Give Me Love escrita por Mrs Know All


Capítulo 10
Incógnita


Notas iniciais do capítulo

Olá vocês! *desviando de cadeiras e tomates que estão sendo lançados*
Não vou encher vocês com explicações, tenho uma vida longe do computador (que minha faz questão de me lembrar sempre), e ela me fez demorar de escrever.
Como já devem ter percebido, NÓS ESTAMOS DE CAPA NOVA, ganhei 3 capas da perfect design, o povo que está no grupo do facebook me ajudou a escolher uma das três e acabou sendo essa. Se bater a revolta eu mudo e coloco uma das outras.

Mas, outra novidade. Eu não ganhei apenas UMA, mas DUAS, sim DUAS, recomendações. Meus olhos brilharam tanto que teve gente querendo arrancar achando que eram diamantes (exagerei).
Então esse capítulo, super perfeito (outro exagero) será totalmente dividido para a Corujinha (a única pessoa em sã consciência que já leu TUDO o que eu publiquei) a pessoa mais agradável que conheço e ela gritou um shipper para a nossa história, sim o casal Caliss (Calista + Bass), a outra leitora maravilhosa que comentou foi a Brenda, leitora nova, comentou e já veio de recomendação, conquistou o lugar no meu coração com aquelas palavras mais que perfeitas ♥ "O que vem ao caso é que eu simplesmente me apaixonei por sua fic como a muito tempo não me apaixonava por nenhuma outra." Citação dela.
Tem como não amar as minhas leitoras?

Enfim, vou parar de falar, o capítulo é todo de vocês.
PS: Nos vemos lá embaixo.



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Capítulo 09 – Incógnita

Antes que eu pudesse decidir exatamente o que responder à Wilson, Mônica tomou a palavra com uma tranquilidade e uma cara de pau que, até mesmo, uma atriz profissional de TV não conseguiria superar.

– Droga Wilson. – Ela disse sorrindo apoiando-se no ombro esquerdo do marido. – Eu estava contando ao Bass que tenho quase certeza de que estou grávida e não queria criar uma expectativa falsa em você.

Os dois olharam para mim esperando a confirmação das palavras de Mônica, já estava prestes a responder que ele merecia a verdade quando os olhos azuis profundos chamaram a atenção, algo no olhar de Calista me fez evitar a verdade.

– Foi, exatamente isso. – Concordei sorrindo bebericando um pouco do meu café respirando fundo para me acalmar.

– Ah, sim... – Wilson comentou antes de depositar um beijo demorado na bochecha antes de se virar para mim. – Bem, o jogo já acabou os Tigers perderam feio, pelo visto assistir ao jogo aqui deu sorte temos que repetir isso. Vou faturar bastante em apostas, agora vai dar para construir o quarto da nossa mocinha. – Ele comentou passando o braço pela cintura de Mônica a puxando para mais perto dele. – Se tiver mesmo uma menininha aqui, quero que seja o padrinho.

A dor da mentira, da traição entre amigos acertou-me um soco certeiro no estômago, sempre odiei a sensação que mentir e esconder trazia, porém algumas coisas precisam ficar do jeito que estão. Wilson era meu amigo a muito tempo, eu sabia disso, mas ele estava feliz com Mônica e se ela estivesse realmente grávida o filho ou a filha era dele, eu não tinha o direito de destruir essa ilusão.

– Claro, hm, espero que no próximo jogo os Yankees também ganhem. – Bebi mais um gole de café tentando amenizar a sensação ruim que se espalhava pelo meu corpo.

Não demorou muito para que, depois disso, eles se despedissem e fossem embora, deixando eu e minha sensação ruim sozinhos com Calista.

– Você fez o certo. – Ela murmurou para mim depois de um tempo enquanto eu continuava a encarar a porta, agora fechada, por onde Mônica saíra abraçada a Wilson opinando prováveis nomes para o futuro, talvez não existente, filho dos dois. – Algumas ilusões constroem as verdades.

Nunca discordei tanto de alguém quanto discordei de Calista naquele instante, pois o incomodo ainda era grande demais para eu debater ou discutir algo com alguém, então apenas acenei com a cabeça para algum lado que nem sei ao certo qual e segui para o meu quarto. A dor de cabeça de ressaca já havia passado, pois a dor de culpa na consciência parecia pesar muito mais.

Sentei-me na cama ignorando os lençóis brancos emaranhados, tapei meu rosto com minhas mãos esperando que quando eu abrisse os olhos tudo aqui desaparece, uma segunda chance não faria nada mal agora. Uma máquina que apagasse todo o seu passado, tudo que já se fez de ruim na sua vida fosse deletado apenas com um piscar de olhos, tudo seria mais fácil.

“Você não é um santo para estar me julgando Sebastian, eu lembro muito bem do que eu vi e ouvi.”

As palavras de Mônica ecoavam pela minha mente, machucando, abrindo velhas feridas, destruindo tudo que via pela frente, pois na vida é assim, tudo que você faz de ruim na vida volta para você de algum jeito bem pior e nem se eu quisesse aquilo poderia ser algo que eu pudesse ser capaz de mudar.

Meu estômago lembrou-me de que eu estava em pé apenas sustentado por xícaras de café e fatias de pizza e que na verdade, por mais que eu quisesse, pizza não é suficiente.

