Amizade e Amor escrita por beabea, beabea786


Capítulo 5
Capitulo 5


Notas iniciais do capítulo

Sim, vocês não estão a sonhar eu estou de volta assim tão cedo tudo por que recebi um dos melhores comentários que pudemos receber numa fic nossa e é por essa querida leitora que eu estou aqui de volta.
O capitulo é dedicado a ti minha querida Paula Moreira.
Espero que todos gostem.
Kiss, bea



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A campainha da casa tocou e quem atendeu foi a minha mãe que tentou ajeitar-se o melhor possível antes de abrir a porta.

–Oh, boa tarde. - cumprimenta a minha mãe ao ver quatro pessoas no alpendre da nossa casa.

–Olá, nós somos novos aqui no bairro e queríamos apresentar-nos. - esclarece a mulher estendendo um prato tapado com um guardanapo ocultando assim aquilo que poderia estar ali.

–Bem vindos sendo assim e espero que se deem bem por aqui. Já agora eu sou a Judith, o meu marido Benjamin e esta é a minha filha mais velha, a Katniss. - apresenta-nos a minha mãe apontando para cada um de nós.

Obriguei-me abrir um sorriso para os nossos vizinhos enquanto dizia a mim mesma que eles não tinham que a culpa de estar num dia mau.

–Sou a Hazelle, o meu marido James, o meu filho mais novo Gale e a minha filha mais velha Clove.

–Por favor entrem, venham desfrutar connosco esta tarte que nos ofereceram. - convida a minha mãe fazendo com que eu tivesse uma grande vontade de fechar a porta na cara dos novos vizinhos e dizer á minha mãe que noutra altura seria agradável o convite, mas hoje não.

–Obrigada pela gentileza, mas nós teremos que recusar. - fala pela primeira vez o tal de James.

–Ora, eu insisto. - fala a minha mãe abrindo passagem para aquela familia poder passar.

–Se insiste assim tanto. Licença. - fala Hazelle sendo a primeira a entrar na nossa magnifica casa.

–Vai chamar á tua irmã lá encima. - pede o meu pai sussurrando antes de abrir um sorriso na direção aos nossos convidados.

Tentando não desaparecer assim de repente tentei ser o mais discreta possível ao subir as escadas. Parada á frente da porta branca do quarto de Prim conseguia escutar uma música calma vinda de lá.

–Prim, temos visitas. - falo batendo á sua porta, mas sem abri-la eu sabia o quanto a Prim odiava que entrassem no seu quarto quando estava a ouvir música.

–A mãe do Peeta? - questiona Prim lá de dentro no momento em que eu estava pronta para descer as escadas.

–Não, os nossos novos vizinhos. - respondi quando sabia que a minha voz não iria sair do meu controlo.

Descia as escadas com alguma lentidão com o objetivo de conseguir imitar sorrisos que pudessem agradar aos novos vizinhos e que fazia pensar que eu estava completamente bem, o que era uma grande mentira.

–Alguém quer chá? - pergunta a minha mãe como já era habitual acontecer.

A minha mãe sempre gostou de chá desde de pequena e pensava que o chá dava para servir com tudo e que podia resolver muitos dos problemas que nós tínhamos por essa razão os nossos armários da cozinha estavam cheios de caixas com saquetas de chá. Era quase inacreditável, mas mesmo assim era reconfortante.

–Apenas uma chávena. - aceita Hazelle no momento em que eu entrava na sala de estar vendo os novos vizinhos sentados no melhor sofá que nós tínhamos ali disponíveis.

A nossa sala de estar tinha dois sofás, um que era bastante confortável e que parecia mais limpo e o outro que era bastante duro e que tinha uma grande mancha que nem o meu pai nem a minha mãe faziam ideia do que é que era, mas eu sabia. O primeiro era aquele sofá que eu e a minha irmã gostávamos de chamar o sofá das visitas enquanto o outro era o sofá da familia, ou como eu e a minha irmã chamávamos o sofá dos pobres.

