Pieces escrita por xDarkDreamX


Capítulo 1
One More Day


Notas iniciais do capítulo

Ciao! Esta é a minha primeira fanfic de FAIRY TAIL que posto aqui no Nyah! ^^, espero que gostem e se divirtam.

**Peço que perdoem possíveis erros de digitação ou correção, não tenho tempo para revisar os capítulos com tanto cuidado, então algumas coisas escapam.

***A fic pode ser chamada de incógnita no momento. Espero que montem e desmontem esse quebra-cabeças em suas mentes, e tentem desvendar a minha história. =) Acima de tudo, quero que se divirtam enquanto lêem.

Até!



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Mais um dia.

Mais um dia em quenão consigo dormir.

Mais um dia em que minhacabeça estálotada de pensamentos.

Mais um dia em que ela dói.

Levanto da cama após fitar o teto durante horas e horas. Caminho até o banheiro e me olho no espelho.

Horrível.

Num estado deplorável.

Pele pálida, olheiras profundas, cabelos sem cor...

- Ridícula. –Murmurei sorrindo torto.

Liguei as torneiras da banheira e comecei a me despir sem pressa.

Entrei na água e afundei por completo.

Seria bom se eu apenas morresse de uma vez por todas.

* * *

Após uma caminhada, cheguei à guilda.

"FAIRY TAIL"

Exibia em grandes letras.

O barulho podia ser ouvido há no mínimo trinta metros de distância da Sede.

Eu estava bem.

Parecia bem.

Minhas típicas roupas, meu típico penteado. Meu típico sorriso falso.

Tudo pronto para continuar fingindo e enganar a todos.

Empurrei a porta demadeira maciçacalmamente, e assim que entrei, desviei de uma mesa de madeira.

Dei de ombros e segui até o balcão da guilda, desviando de mesas, cadeiras e magos voando ou simplesmente sendo arremessados por conta das brigas.

Sentei-me num dos bancos.

- Olá Mira. Poderia me trazer um suco de laranja? –Perguntei como de costume, sorrindo fingidamente.

- Oi Lucy. Claro, espere um pouquinho que eu já venho. –A albina sorrira gentilmente enquanto se afastava.

Fitei a madeira do balcão, perdida em pensamentos.

Eu tinha que resolver minha vida.

Ou pelo menos o que eu chamava de vida.

Vi Lisanna se aproximar de mim rapidamente, ficando sentada no banco ao meu lado.

- Oi Lucy. –Ela me cumprimentara.

- Oi. –Sorri como sempre.

Minha cabeça voltava a latejar e eu apoiei minha cabeça em minha mão que estava sob o balcão.

- Podemos falar sobre o Natsu? –Ela fora direta.

Minha cabeça doeu mais e eu fechei os olhos.

Puta merda.

Lisanna começou a falar sobre ela e Natsu, desde quando eram pequenos, das coisas que fizeram juntos, como todos achavam que eles iam casar, da promessa que eles haviam feito.

Ela falava tanto, mas tanto que me deixava irritada.

Minha cabeça doía e que apenas queria ficar sozinha.

Mas ela não parecia que iria me deixar em paz.

- Certo Lisanna, eu ouvi. Mas o que isso tem a ver comigo? –Suspirei, abrindo os olhos para pegar o suco que Mira havia deixado antes de ir atender outro membro da guilda.

Vi a albina mais nova revirar os olhos.

- Você gosta dele? –Ela perguntara.

- Não. –Tomei um gole do suco de laranja.

- Mas vocês estão sempre juntos! –Exclamara irritada.

Reprimi um suspiro, sentindo minha cabeça latejar.

Ignorei Lisanna e meus pensamentos voltaram com intensidade.

Eu tinha que resolvê-los logo.

Eu estava cansada, havia passado noites em claro. Não vinha conseguindo dormir tinha no mínimo duas semanas. No mínimo.

Por quê?

Pesadelos.

Aqueles do tipo que você não entende, e por eles parecerem tão reais e perigosos, você evita-os da maneira que pode.

E a minha era não dormir.

Como eu me mantinha acordada?

Pílulas, um método bem eficaz eque eu mesma havia desenvolvido depois de algumas experiências.

Mas só por que eu estava tomando pílulas, não significava que eu deixasse de sentir o cansaço de ficar sem dormir. Pelo contrário. Elas apenas me mantinham acordada.

E eu havia começado a ter fortes dores de cabeça, além dos pesadelos.

Não tinha a mínima pretensão de vistar Polyushka ou falar com Wendy. Não mesmo.

Ao meu lado, para a minha infelicidade, Lisanna continuava a tagarelar sobre Natsu.

Porra, eu não aguento mais.

Todo dia que eu apareço na guilda, ela vem com a mesa ladainha.

EU NÃO GOSTO DO NATSU!

