Fuck Love escrita por umaasgardiana


Capítulo 25
Capítulo - 25 - Our Way.


Notas iniciais do capítulo

Hello my loves, cap novo chegando, ta melhor e maior que o anterior, eu ainda não revisei então desculpa qualquer erro..
Musica ~~> https://www.youtube.com/watch?v=_kd3WDAuJ54
Espero que gostem..
Boa leitura :D



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“Quando eu vejo o seu rosto
Não há nada que eu mudaria
Pois você é incrível
Do jeito que você é”

Just The Way You Are – Bruno Mars

A casa do Eric era linda, uma mistura de moderno e rústico, nada parecida com a casa dele de agora. Tinha dois andares embora não fosse extremamente grande, somente bem distribuída, com uma sala, cozinha, um banheiro não muito grande que não devia ser muito usado, e uma porta entre a cozinha e a sala que dava para o quintal, que tinha uma boa área verde, e uma piscina retangular que me cairia super bem agora, tinha também uma churrasqueira de blocos não terminada, e duas mesas com guarda-sol acompanhadas com três cadeiras de madeira envernizada cada, tudo isso no andar de baixo. Já no andar de cima haviam três quartos, sendo que o dos pais do Eric e o do próprio tinha um banheiro, o quarto de hóspedes, e um pequeno escritório. O quarto do Eric de fato, tinha a cara dele, a parede da sua cama era amadeirada, uma cama de casal não muito grande forrada com lençóis escuros se encontrava ali, um armário marfim com portas de correr na parede azul escuro ao lado, e uma estante onde havia televisão e coisas aleatórias na parede de frente a cama onde haviam alguns posters de bandas, a porta do banheiro ficava logo ao lado da estante, e por fim uma porta-janela enorme de vidro com cortinas pretas que dava a uma varanda pequena, porém com uma visão privilegiada da cidade e do comecinho de Miami Beach, e um puff preto jogado no meio do quarto.

– Gosto do quarto? – me assustei ouvindo a voz do Eric que estava debruçado de forma sexy na porta.

– É a sua cara. – respondi dando uma olhada rápida no quarto todo e abri um pequeno sorriso.

– Isso significa que você gostou? – ele perguntou.

– É.. a decoração não chega nem perto da decoração do meu quarto, mais é bem aconchegante, e tem uma vista linda da sua varanda. – respondi olhando pra varanda.

– É, eu tenho o quarto mais privilegiado da casa, eu quis deixar todas as minhas coisas, pelo menos as mais importantes aqui, eu sabia que o quarto da nova casa não seria tão foda quanto esse, mas minha mãe quis esvaziar o resto da casa... – ele respondeu andando até a varanda com as mãos no bolso da sua calça.

– Ela mantêm um caseiro? – perguntei mesmo sabendo da resposta, só pra me aproximar mais.

– Ele vem uma ou duas vezes por mês, e manda alguém vir limpar também. – ele disse quando eu já estava do seu lado.

– Eric.. foi mal pelo o que eu disse no avião, sabe.. eu tomei uns calmante e.. – eu ia falando quando ele me interrompeu.

– Eu realmente duvido que tenham sido os calmantes que tenham falado Nat.. – ele disse ainda olhando pra frente e deu um suspiro cansado e voltou seu olhar pra mim, me olhando daquele jeito, como no primeiro dia de aula parecendo enxergar quem realmente eu sou sem precisar fazer esforço.

– De qualquer forma, eu também não devia ter dito nada daquilo, dizer esse tipo de coisa não faz parte... da minha personalidade. – ele continuou, e foi como levar um soco na barriga, “- Nat, você é pra transar e passar a noite junto, e não transar num banheiro de avião onde um bando de gente já entrou e tem um bando de gente do lado de fora.” De fato, não tinha nada haver com ele dizer isso, mas foi uma coisa legal de se ouvir, porém é aquilo que eu disse sobre esperança, nunca é bom se encher demais dela.

Eric continuou olhando pra mim, e eu também olhava pra ele mas não o enxergava realmente, meus pensamentos não deixavam... ouvi sua risada de fundo e acordei do transe.

– Você pensa demais marrentinha, vê se não me confunde mulher... – ele disse se aproximando com um sorriso travesso e pondo a mão na minha nuca pra logo em seguida me beijar, lento e suave e depois rápido e selvagem.

