Estava em casa, deitada em minha cama fitando o teto, eram 01h40min e eu não conseguia dormir, sinto algo vibrar, vejo meu celular tocando, quem me ligaria a essa hora?

Olho o visor e vejo: Barbie Paraguaia. Sorri com o apelido que eu dei para o rosado e atendo.

– Alô! O que tem na mente para me ligar a esta hora?

– Alô, eu estou muito bem, obrigado! – Falou ironicamente. – Enfim, hoje é páscoa.

– A páscoa é amanhã. – Bufei.

– Já passou da meia noite, então significa que o amanhã já chegou.

– O amanhã só vai chegar quando eu dormir, acordar e o sol nascer para mais um dia lindo. – Conclui.

– E se estiver nublado? – Ouço um riso. – Você não pensou neste detalhe?

– Ah Natsu vai te catar, você me entendeu. Espero que o que tenha para me falar seja importante. – Falei já impaciente.

– Ok, ok! Primeiro abra a porta.

– Ãn? – Perguntei confusa.

– Eu estou aqui do lado de fora, tremendo de frio, o segurança podia ao menos deixar destrancado, ele deve estar dormindo e sonhando com os anjos agora enquanto eu congelo aqui fora. – Falou em um tom dramático.

– Menos drama, por favor, aliás, o que veio fazer aqui a esta hora, no dia de Páscoa?

– Eu te conto, mas antes me deixe entrar Luiigiiii! – O ouvi batendo os dentes, devia estar muito frio.

Suspirei, coloquei um casaco e desci até a portaria. Vi um segurança assistindo TV enquanto outro dormia.

– Com licença. – O chamei e o mesmo estava concentrado na TV. – COM LICENÇA! – Gritei sem paciência e o mesmo voltou a realidade e me olhou.

– Você vai acordar os moradores, faça mais silêncio mocinha.

– Não sou eu que estou me entretendo enquanto devia estar trabalhando de vigia no prédio. – Ele ficou envergonhado. – Poderia abrir para meu amigo entrar? – Perguntei e ele me olhou maliciosamente, claro, é estranho ás 01h40min da manhã, alguém pedir para um amigo entrar, o que se pensa? Besteira. E falei a primeira desculpa que me veio a cabeça. – O meu irmão sabe, mas eu o chamo de amigo, pois não somos muito próximos. – Ele me olhou desconfiado, e sua cara era de “Vou fingir que acredito.”.

Ele abriu e Natsu entrou.

– Meu mano! – Gritei o abraçando. – O segurança nos olhou derrotado e Natsu me olhava confuso. – Só fingir ser meu irmão. – Sussurrei em seu ouvido. – Obrigada segurança, melhor você prestar atenção na portaria, antes que algum ladrãozinho entre. – O olhei tipo “Cuida da porra do prédio se não eu te denuncio.”.

– C-Claro! – Ele forçou um sorriso e eu subi com Natsu.

– Por que queria que eu fingisse ser seu irmão? – Perguntou.

– Esse porteiro intrometido, eu falei que era um amigo e ele me olhou nada inocente, daí falei algo como: “O meu irmão sabe, mas eu o chamo de amigo, pois não somos muito próximos.”. – Eu ri e Natsu me acompanhou.

– Que intrometido. – Murmurou Natsu ainda tremendo.

– Aliás, o que te fez vir aqui, quase duas da manhã e ainda sem um casaco, neste frio? – Perguntei cruzando os braços e batendo o pé.

– Não posso ver minha loira preferida?

– Não, e você está falando como se tivesse outras loiras na sua vida.

– E tem a Gray, a Gajeel, a Jellal. Todas lindas e loiras. – Falou imitando voz de gay. Ri com isso.

– Nenhuma destas que você citou são loiras, fofa. – Falei entrando na brincadeira.

– Jura? Ah, é uma pena, e você me chamou de que?

– F-o-f-a, fofa! – Ele sorriu cinicamente como seu personagem que acabou de inventar.

– Você que anda engordando e eu sou a fofa? – Jogou seus fios róseos como se fossem cabelos grandes, na minha cara.

– Eu? Imagine nessa páscoa, você vai perder esse corpinho escultural e eu sou a gordinha? – Ri, ri não, gargalhei, estava muito divertido.

– Quer dizer que acha meu corpo escultural Luce? – Ele saiu de seu personagem e sorriu convencido.

