Segunda Chance escrita por Sophie Valdez


Capítulo 2
A Ordem


Notas iniciais do capítulo

Oi leitores e leitoras!

Fiquei feliz com meus tres comentário mas espero mais! kkkk

Se tiver leitores fantasmas, por favor, se manifestem!!!

Boa leitura....



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O diretor olhava atentamente para o casal a sua frente enquanto seu cérebro trabalhava rapidamente tentando achar uma explicação para aquela situação. Nesse tempo, James tentava assimilar toda aquela loucura. Ele havia morrido, e Lily também... há 14 anos atrás? E porque estão aqui? Porque voltaram? E Harry... céus, Harry já é um rapaz, que cresceu sem eles.

O pensamento de Lily também estava em seu filho. É claro que achava aquela história absurda, afinal nenhuma magia ressuscita os mortos, mas Voldemort disse que matou James, e ele estava ali ao seu lado graças a Merlin! Mas ela tinha certeza que o seu antigo diretor não estava mentindo, e agora tudo que ela queria era ver seu filho, seu menino, que cresceu órfão...

_ Como quem Harry está? Onde... quem é o guardião legal? – Lily pergunta ansiosa por noticias do seu filho.

_ Ora, ele deve morar com Sirius! – James responde acariciando a mão da esposa, porém Dumbledore nega com a cabeça o deixando nervoso.

_ Receio que não Sr. Potter. – ele diz calmamente. – Harry mora com os tios maternos.

_ Tios ma.... PETÚNIA? – Lily exclama com os olhos arregalados e o coração disparado. A irmã a odiava e odiava esse mundo, ela não ia tratar seu filho bem.

_ Sim, acho melhor lhes dar um breve resumo do que aconteceu desses anos. Primeiro, no momento que você morreu tentando proteger seu filho Lily – ele começa e Lily sente o marido tremer ao seu lado. – você liberou uma magia muito pura e poderosa, amor. Isso serviu como um escudo para Harry, e a magia negra de Voldemort não foi páreo a isso, e naquela noite, além de ser o dia que o casal Potter morreu, foi o dia que Voldemort sumiu, foi derrotado.

_ E Harry? – James perguntou. Ele estava curioso com tudo aquilo, é verdade, mas saber da segurança do filho vinha antes de saber como Voldemort sumiu em sua lista de prioridades.

_ Harry saiu disso tudo ileso, ficou conhecido como O Menino que sobreviveu por todos no nosso mundo, afinal ele foi o primeiro que foi atingido por uma maldição e saiu apenas com uma cicatriz.

_ Ci...cicatriz? – Lily indaga preocupada.

_ Sim, ele tem uma cicatriz na testa. – Dumbledore comenta com um brilho estranho no olhar. – Continuando, como vocês sabem, quando trocaram Sirius por Pedro como fiel fizeram isso em segredo. Então, quando soube da morte de vocês Sirius logo viu que Pedro era um traidor e foi atrás dele querendo vingança.

_ Isso não é bom... – James murmura batendo pé no chão ansioso até sentir o toque suave da mulher na sua coxa o acalmando.

_ Pedro foi um pouco mais esperto que Sirius. Encurralado em uma rua cheia de trouxas ele gritou que Sirius havia traído vocês e explodiu a rua. Muitos trouxas morreram... Pedro cortou o dedo para forjar sua morte e, na forma de um rato, fugiu pelo esgoto. – Dumbledore faz uma pausa para tomar fôlego e continua. – O que os aurores encontraram quando chegaram lá foi Sirius rindo feito um doido, coberto de sangue em uma rua destruída. Ele foi preso por assassinar trouxas, ficou conhecido por ser seguidor de Voldemort e, para nós que conhecíamos vocês, ficou claro que Sirius os havia traído.

_ Isso é um absurdo! Calúnia da p.... Sirius NUNCA nos trairia! – James grita se levantando. – O senhor devia tê-lo ouvido!

_ Eu sei que foi injusto, mas com os fatos da época... – Dumbledore diz baixinho.Lily puxa levamente o braço de James o fazendo sentar. – Enfim, nesse meio tempo Harry ficou com os tios. Ele veio a Hogwarts com 11 ano é claro. Uma criança excelente! – Lily se permitiu um sorriso. – Um tanto inclinado a quebrar regras é claro... – Dumbledore acrescenta e James agora que abre um sorriso esquecendo a injistiça ao amigo por um tempo. – Harry conheceu Sirius com 13 anos, assim como Remo Lupin...

