Segunda Chance escrita por Sophie Valdez


Capítulo 1
O despertar


Notas iniciais do capítulo

Oi leitores!

Primeiro, espero que gostem da fic, sei que é só o primeiro capitulo, mas se gostarem comentem por favor.

Escrevi essa fic começando no quinto ano de Harry, e visando reunir a família Potter, que eu amo.

Boa leitura!



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31 de Outubro de 1981

_ Não... Por favor... Harry não! Me mate no lugar dele! – a mulher pedia abrindo os braços, protegendo o filho que estava chorando no berço.

_ Saia da frente sua idiota! Fuja e me deixe matá-lo! – o bruxo a sua frente disse com a voz fria.

_ NÃO! Nunca! – a mulher grita desesperada. As lágrimas saem dos seus olhos enquanto seu peito se despedaça. Seu marido estava morto, no andar de baixo, seu amor morto... Isso era horrível de tantas formas que ela queria simplesmente se deixar cair ali e chorar para sempre, mas não podia, tinha que proteger seu filho, a coisa mais importante da sua vida. – Não o mate, por favor...

_ Eu lhe avisei... – o homem diz silvando. – AVADA KEDRAVA! – um jato de luz verde vem em sua direção. O último pensamento é Harry, seu Harry, e depois só escuridão.

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POV LILY

Uma dor de cabeça lucilante quase impede que eu abra meu olhos. Meu pulmão parece arder a procura de ar. Tento mexer meu corpo, e com dificuldade consigo mover meus braços. Sinto estar deitada em um chão duro e disforme, minha mão passa por algo que parece ser uma telha e um pedaço de madeira. Forço meus olhos a se abrirem e pisco algumas vezes me acostumando com a claridade do ambiente. Sob mim tem sim um amontoado de telhas e pedaços estranhos de madeira cobertos por uma grossa camada de poeira, apoio minha mãos no chão e impulsiono meu corpo para me sentar.

Primeiro Lily, onde você está? – penso respirando fundo. Eu conheço aquele lugar, é um quarto não muito grande, com um papel de parede azul claro cheio de pomos de ouro, em um canto a uma poltrona quase cinza de poeira e no outro canto uma estante cheia de brinquedos. A parte aposta a mim não estava ali, o teto e boa parte da parede parecia ter se explodido, daí que vem os escombros. Me levanto meio tonta e caminho até o móvel no centro no cômodo. Um berço branco estava ali, cheio de pó como tudo, dentro ainda havia muitos cobertores fofinho e um chocalho azul escuro.

Harry amava aquele chocalho.

Aquele pensamento fez tudo vir a tona. HARRY!

Todos as lembranças surgiram, os gritos de James, Voldemort, as suplicas, o jato de luz verde. Aquilo era uma maldição da morte, eu devia estar morta, mas estava ali. Porém só uma coisa importava, seu Harry. Onde estava o meu Harry? O que houve com ele? Porque não está aqui?

_ Harry..! – chamei com a voz rouca olhando para todos os cantos do quarto como se o menininho fosse surgir por detrás de algum móvel. Ele tinha que estar ali, não podia ter... Oh céus! Nem pensar! Não depois de James...

Lágrimas rolaram sem controle pelo meu rosto ao me lembrar do meu amor, meu marido, meu tudo. O fato de James estar morto era insuportável, era impossível!

De repente um barulho no corredor atrás dela a faz despertar. Voldemort ainda pode estar aqui, ou Harry... Sim, Harry!

Com esse pensamento eu pulo a porta arrombada e caminho rápido pelo corredor deserto, ouço um gemido e me apreso parando sem fôlego no meio da escada. Havia alguém ali no pé da escada, gemendo e confuso. Era ele! Era James! Seu James vivo!

_JAMES! – grito apressada me agachando ao lado do moreno. Seus óculos estavam quebrados mas fora isso estava bem.