– Não, só o da sua personagem, querida. – Sorri de canto. – Enfim, não sou suas... Loiras não viu? Não me trate como se eu fosse uma loira de farmácia. – Ri e ele riu comigo. – Então, por que veio a esta hora aqui em casa? – Perguntei.

– Vim te trazer isto. – Ele me estendeu um envelope.

– Não podia esperar até amanhã? – Ele negou com a cabeça, suspirei e quando eu iria abrir o envelope ele me impede.

– Não abra agora! – Segurou minha mão para que eu não abrisse. –Abra de manhã.

– Então por que não me deu de manhã? – Perguntei nervosa.

– Porque quero que durma curiosa. – Ele riu.

– Já estava difícil para eu dormir antes, imagine agora. – Bufei.

– Me prometa que não vai abrir até ás 10h00min da manhã. – Ele me olhou profundamente.

– Mas para que? Você não confia em mim?

– Eu sei que você iria acabar abrindo.

Olhei para o teto.

– Abrir? Claro que não... – O olhei e ele estava sério. – Certo, certo, não abrirei até dar 10h00min da manhã...

– Valeu Luce! – Ele sorriu e eu retribuo. – Vou indo! – Ele foi em direção da janela.

– Espera! – O chamei e ele me olhou. – Se você vai sair pela janela, por que não entrou da mesma forma? – Perguntei incrédula. – Me fez descer lá atoa?

– Estava muito frio, eu não conseguia nem me mexer. – Ele sorriu sem graça.

– E você vai embora nesse frio? Pelo menos leve um casaco, pode pegar um resfriado se você se expuser tanto assim.

– Credo, ta pior que minha mãe. – O encarei brava. - Ta, ta, eu durmo aqui.

– Mas eu nem te convidei.

– Me impedir de ir embora já é um sinal de que você quer que eu fique.

– Eu só não quero que você se adoeça. De onde você tirou essa lógica?

– Da minha cabeça.

– Tinha que ser. – Bufei. – Vai dormir no sofá.

– O QUE? Mas está tão frio, seria melhor ficarmos juntos. – Fez cara de pidão.

– Não grite, tem pessoas normais que estão querendo dormir. – Suspirei. – Está bem, só não ronque.

– Está bem.

Fomos nos deitar e deixo o envelope em cima da escrivaninha.

Dormimos abraçados, estava muito frio, e o calor de seu corpo me confortou.

Acordei de manhã com os raios fortes do sol, eu ainda estava abraçada com o rosado. Tiro um de seus braços de cima de mim para poder me mover, pego meu celular e vejo as horas, 11h00min. Sorri, empurrei o rosado com força, o mesmo murmurou uma reclamação, esfregou os olhos e ficou me olhando. Levantei-me rapidamente indo em direção da escrivaninha, pego o envelope e o abro.

Vejo um mapa, junto de uma cartinha.

Na carta dizia:

”Feliz Páscoa loirinha,

Quero apenas dizer que... Não engorde tanto nesta páscoa, não quero que seu corpo sexy suma, enfim, manere no chocolate.

Acho que já percebeu o mapa, ele está marcando onde eu escondi seus ovos de chocolate. Sim, seu CHOCOLATE, fique com água na boca, só poderá comer se encontrar, cuidado para não engordar demais.

Os ovos estão escondidos em diversos lugares da cidade, sim da CIDADE!

Coma bem e pouco.

Boa Sorte loirinha, acho que você não precisa de sorte, sua fome fala mais alto.

Ah, sua roupas estão no seu armário.

– Natsu (Irresistível, delicia, sedução, pegador).”

Ri com a carta e olhei para o rosado que sorria. Espera, que roupas?

– Tem algo errado com esta carta. – Falei.

– Ãn? – Ele fez uma cara tipo “Fiz o melhor que pude.”.

– Esta ultima parte “Irresistível, delicia, sedução, pegador”. E... De que roupas está falando?

– Está é a parte que eu mais me dediquei. – Bufei e logo ri da sua ironia. – E as roupas que precisará usar enquanto procura os ovos. – Arregalei os olhos. – Oras, se não, não tem graça.

– Ta, ta. – Falei pegando o mapa. – Você diz para eu não engordar e ainda me da chocolate, lógica? Cadê você minha filha? E, além disso, não usarei roupa nenhuma. – Ele pareceu triste. Suspirei derrotada. – Está bem. – Ele sorriu.