_ Como? – Lily pergunta curiosa.

_ Ah, Sirius fugiu de Askaban. – Dumbledore responde deixando o casal boquiaberto. – Um grande feito na verdade. Ele contou a verdade a mim e ao Harry, mas não conseguimos provar sua inocência perante a lei já que Pedro fugiu novamente então... ele agora é um foragido. Já Remo, ele foi professor de DCAT aqui nesse ano, Harry tem uma ótima relação com ele.

_ Fico feliz por isso... – Lily sussurrou brincando com uma mecha do cabelo acaju. Ela tinha certeza que a irmã não tratava bem do filho, e ficou feliz por saber que ele ao menos conseguiu ter contato com aqueles bons amigos.

_ Bom, há alguns meses entretanto algo ruim aconteceu. – Dumbledore diz e o casal se endireita na cadeira, ligeiramente tensos. – Voldemort, que desde aquela noite na sua casa não passava de um ser inferior, com uma semi-vida... Voltou. Ele conseguiu seu corpo de volta e já começou a reunir novamente seus seguidores.

_ Então estamos em guerra ainda. – James conclui temendo a segurança do filho.

_ Sim, James... Na verdade, acho que nunca deixamos de estar, só tivemos uma pausa.

_ Mas, e Harry? – Lily pergunta novamente. – Se Voldemort foi derrotado tentando matá-lo, ele vai querer vingança e o senhor mesmo disse que meu filho era alvo de Voldemort...

_ Harry enfrentou Voldemort assim que este ressurgiu. – Dumbledore conta fazendo Lily estremecer. – Mas conseguiu fugir... Entretanto, sua segurança ainda é precária. Harry foi atacado por dementadores a poucas horas...

_ O QUE? E o senhor esta aqui, assim, tranqüilo? – Lily grita se levantando.

_ Deviam estar protegendo ele! Dementadores não saem por bairros trouxas procurando bruxos para atacar! – James exclama também se levantando.

_ Eu sei, por favor se acalmem...

_ ACALMAR? MEU FILHO FOI ATACADO! – Lily grita novamente achando que o diretor não deve ter visto a gravidade da situação.

_ Sra. Potter, posso lhe dizer com toda certeza que Harry sabe se virar em situações como essa. O próprio Sr. Lupin o ensinou a produzir um patrono quando o garoto tinha 13 anos e Harry se defendeu com louvor. – Dumbledore conta tentando aclamá-los. Lily se senta relutante puxando o marido enquanto James se pergunta o porque do filho ter aprendido um feitiço assim com apenas 13 anos. – Mas, devido ao feitiço ele foi expulso de Hogwarts...

_ EXPULSO? Expulsaram meu filho por ele se... defender? – James pergunto abismado enquanto a esposa parece ter perdido as palavras.

_ O ministério esta agindo de forma... complicada. Mas já providenciei para que Harry não seja expulso, ele só vai ter que comparecer a uma audiência. – Dumbledore diz e James cruza os braços murmurando algo como: “meu filho... audiência... injustiça...”. – Por hora, ele vai ser deslocado para a nova sede da Ordem da Fênix.

_ Então a Ordem foi reunida. – James afirma.

_ Sim, na verdade eu já estava indo para lá, teremos uma reunião. Acho um bom momento para apresentar você não? Será um choque sem dúvida mas... Não tem como não ser. – o velho diz se levantando e sendo seguido pelo outros até a centro do gabinete. – Segurem-se em mim. – termina estendendo o braço.

_ Mas não é possível aparatar em Hogwarts. – Lily diz recuperando a voz.

_ Lily ele é o diretor, e é Dumbledore... Apenas segure. – James diz segurando a mão da esposa com a sua mão esquerda o braço de Dumbledore com a direita. Lily o imita e segundos depois aparatam surgindo em uma rua escura a úmida de Londres.

James olha ao redor reconhecendo o lugar, já tinha estado ali antes tentando convencer uma certa senhora a deixá-lo entrar. O número 12 se erguia imponente na sua frente.

