administração, e se encantou por ele. Até aí tudo bem, demos a maior força, quase erguemos faixas do tipo “Vai lá, Rachel!” ou “Arrasa, gata!” – essa última foi idéia de Leo –, até que ela nos mostrou quem era o cara: tratava-se de Octavian, o ser mais desprezível da faculdade

– Sério? O filhinho de papai que quer ser chefe e não líder? Que mau exemplo ele é para minha profissão! – Reyna reclama, sendo apoiada por Jason.

Rachel corou tanto nesse dia, que foi difícil distinguir seu rosto do cabelo! Ela prometeu tentar esquecê-lo, mas eu sabia que se tratava de uma promessa vazia: não podemos obrigar o coração a fazer algo contra sua vontade.

E a prova disso, era o modo como Rachel chorava agora, enquanto via Octavian e sua namorada se exibirem, no meio da avenida. Era uma cena de cortar o coração o modo como ela se encolhia todinha, sentando na soleira de um prédio antigo e praticamente abandonado.

– Você não pode se rebaixar a esse nível, Rachel Elizabeth Dare! – a ergui, dando um susto na pobre coitada

– Nico..?

– Se for chorar, pelo menos chore com seus amigos... Assim eles podem prometer dar uma surra no sem noção, só para vingá-la! – abraço seus ombros, obrigando-a a continuar de pé e acompanhar-me na caminhada sem rumo

– Não é culpa deles que eu seja uma lerda e não tenha tido coragem de falar com ele antes dela! – Rachel tenta abrandar a situação

– Ainda bem! Ele não a merece! – banco o orgulhoso – Agora pare de borrar sua maquiagem: vão acabar te confundindo com um de seus quadros!

Ela revirou os olhos e eu continuei fazendo péssimas piadas para distraí-la!

Aquela era uma ótima cena de drama, que merecia ser conhecida pelo público – por mais clichê que fosse –, mas nesse mundo de corações partidos, acho que só exporia uma cena dessas se ela levasse à um final feliz... Que era exatamente o que Rachel merecia!

P. O. V Thalia:

Não foi tão difícil, para Annabeth e seu amigo corretor de imóveis, encontrarem um prédio nos “padrões ideais para servir de moradia e trabalho”. O problema agora seriam as reformas e as despesas com elas...

– Pensei que supermodelos ganhassem bem! – Annie resmunga, ao ter de mudar todas as suas idéias de decoração.

– E ganhamos! Mas com a crise na União Européia, a vida por lá encareceu bastante! – suspiro – Eu sei que você queria algo grandioso, que elevasse seu nome, e eu também, mas eu não posso começar meu negócio no vermelho!

– Você tem razão! Mas eu também tenho, o que nos levará a algo grandioso, mas que caiba em nosso orçamento! – ela rasga a folha de papel que usara e dedica-se a começar do zero.

Antes que eu pudesse lhe desejar boa sorte ou jogar alguma piada, meu celular começa a tocar estridentemente, e eu não vejo outra saída além de atendê-lo. Arrependendo-me logo que vejo quem me telefonava.

– Pode me dizer por que voltou ao país, e não se dignou a me avisar? – o homem encontrava-se furioso, como se tivesse perdido muito dinheiro no mercado de ações.

– Para evitar falar com você! – fui direta

– Thalia, respeite-me! Sou...

– Meu pai e não meus amiguinhos, blá, blá, blá! Fala isso desde que eu tinha 9 anos e caso não tenha percebido, eu não ligo! Aliás, para que me ligou?

– Esteja em casa hoje, às 19 horas! – e da mesma forma súbita e educada como começara a ligação, a encerra.

– Tio Zeus? – Annabeth pergunta.

– Não sei como consegue ser educada com ele! – reviro os olhos e me encosto na janela – Ele exigiu que eu estivesse em casa hoje de noite!

– E você vai! – não foi uma pergunta

– Por quê?

– Por que vai fingir que, depois de tanto tempo na Europa, voltou como uma lady! – ela responde, como se essa fosse a verdade do século.

– Não se iluda, amiguinha! – voltei a olhar pela janela, encantada por estar de volta em Nova York.

Mas todo o encanto se esvai, quando vejo a cena que se desenrolava na rua à minha frente:

Lá estava Nico, usando um suéter que lhe caía perfeitamente bem, abraçando uma ruiva baixinha e de cabelos cacheados. Ela parecia estar chorando, pois ele tagarelava freneticamente e às vezes passava a mão pelo rosto dela.

Não sabia o que sentir depois daquela visão. Podia ser nada, podia ser tudo; depois de uma traição, eu desconfiava de tudo!

– Aonde você vai? – Annabeth pergunta, quando me vê sair correndo da sala, em busca de minha bolsa.

– Vou... Procurar algo para vestir hoje à noite! Depois nos falamos! – não esperei que ela se despedisse.

Precisava de uma caminhada e uma sessão de terapia para arrancar aquela cena de minha cabeça.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Contem-me nos comentários, ok?
Beijos!!