Abandonei o meu quarto adentrando o corredor, dando de cara com a porta do quarto de Calista escancarada, aquela era a primeira vez, desde que ela chegara aqui, que a porta estava aberta. A luz estava desligada então apenas fui empurrando a porta e entrando, me surpreendo com o que eu acabara de encontrar.

Sobre a bancada estava um tronco de madeira que começava a ser esculpido e algumas ferramentas de esculpir, no chão os pedaços de madeira se espalhavam, fora isso o quarto parecia o mesmo que eu entregara a Calista. Ela não estava ali, ao perceber isso me senti um intrometido, aquela era a privacidade dela, apesar de ser a minha casa. Já estava prestes a dar a volta e sair dali quando o vento forte bateu a janelinha do banheiro fazendo barulho. Provavelmente, Calista ou Rosário, esquecera a janela aberta.

Entrei no banheiro, completamente limpo por sinal, e encarei a janelinha, tinha espaço para um adulto passar com facilidade ali, eu nunca dera muito importância para ela, pois aquele não se tratava do meu quarto. Assim como no quarto de Anne, aquela janela dava para uma escadinha que, por sua vez, dava para o terraço. Algo me puxou para ir ao terraço, talvez nele eu conseguisse me acalmar e resolver a minha vida, que em tão pouco tempo ficou de cabeça para baixo.

Passei pela janela pisando no suporte da escada de incêndio e subindo as escadas para o terraço.

Não me surpreendi quando encontrei Calista deitada olhando para o céu, já era noite e o seu estava completamente estrelado, a lua cheia enchia o céu o iluminando de maneira mágica.

– Não sabia que você esculpia. – Comentei em voz baixa me aproximando de Calista que tinha os olhos fechados, os cabelos loiros-brancos espalhados pelo chão de concreto não pareciam a incomodar, muito pelo contrário, ela parecia muito mais à vontade ali a luz do luar.

– Há muitas coisas que você não sabe sobre mim. – Ela disse simplesmente, sem ironias ou sarcasmo.

– Posso? – Perguntei apontando para o lado dela fazendo com que Calista abrisse os olhos para entender do que eu falava. Assim que ela concordou com a cabeça, deitei-me ao seu lado olhando as estrelas no céu. – Nunca entendi o porquê dessa admiração das pessoas pelas estrelas e pela lua, são apenas as estrelas e a lua.

– Só fala com a lua, quem tem estrelas no coração. Citação de uma qualquer no mundo, assim como eu. – Ela disse virando o rosto para me olhar ao seu lado, como se esperasse algum comentário meu sobre a citação.

– Não somos qualquer um no mundo, alguém que faz uma citação dessas com certeza não é uma qualquer. Ela é o tudo para alguém, o tudo para si mesma. Ela é uma pessoa e isso já faz dela alguém especial. – As palavras ditas por mim, pareciam não ter um nexo.

– Não sei porque os humanos têm essa mania de si iludir, não importa o que fazemos na vida o quanto tentemos ser alguém, nunca conseguiremos. As pessoas só se importam com elas mesmas, você viu o caso da Mônica, ela não liga para os sentimentos do Wilson, e você viu o Wilson ele só se importa com a sensação de que tudo está certo, as pessoas não se importam com as outras nesse mundo. – Durante todo o pequeno discurso ela não desviou o olhar dos meus em nenhum momento, o que gerou um pequeno arrepio atravessando a minha coluna, talvez medo daquilo que ela dizia ser verdade. – Por isso eu ainda não fui embora daqui.

Ela me surpreendeu, não que isso fosse difícil vindo de Calista, mas ela me pegou com as defesas baixas.

– Como? – Só consegui pronunciar isso, minha mente ainda lenta graças ao efeito da ressaca mal curada.

– Você não me conhecia Sebastian e pareceu se importar, alguém que encontrou a beira da morte. – Ela riu de alguma piada particular antes de continuar. – Você pareceu se importar. – Os olhos azuis de Calista pela primeira vez transpareceram sinceridade como se ela fosse um livro aberto a minha frente, e a única coisa que eu precisava fazer era ler.

– É porque eu me importo.

E foi assim que fiz a coisa mais irracional de toda a minha existência, ou boa parte dela, eu juntei os meus lábios aos da incógnita que dorme no quarto ao lado, sim, eu beijei Calista.


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Notas finais do capítulo

E aí? O Bass protegeu a Mônica, porquê? Ele fez o certo? O que a Mônica tem contra ele? A Calista está esculpindo o que? A conversa com o Bass no terraço teve algum sentido para vocês (para mim não hduahsua -nnn)? Porque DIABOS o Bass beijou a Calista?
Pergunta extra: O que acharão da nova capa? Bem melhor do que a que eu tinha feito, vdd né?

Perguntinhas respondidas nos comentários que vocês irão mandar, não esqueçam de que eu ADORO comentários que tomam muito fermento, bons entendedores entenderão.
A citação que a Calista falou é da Ana Carolina, encontrei no tumblr, sim uso o tumblr, se alguém tiver manda uma MP.

Beijocas e até o próximo, tentarei não demorar.
PS: Entrem no grupo no facebook
https://www.facebook.com/groups/245441768981964/?fref=ts