– Melhor achar estes ovos rápido, antes que alguém os coma.

– Quem seria este alguém? – Perguntei receosa.

– Sei lá... – Sorriu travesso.

Dei uma olhada no mapa e vi que era o mapa de Magnólia com vários pontos vermelhos marcando os lugares dos quais os ovos foram escondidos.

– Caramba! Então, melhor começar agora. – Sorri.

Fui ao banheiro, tomei um banho e procurei as roupas das quais o rosado havia falado, o mesmo estava me esperando na sala.

Achei um conjunto de coelhinha, eu não usaria isto em público nem pagando. E como ele as colocou em meu armário.

Botei a cabeça para fora da porta do quarto e ele me olhou.

– Sério isso? – Perguntei estendendo o cabide com as roupas.

– Sim, se vista logo.

– Você espera que eu use uma roupa destas em público? – Ele pareceu pensar e logo fez carinha triste. – Arg, está bem! – Não resisto a aquela carinha triste, sempre acabo cedendo.

Voltei para o quarto e vesti. Realmente, caia bem em mim, mas era muito constrangedor. Respirei fundo e sai.

A roupa era bem estranha, não sairia assim sem ninguém comigo para eu me esconder atrás.

Natsu ficava me encarando, eu devia estar mais vermelha que os ruivos cabelos da Erza.

– N-Não fique me olhando a-assim. – Droga gaguejei.

– Esta roupa cai bem em você. – Sorriu o que me fez corar mais que o normal.

– O-Obrigada. Aliás, onde você arranjou esta roupa? – Perguntei meio sem graça.

– Meredy usou quando foi em uma festa a fantasia, agora vamos. – Ele segurou minha mão e me puxou, mas eu puxei novamente para mim.

– Espera, já volto. – Disse me dirigindo para o quarto, peguei um tipo de capa, pus e voltei. – Pronto.

– Você não pode usar isso.

– Posso sim.

– Quando estivermos procurando você terá que tirar esta capa. – Sorriu desafiador.

– Ok, vamos acabar logo com esse vexame.

Saímos a procura do primeiro ovo, que ficava na direção do Coffe House. Natsu seguia meus passos, e quando eu me confundia com o mapa, ele me ajudava, e assim revelou sem querer o primeiro lugar, ele disse que não iria mais dar dicas, apenas uma, ri e chegamos ao local com cheirinho de café.

Quando eu iria entrar, Natsu me puxa.

– Sem a capa mocinha. – Sorriu divertido.

– M-Mas... – Ele fazia gestos com a mão pedindo a capa. Bufei e a tirei.

Entrei no Coffe House e para meu azar, estava lotado, aliás, Domingo de Páscoa, muitas pessoas saboreiam os pratos especiais daqui.

Recebi a atenção de todos, literalmente todos, me olhavam em silêncio, alguns cochichavam algo e outros riam, me dirigi até o balcão e uma Albina de médios cabelos brancos sorriu para mim, olhou para Natsu e falou um “Já venho.”, fiquei sem entender, mas logo a mesma volta com um ovo de chocolate, ela me entregou e disse “Boa Páscoa!” e logo saiu.

Fiquei encarando o rosado.

– Isso é obra sua não é? – Perguntei pegando minha capa. Ele apenas assentiu sorrindo. Coloquei minha capa e sai dali, antes que eu grite com todos presentes por estarem rindo, o ovo era vermelho com detalhes brancos, ao chegar lá fora vi um bilhetinho pendurado na embalagem, o peguei e abri.

“Olá Lucyzinhaaa!

Feliz Páscoa para você, e estou entrando na caça aos ovos que Natsu preparou para você.

Escolhi o lugar mais cheiroso e gostoso para esconder meu ovo de chocolate, o Coffe House.

Enfim, saboreie este chocolate e até mais. Beijos!

– Erza”

– Awn que fofa! – Sorri e guardei o ovo dentro da cesta que Natsu carregava pra mim. – Qual o próximo? – Perguntei pegando o mapa... Huum... Pista de Patinação? – Natsu assentiu. – Então vamos. – Sorri e fomos em direção da pista, como ficava um pouco longe, Natsu nos levou de carro.

Entramos e vimos várias pessoas patinando, Natsu fez o gesto com a mão novamente.

