Give Me Love escrita por Mrs Know All


Capítulo 12
Destino, maldito destino


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a Nanda, por favor. Sei que demorei zilhões de anos, mas deixem eu contar o que aconteceu. Eu tive simulado estilo ENEM, então tive que estudar o assunto do ano TODO, aí ferra tudo. Beleza, depois vieram as provas finais e na semana seguinte tive seminário de Biologia, estilo faculdade que demorou 3 semanas para apresentar, 9 aulas de 50 minutos apresentando seminário, terminou hoje de manhã e agora eu estou tendo Gincana de Bio e Exatas. Aí acaba com tudo. E mesmo assim eu NUNCA me esqueci de vocês. Espero que gostem do capítulo, cheio de detalhes.



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Capítulo 11 – Destino, maldito destino

Estava quase cochilando sentado a minha mesa de trabalho, a qual quase eu já havia me esquecido de como usar, pois em uma semana minha rotina conseguiu ser totalmente modificada. Os restos de donuts jogados na caixa numa cesta de lixo me lembravam constantemente que eles não haviam sido suficientes para saciar a minha fome, já que a minha barriga continuava roncando.

Meus olhos estavam quase fechando-se, pois eu havia acordado cedo para buscar informações de Calista com a Central e o relógio já passava da meia-noite. Eu precisava urgentemente de um banho e de cama, as pessoas já estavam se afastando de mim por causa do fedor.

Um oficial de patente mais baixa que a minha se aproximou animado, o que me fez despertar automaticamente pulando da mesa para ouvir a nova informação.

– Bass, nós o pegamos, está na sala 2, estão te esperando para interrogá-lo.

Em segundos em já estava seguindo em passos longos para a sala de interrogatório. Na porta desta, Amélia estava a me esperar com uma pasta de capa preta com o nome “Kol” gravado.

– O verdadeiro nome dele é Kol, não sabemos o sobrenome, foi detido uma vez por suspeita de tráfico de drogas, mas nada foi encontrado e foi liberado. Encontre ela. – Assim que terminou de falar, Amélia estendeu a pasta preta para mim e deu-me as costas se afastando friamente.

Eu respiro fundo e entro na sala.

A imagem à minha frente não me surpreende, pois durante o tempo que gastamos para encontrá-lo consegui relembrar claramente da sua aparência o que facilitou bastante as buscas.

– Olá Kol. – Digo sério, o homem estava com a cabeça encostada sobre os braços apoiando-se na mesa que era o único objeto localizado no meio da sala.

– E aí Bass? Queria dizer que é um prazer te rever, mas seria mentira. – Ele suspense o corpo e mostra os dois pulsos presos com algemas que o prendem a mesa que por sua vez é fixada com aço ao solo.

Tiro uma chave pequena do bolso e abro as algemas, ciente de que necessário fosse dois ou três policiais entrariam na pequena sala para o imobilizar. Kol esfrega os pulsos e a ação faz com que eu note com atenção a tatuagem de arcanjo preto e branca que ele carrega no antebraço.

– Gostaria de dizer que me lembro de você, mas também seria uma mentira. – Digo friamente tentando manter uma postura relaxada, porém séria para que ele confie em mim e passe-me todas as informações necessárias. – Vamos ao que interessa. Onde está ela?

– Ela quem? – Ele devolve a pergunta e deixa mais relaxado na cadeira com tom de deboche.

– Eu não tenho tempo para as suas brincadeirinhas, onde está a Calista?

Ele se endireita na cadeira e se inclina antes de responder baixinho como se fosse um segredo muito importante que somente eu pudesse saber.

– Se ela for inteligente o mais longe possível de tudo isso.

– O que significa “tudo isso”? No que vocês estão metidos? Tráfico de drogas, órgãos ou apenas armas? A sua melhor opção é confessar, posso lhe ajudar a conseguir um lugar decente.

Ele para um pouco me analisando de cima a baixo antes de me responder com toda a paciência do mundo, com sua voz grossa e rouca.