Mas parece que ela não entende. Isso irrita. Parece que ela fica tentando me deixar contra, como se eu fosse uma ameaça.

Se Lisanna quer casar com Natsu, quer ficar com ele, por que ela não vai atrás dele ao invés de ficar me enchendo?!

Ah mamãe, como eu queria que a senhora estivesse aqui comigo. Eu poderia desabafar, contar sobre os meus pesadelos, sobre como eu estava me sentindo. Como eu queria morrer.

Voltei de volta ao mundo quando senti meu braço ser puxado violentamente. Com isso, o meu suco de laranja caíra sobre a minha roupa e eu pude jurar ver Lisanna com um sorriso um pouco vitorioso nos lábios, enquanto fingia espanto.

- Oh, desculpe Lucy. Não foipor querer. –Ela dissera claramente falsa.

Suspirei e minha cabeça latejou.

- Tudo bem. –Murmurei pegando um guardanapo, começando a enxugar o balcão e tentar tirar o excesso do líquido da minha roupa.

- E sobre Natsu? Você vai se afastar dele? –A pergunta dela me fizera parar o que eu estava fazendo no mesmo momento.

Virei-me para Lisanna, arqueando uma sobrancelha.

-O que disse?–perguntei.

Ela revirou os olhos.

- Ele é muito grudado em você, querida, e desse jeito nós não podemos ficar juntos, óbvio. E se você realmente não gosta dele como algo a mais, então não há problema. –Ela sorria sínica.

Estreitei os olhos e minha cabeça latejou.

- Sim, há problema. E não apenas um. –Fui direta e firme.

Lisanna rangeu os dentes.

- Então você gosta dele! –Ela exclamou furiosa, levantando-se e apontando o dedo pra mim. –Sabia! Você só se finge de santa! Mas está louca para pegar oMEUhomem!

Senti muitas –se não todas, as atenções voltarem-se para nós.

Arqueei minha sobrancelha novamente.

- Me finjo de santa? Quero pegar oseuhomem? –Perguntei analisando os fatos.

- É! Sua vadia! Filha da... –Não deixei que ela terminasse.

Calei-a com um tapa na cara.

Um tapa que estalou e ecoou por toda a guilda que estava num completo silêncio.

E após isso, o silêncio permaneceu, porém como se todos estivessem assustados.

Levantei-me do banco, com os olhos firmes, furiosos.

-Não ouse falar da minha mãe.–Minha voz soara fria e cortante. –Nuncase atreva a envolvê-la em assuntos em que eu estou no meio.Nunca.–Repeti.

- Você é a vadia da história! Sua mãe também devia ser! –Ela gritava descontrolada. –E como você ousa me dar um tapa?! Puta!

Peguei o copo de suco e apertei-o fortemente.

Se Lisanna não calasse a boca...

Eu não pouparia força em acertá-la com um soco.

- Lisanna... –Ela continuava a falar. –Lisanna... –Chamei-a novamente, tentando manter o mínimo de calma.

Mas era impossível.

Ela novamente chamara minha mãe de vadia e meu pai de corno.

Ah...

Agora ela pagaria caro.

E eu a faria se arrepender.

Apertei o copo com tanta raiva que o mesmo se estilhaçara fazendo um barulho sem igual.

- Lisanna...CALE AMERDA DA SUA BOCA, PORRA! –Gritei em plenos pulmões.

Ela se calou e não fora muito diferente com todos da guilda que permaneceram em completo silêncio, aterrorizados.

Vi-os de relance e comprovei isso.

Apertei os cacos de vidro em minha mão, sentindo minha pele cortar. Não me importei, não doía.

Eu estava com raiva.

Olhei-a perigosamente e vi-a tremer involuntariamente.

- Eu já estou farta de ouvir você sempre falando dele, contando da sua infância, do seu amor e o raio que o parta. –Eu apertava os cacos mais fortemente. –Você quer me xingar, vá em frente. Pode xingar, eu realmente não me importo. Mas não envolva os meus pais.Não ouse falar deles... NUNCA MAIS EM TODA A SUA VIDA!–Gritei furiosa.

Ela engoliu seco.

- Eu aguentei, tentei me manter calma.Juroque tentei Mira. –Olhei para a albina mais velha que nos fitava em espanto. –Mas Lisanna estáimplorandopara levar uma surra. –meus olhos voltaram para a branquela mais nova, fitando-a furiosamente.

Minha cabeça latejava mais e mais a cada segundo.

- Eu tenho problemasbemmaiores ebemmais importantes que ficar discutindo com você ou com qualquer pessoa sobre um garoto. Agora, eu não vou esquecer que você ofendeu meus pais. –Meus olhos certamente eram assustadores, pois a idiota parecia com medo. –Eu quero tanto socar a sua cara e mandar você para longe, que ninguém aqui tem ideia.Só não faço a segunda opção porque eu respeito Mirajane e Elfman. Mas quanto à primeira...