Sentei-me ao lado do meu pai que ocupava um lugar ao lado da minha mãe que insistia em servir mais chá a este mesmo sob os resmungos dele, eu sempre admirei o amor que os meus pais sentiam um pelo o outro.

–Então Gale, em que escola pretendes estudar? - pergunta a minha mãe tentando meter conversa com o único que parecia ter a minha idade, notei o olhar que a minha mãe me enviou e senti a cotovelada que o meu pai me deu na barriga sendo muito facilmente perceber que eles queriam que eu dissesse alguma coisa.

–Matriculei-me na escola de Panem. - responde Gale antes de dar uma garfada na fatia de tarte que estava no prato que a minha mãe tinha servido.

–É a escola onde a Katniss estuda-afirma o meu pai desta vez.

–A sério? Que giro, sendo assim poderás acompanhar o Gale até a escola. - fala Hazelle olhando para mim com alguma espectativa.

–Seria bom ter alguma companhia logo de manhã. - fala desta vez Gale olhando para mim com um sorriso que eu não soube dizer se era malicioso ou simplesmente era assim que ele sorria.

–Claro porque não? - falo sabendo que eu já não tinha boleia para a escola nos próximos dias.

Naquela altura Prim chegou finalmente á sala e apresentou-se devidamente, notei que ela tinha um fone na sua orelha e não consegui evitar sorrir ao perceber o quanto a Prim nunca iria mudar.

–Então James, por equipa é que torces? - questiona o meu pai fazendo com que eu revirasse os olhos ao perceber que o assunto por aqueles minutos que viriam de seguida seria o desporto.

–Chicago Bears, está claro. - fala James fazendo com que eu soltasse logo de seguida um riso sem ao menos conseguir evitar.

–Estás a brincar certo? Chicago Bears nem sabem chutar na bola como é que podes torcer por eles? - pergunta o meu pai ignorando completamente o meu ataque de risos.

–Hazelle queres vir ajudar-me no jantar, aproveitam e jantam connosco que acham? -convida a minha mãe levantando-se e recolhendo as chávenas.

–Claro. Deixa-me ajudar-te com isso. - fala Hazelle pegando nas outras chávenas que a minha mãe não conseguira pegar.

–Aí sim? Então por equipa é que você torce? - pergunta desta vez James um pouco curioso mas tinha um tom de desafio que eu sabia que o meu pai facilmente iria aceitar.

–Por favor vocês não podiam esperar até estar á mesa para terem esta discussão? - não evito em perguntar, normalmente o meu pai esperava sempre pelo jantar para fazer aquelas perguntas mas ele devia estar bastante ansioso para não aguentar.

–Tenho que concordar com a Katniss, pai.

–Não gostas de futebol americano? - pergunto olhando surpresa para Gale por aquilo que ele acabara de fazer, Peeta era completamente louco por futebol americano ele não perdia nenhum jogo da sua equipa que era a mesma do meu pai: Pittsburgh Steelers.

–Prefiro basquete. - responde Gale encolhendo os ombros logo de seguida como se não pudesse fazer nada sobre isso.

Estava pronta para dizer alguma coisa quando fui impedida por batidas insistentes na porta, Prim foi quem se aprontou em abrir a porta.

–Olá Prim. - ouço uma voz a falar com a Prim, foi me fácil reconhecer a voz de Peeta.

–Peeta o que fazes aqui? - pergunto levantando-me do sofá assim que vi Peeta adentrar na sala.

–Ola, Benjamin. Como está o seu pé? - pergunta Peeta evitando olhar para mim.

–Muito melhor. - responde o meu pai levantando-se para provar o que dizia.

–Fico feliz.

–O que fazes aqui, Peeta? - pergunto novamente avançando para perto do loiro bloqueando assim a sua visão para o meu pai visto que eu e ele eramos quase da mesma altura, o Peeta superava-me nalguns centímetros.