– Tudo isso é muito mais do que isso, muito mais do que vocês, muito mais do que nós todos. – Ele ri como se aquela fosse uma piada pessoal da qual eu não faço parte e nem quero fazer. – Pelo que conheço de vocês, policiais, não tem nada contra mim, estou aqui apenas para prestar depoimento sobre o desaparecimento de uma pessoa como outra qualquer, ou a Calista cometeu algum crime? Vocês sempre julgam as pessoas por elas não serem aquilo que vocês esperam. Nem todos são iguais a robôs na Terra Sebastian, você deveria saber, alguns fazem coisas ruins, já outros fazem coisas boas.

Travo a minha mandíbula por causa do jeito que Kol me olha como se quisesse dizer alguma coisa.

– Estou certo, não estou? – Ele, que ao ir falando foi se aproximando do meu lado da mesa, voltou a relaxar e esticar as pernas como se estivesse na areia da praia tomando sol na maior tranquilidade e não numa delegacia de policia.

– Não sei do que você está falando. – Desvio o olhar dele e dou uma folheada pela pasta que Amélia me entregou. – Você está falando que a Calista não cometeu crime nenhum, mas e você? Já foi fichado por suspeita de tráfico, você acha que se eu consegui uma autorização do juiz para averiguarmos o seu bar, estará limpo? Pelo pouco que me recordo, afinal esqueci de muitas coisas daquela noite, por alguma razão desconhecida. – Lembro-me rapidamente do resultado dos exames que fiz que deram negativo. – A Calista lhe entregou alguma coisa bastante suspeita naquela noite, seria cocaína, maconha ou crocodilo [N/A: Nova droga]?

– Não sei, só saberemos se você fizer a batida, mas quer uma dica? Vai ser uma perda de tempo. – Ele suspira, como se estivesse entediado de tudo aquilo ali. – Acho que terminamos não é mesmo? Posso ir? – Ele se levanta e eu faço o mesmo com medo de que ele tente algo. – O objeto que Calista me entregou foi isso aqui. – Ele coloca a mão no bolso e recuo um passo colocando a mão na arma que encontra-se bem situada na minha cintura. – Calma, calma. – Kol levanta a outra mão que não está dentro do bolso para que eu saia da defensiva e tira do bolso um colar de prata.

– O que é isso?

– Ela me disse que encontrou dentro do armário no quarto que você cedeu para ela e estava dentro de uma caixinha de música com algumas fotos do que parecia ser a sua irmã, o colar estava quebrado, então ela me pediu para concertar, apenas isso.

Ele estica o colar para mim e está prestes a sair da sala quando se vira para mim e diz.

– Uma coisa que eu aprendi nessas idas e vindas é que encontramos aquilo que mais procuramos justamente no lugar em que você jurou que não iria encontrar. – E dizendo isto saiu.

Deixei que ele fosse, pois afinal tudo o que ele dissera era verdade, não tínhamos provas nenhuma contra ele e muito menos contra Calista, tudo se baseava em “achismos” e suspeitas, talvez ele tivesse razão e ela fosse apenas alguém sem história, sem passado. Sempre existem muitas pessoas que só existem no hoje.

Lembrei do colar que ele me devolvera, pus a frente dos meus olhos para que eu pudesse enxergar, de fato possuía uma pedra que lembrava um cristal na frente em formato de coração, eu já sabia do que tratava aquele colar, o coração de cristal se abria em dois onde as pessoas colocavam fotos dos seus entes mais queridos, de um lado do coração estava a foto da minha sobrinha ainda com dois anos de idade apontando para a câmera. Já do outro lado existia apenas pedaços de uma foto que parecia ter sido rasgada num momento de fúria e eu sabia disso porque antigamente a foto que estava do outro lado do coração era a minha e tinha sido rasgada no dia em que minha irmã passou a me odiar.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Eu mereço comentários gigantescos, depois de tanto tempo sem ver vocês. Eu amo quando vocês comentam ♥