– Mas aqui é tão frio. – Falei tremendo e ele continuou esperando eu tirar a capa. Tirei-a e recebi novamente olhares de todos, eu estava com muito frio. Dirigi-me para onde estava um tipo de bilheteria onde você compra um ingresso para patinar.

Desta vez era um homem, do mesmo jeito, ele sorriu para nós e me entregou o ovo, saímos dali, vesti a capa, o ovo era azul escuro e estavam desenhados flocos de neve. Peguei o bilhete.

“Eai Loira!

Entrando na brincadeira do cabeça quente,

Este é o ovo de chocolate dado com carinho de mim para você.

Espero que goste.

Ah, gostei da roupa.

Até logo!

– Gray”

Ri com sua cartinha... Espera, como ele sabe a roupa que eu estou usando? Enfim, depois eu pergunto isso.

Continuamos a procurar pelo próximo.

– Me da uma dica vai, não estou entendendo nada. – Reclamei tentando ver o próximo lugar no mapa.

– Hum, vamos ver, você gosta de ler não é? – Assenti e pensei um pouco. Ler, Livros...

– BIBLIOTECA! Bingo! – Sorri e marchei em direção da grande biblioteca de Magnólia.

Chegando lá, tive que tirar a capa de novo. Fomos até a bibliotecária, a mesma possui cabelos médios e pretos. Usava um óculos e era bem baixa.

A mesma reação dos outros, todos me olhavam e a bibliotecária fez a mesma coisa, pegou o ovo e me entregou. Apenas desejou um “Feliz Páscoa” baixo.

Saímos e novamente coloquei a capa. O ovo era azul com detalhes cor laranja. Abri o bilhetinho.

“Oláaaa Lu-chan,

Participando da brincadeira do seu amado... Amigo.

Enfim, um ovo delicioso de chocolate, espero que saboreie, pois, foi escolhido com carinho.

Beijos da sua amiga maravilhosa.

– Levy”

– Awn! – Eu já estava com os olhos brilhando.

Coloquei o ovo de Páscoa na cesta junto dos outros.

Olhei novamente o mapa.

– Isso aqui está marcando aquela casa de shows? – Natsu assentiu.

Então andamos até a mesma, antes de entrar tirei minha capa, pela insistência do rosado.

Ao entrar vejo que estava bem, mas bem cheia, cara, estas pessoas não tem o que fazer não? Não tem família para comemorar? E nem chocolate para comer?

E a mesma situação se repetiu, todos me encaravam, outros riam, e até cochichavam.

Aproximei-me do palco, e tinha uma pessoa lá vestida com o uniforme de lá. Ele me viu, vi um piercing à mostra debaixo de sua máscara, ele estava com aquelas máscaras tipos que as bandas de Heavy Metal usam. Ele sorriu, eu vi pela sua boca que estava a mostra, e logo pegou o ovo e me entregou.

Saímos dali e coloquei a capa novamente. Este ovo era diferente, claro nenhum dos outros eram iguais, mas este era neutro, preto com vermelho, e tinha a palavra “Music” escrita na embalagem.

Peguei o cartãozinho e comecei a ler:

“Eai Bunnygirl,

Você ficou muito sexy vestida de coelhinha,

Não esquece de vir ao meu enterro, pois a nanica vai me matar, se ela conseguir é claro.

Enfim, a princesa Dragneel me convidou para participar da sua brincadeira, então, aqui estou.

Este ovo foi escolhido exatamente como sua personalidade, eu sei que no fundo existe uma Lucy Maníaca. E sei que é fanática por música, e Rock’n Roll.

É isso ai, espero que goste Bunnygirl.

– Gajeel”

Ri, mas ri tanto com seu cartão que Natsu estranhou e pegou de minhas mãos, logo começou a ler.

– Como assim princesa?! E esse Sexy aqui?! – Berrou o rosado.

– Calma, clama, ele estava brincando. – Tentei acalma-lo. – Então o próximo é... Clube?

– Você não está nem precisando de minha ajuda, você conhece este lugar com a palma da sua mão. – Sorriu e eu retribuo.

Fomos ao clube e ao chegar, novamente tiro a minha capa, e novamente todos me olhavam, uns não ligaram e continuaram a nadar na enorme piscina. Fui até a salva vidas, uma jovem de cabelos negros e longos, ela usava óculos escuros, e tinha muito protetor solar (em excesso) ao redor de sua boca, o que me impedia de poder saber como é.

