Ao Avesso escrita por Tan Hudgens


Capítulo 4
Capítulo 2 - Parte 2




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Imaginem a cena! Duas pimpolhinhas cor-de-rosa andando pelas ruas de Boston, com medo de serem atropeladas pelos ciclistas que insistiam em transitar pela calçada, e assustando-se com os moradores de rua que vinham pedir esmolas à elas. As garotas apenas os ignoravam e seguiam seu caminho.

– Argh! Brianna e Tiffany vão me pagar! – esbravejou Vanessa.

– Eu não quero mais andar, meus pés estão me matando! – reclamava Miley, choramingando. Vanessa parou de andar por um instante.

– E os meus sapatos insistem em prender nesses buracos! – Vanessa puxava seu pé esquerdo, tentando soltar-se do buraco. – Miley, me ajuda! – a amiga foi socorrer a morena, e começou a puxar a perna da garota, junto a ela.

– Vai ver é o seu sexto dedo que não tá deixando o seu pé se soltar.

– Quantas vezes eu tenho que dizer que eu NÃO tenho um sexto dedo?! – a morena enraiveceu-se.

– Ai, desculpa... eu só pensei que...

– Aí está o problema, você pensando só vai dar em marmelada, querida. Agora pode parar de falar e me ajudar, por favor?! – as duas voltaram a puxar a perna da morena. – No três, tá legal?! – Miley confirmou. – Certo... Um, dois...

– Três! – as duas falaram juntas ao dar um puxão certeiro no pé de Vanessa, que se soltou, fazendo-a desequilibrar e cair na calçada onde estavam. Miley riu.

– Ohh, não! – Vanessa, deitada na calçada, exclamou ao olhar para seu sapato. – Não acredito nisso! O salto do meu Jimmy Choo! Não, não, não!

– Ih, olha só que pena, seu salto quebrou. – disse Miley disfarçando a satisfação. Pessoas desse tipo não têm, realmente, amigos verdadeiros.

– Me ajuda a levantar! – ordenou a morena, percebendo a satisfação da “amiga”.

Miley a ajudou e seguiram o caminho para suas respectivas casas. Vanessa, é claro, seguiu mancando até chegar à sua residência.

– Eu preciso de um banho! – pensou alto a morena, após atravessar a porta de sua casa.

– Vanessa?! É você?! – falou uma voz vinda da cozinha.

– Sou eu sim, Janine... Gina está em casa? – perguntou, temendo informar a mãe sobre a notícia que o professor de literatura havia lhe dado.

– Gina ainda não chegou, tinha uma reunião hoje de manhã com o diretor de pesquisa da Prada! – dizia indo até a sala.

Gina era uma estilista, e que ótima estilista! Tinha acordos com várias companhias de moda e contratos com as maiores grifes que se poderia imaginar. Quando Vanessa era pequena gostava de assistir a mãe criar algo novo. Ela simplesmente rabiscava em uma folha branca por alguns minutos e lá estava algum vestido ou acessório simplesmente lindo! Vanessa achava que sua mãe desenhava muito bem, e que se decidisse abrir sua própria grife alcançaria boa parte do mercado fashion. Como admirava sua mãe! Sempre tão elegante e com parecer sereno, era forte e ao mesmo tempo sensível e delicada.

– Uuh, Prada! –disse com admiração.

– George, o que aconteceu com sua roupa?!

– Janine, não me chame assim. – Vanessa séria, disse. – Eu caí na rua, vou tomar meu banho. – e apressou-se a subir as escadas.

– Seu tio Phill está vindo visitar! Chega semana que vem!

– Tá, tá, tá. – disse impaciente.

Vanessa andava pelo corredor até chegar a uma porta com uma placa que dizia ‘Não entre se não for gata garota’. Girou a maçaneta e entrou em seu mundo rosa. Das paredes ao tapete via-se a tal cor. E em uma cabeceira ao lado de sua cama, via uma foto da família reunida, era a foto do último natal que passaram juntos à Greg. Vanessa suspirou, cansada, e foi tomar seu precioso banho.

Enquanto isso, em um outro lar em Boston.

– Cheguei ! – anunciou Zac ao bater a porta de sua casa. Uma pequena figura apareceu correndo em sua direção e o garoto pegou-a no colo. Gente, não era um cachorro, tá legal?! ¬¬’ – Nossa, que animação é essa?!

