Olá, Diário.

O que posso dizer? Vamos começar desde que eu vi Nathaniel lutando.

Eu sabia que sentia algo por ele, mas quando eu vi ele sem camisa corei instantaneamente. Quando ele deu um chute e ganhou um soco eu senti um arrepio de ansiedade. Aquele era mesmo o presidente certinho que eu havia me apaixonado?

Não parecia, para mim não parecia. Era outra pessoa, alguém feroz.

Quando ele me viu eu corri para fora. Como deixar ele saber que eu o vi assim.

Quando eu estava já na minha casa vi Castiel correndo atrás de mim.

– Viu! - Disse ele sem fôlego. - Ele não é como você acha que ele é. Eu sei disso desde...- respirou um pouco - quando éramos crianças.

Encarei ele.

– O que você tem contra ele Castiel?

Ele pareceu preocupado.

– Mas...Eu sei que você gosta dele! - Aquilo me machucou. - Sei que gosta desde que entrou no colégio, tenho até medo de pensar que alguém tão boa como você ama esse imbecil!

Eu ia falar alguma coisa mas ele me falou antes.

– Queria te mostrar que ele não é como você acha que ele é!

– Você queria me ajudar?

Ele se calou. Como se fosse instinto ele iria dizer o não ameaçador de sempre, mas eu precisava fazer algo.

Não tinha planejado nada. Mas eu o abracei.

– Ok, vá!

Ele me olhou bravo e com as sobrancelhas cerradas, mas estava corado.

Passei a noite toda pensando em como o Castiel era um tsundere e com certeza era meu amigo.

Ao dormir eu sonhei com Nathaniel em uma luta de box, acho que acordei sorrindo.

Bom dia, Diário.

Passei a semana de bom humor, escrevi algumas canções para a banda do Lys e convidei a Lena para ir ao teatro.

Quando cheguei seu cabelo estava preso, e ela estava sorridente. Fazia um pouco de calor e nós duas usamos apenas casacos de lã.

Nós duas choramos ao ver que a morte alastrava as crianças da peça. Voltamos para a casa contando sobre as coisas ruins que acontecem conosco.

– Serafim, você já namorou alguém e ele te maguou?

– Uma vez. Meu único namorado para fala a verdade.

– Ah...

Ela segurou minha mão quando me levou para ver a vitrina de um Pet shop.

– Como eles são fofos.

– Sim - ela também era fofa, pensava naquele instante.

Olhei meu celular, era hora de voltar para casa, eu precisava fazer comprar para o jantar.

– Preciso ir - Beijei seu rosto e corri.

Eu tinha tempo, não estava atrasada, podia ir caminhando.

Porém, ela não podia ter me visto corada. De jeito nenhum.