_ Creio que o Sr. Potter saiba na casa, mas Lily... leia isso... - Dumbledore diz lhe entregando um pedaço de pergaminho.

_ O quartel-general da Ordem da Fênix pode ser encontrado no Largo Grimmauld, número 12, Londres. – Lily lê e levanta os olhos vendo agora a casa. – Largo Grimmauld.... não é a casa dos pais do Sirius?

_ Agora a casa é dele. Sirius a ofereceu como sede para a Ordem já que a casa é muito bem protegida. – Dumbledore explica subindo as escadas na entrada. – E ele próprio a usa como esconderijo é claro...

_ Sirius não deve estar feliz... – James comenta e o diretor afirma com a cabeça. Eles entram em um hall escuro que leva a um corredor escuro.

_ Eu vou disfarçá-los por um tempo até todos estarem reunidos. – o diretor diz empunhando a varinha e muda as cores dos olhos e cabelos do casal, assim como algumas feições. – Ótimo. Por favor, peço que não se manifestem até eu apresentá-los, está bem?

Nós afirmamos e o acompanhamos pela casa que mais parecida uma mansão mal-assombrada de filmes de terror na opinião de Lily. Caminharam pelo corredor até ouvirem vozes saindo de uma porta no fundo, Dumbledore entrou lá e o casal o acompanhou. O cômodo diferente do resto era bem iluminado e quentinho, apesar de ter as mesmas paredes escuras e tristes. No centro se encontrava uma longa mesa que era ocupada por muitos bruxos que cumprimentavam Dumbledore animados e observavam os outros dois com curiosidade. James e Lily logo reconheceram os professores de Hogwarts e alguns bruxos que eram aurores há um tempo, também haviam outros que eles não conheciam.

Porém, a atenção de James foi diretamente para um bruxo que se sentava na ponta da mesa, encostado de lado com um ar despreocupado e arrogante. Seus cabelos iam ondulado até seu ombro e seu olhar negro era penetrante. Mas James não via exatamente isso, afinal ele conhecia Sirius. James via era as coisas diferentes. O amigo aparecia bem mais magro do que o recomendado com as bochechas em pouco fundas, as rugas eram uma novidade para o moreno de óculos e algo faltava... algo como... aquele brilho maroto nos olhos, ou o ar de riso. O homem também encarava eles, achava o casal estranhamente familiar, o que fazia ele ter certeza de que estava ficando louco preso naquela casa. Os dois homens se encararam por um instante até Lily puxar a manga do marido e eles se sentarem.

_ Bom, vamos esperar os outros chegarem e podemos começar a reunião. – Dumbledore diz.

_ Não acho que seja necessário. Já esperamos de mais e o Potter certamente vai atrasá-los com alguma baboseira. – James e Lily se inclinam para olhar o dono da voz, não apenas por ele falar com tanta frieza do filho, mas por a voz ser conhecida. Logo reconheceram o homem, afinal ele não mudou muito. O mesmo cabelo oleoso, a mesma carranca, o mesmo nariz torto como um gancho e a mesma pele macilenta.

_ É melhor controlar a língua Ranhoso... – Sirius rosna olhando afiado para Snape que retribui o olhar.

_ Ou vai fazer o que? Me morder? – Snape diz com um risinho de descaso.

_ Não ponho porcaria na boca, mas minha varinha pode causar um estrago. – Sirius diz entre dentes e faz um movimento com o braço, mas um homem ruivo ao seu lado o impede.

_ Parem vocês dois! Parecem adolescentes! – uma mulher também ruiva ao lado do outro diz com uma voz repreensiva. – Vamos esperar os outros sim. E já falei para parar com esse apelido Sirius, trate o Professor Snape com respeito!

_ Vai sonhando... – Sirius murmura cruzando os braços.

_ Espera... Professor..? – pergunta com a voz esganiçada. – Ele, Snape... Professor? De onde?

_ Snape ensina poções em Hogwarts. – Dumbledore explica. James continua boquiaberta enquanto Lily olha confusa pro antigo amigo, ele tinha perdido sua amizade por se juntar a Voldemort, mas agora, se ele é professor...

_ Tu pirou Dumbledore? – James indaga. – Ele é um comensal!