– Não é animação, é nervoso – dizia uma menina cabisbaixa.

– Tudo bem ficar nervosa Stellinha. – Zac tentava confortá-la. – Já fez suas tarefas?

– Já... – continuava desanimada. – Eu pesquisei na internet, eu vou ficar careca igual o papai, não vou?! – Zac riu do jeito da menina de colocar a situação, e sentou-se com ela no colo em um sofá.

– Não devia ter te ensinado a mexer na internet. Mas sim, o seu cabelo vai cair, mas cabelo cresce! E quando você ficar boa vai ter essas mesmas madeixas lindas que você tem de volta.

– As pessoas vão ficar com medo de mim quando eu não tiver cabelo?!

– Claro que não, meu amor. Você é incapaz de assustar uma mosca, quanto mais uma pessoa.

– Eu não sei, as pessoas vão olhar estranho pra mim.

– Não ligue pra essas pessoas, lembra do que eu sempre te digo? Aquela frase de uma música brasileira?

– Lembro... – disse manhosa.

– E o que é?!

– As flores são bonitas em qualquer lugar do mundo. Muita gente tem forma, mas não tem conteúdo.

– É, e você, além de ser uma flor muito bonita, tem muito conteúdo, está me entendendo?

– Estou... – disse desanimada.

– Ah, eu não posso deixar a minha irmãzinha ficar desanimada desse jeito!

– Ah, não Zac, nem vem. – disse sorrindo tentando se soltar do irmão que começou a fazer cócegas em Stella, levando-a a gargalhar. – Para! Para! – Pedia a menina, entre risos.

– Tá bom, parei... Agora vem, tenho um presente pra você. – disse Zac, levantando-se.

– Comprou alguma coisa?

– Não, é só uma música, pra te alegrar.

– Ahh! Deixe-me adivinhar, Beatles?

– Na mosca! – Zac falou, após um sorriso. – Vou pegar meu violão e já volto. – o garoto subiu as escadas procurando seu violão.

Zac desceu as escadas com o violão em mãos, e começou a tocar para Stella.


O sol havia se posto, e o tempo, ainda que fosse verão, começara a esfriar. Gina acabara de entrar em sua casa, e deparou-se com Janine limpando o tapete do hall.

– Janine, seu expediente já acabou. O que faz ainda trabalhando? – perguntou a estilista, preocupada. – Vanessa está em casa?

– Ela chegou da escola, subiu as escadas e não saiu do quarto até agora. Só estou limpando o tapete, Gina, não é nada demais. Deixei secando no quintal e juntou poeira.. – dizia, sempre sorridente.

– Se você diz... – respondeu Gina – Mas pare por um momento, encomendei o jantar, podemos comer todas juntas, hun?! – sugeriu a mãe de Vanessa.

– Por mim, acho ótimo, mas não sei se Vanessa vai querer, sabe como ela é...

– Não acho que ela seja assim, é só uma fase. – falava.

– Uma longa fase de 12 anos, Gina. – alertou Janine.

Janine era como se fosse da família. Preocupava-se com Vanessa e com Gina também. Conhecia aquelas duas como ninguém e tinha intimidade o suficiente para alertá-las sobre qualquer coisa. Mesmo se essa ‘coisa’ fosse o comportamento da Hudgens mais jovem.

– Vou chamá-la, pode ir arrumando a mesa? – pediu Gina.

– Com todo o prazer!

Gina agradeceu e subiu as escadas em direção ao quarto da filha. ‘Não entre se não for gata garota’, leu mentalmente. Gina soltou um riso debochado e abriu a porta do cômodo.

– Vanessa?

– O que foi, Gina?! – disse uma Vanessa vestida de Shrek. Ok, ela não estava vestida de Shrek, mas tesava com máscara verde no rosto, o que dava a ligeira impressão de que ela poderia ser o monstro do lago Ness, ou o Shrek, simplesmente. – Por que me perturbas?

– Por que insiste em me chamar pelo nome, pelo amor de Deus, sou sua mãe. – reclamava a mãe.

– Desculpe. – Vanessa arrependia-se – Só estou cansada. – e como estava cansada! - Tenho que lhe falar uma coisa. Aliás, duas, mas uma é um pedido.

