Quando o coração manda. escrita por Heuristic


Capítulo 4
Passado ou Presente.


Notas iniciais do capítulo

Pare. Sorria. E lembre de como sua vida é boa, mesmo com os piores dias.



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Diário, aqui está Serafim.

Acordei um pouco doente, mesmo sendo dia de ficar em casa. Queria muito ir para escola. Quando eu estava sentada perto da janela com uma manta aquecendo meus pés pálidos. Ouvi a campainha ecoando pelo meu pequeno apartamento. Enrolei-me no meu casaco da coleção do outono passado e fui atender.

– Serafim. – Amaldiçoei-me por abrir a porta.

Fechei a porta com força.

– Não feche a porta na minha cara.

– Max, vá embora.

Ele abriu a porta, arrancando a maçaneta da minha mão. Sem eu perceber Maxwell me abraçou, senti o cheiro forte do seu cabelo. Cheiro de suor. Consegui me soltar das suas garras.

– Senti saudades – Max jogou seu cabelo castanho para trás.

– Saia agora!

– Ok, ok. Volto depois.

Fechei a porta, tranquei-a e me joguei na cama. Lembrei-me de algo que demorei tanto tempo para fazer que me esquecesse. Abri é cômoda e achei embaixo de turbilhões de anotações e poemas, à carta.

Um papel sujo de café e muito segurado, beijado e lido. Naquele tempo havia amor. Algo carinhoso nas palavras que ele escrevia. Havia erros ortográficos e complicadas frases de amor,mas ela amava aquela carta.

Caminhei com os pés gelados no chão de madeira. Me apoiei na janela e segurei a carta entre o médio e o anelar e joguei a carta pela janela, caindo no meio da rua.

Vi a carta sendo levada por um carro azul escuro.

Diário, Lena

O Feriado tinha passado, fiquei em casa de cabeça para baixo na cama até meu rosto ficar parecendo um pimentão.

E dormi até o dia seguinte.

Por sorte cheguei à escola sem ver nenhum loiro de camisa social.

Cheguei à sala de aula sem encontrar ninguém conhecido. Lembrei-me que as garotas tinham me dito que iriam viajar a semana toda. Não gosto de degustar vinhos então fiquei para ter aula.

A professora anunciou as notas para a classe, Castiel ainda não tinha chegado. A professora elogiou o meu trabalho, não me importei muito. Ambre me olhava com raiva, acho que seria por eu ter feito o Castiel.

Cheguei ao pátio. Vi um tufo de cabelo vermelho e segui para dar as saudações para ele. Mas quando cheguei ao lado de Castiel, vi Nathaniel andando ao lado de Melody e ela estava segurando seu braço. Ele estava tão alegre e sorridente. Quando percebi Castiel me observava, começou e me olhar estranho.

– Ah. Oi. Como você não veio para a aula, aqui está nosso trabalho. – Entreguei a ele. Sem esperar resposta – Era só isso.

Quando eu estava voltando para algum lugar, nem sabia para onde iria.

– Não tinha mais nada pra falar. – Ele segurou meu braço com força.

As lágrimas começaram a se amontoar em meus olhos. Limpei meus olhos com minha manga. Não conseguia me virar para ele. Sabia que ele tinha percebido que eu chorei.

– Você é tão idiota. Me siga ou ele vai ver você.

Ele segurou meu casaco e eu o segui, Nathaniel não conseguia me ver. Foi a primeira vez que me senti bem por ter essa altura.

Sentei no banco e parei de chorar depois de alguns minutos.

– Desculpa, é que minha avó ta doente e...

– Que mentira boa em?

Olhei para ele, ele estava com um rosto tão bravo que comecei a tremer.

– O que ele tem de bom?

Assustei-me. Ele sabia?

– Não pense que é difícil perceber.

Respirei devagar.

– Ele é doce, gentil e muito bom para todos. Nunca pensa nele mesmo.

– Gentil? Doce? É isso que você gosta dele. Seria muito melhor ter dito que você gosta de loiro.

Olhei para baixo, comecei a voltar para casa. Não haveria aula depois daquele período mesmo.

Era a esquina da escola quando ouvi uma voz.

– Quer ver uma coisa?

Ele apontou para uma escola com o nome de “Academia do Boris”, nunca tinha prestado atenção naquela direção, onde as árvores do jardim cobriam. Segui, não teria o que perder.

Ouvi barulhos de homens gritando, quando me aproximava, mas ouvia sons se socos e chutes. Castiel apontou para uma arena de luta, arena de Box que eu via na televisão. Não acreditei Nathaniel estava dando uma série de golpes em outro rapaz, vinha-se socos, chutes. O adversário deu um soco direto no seu nariz. Mas no fim, o adversário de Nathaniel sentou na lona.

– E o campeão caiu. – Falou um homem usando um boné, na sua jaqueta estava escrito Treinador.

Com o sangue respingando do nariz, ele me olhou com desespero.


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Notas finais do capítulo

Castiel sempre tsundere.



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