_ Lily... LILY! – ele exclama recuperando as forças e me puxando para um abraço apertado que eu correspondo, afundando meu rosto em seu pescoço. Sinto seu corpo balançar enquanto ele chora enquanto minhas próprias caem no seu ombro. – Lily, você está viva, eu estou vivo... Como..? Cadê o Harry?

_ James... – eu gemo desesperada e ele se afasta um pouquinho para me encarar. – O H-Harry...

_ Lils, pelo amor de Merlin... M-Me diga que ele está bem! – ele pede tão desesperado quando eu.

_ E-eu não sei! – respondo chorando. – Acord-dei no quarto dele... está tudo destruí-í-ído e ele... James, nosso menino n-não está lá!

_ Como não? O que houve? Eu só me lembro de Voldemort, e de uma luz verde... uma maldição... eu juraria que estava morrendo! – James me diz se levantando.

_ Eu pensei que ele havia o matado, Voldemort me disse que você estava mo-morto... – digo ainda chorando. – E-Ele queria matar Harry, e eu não sai da frente do berço, eu também juraria que ele me matou, porque eu vi a maldição vindo até mim... M-Mas agora eu aco-cordei lá no q-quarto de-dele e... James, onde está meu filho? Onde está o Harry? – termino me descontrolando e James me abraça forte. O desespero parece ter me tomado, inteiramente. Minha mente só conseguia pensar no meu menininho, meu anjinho de olhos verdes...

_ Temos que pedir ajuda Lily... Ajuda para achar Harry! – James diz com a voz tremida. Eu concordo e me separo um pouco secando meu rosto. – Nossa casa está muito empoeirada, não acha?

_ Sinceramente James, eu só quero o Harry, não estou nem aí para a poeira! – digo tentando ficar firme, segurando a mão do meu marido e o puxo para a porta da frente que também está arrombada. – Vamos logo, vamos falar com Dumbledore.

_ Não é melhor falar com Almofadinhas? – James diz me acompanhando apressado enquanto atravessamos o jardim.

_ Não, Dumbledore primeiro. – respondo abrindo o portão que range mais no que o normal, então olho para ele e vejo uma placa que nunca esteve lá antes. A placa era feita de madeira simples, mas assim que a olhei inscrições douradas, e outras mais simples surgiram.

– James! Veja isso!

James foi até mim e leu em voz alta a placa estranha:

_ “Neste local, na noite de 31 de outubro de 1981, Lilían e James Potter perderam a vida. Seu filho, Harry, é o único bruxo a ter sobrevivido a Maldição da Morte. Esta casa, invisível aos trouxas, foi mantida em ruínas como um monumento aos Potter e uma lembrança da violência que destruiu sua família.”

_ E-Eu não entendo... – murmuro correndo os olhos pelos escritos. -31 de outubro foi a noite de ontem, mas nós não morremos e ... Como assim Harry sobreviveu a uma maldição? Ele foi subjugado a uma? Mas onde ele está? E-e esse negó-gó-cio de família destruída, James, o que está acontecendo?

_ Eu não sei Lily, não sei... – James responde com a voz tremula. – Mas sabemos que ele sobreviveu, e que algo estranho está acontecendo aqui... Olhe nossa casa, está em ruínas realmente, grama e ervas daninhas para toda o lado, parece até que dormimos por anos e...

_ Isso é muito confuso..! – exclamo balançando a cabeça. Na placa ainda havia outros rabiscos, mas não podia perder tempo com isso. – Temos que achar Harry, vamos nos focar nisso, em nosso filho!

_ Sim, Harry... vamos até o beco da Rua Nove para aparatar. – James diz pegando minha mão e me puxando rápido pela praça. Pelo canto do olho pensei ter visto o memorial da praça mudar de forma, mas não parei. Queria meu filho, menino nos braços...

