Give Me Love escrita por Mrs Know All


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Essa é a maior loucura da minha vida. Eu tive a ideia ontem e estou postando ontem. Essa é uma fic relâmpago, não sei se vou fazer uma long ou não. Iremos descobrir juntos.
Não se esqueça de deixar comentários, recomendar pros amigos, afinal essa é uma Original é muito difícil ter comentários suficientes para que eu queira continuar escrevendo.
Beijocas da Tia Nanda e nos vemos lá embaixo.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/496950/chapter/1

New York estava movimentada como sempre, o barulho dos carros e motos já se tornara música de fundo para todas as histórias que aconteciam por ali. Eu já havia me acostumado com todos esses ruídos, mas havia algo diferente que me incomodava hoje não sei dizer ao certo o quê, mas algo havia mudado que eu não conseguia distinguir.

Parei de divagar meu pensamento quando notei o BIP do meu comunicador e a luz ficando vermelha, algo havia acontecido em algum lugar de New York, não demorou muito para uma voz aguda e enjoada encher meu carro.

– Todas as viaturas próximas Avenida Lexington digiram-se para lá imediatamente, casa sem número, próximo a 394. Vizinhos ouviram barulhos estranhos, não sabemos o que está acontecendo lá. – Eu estava na 14th Street aproveitando a tranquilidade da noite para passar na Michelin para comer. Dei uma última mordida no meu sanduíche e o joguei de qualquer jeito no banco do carona.

Eu, provavelmente, era o policial mais próximo do local, só daria a volta pela 131st Street e chegaria à residência em questão. Liguei as sirenes e acelerei, tive que desviar de dois carros que pareciam estar fazendo um racha, porém não pude parar para averiguar, o código vermelho era mais importante do que pessoas querendo colocar sua vida em risco para sentir adrenalina. Afinal, não era isso que eu fazia? E ainda sou pago para isso.

Não demorei muito já estava no local, era um trecho deserto o chão estava molhado pela chuva fina que caía sobre a cidade, o poste a minha frente parecia estar queimado deixando a responsabilidade de iluminar aquele trecho apenas para um poste no final da rua. Aquilo não ajudaria em nada. Desliguei as sirenes não querendo avisar da minha chegada a qualquer um que estivesse lá dentro, não tranquei o carro, caso precisasse fugir seria mais prático.

Estava tentando distinguir qual a casa quando um som agudo cortou o ar fazendo com que eu tapasse meus ouvidos para me proteger. O som parecia uma lamentação, um choro, como se mil vidros quebrassem. Ainda com os ouvidos tapados, ajeitei o revólver pronto para usá-lo se necessário. Segui a trilha do som para uma casa com tijolos marrons e tradicionais, a porta estava entreaberta, empurrei entrando no local, dei de cara com um corredor vazio e escuro o som parecia aumentar, continuei seguindo-o.

Cheguei ao fim do corredor coloquei apenas a cabeça para enxergar o que estava acontecendo, pude ver que parecia tratar-se apenas de um cômodo que mais parecia uma garagem velha e abandonada, uma mesa quebrada estava ao canto da garagem/sala ao lado da mesa vários bonecos de madeira, no chão dois deles faziam parecer um casal. No meio tinha um colchão com vários lençóis misturados e surrados.

Só então consegui perceber a origem do som, havia uma garota loira, os cabelos de um loiro tão claro que poderia até mesmo serem confundido com branco por pessoas distraídas, as sobrancelhas chamavam atenção pela grossura, embora fossem bem arrumadas. Não conseguia enxergar a cor dos seus olhos, pois além da distância, ela estava com os olhos fechados e a cabeça rebaixada, seus braços tentavam tirar alguma coisa das suas costas o que provocada à dor, provavelmente ela deveria estar machucada nas costas e não conseguia tirar aquele incomodo, o que causava os gritos e o choro.

Ia dando um passo para dentro do recinto quando notei que na sua mão estava um arco e flecha. Toquei a mão na arma para assegurar que ela estava no lugar caso eu necessitasse dela.

Tudo aconteceu muito rápido, quando eu havia decidido tentar uma comunicação, ela pareceu conseguir retirar o que lhe machucava as costas soltando um suspiro profundo parando com os grunhidos e gritos me fazendo agradecer mentalmente, mas antes que pudesse fazer isso ela puxou o arco e flecha apontando para si mesma e soltou.