– Vá em frente! – Gina respondeu.

– Certo, primeiro o pedido... posso ir à festa de Drew Seeley hoje a noite?

– Não sei, Vanessa, essas festas em que você vai não são bons ambientes para uma menina como você.

– Ah, qual é Gina...Quer dizer, mãe. – corrigiu-se após o olhar de sua mãe. – Todos da escola vão, eu não posso ser a única pessoa a não ir nessa festa. E além do mais, sem a minha presença aquela festa vai ser no mínimo um fiasco.

– Tudo bem Vanessa, vá a festa, mas fique longe de confusões e não demore pra voltar. – dizia tentando evitar o prolongamento de um pedido de uma adolescente. – Agora o que mais queria me dizer?

– Ahh, brigaada Gina – falava com um sorriso vitorioso no canto da boca. – Ah, tá, a segunda coisa, certo? Ahm, bem... assim, eu meio que não fui muito bem nas questões que Campbell fez hoje sobre o livro que estávamos lendo e bem, fuireprovadaemliteratura. – disse e fechou os olhos, temendo a reação da mãe.

– O que?! Vanessa, você leu Orgulho e Preconceito em poucas horas, o que aconteceu?

– Não sei, mãe, me deu um branco – disfarçava a menina.

– Terá que ir para a escola durante o verão? Não acredito que foi reprovada. Você ama literatura.

– Desculpe, mas não havia nada que eu pudesse fazer. – mentiu novamente. – Ainda posso ir na festa, não é?

– Há! – Gina tentava controlar sua impaciência. – Vá Vanessa, e divirta-se muito pois fique sabendo que essa será a sua primeira e última festa dessas férias. Passará o verão inteiro estudando literatura, estamos entendidas?

– O que?! Mas eu tenho a minha vida social, não posso... – reclamava Vanessa.

– Pensasse nisso antes, agora eu e Janine vamos jantar, se quiser nos acompanhar tire essa gosma do rosto e desça até a sala de jantar. – Gina saiu enfurecida do quarto da filha.

As três jantaram e ao aproximar das oito horas da noite Vanessa começou a se emperiquitar. Logo estava pronta para a tão esperada festa.

Imaginem a cena! Duas pimpolhinhas cor-de-rosa andando pelas ruas de Boston, com medo de serem atropeladas pelos ciclistas que insistiam em transitar pela calçada, e assustando-se com os moradores de rua que vinham pedir esmolas à elas. As garotas apenas os ignoravam e seguiam seu caminho.

– Argh! Brianna e Tiffany vão me pagar! – esbravejou Vanessa.

– Eu não quero mais andar, meus pés estão me matando! – reclamava Miley, choramingando. Vanessa parou de andar por um instante.

– E os meus sapatos insistem em prender nesses buracos! – Vanessa puxava seu pé esquerdo, tentando soltar-se do buraco. – Miley, me ajuda! – a amiga foi socorrer a morena, e começou a puxar a perna da garota, junto a ela.

– Vai ver é o seu sexto dedo que não tá deixando o seu pé se soltar.

– Quantas vezes eu tenho que dizer que eu NÃO tenho um sexto dedo?! – a morena enraiveceu-se.

– Ai, desculpa... eu só pensei que...

– Aí está o problema, você pensando só vai dar em marmelada, querida. Agora pode parar de falar e me ajudar, por favor?! – as duas voltaram a puxar a perna da morena. – No três, tá legal?! – Miley confirmou. – Certo... Um, dois...

– Três! – as duas falaram juntas ao dar um puxão certeiro no pé de Vanessa, que se soltou, fazendo-a desequilibrar e cair na calçada onde estavam. Miley riu.

– Ohh, não! – Vanessa, deitada na calçada, exclamou ao olhar para seu sapato. – Não acredito nisso! O salto do meu Jimmy Choo! Não, não, não!

– Ih, olha só que pena, seu salto quebrou. – disse Miley disfarçando a satisfação. Pessoas desse tipo não têm, realmente, amigos verdadeiros.

– Me ajuda a levantar! – ordenou a morena, percebendo a satisfação da “amiga”.

Miley a ajudou e seguiram o caminho para suas respectivas casas. Vanessa, é claro, seguiu mancando até chegar à sua residência.