–Eu cheguei a casa com um ar abatido e a minha mãe perguntou-me o que se passava e eu contei-lhe tudo, incluindo a tua confissão.

Engulo em seco e olho em meu redor percebendo que atenção dos presentes estava voltada para nós.

–Peeta… - tento chamar atenção dele para parar de falar.

–Sabes o que ela me fez? Deu-me uma tapa na nuca como se eu tivesse feito alguma coisa de mal, eu acho que nunca ouvi nenhum sermão tão grande como o que ouvi hoje. Ela ordenou-me vir aqui e dizer a mesma coisa, mas eu não percebia o porque. Decidi vir, mas com a condição de me explicares o que me tentas-te dizer. - diz Peeta sem desviar os olhos do meu rosto.

–Eu disse para esqueceres, Peeta. É assim tão difícil de perceber? - pergunto já sem conseguir suportar.

Ouvi o meu pai a levantar-se e quando estava pronta para virar-me para trás e dizer que estava tudo bem ouvi ele a dizer que queria mostrar uma coisa ao James, ao Gale e a Clove mas teriam que vir com ele ao jardim. Agradeci mentalmente pela privacidade que o meu pai me estava a dar e antes de voltar a minha atenção para o Peeta vi todos eles a saírem da sala, até mesmo Prim que tinha continuado na entrada da casa até aquele momento.

–Eu não consigo esquecer, Katniss! Por favor, explica-te. Não sabes o quão preocupante é ver-te nesse estado. - fala-me Peeta referindo-se ao estado em que me encontrava, eu sabia que mais cedo ou mais tarde ele iria acusar-me da maneira como eu estava. Ele era o único que me conseguia ver realmente.

–Eu gosto de ti, ok? Não me venhas dizer que gostas de mim porque não é verdade. Não da maneira como eu gosto. A cada dia o meu amor por ti cresce mais e tu continuas na ignorância, sem saber ao menos aquilo que eu sinto realmente por ti… -falava enquanto me aproximava de Peeta que avançava para trás até as suas costas tocarem na parede atrás de si.

–Katniss…

–Era isto que querias ouvir, não era? Eu gosto de ti, pronto já admiti agora podes ir te embora. - afirmo olhando para Peeta por alguns segundos antes de lhe dar as costas com o objetivo de não ver ele a sair daquela sala.

Alguns segundos depois, quando pensava que ele já se tinha ido embora mesmo não tendo ouvir a porta a ser fechada, senti alguém me tocar no ombro. Olhei para trás e deparei-me com os olhos de Peeta a observar-me.

–Porque é que não te foste embora? - pergunto num sussurro.

–És a minha melhor amiga, eu tenho a certeza que nós vamos resolver isto juntos. -responde-me Peeta no mesmo tom que o meu, será que ele pensava mesmo que eu podia parar de ama-lo?

–Peeta, eu…

–Chhiu. - pede Peeta tocando nos meus lábios com o seu dedo indicador impedindo assim que eu continuasse a falar.

Observei Peeta como nunca tinha observado, o seu sorriso torto não estava presente nos seus lábios como já era habitual, o seu cabelo estava um pouco molhado dando a entender que ele estivera a tomar banho e os seus olhos… Meu deus, os seus olhos não poderiam estar mais brilhantes de como estavam agora.

Não sabendo onde tinha arranjado a coragem aproximei-me de Peeta colocando-me nas postas dos pés para ficarmos á mesma altura. Não sabia o que estava a fazer, mas eu não me queria afastar. Peeta continuou no mesmo lugar olhando para mim como se me estivesse a ver pela primeira vez. Olhei para os lábios dele entreabertos antes de voltar o seu olhar para os seus olhos vendo que ele estudava também os meus lábios, num intuito passei a língua pelos os meus lábios sem desviar nenhuma vez o olhar dos olhos de Peeta que notei que estavam a ficar mais escuros. Estava pronta para dar os meus últimos passos quando a campainha tocou.

Como se percebesse finalmente o que tinha acontecido, Peeta olhou-me nos olhos e afastou-se rapidamente de mim criando uma distancia de nós.