Ela me olhou e pegou um ovo que estava atrás de si, esticou sua mão para me entregar e eu peguei, agradeci e sai de lá vestindo minha capa novamente.

O ovo era azul com bolinhas marrons, muito lindo. Peguei o cartãozinho e o abri.

“Olá Lucy-san,

Natsu-san chamou Juvia para participar da brincadeira,

Então, este ovo de chocolate é bem bonito, não é?

Juvia escolheu com muito carinho, só lembre-se,

Não chegue perto do Gray-sama.

Beijos!

– Juvia”

Sorri com a cartinha da azulada e o coloquei junto dos outros.

– Outra casa de shows? – Perguntei olhando o mapa.

– Sim. – Respondeu sorrindo.

– Certo.

Fomos até a casa de shows, que era diferente da outra, ela se localizava um pouco mais longe, e por isso fomos de carro.

Chegamos e Natsu ficou segurando minha capa, me aproximei do cara que estava escrevendo alguma coisa, ele era ruivo e possuía o uniforme do estabelecimento, ele olhava para mim, ele parecia nervoso e começou a escrever rápido, depois que eu me aproximei, ele sorriu e pegou o ovo debaixo de algum móvel e me entregou. Ele parecia usar maquiagem, muita maquiagem, e, além disso, seus cabelos eram longos e tapavam metade do rosto, e o local era bem escuro, não pude perceber se ele estava usando maquiagem mesmo. Todos me olhavam, mas não ligaram.

Coloquei a capa e saímos. O ovo era azul com listras vermelhas, peguei o bilhetinho.

“Olá loira,

Bem, este ovo de Páscoa foi escolhido exatamente para você, desde que soube dessa brincadeira do Natsu e ele me chamou para participar.

Enfim, espero que goste.

PS: Está linda de coelhinha!

– Jellal”

Sorri com seu bilhete, a ultima parte estava um pouco bagunçada, parecia estar com pressa quando escreveu. Coloquei o ovo na cesta e eu peguei o mapa.

– Vamos ver... Bar? – Vish já to vendo até os olhares perversos em minha direção.

Chegamos lá e Natsu me deixou entrar com a capa, então entramos e vimos uma garçonete ao invés do barman. Ela tinha cabelos loiros mais escuros que o meu. A mesma parecia ter bebido um pouco, então ela sorriu para mim e pegou o ovo, se apoiou no balcão e sorriu.

Não chamei muita atenção, pois estava de capa.

Saímos, o ovo era marrom com detalhes em azul. Peguei o bilhetinho.

“Oláaa Lucyy!

A coisa cor-de-rosa me chamou para participar dessa caça aos ovos,

Que atencioso não é? Só que não.

Enfim, este ovo, é do sabor, cachaça...

Brincadeira gata. Tem só gosto de chocolate mesmo,

Prevejo você gorda... Só não me bata quando eu te chamar de balofa haha. A culpa será do Natsu.

Você ficou linda de coelha, tira essa capa logo e se mostre, mostre esse seu corpinho de dar inveja.

Até maiiss!

– Cana”

Ri coma carta da morena, eu ainda não entendi uma coisa, como eles estavam me vendo?

Peguei o mapa, só faltavam dois lugares.

– Lá vamos nós. – Olhei o próximo. – Grupo de música.

Fomos até lá e tirei minha capa, entrei recebendo olhares de todos novamente, vi uma mulher, parecia ser a professora de canto, me aproximei, ela tinha longos fios azuis, e usava um óculos, o que não me permitia muito ver seu rosto, já que o óculos era escuro e era enorme. Ela sorriu e pegou o ovo, todos me olhavam, eu peguei o ovo de suas mãos e agradeci, sai e vesti minha capa.

O ovo era rosa claro com detalhes brancos. Peguei o cartãozinho e o abri.

“Olá Lucy-san,

Escolhi um ovo de chocolate que é a sua cara,

Espero que goste e o saboreie.

Natsu me chamou para essa brincadeira divertida,

Ele é tão gentil não é? Isso é um amigo de verdade.

Só não coma demais, se não vai ganhar alguns quilinhos,

Ah, sua roupas de coelha é linda, se você engordar ela não irá caber em você, então não coma tudo de uma vez.

Beijos!

– Mira”

Sorri, Mira era tão gentil e doce, mas na parte de ganhar quilos... Haha.