– Eu preciso de um banho! – pensou alto a morena, após atravessar a porta de sua casa.

– Vanessa?! É você?! – falou uma voz vinda da cozinha.

– Sou eu sim, Janine... Gina está em casa? – perguntou, temendo informar a mãe sobre a notícia que o professor de literatura havia lhe dado.

– Gina ainda não chegou, tinha uma reunião hoje de manhã com o diretor de pesquisa da Prada! – dizia indo até a sala.

Gina era uma estilista, e que ótima estilista! Tinha acordos com várias companhias de moda e contratos com as maiores grifes que se poderia imaginar. Quando Vanessa era pequena gostava de assistir a mãe criar algo novo. Ela simplesmente rabiscava em uma folha branca por alguns minutos e lá estava algum vestido ou acessório simplesmente lindo! Vanessa achava que sua mãe desenhava muito bem, e que se decidisse abrir sua própria grife alcançaria boa parte do mercado fashion. Como admirava sua mãe! Sempre tão elegante e com parecer sereno, era forte e ao mesmo tempo sensível e delicada.

– Uuh, Prada! –disse com admiração.

– George, o que aconteceu com sua roupa?!

– Janine, não me chame assim. – Vanessa séria, disse. – Eu caí na rua, vou tomar meu banho. – e apressou-se a subir as escadas.

– Seu tio Phill está vindo visitar! Chega semana que vem!

– Tá, tá, tá. – disse impaciente.

Vanessa andava pelo corredor até chegar a uma porta com uma placa que dizia ‘Não entre se não for gata garota’. Girou a maçaneta e entrou em seu mundo rosa. Das paredes ao tapete via-se a tal cor. E em uma cabeceira ao lado de sua cama, via uma foto da família reunida, era a foto do último natal que passaram juntos à Greg. Vanessa suspirou, cansada, e foi tomar seu precioso banho.

Enquanto isso, em um outro lar em Boston.

– Cheguei ! – anunciou Zac ao bater a porta de sua casa. Uma pequena figura apareceu correndo em sua direção e o garoto pegou-a no colo. Gente, não era um cachorro, tá legal?! ¬¬’ – Nossa, que animação é essa?!

– Não é animação, é nervoso – dizia uma menina cabisbaixa.

– Tudo bem ficar nervosa Stellinha. – Zac tentava confortá-la. – Já fez suas tarefas?

– Já... – continuava desanimada. – Eu pesquisei na internet, eu vou ficar careca igual o papai, não vou?! – Zac riu do jeito da menina de colocar a situação, e sentou-se com ela no colo em um sofá.

– Não devia ter te ensinado a mexer na internet. Mas sim, o seu cabelo vai cair, mas cabelo cresce! E quando você ficar boa vai ter essas mesmas madeixas lindas que você tem de volta.

– As pessoas vão ficar com medo de mim quando eu não tiver cabelo?!

– Claro que não, meu amor. Você é incapaz de assustar uma mosca, quanto mais uma pessoa.

– Eu não sei, as pessoas vão olhar estranho pra mim.

– Não ligue pra essas pessoas, lembra do que eu sempre te digo? Aquela frase de uma música brasileira?

– Lembro... – disse manhosa.

– E o que é?!

– As flores são bonitas em qualquer lugar do mundo. Muita gente tem forma, mas não tem conteúdo.

– É, e você, além de ser uma flor muito bonita, tem muito conteúdo, está me entendendo?

– Estou... – disse desanimada.

– Ah, eu não posso deixar a minha irmãzinha ficar desanimada desse jeito!

– Ah, não Zac, nem vem. – disse sorrindo tentando se soltar do irmão que começou a fazer cócegas em Stella, levando-a a gargalhar. – Para! Para! – Pedia a menina, entre risos.

– Tá bom, parei... Agora vem, tenho um presente pra você. – disse Zac, levantando-se.

– Comprou alguma coisa?

– Não, é só uma música, pra te alegrar.

– Ahh! Deixe-me adivinhar, Beatles?

– Na mosca! – Zac falou, após um sorriso. – Vou pegar meu violão e já volto. – o garoto subiu as escadas procurando seu violão.

Zac desceu as escadas com o violão em mãos, e começou a tocar para Stella.