_ Não é mais. – Dumbledore diz calmamente e James penas bufa encostando-se à cadeira indignado. Minerva McGonnal abre a boca para falar mas é interrompida por um barulho.

_ Eles chegaram. – a mulher ruiva diz se levantando e sumindo pela porta. Snape continua observando o casal com descaso, principalmente o homem que não o conhecia e que parecia ser um idiota. Sirius também os observava com curiosidade e animação por eles parecerem não gostar do Ranhoso também.

_ Então, não vão dizer seus nomes? – Minerva pergunta olhando para James e Lily que se sobressaltam.

_ Nós... nós não... – Lily gagueja mas para com a chegada de um grupo de bruxos entrando na cozinha. Alastor Moody vinha a frente e não tinha mudado nada. O casal ainda reconheceu todos os outros. Héstia Jones, Elifas Douge, Dédalo Diggle (“não deixou esses chapéus... – pensou James”), Emmeline Vance e Kingsley Shacklebolt. Logo atrás vinha uma moça jovem de cabelos rosa berrante que nenhum dos dois conhecia e por último fechando a porta a mulher ruiva e um homem de cabelos claros.

As cicatrizes de Remo o denunciaram de cara. Os Potter’s acharam o amigo muito mais abatido e enrugado, seus cabelos já tinham fios brancos. Suas roupas eram gastas e remendadas como sempre, mas ele tinha um meio sorriso no rosto.

_ Temos que tirar aquele negócio do corredor, senão Nymphadora nunca vai deixá-lo em paz. – ele diz lançando um olhar divertido para a senhora ruiva.

_ Eu não tenho culpa se aquele treco horrendo oculpa metade do corredor! – a moça de cabelo rosa responde corada. – E é TONKS! T-O-N-K-S!

_ Ok... Como vai Dumbledore? – Lupin diz cumprimentando alguns professores e se sentando ao lado de Sirius.

_ Muito bem, como foi a transição? – Dumbledore pergunta.

_ Tudo tranqüilo. – Tonks responde. – Harry é muito legal não? Um menino da hora!

_ Tivemos que mudar um pouco o curso mais saiu tudo bem. – Moody diz lançando um olhar repreendido a moça. – O menino já deve estar fofocando com os amigos lá em cima.

James e Lily se endireitaram, se agarrando a cada palavra dita sobre o seu filho. Ele estava ali em cima, em segurança... Isso os aliviava.

_ Ótimo... – Dumbledore diz. – Bem, creio que íamos falar sobre os planos de Voldemort... Severo?

_ Ele vai continuar nas escuras, está criando medo e seu plano está indo muito bem não? – Snape diz com desprezo.

_ Fudge é irredutível! Não ouve nada e briga com quem ousa dizer. – Kingsley diz com a voz grossa ecoando pelo cômodo. – E ainda tem os jornais...

_ Devia pedir para Fudge deixar o menino em paz Dumbledore... – a senhora ruiva diz em um tom preocupado e Lily se inclina para a frente sentindo que o menino é seu filho. – Os jornais não param de atacar Harry!

_ Eu sei Molly, mas por hora eu tenho a mesma influencia lá do que um qualquer. – Dumbledore responde.

_ Falando em Harry, você sabe que temos que contar para ele não é? Pelo menos alguma coisa... – Sirius diz sério. – O menino viu Voldemort ressurgir, lutou com ele, e vocês o exilaram com os trouxas o deixando sem informação.

_ Ele pode saber um ou outra coisa, mas não contem as mais sérias. Nossos assuntos são extremamente confidenciais...

_ Não confia em Harry?

_ Confio, mas isso é uma ordem Sirius. Não é para contar a ele as informações mais sérias. – Dumbledore diz extremamente sério. – Pois bem, Severo, continue a espionagem, temos que saber tudo que ele quer. Agora, tenho um assunto muito mais sério para falar com vocês. Esta tarde eu recebi a visita desse casal, visita que me assustou muito e que vai assustar vocês, mas peço que se controlem até eu explicar tudo, no possível é claro.

Com um aceno da varinha ela desfaz o feitiço e a sala toda arqueja sem ar, afinal aqueles em sua frente eram Lily e James Potter.


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Notas finais do capítulo

Gostaram?

COMEEEEEEEEEEEEENTEEEEEEEEEEEEEEEEEEM!!!! Please...

Beijos