– Digo o mesmo pra você, homem.. – eu disse sorrindo pondo minhas mãos na sua nuca.

– Eu definitivamente acho que nós dois somos bipolares... – ele disse me fazendo rir.

– Você acha? Eu tenho certeza. – disse o beijando novamente, e sentindo aquele delicioso sabor de menta e hortelã na sua boca.

Decidimos passar o resto do dia na piscina com o pessoal, o que foi relaxante e engraçado, era sempre bom passar o tempo com eles. Carly havia vomitado o almoço inteiro que havíamos pedido, e deu a desculpa que não tinha dormido direito no avião e que o mesmo a deixou enjoada, acontece que ela dormiu o voo inteiro, ela ficou deitada a maior parte do tempo no sofá...

Chris e Josh ficaram na piscina em cima de uma cama-boia, só que o idiota do Josh tava de óculos, e ficou parecendo um panda com as marcas do óculos que o sol deixou no seu rosto, vai ser zoado eternamente pelo Eric e pelo Chris. As vezes nos revezávamos pra dar uma olhada na Carly, os meninos achavam que ela estava adoecendo, eu achava outra coisa... Eric e eu ficamos planejando o que faríamos nesses dias, onde iriamos visitar e conhecer, quando iriamos a praia.. e por fim, todos fomos dormir porque geral tava meio zumbi naquela casa.

...

Miami Beach, era lá que estávamos. Já tínhamos rodado tudo em alguns dias, Carly e eu fizemos compras em alguns shoppings, fomos a praia que era linda, e em vários outros pontos turísticos de tirar o folego, mas agora, estávamos numa balada, obvio que alugamos um carro, pra ficar tudo mais prático. La Piaggia era o nome do clube, era em aberto parecia mais como um resort ou sei lá, talvez fosse tinha até uma piscina, não era o espaço fechado com o qual eu estava acostumada.

– Ta gostando? – Josh perguntou e sentou ao meu lado.

– É diferente, e por algum motivo não to nem um pouco afim de dançar. – disse sincera, morrendo de vontade de voltar pra casa.

– E você? – perguntei pra ele, enquanto Eric se aproximava e entregava um drink que ele havia comprado.

– Eu to esperando a Valery, a gente vem conversando por mensagem e eu chamei ela pra vir aqui.. – ele disse dando de ombros.

– Ah, a viúva negra, eu gostei dela.. pro bem dela espero que não seja uma vadia. – eu disse e os dois riram.

– Seria foda ver uma briga de gostosas.. – Eric disse com um sorriso escroto no rosto.

– Quem você chamou de gostosas? – eu perguntei erguendo a sobrancelha.

– Você ué.. – ele colocou o braço em volta dos meus ombros e deu um sorriso cínico.

– Você falou no plural Eric! – eu disse e ele revirou os olhos.

– Ah Natalie, eu até me irritaria se você não ficasse extremamente excitante com ciúmes de mim. – não neguei o ciúmes. – Acho que a gente devia transar hoje. – ele disse e eu quase me engasguei tentando não rir.

– Acho que não, eu vou falar com aquele gostoso ali na frente. – eu disse e Eric me fuzilou fazendo Josh rir.

Mas assim que me levantei, uma cabeleira vermelha apareceu na minha frente sorrindo, ela e Josh se cumprimentaram com um beijo na bochecha, me sentei novamente e Eric sorriu.

– Essa é a Natalie, melhor amiga da minha irmã e uma grande amiga minha. – Josh disse sorridente nos apresentando.

– Muito bom te conhecer Valery, não seja uma vadia com o Josh. – eu disse a cumprimentando, Josh me fuzilou, e ela sorriu.

– Não vou ser.. – ela disse.

– E esse é o Eric, namorado da Natalie.

– Não somos um casal! – eu e ele dissemos juntos.

– Que pena, vocês ficam lindos juntos. – Valery disse e eu me remexi desconfortável, percebi que Eric fez o mesmo.

– Então você é a Valery... Josh me falou muito de você! – Carly brotou do nosso lado junto com Chris. – E antes que eu me esqueça, não seja uma vadia. – ela disse e abraçou Valery que riu sem graça.