Sorri maldosamente e sem pudor algum, soquei o rosto de Lisanna com raiva.

Não exagerei na força e tampouco usei tudo o que tinha, mas ela fora lançada até uma pilastra da guilda, e com o impacto, a mesma se quebrara.

Muitos engasgaram e arregalaram ainda mais os olhos.

Respirei fundo e me apoiei no balcão, sentindo minha cabeça rodar.

- Desculpe por isso Mira. –falei com a albina mais velha. –Mas eu não iria ficar quieta, ouvindo-a falar aquilo dos meus pais.

- Tudo bem Lucy... Eu... Eu entendo. –Ela tentara sorrir compreensiva, mas e afastara indo cuidar da irmã.

Mexi em minha mochila, procurando alguma coisa para estancar o sangue da mão que deslizava pela minha pele.

Minha cabeça latejara e eu caí sentada no chão. Tudo parecia girar e eu não conseguia me por de pé.

"Você deveria morrer"

As vozes dos meus pesadelos pareciam nítidas.

- O que é isso?! –Ouvi Lisanna perguntar assustada. –Que vozes são essas?!

Meu ar faltou e eu arquejei, colocando-me de joelhos e tossindo sangue.

- LUCY! –ouvi-os me gritarem.

O ar ao meu redor se tornava denso, fazia-me mal.

Tossi mais sangue, mais fortemente.

Tudo em meu interior doía.

"Apenas morra Heartfilia.

O mundo não precisa de você"

Era como se algo me atravessasse e isso me fizesse vomitar sangue. É, vomitar.

Pois agora eu não simplesmente tossia sangue. Vomitava o líquido escarlate.

- LUCE!–A voz de Natsu chegou aos meus ouvidos.

Me levantei e senti minha pele molhada assim como minhas roupas.

Enxerguei o líquido escarlate e me apoiei no balcão da guilda, tentando me manter de pé.

- CHAMEM POLYUSHKA! –Ouvi mestre Makarov gritar. –LUCY!

Eu conseguia vê-los, mas não queria.

Queria sumir.

Desejei que meus espíritos estivessem aqui para me ajudar. Desejei com força.

E em menos de um segundo, campainhas ecoaram por toda a guildaem um grande barulho.

- Hime! –Loke pegou-me no colo. –Ah merda. Áries avise ao Rei! –Ele gritara.

- Hai! –Ouvi-a desaparecer no instante seguinte.

- Todos? –Lisanna perguntara assustada. –O que está acontecendo?

- Você. –Vi Aquarius olhar para Lisanna de um modo assassino. –Nunca mais ouse citar os pais de Lucy Heartfilia.Nunca mais.–Seus olhos azuis eram assustadores.

Eu percebi meus espíritos formando a letra ômega.

Eles não pareciam felizes. Não sorriam. Estavam completamente diferentes do normal.

Todos na guilda se aproximavam e ficavam ao nosso redor.

Eu desejava sumir.

Não queria ser o centro das atenções.

- Loke. –Ouvi Makarov chamá-lo.

- Mestre... Lucy já deveria ter saído da Fairy Tail. –A voz do meu amigo leão era séria. Muitos engasgaram e eu fechei os olhos, desejando morrer. –Ela não fez isso por que os ama. Mas sua situação piora a cada dia.

- Loke... Pare. –Pedi tremulamente, escondendo meus olhos e tossindo mais sangue. –Cale a boca, por favor. –Implorei num tom choroso.

- Ele é seu guardião minha estrelinha. Léo quer seu bem.

A sua voz mamãe. A sua voz ecoara pelo salão da guilda e todos se calaram.

- Se você está com a vida por um fio, ele irá interferir.

Dessa vez foi a sua voz papai. A sua voz também ecoou.

Solucei.

Os pedaços do meu coração se partiam e dividiam-se ainda mais.

- Me leva pra casa Loke.Me tira daqui.–Implorei.

Eu queria chorar.

Mas não conseguia havia muito tempo.

Ele suspirou e sussurrou algumas palavras.

Num último relance, pude ver os olhos verdes escuros de Natsu, assustados, preocupados. Ele me chamara, mas não respondi-lhe.

Então, rendi-me à confortável escuridão.

Quem sabe, com sorte...

Eu nunca mais acordasse?

* * *

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Notas finais do capítulo

Creio que, como lhes disse lá em cima, tenham ficado algumas dúvidas e confusões, não?

Mas a história estará mais esclarecida nos próximos dois capítulos, não se preocupem. Quem quiser tirar dúvidas ou tentar entender mais, pode me procurar para conversar.

Até o próximo capítulo, já está tarde para que eu fique acordada, rs.

Addio, amici!



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