Fique Comigo escrita por Mariii


Capítulo 9
Troca


Notas iniciais do capítulo

Pessoas! Desculpa não está respondendo os comentários... Mas é que está difícil dividir o tempo entre escrever, trabalhar, conversar, postar no grupo, e ter uma vida... hahahahahahahahaha
Não fiquem tristes comigo... u.u



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Os quatro conseguiram se divertir enquanto tomavam o chocolate quente, apesar das circunstâncias tristes. Mary e John contaram uma infinidade de histórias engraçadas e não deixaram que o assunto caísse no momento que viviam. Sherlock resmungou um pouco, mas no fim acabou pagando o chocolate de Molly.

– Mas foi só uma mordida no bolo! Você comeu o que sobrou!

– Não quero saber. Era o meu bolo!

Ele revira os olhos e ela ri com isso. Não estava pronta para assumir em voz alta, ou pelo menos achava que não, mas estava cada vez mais encantada por Sherlock. O fato de ele ser diferente de todas as pessoas que ela conhecia talvez devesse a repelir, mas a atraía ainda mais.

Eles pararam em uma praça próxima as casas em que moravam, apesar do frio. Não queriam se separar, ainda que não assumissem um para o outro. Continuaram conversando, Mary e John estavam abraçados, Molly cruzou os braços e esfregava as mãos nos mesmos para tentar se aquecer um pouco mais. Ela viu quando John fez uma careta para Sherlock indicando que fizesse algo sobre, afinal com o sobretudo que ele habitualmente usava com certeza não sentiria frio.

Os dois amigos pareciam travar uma batalha com os olhares enquanto Molly conversava com Mary, fingindo não perceber. Foi uma grande surpresa que fez seu corpo ficar estático por alguns instantes quando Sherlock passou o braço sobre seus ombros. Viu Mary arregalar os olhos e John dar um pequeno sorriso, balançando a cabeça afirmativamente para Sherlock. Quando sentiu que era dona do seu corpo novamente e conseguiu se mexer, aproximou-se um pouco mais de Sherlock e passou a mão por sua cintura, sob seu casaco. Agora foi a vez de ele ficar congelado na mesma posição e demorar um pouco mais do que Molly para voltar a se mexer, quando isso aconteceu ele a puxou para junto de si.

Ficaram assim por um longo tempo e Molly quase reclamou quando tiveram que se separar para irem para as respectivas casas. Estava um pouco tímida com a situação, assim como Sherlock e eles não sabiam o que dizer, então despediram-se de forma embaraçosa.

Já no quarto, quando as luzes se apagaram Molly teve dificuldades para dormir. Para falar a verdade, ela não conseguiu dormir. Todas as vezes que começava a entrar em um sono profundo, ela acordava assustada. As marcas da noite mal dormida estavam seu rosto quando todos se encontraram para caminharem juntos até o campus. Sherlock a encarou por alguns instantes, mas nada disse e eles andaram todo o caminho em silêncio.

Durante todas as aulas, os professores prestaram condolências à Molly e na aula de Química, a professora Hilary foi até ela e lhe deu um breve abraço. Molly sentiu-se reconfortada com essa demonstração de afeto. Segurou para não chorar com o tanto de emoções que sentia. Ela precisava tentar continuar com sua vida.

Sherlock a acompanhava nessa aula, e como habitual sentou-se ao seu lado. Quando foi falar com ela, percebeu que Molly havia abaixado a cabeça e provavelmente cochilava. Hilary fingia não ver, provavelmente deduzindo acertadamente que Molly não estava em um bom momento.

No dia seguinte, ela estava ainda pior. Tinha chegado em casa achando que iria dormir, mas novamente quando tudo se aquietou não conseguiu pegar no sono. Molly não sabia por quanto tempo seu corpo aguentaria isso até entrar em algum tipo de colapso.

–-- --- ---

Após a primeira aula da manhã, Mary saía de uma de uma das salas quando uma mão puxou-a pelo braço.

– Venha comigo, Mary.

– O que aconteceu, Sherlock?

Ele a arrastou até uma parte deserta da área exterior sem dizer uma palavra.

– Sherlock! Você pode me dizer o que está acontecendo? Você provavelmente vai acabar me fazendo perder uma aula, ou boa parte dela.

Sherlock a olhou e fez um movimento de desdém com a mão.

– Esqueça a aula, não é importante.

– Ah ok, minha aula não é importante. Desde quando? E posso saber o que é importante para você? – Ela diz bufando, Sherlock e suas manias estranhas de fazer as coisas.

– Mary, preste atenção na pergunta. Molly está dormindo bem?

Os perspicazes olhos de Mary encontraram o de Sherlock e ela sorriu. Agora começava a entender onde ele queria chegar. E até o perdoava pela aula.