Coloquei junto dos outros e Natsu me estendeu a cesta.

– Agora você carrega. – Ele falou.

– Então ta né. – Peguei o mapa olhando o próximo local. – Isto aqui está marcando na sua ca... Natsu? – Olhei para os lados e o rosado havia sumido. – Que filho da... Arg! – Murmurei nervosa, a casa do rosado era muito longe. Já sei o carro dele. Nós o deixamos em frente daquela casa de shows.

Corri até o local e o carro dele não estava lá. Bufei e olhei para a cesta, tinha dinheiro dentro. Agora entendi, a intenção dele é chegar antes de mim, e me deixou dinheiro para pegar um táxi, já que o mesmo é baratinho.

Chamei um táxi que estava ali perto parado e ele me levou até a casa do rosado, eu o paguei e saí ainda com a capa, mas a mesma agarrou em um canto e rasgou, droga, já eram 15:30 e eu estou morrendo de fome.

Abri a porta da casa do rosado e entrei, estava escuro, cortinas estavam nas janelas, então vou para a cozinha e deixo a cesta no balcão, vejo um bilhete na geladeira.

“Procure o ultimo ovo de chocolate pela casa.

– Natsu”

O quê? A casa dele é muito grande, dois andares, é impossível. Suspirei e comecei a procurar, em todos os cômodos.

Entrei em seu quarto, achei o ovo em cima de seu armário, o ovo era amarelo e rosa com detalhes azuis. Era bem bonito, pois tinha as cores de nossos cabelos e também tinha detalhes azuis.

Tinha um bilhetinho também.

“Eii Luce!

Espero que tenha gostado da caça aos ovos,

Desculpe ter te deixado para trás,

Mas é isso, ainda tem uma surpresa para você,

Desça aqui.

Boa páscoa continue linda assim depois dela acabar.

– Natsu (Irresistível, delicia, sedução, pegador).”

Desci e o coloquei junto dos outros, peguei o mapa e não tinha mais nada marcado. Quando eu sai da cozinha e fui na sala, estava Natsu e todas as pessoas que me entregaram os ovos hoje nos estabelecimentos, sorri e fiquei surpresa.

Então quando eu iria perguntar algo, Natsu se pronuncia.

– Podem tirar. – Após dizer isso, todos tiraram as perucas e limparam as maquiagens, tiraram os acessórios e eu abri mais o sorriso.

– Então eram vocês! – Sorri indo abraçar cada um. – Nem os reconheci.

– Esta era a intenção. – Erza falou.

– Escrevíamos os bilhetes minutos antes de vocês chegarem. – Jellal disse.

– E quando a víamos chegando, os colocamos nos ovos. – Levy.

– E quando você entrava, entregaríamos a você. – Gray.

– E a roupa que você estava usando era bem chamativa Lucy-san. – Juvia.

– Assim, causando a atenção de todos. – Gajeel.

– Pena não ter usado no bar. – Cana.

– Você está linda, como eu disse cuidado para não engordar. – Miarajane.

Uma lágrima desceu pela minha bochecha, eu estava feliz.

– Obrigada pessoal. – Sorri.

– Ah, ainda não acabou. – Natsu falou tirando uma almofada e logo me entregando outro ovo de chocolate. – Minha irmã não pôde participar então ela me pediu para entregar este, a Yui, companheira de apartamento dela, a ajudou a pagá-lo, pois é um pouco caro, mas ela disse que elas compraram com muito carinho.

O ovo era branco com bolinhas rosa. Peguei o bilhete.

“Olá Lu!

Não pude participar da brincadeira do meu irmão,

Mas queríamos te dar este ovo de chocolate, eu e Yui o compramos com muito carinho.

Esperamos que goste.

Beijos!

– Meredy e Yui”

Sorri e abracei o rosado bem forte, o mesmo retribuiu.

– Obrigada, por tudo e também por querer me deixar gorda. – Sussurrei em seu ouvido e ele riu.

– Não precisa agradecer Luce! – Ele sussurrou de volta e nos separamos.

– Vamos comer! – Falei e todos me olharam confusos. – Eu não conseguirei comer tudo isso nem em cinco meses. – Eles riram e concordaram, peguei uma roupa minha que estava jogada na casa do rosado para vestir.

Ficamos lá a tarde toda comendo e nos divertindo bastante.

Foi a melhor páscoa de todas...

Obrigada, Natsu!