– NÃO! – Não pude deixar de gritar, mas já era tarde demais, ela já havia feito. Corri em sua direção puxando o meu comunicador. – Preciso de paramédicos urgentes aqui! Mandem o mais rápido que puderem! Temos uma tentativa de suicídio.

Já estava a amparando quando disse a última frase, a garota pareceu tomar um choque quando percebeu minha presença, ela abriu os olhos e a boca assustada, só então pude notar seus olhos de azul tão profundo quanto o mar.

Peguei-a no colo, o sangue dela melando minha calça jeans azul, puxei um dos lençóis ainda limpos, pois grande maioria ou estava ensanguentado ou sujo, rasquei uma parte e comecei a fazer pressão contra a entrada do ferimento, pedindo mentalmente que o socorro não demorasse.

– Não estou tentando me matar... – Ela sussurrou num tom tão lúcido que me surprendi que ela ainda conseguisse falar, seu rosto estava ficando cada vez mais pálido, comecei a passar a mão no seu rosto na tentativa de mantê-la desperta.

– Não durma. – sussurrei, ouvindo o som distante da sirene do socorro médico se aproximando. – Eu estou aqui.

– Prometa.

Ela me encarou como se me analisasse por dentro da minha alma, aquela invasão me incomodou um pouco, acredito que ela notou o meu incomodo, pois fechou os olhos novamente e deu um grito de dor, que pensei ser por ela ter uma flecha perfeitamente afiada e talhada em seu peito, ela havia mirado exatamente em cima do próprio coração e ainda assim negava ser suicídio. Suspirei pesadamente, provavelmente deveria ser uma insana.

Notei que ela tentava articular alguma coisa, mas a perda de sangue não estava ajudando, talvez pedir novamente que eu prometesse continuar com ela, nunca saberei.

– Shh! Não precisa falar nada, prometo que sempre estarei aqui. – Ela ainda estava de olhos fechados, nem por assim parecia que ela parava de me avaliar, sua testa pareceu relaxar um pouco ao escutar a minha promessa. Repentinamente ela esticou os dedos finos e gelados para o meu rosto, senti um choque pela temperatura tão baixa.

– Você é um anjo, eu não mereço ser levada por um anjo. – Aquilo não me fazia nenhum sentido, talvez ela estivesse por efeitos de drogas ilícitas, seu olhar não mostrava isso, mas as suas ações, bem elas... Se fosse por julgar suas ações diria que ela estava completamente louca.

Assenti com a cabeça a acolhendo mais em meu próprio braço como uma criança, pressionando ainda mais a ferida para conter o sangramento. Ela abriu os lábios grossos sem cor para balbuciar mais alguma coisa, mas não houve tempo os paramédicos já entravam na sala trazendo todo um equipamento especifico também tomando um choque ao perceber a forma de si matar escolhida pela garota. Passei-a para uma médica baixinha de olhos escuros e outros policiais me puxaram para que eu explicasse o que havia acontecido.

Contei uma versão resumida de como eu havia chegado ali até o que eu havia a visto fazer, já estava terminando quando ouvi aquela voz sussurrar me chamar.

– Sebastian. – Virei-me assustado, como aquela garota insana saberia o meu nome, procurei mentalmente pelo meu corpo algum crachá ou nome gravado, tentando repassar a noite para ver se alguém me chamara pelo primeiro nome desde que chegaram. Não encontrei nada. Ela já estava sobre a maca os paramédicos estavam tentando parar o sangramento para que ela pudesse ser levada para o hospital. – Você disse que estaria comigo.

Surpreendi-me novamente, a lucidez que ela apresentava quando falava me fez empalidecer, o que era aquilo? Ela não parecia que desistiria de cobrar minha promessa assim tão fácil.

– Sebastian. – Ela repetiu.

– Policial Davis irá nos acompanhar? – a paramédica perguntou tirando-me do transe particular, eles já haviam colocado a mulher sobre a maca e estavam levando-a para fora da garagem/sala.

Amaldiçoei o momento que eu havia feito àquela promessa.

– Vou. – Me aproximei dela segurando sua mão seguindo para fora em direção ao hospital, afinal eu havia prometido e promessas não devem ser quebradas.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Gostaram? Não gostaram? Querem que eu continue? O que acharam dos personagens? Quem é essa garota? Como e porque ela sabia o nome do nosso policial? Porque ela tentou se matar? Quero todas essas perguntas respondidas com as teorias de vocês.
Lembrei-se que quantos mais comentários, mais rápido um capítulo para vocês.
Espero que gostem do enredo.