– Ora, Sherlock, você já foi melhor que isso. - Ela revira os olhos teatralmente. - Está na cara dela que ela não está dormindo. Às vezes ela fala algumas palavras, e eu percebo que está assustada e acordada. Mas ela não fala sobre isso, sempre diz que está tudo bem e achei que seria meio invasivo tentar insistir. De repente ela precisa de um tempo.

Ele pareceu pensar por alguns instantes.

– Então eu estou certo e nós precisamos trocar de lugar, Mary. Não é de tempo que ela precisa.

– Nós o que?

Mary parecia confusa agora e não tinha entendido o que Sherlock estava sugerindo. Molly não precisava de tempo, então precisava de...

Oh... Mas é claro...

– A noite, Mary... Você também pode ser melhor que isso... - E é a vez dele revirar os olhos para ela. - Você irá dormir no quarto que eu divido com John e eu irei para o que vocês dividem. Não me olhe assim, até parece que você não gostou da ideia... Sei muito bem o que você e John aprontam pelos cantos por aí.

– Fique quieto, Sherlock! Não é da ideia que não gostei... Mas desde quando você é o salvador das noites de Molly?

– Confie em mim. Dará certo.

– Mas Sherlock, o que você pretende fazer com a Sra. Hudson? Ela com certeza verá nossa movimentação.

Ele tira um pequeno frasco do bolso, fazendo Mary arregalar os olhos.

– Apenas três gotas na comida ou bebida e ela sentirá um grande sono por volta de 30 minutos, dormindo uma noite de sono tranquila e sem interrupções.

Os olhos de Mary brilharam com a informação. Sherlock podia ter informações interessantes por trás de toda a frieza.

– Você tem certeza?

– É claro que tenho certeza, Mary! Me envie mensagens quando tudo estiver pronto. Sei que você consegue fazer isso.

Piscando um dos olhos pra ela, Sherlock vira as costas e vai embora, deixando-a com o pequeno frasco na mão.

–-- --- ---

Quando a noite chegou, Mary conseguiu inserir as três pequenas gotas do tranquilizante no chá da Sra. Hudson e subiu para o quarto com Molly. Ela ouviu quando a senhora foi para o quarto e fechou a porta. Contou alguns minutos a mais e enviou uma mensagem para Sherlock. Ele não demorou para responder.

"Me encontre na porta. SH"

– Molly, espere um minuto que eu já venho.

– Mas aonde você vai?

– Um minuto.

Molly ficou curiosa para saber aonde Mary ia. Será que ela continuava com fome e iria até a cozinha? Não era comum elas saírem do quarto à noite. Sra. Hudson não aprovava e, sinceramente, Molly não estava propensa a ficar sozinha. Após alguns minutos, ela viu a porta do quarto se abrir novamente.

– Mary, voc... - seus olhos se arregalam com o que, ou melhor, quem vê - Sherlock? O que você faz aqui?

– Troquei de lugar com a Mary... Ela queria fazer uma surpresa para o John. - Sherlock diz com a maior naturalidade, deixando Molly ainda mais surpresa.

– Mas e a Sra. Hudson?

– Está dormindo, não se preocupe.

Ela olha desconfiada para ele. Do pouco que o conhece já sabe que alguma coisa ele deve ter aprontado. Observa enquanto ele ajeita as coisas na cama de Mary, tira a blusa de moletom e o tênis e se deita.

– Pode apagar as luzes, Molly?

– Hm.. Posso, claro.

Mas que diabos está acontecendo aqui?

Molly apaga as luzes e também se deita. Apesar da presença de Sherlock deixá-la ansiosa, não demorou para que o cansaço a dominasse e o sono chegasse. Mas assim como o sono veio rápido, também vieram os pesadelos. E ela acordou assustada, com a impressão de que tinha falado algo ao abrir os olhos. Torceu para que isso não acordasse Sherlock, mas viu suas esperanças serem frustradas quando ouviu ele se levantar.

– Você pode ir um pouco mais pra lá, Molly? Essa cama é pequena.

– O que você está fazendo, Sherlock? - Ele havia se sentado na cama dela, e a estava empurrando para mais perto da parede.

Sherlock não respondeu, apenas se deitou ao lado dela e segurou sua mão.

– Durma, ok?

Molly estava sem palavras. Isso estava mesmo acontecendo? Demorou para que as borboletas em seu estômago se acalmassem, mas, curiosamente, quando isso aconteceu o sono veio. E assim como quando eles dormiram a primeira vez juntos, Molly teve uma noite tranquila.


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Notas finais do capítulo

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Espero que tenham gostado desse capítulo!!!



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