–Eu vou lá. - anuncio quando ouvia pela terceira vez a campainha a tocar.

Encaminhei-me para a porta xingando mentalmente a pessoa do outro lado da porta por ter interrompido o momento do qual eu esperava á muito tempo.

–Finnick? O que fazes aqui? - questiono ao perceber que quem estava á entrada da minha porta era o Finnick Odair que estava completamente encharcado da cabeça aos pés com um olho negro, o que era invulgar em Finnick visto que ele não se metia em nenhum tipo de confusões.

–É a Annie! Eu preciso da tua ajuda, Katniss.

–O que aconteceu, Odair? - pergunta Peeta estando lado a lado de Finnick enquanto eu tentava acompanha-los quase num passo de corrida.

***

–Onde está a Annie? - pergunto.

Tinha saído de casa acompanhada por Peeta que fez o favor de dar a desculpa que eu ia á casa do Peeta tentar acabar um trabalho sendo que na realidade ia atrás de Finnick tentar ajuda-lo com a Annie mesmo não fazendo a mínima ideia daquilo que acontecera. Notei que a minha mãe ficou feliz por eu e o Peeta estarmos bem novamente, mesmo que tenhamos ficado apenas zangados um com o outro durante algumas horas.

–Ela está no meu carro, mas tive que estacionar alguma ruas de distancia da tua.

–Porque?

–Primeiro eu não sabia onde era a tua casa, tive que estar a bate de porta em porta até um casal ter a gentileza de nos dizer onde vivias e segundo eu não tinha mais nenhum lugar seguro onde poderia ter a Annie.

–Mas o que é que aconteceu afinal? - perguntou Peeta fazendo com que eu concordasse com a pergunta que ele tinha feito, durante aqueles minutos que nós tivemos andar Finnick manteve-se quase o tempo todo calado respondendo apenas a todas as perguntas que nós fazíamos, todos menos aquelas.

–Eu acho que a Annie foi violada.

–O quê?! Meu Deus, Finnick! Porque é que não levas-te ela direto para um hospital? Ela deve estar aterrorizada. - falo não conseguindo nem sequer pensar em como é que a Annie deve estar naquele momento.

–Eu… Eu não sei. Eu simplesmente peguei nela e guiei, quando percebi que estava a guiar em volta dos quarteirões decidi vir á tua procura sabendo que só tu me poderias vir ajudar. - tenta esclarecer-me Finnick mostrando o quão assustado ele estava.

–Finnick, o que nós vamos fazer é levar a Annie para o hospital mais próximo. Ela precisa de ser analisada o mais depressa possível. - falei o mais calmo que eu conseguia não conseguindo perceber como é que aquilo podia ter acontecido á Annie.

–Tenta manter a calma, Odair. - pede Peeta passando uma mão pelos os seus cabelos mostrando assim o quão nervoso ele estava com aquela situação toda.

O mais depressa possível, nós alcançamos o carro de Finnick que como ele dissera anteriormente estava numas ruas de distancia da minha.

–Arranca já com o carro. - ordenei quando já estava instalado no banco de trás com a cabeça da Annie deitada no meu colo, Peeta mantinha-se no banco do passageiro e de minuto a minuto olhava para trás e perguntava como ela estava o que me deixava cada vez mais nervosa.

Ela chorava em silencio e os soluços que a alcançavam faziam o seu corpo todo tremer fazendo com que eu a cada segundo ficasse cada vez mais assustada.

–Finnick por favor acelera. - implorei tentando não transparecer o quanto eu estava desesperada, Peeta olhou para mim e eu retribui o seu olhar.

Vi a sua mão estendida na minha direção e quando estava pronta para baixar a cabeça senti o polegar de Peeta a limpar o meu rosto fazendo com que eu percebesse que estava a chorar.