_ Aparatamos no portão de Hogwarts ok? – James diz antes de rodarmos. A nossa frente ao invés de um beco escuro se encontrava agora a imponente escola de Hogwarts. O sol já estava no topo do céu brilhando forte apesar de ser Outubro. Atravessamos o portão e começamos a atravessar apressados o caminho até a porta principal do castelo. Os jardins estavam vazios e não se ouvia o barulho costumeiro das vozes dos alunos.

_ Não acha que está muito quieto? – pergunta subindo as escadas da entrada e adentrando o hall do castelo.

_ Onde foi dia das bruxas, os alunos devem estar descansando depois da festa. – James sugere e me puxa quase correndo pelas escadas e corredores parando de frente de uma gárgula de pedra.

_ A senha? – ela pergunta.

_ Senha? Meu filho sumiu! Abra logo! – James diz dando um empurrão na gárgula que não se move. – E agora...

_ Espere... – digo pensativa. – Pense em doces... bolo de caldeirão.

_Sorvete de limão.

_ Varinha de alcaçuz.

_ Sapos de chocolate.

_ Feijoezinhos de todos os sabores.

_ Isso é inútil! Vamos chamar a Ordem! – James exclama e a gárgula de move para o lado dando passagem a uma escada em caracol. – Ordem era a senha?

_ Não sei, vamos. – digo o puxando e subimos correndo a escada que dessa qualquer um tonto. Paro na frente da porta de madeira e bato três vezes.

_ Ele pode não estar. – James diz batendo novamente na porta impaciente. Depois de alguns segundos uma voz conhecida diz do outro lado da porta.

_ Podem entrar.

James gira a maçaneta e nós dois entramos apressados. O diretor Dumbledore estava como sempre, apesar de eu achá-lo com uma aparência mais velha, mas devia ser impressão. Ele lia atentamente um pergaminho e levantou os olhos no momento que a porta se fechou, e assim que nos viu arregalou os olhos.

Devo comentar que em todos esses anos que conheço o diretor, nunca havia visto ele arregalar os olhos. Mesmo nas situações mais impressionantes o bruxo parecia estar sempre calmo e reparado para tudo, como se nunca fosse pego de surpresa. Porém nesse momento seus olhos azuis estavam arregalados ao encarar-me e a James.

_ Diretor, eu sei que é imprudente temos vindo aqui, mas precisa nos ajudar. – James diz se apoiando na parte da frente da mesa do diretor.

_ Sr. Potter... James Potter... – Dumbledore murmura olhando intensamente para James.

_Ele apareceu lá em casa essa noite Dumbledore, nos atacou, não faço idéia de como estamos vivos... – James continua encarando o diretor por entre os óculos ainda quebrados. – Mas Harry, ele sumiu..!

_ Precisa nos ajudar diretor! Precisamos saber para onde foi nosso menino, se ele está bem... – digo suplicante ficando ao lado de James.

_ Lily... James... Lilian e James Potter. – Dumbledore diz olhando para mim e depois novamente para James. Seus olhos parecem esquadrinhar nossos rostos com uma certa cautela, como se procurasse algo de errado.

_ Dumbledore... Nosso Harry, por favor... – eu peço enquanto James abraça minha cintura.

_ Oh sim, não se preocupem. - Dumbledore responde com um voz estranha. – Harry está bem.

_ Onde ele está? – James pergunta rápido.

_ Em segurança. – o velho responde. –Agora, antes de vocês saberem mais de Harry precisamos conversar algo realmente sério.

_ Desculpe diretor, mas preciso do meu filho. – digo séria. – Sei que esta conversa pode esperar.

_ Infelizmente não Lily... – o diretor diz contradizendo-me – Agora me respondam, qual é a última coisa que aconteceu com vocês? Disseram que Voldemort...

_ Ele apareceu ontem a noite. Nos pegou de surpresa... – James diz e eu o sinto tremer. – Ele sabia Alvo, ele sabia onde estávamos... ele... Pedro nos traiu...