– Da pra vocês pararem? – Josh falou e eu dei risada.

– Gostei do seu cabelo, parece o da viúva negra. – Chris disse a cumprimentando.

– Viu? – eu disse baixinho cutucando o Eric e ele deu de ombros.

– É todo mundo fala isso... – ela disse envergonhada.

– Você vai ser a parte fofa de nós. – Josh disse sorrindo.

– Ah claro, porque o Josh é o deficiente mental, o Chris é o mongol, o Eric é o putinho, a Nat é a vadia e eu sou a diva que você quer copiar... – Carly disse brincando jogando os cabelos pra traz.

– Na verdade você é a metida mesmo... – eu disse e ela me mostro a língua.

– Putinho sério? – Eric disse me fazendo rir.

– Ué você é ninfomaníaco, putinho é um jeito carinhoso.. – Carly disse zombando dele.

– Enfim.. nos conte sobre você Valery. – eu disse.

– Huum, deixa eu ver.. tenho 19 anos, to no primeiro ano da faculdade, curso fotografia, me mudei pra Londres a pouco tempo, depois que meus pais morreram num acidente de carro. Moro sozinha mais eu quase nunca fico em casa, como eu to de férias resolvi vir visitar meus avós, acho que é isso.. – ela disse tudo rapidamente.

– Bacana, e eu sinto muito pelo os seus pais. – eu disse sincera.

– Brigada. – ela disse desviando o olhar.

– E você é daqui de Miami? – Eric perguntou pra quebrar o clima tenso.

– Não, eu nasci em Nova York, mas vinha muito aqui quando era mais nova. – ela disse dando de ombros.

E o resto da noite foi assim, perguntas e respostas, conclui que ela não era uma vadia e podia fazer bem pro Josh, apesar dela ser fofa e meiga totalmente o contrário do Josh, eles combinavam.

...

Acordei com o Chris me empurrando perguntando onde tinha uma farmácia. Demorei um ano pra raciocinar a pergunta, analisei a cama e vi que Eric não estava ali.

– Já pensou em procurar no GPS? – disse me sentando coçando os olhos.

– Ah é, não tinha pensado nisso... – ele disse coçando o cabelo.

– Pra que você quer.. – eu ia dizendo mas ele saiu do quarto, ok então.

Tomei um banho e fiz minha higiene pessoal, desci pra tomar café e encontrei uma Carly com uma cara não muito boa.

– Bom dia... – eu disse enquanto bocejava.

– Bom dia. – ela respondeu.

– Que cara é essa? – perguntei.

– É a única que eu tenho.. – ela disse rindo logo em seguida.

– E por que o seu namorado ta procurando uma farmácia? – perguntei já suspeitando da resposta.

– O Chris.. ele acha que eu to grávida! – ela disse e eu assenti.

– Sabia... e como você ta? – perguntei parando de fazer o pão pra prestar atenção nela.

– Eu to fodida né? Meus pais vão me matar se for verdade, ou melhor.. meu pai vai me matar. – ela disse um tanto desesperada.

– Relaxa gata, qualquer coisa cê vai morar la em casa sem problemas, vou cuidar muito bem da minha gravidinha e do meu afilhado, ou afilhada. – eu disse fazendo ela rir.

– Quem disse que você vai ser a madrinha?

– Eu disse, até parece que você tem amiga mais foda que eu. – eu disse dando um beijo no ombro convencida.

– E a merda das férias ta acabando... não quero voltar pra casa agora. – ela disse baixo.

– Uma hora ou outra seus pais vão ficar sabendo Carlota, e você sabe que nós vamos ficar do seu lado pro que precisar, e o Chris como ele reagiu? – perguntei finalmente começando a comer.

– Não sei dizer, eu tava suspeitando e ele percebeu meus enjoos e foi muito corrido, a gente nem conversou direito. – ela disse tomando café.

– Entendi, ele deve ta tão desesperado quanto você. Onde estão os meninos? – perguntei mudando de assunto percebendo que a Carly tava começando a ficar tensa.

– O Josh foi ver a Val, e o Eric eu não sei, o Chris ligou pra ele pra perguntar da farmácia mais ele não atendeu. – estranho, acho que eu sei onde encontrar ele.