O Finnick deve ter olhado para mim pelo o espelho retrovisor e vendo como estava o meu estado acelerou fazendo com que Peeta afastasse as mãos e voltasse para a frente fazendo com que o silencio desconfortável instalasse naquele carro.

–Calma, Annie… - pedi afagando o cabelo da morena não sabendo muito bem o que deveria fazer para acalma-la.

–Precisamos de um médico, rápido. - informa Peeta assustando a mulher por trás da secretaria que olhava para o ecrã do seu computador como se este estivesse prestes a engoli-la.

Finnick carregava Annie no seu colo como se ela tivesse o peso de uma pena. Sentia os olhos da mulher a passar de Peeta para mim e de mim para o Finnick e a Annie. Cada segundo que passava com a mulher a observar-nos parecia uma tortura e eu tive que me controlar para não gritar para a mulher chamar logo o médico, mas tudo isso não foi necessário já que a mulher voltou para trás da secretária e chamou finalmente o médico.

–Doutora Enobaria, precisamos de si na receção.

Não foi necessário esperar muito tempo até a médica chamada pela mulher, que tinha como nome Jaime, apareceu.

A médica tinha o seu cabelo castanho preso num rabo de cavalo que parecia um pouco torto, a sua pele era morena e a sua altura devia ser a mesma que a minha. Ela parecia ter 30 e poucos anos.

–O que lhe aconteceu? - pergunta a médica assim que viu Finnick com a Annie nos braços e esta agarrada á blusa dele num choro compulsivo.

–Achamos que ela tenha sido violada. - respondo não sabendo como é que eu podia dizer aquilo, senti Peeta atrás de mim com o olhar dele em cima de mim.

–Onde é que a encontraram? - pergunta a médica enquanto Finnick colocava cuidadosamente a Annie na maca que o enfermeiro que tinha acompanhado a médica até ali tinha trazido consigo.

–Encontrei-a num beco quando estava a ir para o cinema. Ela estava a ser atacada por três homens. - responde Finnick.

–Foi você que a encontrou? Vocês conhecem-se? - pergunta a enfermeira referindo-se ao Finnick e á Annie.

–Somos colegas de turma. - respondo enquanto via a Annie a ser levada por alguns enfermeiros.

–Aí sim? E a Menina? Como é que ficou metida nisto? - pergunta a enfermeira fazendo com que todas aquelas perguntas começasse a parecer um interrogatório.

–O que é que…

–Ela é minha namorada. Nós íamos encontrarmo-nos no cinema quando a encontrei. -responde rapidamente Finnick impedindo assim que eu fizesse a minha pergunta.

–Certo, fiquem aqui. Tenho a certeza que a policia vos quererá fazer perguntas. -informa a enfermeira dando a entender que ou a policia já tinha sido informada ou iria ser.

Juntos caminhamos para a sala de espera em silencio não sabendo muito bem o que dizer um ao outro.

–O que disses-te é verdade? - perguntei querendo saber se a Annie tinha sido mesmo encontrada no beco, eu sentia que o Finnick estava a esconder alguma coisa.

–Na realidade… Eu segui o teu conselho, Katniss. Eu fui falar com a Annie quando tu sais-te da biblioteca, criei coragem e convidei para sair. Este seria o nosso primeiro encontro, mas e depois ela não apareceu e pensei que ela tinha desistido por isso fui me embora foi quando eu ouvi os gritos vindo do beco.

–Sinto muito. - lamento pegando na mão de Finnick.

–Eu já tinha tudo programado, iria ser o encontro perfeito. No fim eu iria beija-la e rezar para que ela me retribuísse. - desabafa Finnick escondendo o seu rosto nas suas mãos.

–Pensa assim, no final conseguiste ter uma namorada. - falo tentando descontrair um pouco ambiente e fazer graça com a falsa informação que o Finnick tinha dito á enfermeira á minutos atrás.

–Eu vou buscar água, alguém quer alguma coisa? - pergunta Peeta levantando-se da cadeira ao meu lado.

–Trás um copo de água com açúcar. - peço sabendo que mais cedo ou mais tarde aquilo seria necessário.