_ James, nós não sabemos... – digo acariciando suas costas lhe reconfortando. Pedro Pettigrew sempre foi amigo da nossa família, amigo intimo de James. Há um dia tinham transformado ele em fiel do segredo. Era realmente horrível pensar que Pedro os tinha traído, mas não era impossível.

_ Sinto muito, mas James tem razão Lily. – Dumbledore diz nos surpreendendo com essa confirmação. – Pedro Pettigrew serviu como espião de Voldemort na Ordem há muito tempo... e informou a ele sua localização.

_ Rabicho... Como ele pode? – James pergunta abismado. – Nós somos... éramos, amigos! Ele... aquele... não acredito!

_ Se acalme James... – digo tentando acalmá-lo mas meu marido se afasta dando um muro na porta. – James!

_ Aquele rato vai me pagar! Aquele traidor! – James grita bravo.

_ Senhor Potter, por favor se acalme e sente-se. – Dumbledore diz indicando as cadeiras de frente a ele. – Você também Lily.

Nós nos sentamos e Dumbledore respira fundo nos encarando.

_ Eu não sei como dizer isso, mas não deviam estar aqui. Vocês dois não podem estar aqui.

_ Nós sabemos, a segurança... Mas Harry sumiu e... – eu começo, mas sou interrompida com um gesto de Dumbledore.

_ Lily, não sei como dizer... – ele repete. – Mas acreditem, vocês dois morreram na noite do dia 31 de outubro de 1981.

_ Não, nós estamos aqui. Não morremos ontem. – digo confusa e o diretor naga com a cabeça.

_ Lily, hoje é 15 de agosto de 1995. – Dumbledore diz. Eu o encaro sem reação, sem entender. O que ele disse? 1995? Não, não, não devo ter entendido, isso é o stress me enganando.

_ Hãm..? – James indaga também sem entender. – Desculpe, acho que ouvi errado.

_ Não ouviu. – Dumbledore diz. – Há 14 anos atrás vocês morreram, na casa de você em Godric’s Hollow. E de alguma forma, que eu não sei qual, voltaram! Isso é muito curioso, não há magia que ressuscite mortos!

_ Há 14 anos... –eu repito olhando para baixo, eu não sinto minha pernas e não consigo entender as coisas com clareza. – Nós, eu e James morremos há 14 anos?

_ Sim, foram mortos pro Voldemort. Primeiro James, depois você Lily. – Dumbledore responde. O clarão verde volta a minha mente, era uma maldição. Mas como estou aqui agora?

_ Como isso é possível? – James pergunta com a voz rouca.

_ Sinceramente, eu não sei. – Dumbledore responde suspirando. – Vocês simplesmente acordaram na casa?

_ Eu acordei no chão do quarto do Harry. Tudo estava destruído e cheio de pó, e eu não o encontrei. Eu pensei que James estava m-morto... mas o encontrei vivo no pé da escada, tonto como eu... – eu conto com o coração acelerado.

_ Vocês acordaram onde morreram. – Dumbledore diz pensativo. – Isso é algo muito curioso, muito estranho e totalmente novo para mim!

_ Eu ainda não acredito como... Mas e Harry? – James pergunta.

_Ele está bem, é um jovem muito especial de 15 anos. – Dumbledore responde e eu arquejo. 15 ANOS? Meu bebe é um jovem de 15 anos?

_ 15 ANOS? – James grita os meus pensamentos.

_ Sim, como eu disse, se passaram 14 anos desde o dia que Voldemort invadiu sua casa e muita coisa aconteceu. – o diretor diz.

_ Que tipos de coisa? – pergunto ansiosa.

_ Ah muitas... coisas realmente surpreendentes. Sugiro que se acalmem e se preparem. A história é longa.


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Notas finais do capítulo

E então?

Há leitores aí?
Se há por favor comentem! kkkk

Posto o segundo em breve...

Beijos