Chris entrou correndo pela porta e largou uma sacola com pelo menos cinco testes de gravidez.

– Ta doendo? Cê ta bem? Demorei muito? – ele disparou as perguntas e eu tive uma crise de risos com a cara de assustada da Carly.

– To Chris, eu to bem, não surta. – ela disse calma e Chris relaxou.

– Puta merda, e se o moleque não gostar de mim? Fodeu tudo. – ele disse desesperado passando as mãos no cabelo nervoso.

– A gente nem sabe se eu to grávida mesmo, e por que ele não gostaria de você? E pode ser menina. – Carly disse se levantando e colocando as mãos nos ombros do namorado tentando o acalmar.

– Caralho ai sim que fodeu tudo, e quando começar a namorar? E quando ir pra balada? Como é que fica Carly? Eu não quero ir preso por matar alguém... – Chris disse e eu revirei os olhos, o cachinhos enlouqueceu de vez.

– Amiga você pode deixar a gente sozinhos? – Carly quase implorou.

– Tem certeza? – perguntei relutante.

– Absoluta. – ela disse.

– Ok, vou ver se acho o Eric.. e Chris, se a Carly estiver gravida, eu tenho certeza que você vai ser um ótimo pai, os dois vão ser pais ótimos. – eu disse sincera e eles sorriram.

Peguei o carro alugado e coloquei o lugar que eu achava que o Eric estava no GPS, o único lugar que ele ainda não havia ido.

Nunca teve medo de nada
Nunca se envergonhou, mas nunca foi livre
Uma luz que curou um coração partido com tudo o que podia

Estacionei em frente, e entrei naquele lugar sombrio e depressivo a procura dele.

Viveu uma vida tão infinitamente
Viu além do que os outros veem

Eric em pé com as mãos no bolso e os olhos na lapide de mármore escuro do seu pai. Me aproximei aos poucos.

Eu tentei curar seu coração partido
Com tudo o que eu pude

– Como você me achou? – ele perguntou sem olhar pra traz.

– Não foi difícil, você ainda não tinha vindo aqui. – disse parada no mesmo lugar.

Você vai ficar?
Você vai ficar longe para sempre?

– Eu tinha que vir, deu saudades sabe? – ele disse finalmente virando pra mim, os olhos avermelhados sem nenhuma lagrima.

Como eu posso viver sem aqueles que eu amo?
O tempo ainda vira as páginas do livro queimado

Fique triste só de ver ele assim, caminhei até ele e o dei um abraço de urso.

Lugar e tempo sempre na minha mente
Eu tenho tanto a dizer, mas você está tão longe

– Valeu por estar aqui.. – ele sussurrou no meu ouvido e eu assenti.

Eric e eu fomos até o carro sem dizer nada, e ele estacionou em um lugar qualquer olhou pra mim e sorriu, sorri de volta.

– Acho que seu amigo vai ser pai.. – disse sorrindo.

– Caralho o Josh já engravidou a Val? – ele disse surpreso.

– Não! O Chris... – eu disse rindo da cara dele.

– Nossa e como ele ta? – ele perguntou.

– Como assim como ele ta? Quem vai sofrer nove meses e as dores do parto é a Carly.. – eu disse revirando os olhos, homens..

– Eu sei, mais se você engravidasse agora eu surtaria. – ele disse risonho.

E a ideia de ter um bebê com o Eric me passou pela cabeça, como seria o Eric como pai? E eu como mãe? E nós como uma família?

– Vocês homens são uns frouxos.. – eu disse rindo.

– Já pensou se fosse a gente? – ele perguntou sério me olhando nos olhos.

– O que que tem? – eu disse tentando não pensar.

– Sei la, como seria? – ele perguntou.

– Não sei.. – disse confusa.

– A gente ia brigar tanto que ia traumatizar a criança. – ele disse e eu ri.

– Então seria.. do nosso jeito. – eu disse e ele sorriu.

– É, a gente funciona bem assim.. mas ainda acho que a criança ia crescer traumatizada. – ele disse e nós dois rimos.

Consegui finalmente nos imaginar, e de fato, daríamos um belo casal, uma bela família.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado babys, comentem, favoritem, acompanhem e quem quiser recomendar sinta-se a vontade, see you soon bjss da pequena...