–Estás a sentir-te mal? - pergunta preocupado Peeta ameaçando voltar a sentar-se para continuar ao meu lado caso eu me sentisse mal.

–Não, é só mesmo por precaução. - respondo.

Peeta finalmente abandonou a sala de espera e eu pude encostar no meu assento e respirar como se á muito não o fizesse.

–Aconteceu alguma coisa entre vocês os dois, Katniss? - pergunta Finnick assustando-me por não ter estado á espera daquela pergunta por parte dele.

–Porque é que perguntas isso?

–Ainda não olhas-te como deve ser para o Peeta e diz-me se eu estiver enganado, tens evitado falar com ele sendo que ele insiste para falares.

–Eu… Eu declarei-me a ele. - respondo sabendo que naquele momento Finnick era o único que me compreendia.

–A sério? Agora percebo o porque de não estares com coragem de olhar para cara dele. Como é que ele reagiu?

–Ele não percebeu, simplesmente ficou a olhar para mim e disse que também gostava de mim, afinal eu era a melhor amiga.

Criei coragem e olhei para Finnick encontrando os olhos dele arregalados como se ele tivesse uma grande dificuldade de acreditar naquilo que eu acabara de dizer.

–Estas a brincar certo? Ele não percebeu mesmo o que estavas a tentar dizer? Desculpa dizer isto, mas tens um amigo bem tapado para não perceber isso.

–Não me peças desculpa por uma coisa que eu já sei á muito tempo, eu ainda tive esperanças que ele também retribuísse o sentimento, mas… Vou ter que seguir em frente, vou esquece-lo, Finnick. Tenho que esquece-lo. - afirmo fechando os olhos e encostando a minha cabeça no ombro de Finnick.

–Sabes que isso é quase impossivel, não sabes? Só o coração é que escolhe quem é que podemos esquecer. Só ele é que pode decidir isso. - declara Finnick afagando o meu cabelo.

–Mas eu quero.

–Querer não é poder, Senhorita Everdeen. - fala Finnick acentuando o seu sotaque britânico que era notado na sua fala, mas não muito.

Soltei uma leve risada ao perceber aquilo que ele estava a tentar fazer e por incrível que pareça estava a resultar.

–Já deram noticias? - pergunta Peeta anunciando a sua chegada fazendo com que rapidamente me separasse de Finnick que naquele momento estava abraçado a mim.

Pigarreando, Finnick responde por mim.

–Acho que ainda vai demorar algum tempo até nos dizerem alguma coisa, mas vocês podem ir embora eu vou ficar aqui.

–Não te vou deixar aqui sozinho, Finnick. E aliás eu também estou preocupada com a Annie. - falo rapidamente sem pensar duas vezes.

–Se ela fica eu fico. - responde Peeta entregando o copo de água com açúcar para mim e logo de seguida sentar-se ao meu lado.

Respiro fundo e encosto as minhas costas no assento da cadeira dura. Aquilo seria uma longa noite!


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Notas finais do capítulo

Que acharam? Eles quase se beijaram, mas foram impedidos por Finnick. Que acharam desse lindo momento? Começa a notar-se que o Peeta pode retribuir aos sentimentos da Katniss, não acham?
E o que acharam daquilo que aconteceu a Annie? Ela quase foi violada, mas Finnick a salvou a tempo, como acham que ela estara com tudo isto?
Proximo capitulo eu garanto que vocês vão amar.
Quanto a minha outra fic que eu estou prestes a postar: o spin-off da Amizade e Amor a votação foi feita no capitulo passado e a primeira one vai ser o dia em que eles se conheceram nos dois POV.
E agora fica a votação deste capitulo:
() Primeiro beijo da Katniss
()Primeiro beijo do Peeta
()Os primeiros ciúmes do Peeta
()Peeta defendendo a Katniss
Por favor votem e digam em que POV querem. É muito importante para mim eu saber a vossa opinião.
Kiss, bea