O sol havia se posto, e o tempo, ainda que fosse verão, começara a esfriar. Gina acabara de entrar em sua casa, e deparou-se com Janine limpando o tapete do hall.

– Janine, seu expediente já acabou. O que faz ainda trabalhando? – perguntou a estilista, preocupada. – Vanessa está em casa?

– Ela chegou da escola, subiu as escadas e não saiu do quarto até agora. Só estou limpando o tapete, Gina, não é nada demais. Deixei secando no quintal e juntou poeira.. – dizia, sempre sorridente.

– Se você diz... – respondeu Gina – Mas pare por um momento, encomendei o jantar, podemos comer todas juntas, hun?! – sugeriu a mãe de Vanessa.

– Por mim, acho ótimo, mas não sei se Vanessa vai querer, sabe como ela é...

– Não acho que ela seja assim, é só uma fase. – falava.

– Uma longa fase de 12 anos, Gina. – alertou Janine.

Janine era como se fosse da família. Preocupava-se com Vanessa e com Gina também. Conhecia aquelas duas como ninguém e tinha intimidade o suficiente para alertá-las sobre qualquer coisa. Mesmo se essa ‘coisa’ fosse o comportamento da Hudgens mais jovem.

– Vou chamá-la, pode ir arrumando a mesa? – pediu Gina.

– Com todo o prazer!

Gina agradeceu e subiu as escadas em direção ao quarto da filha. ‘Não entre se não for gata garota’, leu mentalmente. Gina soltou um riso debochado e abriu a porta do cômodo.

– Vanessa?

– O que foi, Gina?! – disse uma Vanessa vestida de Shrek. Ok, ela não estava vestida de Shrek, mas tesava com máscara verde no rosto, o que dava a ligeira impressão de que ela poderia ser o monstro do lago Ness, ou o Shrek, simplesmente. – Por que me perturbas?

– Por que insiste em me chamar pelo nome, pelo amor de Deus, sou sua mãe. – reclamava a mãe.

– Desculpe. – Vanessa arrependia-se – Só estou cansada. – e como estava cansada! - Tenho que lhe falar uma coisa. Aliás, duas, mas uma é um pedido.

– Vá em frente! – Gina respondeu.

– Certo, primeiro o pedido... posso ir à festa de Drew Seeley hoje a noite?

– Não sei, Vanessa, essas festas em que você vai não são bons ambientes para uma menina como você.

– Ah, qual é Gina...Quer dizer, mãe. – corrigiu-se após o olhar de sua mãe. – Todos da escola vão, eu não posso ser a única pessoa a não ir nessa festa. E além do mais, sem a minha presença aquela festa vai ser no mínimo um fiasco.

– Tudo bem Vanessa, vá a festa, mas fique longe de confusões e não demore pra voltar. – dizia tentando evitar o prolongamento de um pedido de uma adolescente. – Agora o que mais queria me dizer?

– Ahh, brigaada Gina – falava com um sorriso vitorioso no canto da boca. – Ah, tá, a segunda coisa, certo? Ahm, bem... assim, eu meio que não fui muito bem nas questões que Campbell fez hoje sobre o livro que estávamos lendo e bem, fuireprovadaemliteratura. – disse e fechou os olhos, temendo a reação da mãe.

– O que?! Vanessa, você leu Orgulho e Preconceito em poucas horas, o que aconteceu?

– Não sei, mãe, me deu um branco – disfarçava a menina.

– Terá que ir para a escola durante o verão? Não acredito que foi reprovada. Você ama literatura.

– Desculpe, mas não havia nada que eu pudesse fazer. – mentiu novamente. – Ainda posso ir na festa, não é?

– Há! – Gina tentava controlar sua impaciência. – Vá Vanessa, e divirta-se muito pois fique sabendo que essa será a sua primeira e última festa dessas férias. Passará o verão inteiro estudando literatura, estamos entendidas?

– O que?! Mas eu tenho a minha vida social, não posso... – reclamava Vanessa.

– Pensasse nisso antes, agora eu e Janine vamos jantar, se quiser nos acompanhar tire essa gosma do rosto e desça até a sala de jantar. – Gina saiu enfurecida do quarto da filha.

As três jantaram e ao aproximar das oito horas da noite Vanessa começou a se emperiquitar. Logo estava pronta para a tão esperada festa.


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